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Brasil
As esculturas suspensas do cinético Knopp Ferro vão ocupar a Dan Galeria Contemporânea em ‘Levitating Colour’. A individual apresenta obras inéditas entre desenhos e os marcantes móbiles que desafiam a gravidade e orbitam levemente em movimento contínuo. As esculturas dançantes, confeccionadas com hastes metálicas pretas ou de cores vibrantes, convidam o público a experimentar diferentes pontos de vista e sensações. A abertura da exposição aconteceu em 23 de março, ocasião em que ocorreu o lançamento do livro de mesmo nome reunindo um conjunto das obras de mais de duas décadas do trabalho do artista austríaco.
No início de sua trajetória, Knopp Ferro fez experimentações buscando um material que pudesse se encaixar melhor com seu processo artístico. O fascínio pela maneira com que o calor e a soldagem criam ligações, deformações e fusões o aproximou rapidamente do metal.
“Em contraste com o peso específico do ferro, busquei leveza com o material até a dissolução da gravidade diante do campo de visão. Isto está ligado à busca da redução, ao jogo com linhas verticais e horizontais e aos espaços resultantes. Com isso, novas perspectivas da escultura surgem constantemente e novos espaços são criados. Portanto, elas nunca estão concluídas, mas sempre em processo”, afirma o artista, que também faz referência ao livro “Obra Aberta”, de Umberto Eco.
“A tensão estética incorporada nas esculturas suspensas criadas por Knopp Ferro (…) está relacionada com uma questão fundamental na história do modernismo artístico, em geral, e na escultura abstrata em particular”, destaca Matthieu Poirier, historiador e autor de texto presente no livro “Levitating Colour”. As hastes metálicas são pintadas inteiramente numa só cor — geralmente em tons fortes, como vermelho ou laranja neon, mas por vezes em alguns tons calmos, como azul ultramarino — e são organizadas em propostas variadas de ativação do espaço e das relações a serem estabelecidas com ele.
A exposição convida o público para um ambiente submersível onde se experimenta a dimensão do processo artístico de Knopp Ferro. Até mesmo os títulos das obras são pensados para expressar o espaço e o tempo nos quais o artista confeccionou as peças. A aparência das esculturas pode ainda remeter a algumas formas pacíficas, como árvores e bambuzais ao vento – um universo cinético único que se reconstrói.
A escultura de Knopp Ferro é concebida para ser um conjunto de planos e espaços virtuais e articulados que se reconfiguram e se desenham a cada movimento no espaço. Enquanto Lygia Clark constrói formas articuladas e de movimentos variados (BICHOS), mas pré-estabelecidos, Knopp Ferro reconstrói virtualmente os planos e espaços que se transformam numa variação quase infinita de opções e possibilidades.
Sobre a galeria
A Dan Contemporânea surgiu como um departamento de Arte Contemporânea da Dan Galeria. Em 1985, Flávio Cohn, filho do casal fundador, juntou-se à Dan, criando o Departamento de Arte Contemporânea que ele dirige desde então. Assim, foi aberto espaço para muitos artistas contemporâneos, tanto brasileiros, como internacionais, fortemente representativos de suas respectivas escolas. Posteriormente, Ulisses Cohn também se associa à galeria, completando seu quadro de direção.
Nos últimos vinte anos, a galeria exibiu Macaparana, Sérgio Fingermann, Amélia Toledo, Ascânio MMM, Laura Miranda e artistas internacionais: Sol Lewitt, Antoni Tapies, Jesus Soto, César Paternosto, José Manuel Ballester, Adolfo Estrada, Juan Asensio, Knopp Ferro e Ian Davenport. Mestres de concreto internacionais também fizeram parte da história da Dan, tais como Max Bill, Joseph Albers e os britânicos Norman Dilworth, Anthony Hill, Kenneth Martin e Mary Martin.
A Dan Galeria incluiu mais recentemente em sua seleção importantes artistas concretos: Francisco Sobrino e François Morellet. O fotógrafo brasileiro Cristiano Mascaro; os artistas José Spaniol, Teodoro Dias, Denise Milan e Gabriel Villas Boas (Brasil); os internacionais, Bob Nugent (EUA), Pascal Dombis (França), Tony Cragg (G. Bretanha), Lab [AU] (Bélgica) e Jong Oh (Coréia), se juntaram ao departamento de Arte Contemporânea da galeria. A Dan Galeria sempre teve por propósito destacar artistas e movimentos brasileiros desde o início da década de 1920 até hoje. Ao mesmo tempo, mantém uma relação próxima com artistas internacionais, uma vez que os movimentos artísticos historicamente se entrelaçam e dialogam entre si sem fronteiras.
Serviço:
Exposição Levitating Colour
Período Expositivo: 23 de março a 18 de maio
Local: DAN Galeria Contemporânea – Rua Amauri 73, Jardim Europa, São Paulo, SP
Horário: das 11h às 17h, de segunda a sexta; das 11h às 19h, aos sábados
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
E-mail: info@dangaleria.com.br.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação )
Se você decidisse transformar a sua casa em um museu, o que gostaria que fosse preservado e exposto ao público? Conhecer e discutir sobre a riqueza dessa tipologia de museus que antes eram as residências de personalidades é a proposta da série Bate-papo em casa: tipologia casa museu, que vai reunir pesquisadores e os setores de educação de casas museus brasileiras.
Com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Casa Museu Ema Klabin, os encontros serão realizados nos meses de março, abril, maio e junho. Serão apresentadas algumas casas museus brasileiras e os mediadores trarão conhecimento e reflexões sobre esse tipo de museu: um espaço íntimo e privado, destinado à moradia de colecionadores, artistas e escritores, que se tornaram públicos ao serem transformados em espaços de visitação.
Presença internacional
O primeiro encontro da série aconteceu no dia 28 de março, 11h (Brasil) e 14h (Portugal), trazendo o pesquisador António Ponte, diretor do Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto, Portugal) que apresentou a tipologia “casa museu”. Ponte também é vice-presidente do DEMHIST-ICOM, Comitê Internacional para os Museus de Casas Históricas do Conselho Internacional de Museus, um fórum internacional para o debate de problemas e soluções relacionadas com a conservação e administração de museus de casas históricas.
Casa Roberto Marinho e Rede de Museus Casa Literários
O segundo encontro, em abril, vai reunir os educativos de casas museus de duas irmãs brasileiras: as casas museus Ema Klabin, em São Paulo, e Eva Klabin, no Rio de Janeiro. Também estão convidadas as coordenadoras da Casa Roberto Marinho, no Rio de Janeiro, Roberta Condeixa, e da Rede de Museus-Casa Literários, de São Paulo, Alexandra Rocha.
“Para este encontro, iremos falar sobre a atuação dos setores de Educação nesta tipologia tão rica e diversificada que é a casa museu e como os mediadores desenvolvem ações que convidam ao diálogo, buscam ampliar as percepções, provocar descobertas e estimular a construção de sentidos para esses espaços expositivos tão singulares”, explica Cristiane Alves, coordenadora do Educativo da Casa Museu Ema Klabin.
Irmãs que uniram Rio e São Paulo pela arte: Ema e Eva Klabin
As empresárias, mecenas e colecionadoras de arte Ema Klabin (1907–1994) e Eva Klabin (1903–1991) deixaram como legado cultural para o país as suas residências, que se transformaram em casas museus. Em ambas as casas, as colecionadoras viveram por mais de 30 anos e suas preciosas coleções estão em exposição permanente e com entrada franca.
Em São Paulo, no Jardim Europa, a residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 conta com uma rica coleção de arte, incluindo pinturas do russo Marc Chagall (1887–1985) e do holandês Frans Post (1612–1680), além de pintura moderna brasileira, artes decorativas e peças arqueológicas.
No Rio de Janeiro, na Lagoa, a Casa Museu Eva Klabin abriga um dos mais importantes acervos de arte clássica dos museus brasileiros, contando com mais de duas mil peças que cobrem um arco temporal de quase 50 séculos, do Egito Antigo ao Impressionismo, e abrange pinturas, esculturas, mobiliário e objetos de arte decorativa.
As duas instituições oferecem uma programação cultural variada que inclui exposições, oficinas, espetáculos, exibição de filmes, cursos, palestras presenciais e online e conferências.
Bahia e Maranhão
O terceiro encontro, em maio, fará parte da 22ª Semana Nacional de Museus: “Museus, Educação e Pesquisa em casas museus” e trará convidados dos estados da Bahia e do Maranhão.
A série de encontros termina em junho com as presenças do arquiteto e curador da Casa Museu Ema Klabin, Paulo de Freitas Costa, que em 1997 foi convidado a coordenar a catalogação da Coleção Ema Klabin e desde 2001 atua como curador da Fundação e é autor dos livros: ‘Sinfonia de objetos’ (Ed. Iluminuras, 2007), ‘A casa da Rua Portugal’ (FEGK, 2014), ‘A Coleção Ema Klabin’ (org., FEGK, 2017) e ‘Porcelana europeia na Coleção Ema Klabin’ (FEGK, 2018) e a museóloga da Casa Museu Eva Klabin, Ruth Levy, pós-graduada em história da arte e arquitetura no Brasil pela PUC-Rio e doutora em artes visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ, autora dos livros ‘Entre palácios e pavilhões: a arquitetura efêmera da Exposição Nacional de 1908’ e ‘A Exposição do Centenário e o meio arquitetônico carioca no início dos anos 1920’, publicados pela EBA/UFRJ.
Serviço:
Bate-papo em casa: tipologia casa museu
Transmissão no canal do YouTube da Casa Museu Ema Klabin
Sexta-feira, 19 de abril – 15h
Mediar na casa museu: o trânsito entre o público e o privado, com educativos de casas museus convidadas (São Paulo e Rio de Janeiro)
Quinta-feira, 16 de maio – 11h
Mediar na casa museu: o trânsito entre o público e o privado (parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus: Museus, Educação e Pesquisa), com educativos de casas museus convidados (Bahia e Maranhão)
Sexta-feira, 14 de junho – 11h
O cotidiano como patrimônio, com Paulo de Freitas Costa e Ruth Levy
Gratuito*
Acesse as redes sociais:
Instagram: @emaklabin
Facebook: https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin
Linkedin: https://www.linkedin.com/company/emaklabin/?originalSubdomain=br
YouTube: https://www.youtube.com/c/CasaMuseuEmaKlabin
Site: https://emaklabin.org.br
Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ
Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU
*Como em todos os seus eventos gratuitos, a Casa Museu Ema Klabin convida quem aprecia e pode contribuir para a manutenção das atividades a apoiá-las.
(Fonte: Mídia Brazil Comunicação Integrada)
Em apresentação inédita no dia 30 de março, o Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros recebe o show “Pra falar de amor”, com os artistas Catatau, Ava Rocha, Curumim, Jasper e Bruno Berle. O projeto, concebido e dirigido por Fernando Catatau, guitarrista e líder da banda Cidadão Instigado, contempla nas canções escolhidas para compor o repertório algumas das facetas do amor rasgado, afligido – sem deixar de lado a esperança e o romantismo comum às letras de afeto.
O primeiro laboratório do projeto surgiu em janeiro desse ano, quando Catatau se apresentou nas cidades de Recife e Fortaleza com o show ‘Só as românticas’. Para este projeto no Sesc Pinheiros, o diretor musical escolheu artistas com uma carga emocional em seus trabalhos e que flertam com o tema.
Na seleção musical, estão ritmos conhecidos da música popular brasileira: forró, samba, rock, reggae, brega. A lista de homenageados pelo quinteto inclui ainda Alcione e Jards Macalé, Shalon Israel, Fernando Mendes, Djavan e Raul Seixas. Também serão executadas obras dos próprios intérpretes. Para Catatau, “Esse é um show pra bater forte no coração emocionado”.
Ficha Técnica
Direção musical, voz, guitarra e sampler: Fernando Catatau
Bateria, voz e sampler: Curumin
Voz: Ava Rocha
Voz e violão: Bruno Berle
Voz e guitarra: Jasper
Teclados: Paola Lappicy
Baixo: Beatriz Lima
Percussão: Clayton Martin
Realização: Ramalhete Produção e Sesc Pinheiros.
Serviço:
Pra Falar de Amor
Dia: 30 de março | sábado, 21h
Duração: 60 minutos
Local: Teatro Paulo Autran (1000 lugares)
Classificação: recomendação 12 anos
Ingressos: R$50 (inteira); R$25 (meia) e R$15 (credencial plena)
Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros – São Paulo, SP
Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Pinheiros)
De 26 de março a 2 de abril, a capital francesa recebe a 26ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris. Com 30 produções da cinematografia nacional – entre ficções e documentários –, este ano, o Festival no Cinéma l’Arlequin prestará homenagem a uma das figuras mais emblemáticas do cinema brasileiro: Antônio Pitanga. O renomado ator, que já atuou em mais de 70 filmes, é conhecido por sua colaboração com diretores icônicos do Cinema Novo, como Glauber Rocha.
Os filmes do festival serão divididos em cinco mostras: Competitiva, Hors-concours, Documentários, Sessão Escolar e Homenagem a Antônio Pitanga. Entre as obras, serão exibidas “A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, ficção vencedora do Festival do Rio de 2023; “Pedágio”, de Carolina Markowicz, vencedor de quatro prêmios no Festival do Rio e grande vencedor do prêmio de Melhor Filme do Festival de Cinema de Roma 2023, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, vencedor do prêmio de Melhor Fotografia no Festival do Rio de 2023 e o de Melhor Filme Brasileiro no Prêmio Félix, para longas com temáticas voltadas à causa LGBTQIAP+.
“Eventos como o Festival de Cinema Brasileiro de Paris são vitais para ampliar a visibilidade dos nossos filmes e artistas no cenário internacional. Nesta edição do festival de Paris, que tem o Brasil como homenageado, o público vai viver uma experiência cinematográfica única, marcada pela qualidade e originalidade de nossas produções”, exalta a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
PITANGA
A mostra, que homenageia Antônio Pitanga, conta com uma seleção de filmes mais significativos de sua carreira, como “Barravento”, de Glauber Rocha; “Na Boca do Mundo”, obra produzida em 1979 e primeiro filme dirigida por Pitanga; “Ladrões de Cinema”, longa de Fernando Coni Campos; “Nosso Sonho”, de Eduardo Albergaria; “Casa de Antiguidade”, de João Paulo de Miranda Maria, e “Pitanga”, documentário sobre o ator dirigido por sua filha por Camila Pitanga.
Ainda segundo a ministra Margareth Menezes, a homenagem a Pitanga é um reconhecimento não apenas de sua contribuição para o cinema brasileiro, mas também de sua importância histórica e cultural para o país. “Sua trajetória de mais de cinco décadas é marcada por interpretações memoráveis e pela participação em filmes que se tornaram referências no cenário cinematográfico nacional e internacional”, disse.
Além das exibições, o festival também conta com debates, workshops e outras atividades que visam promover o intercâmbio cultural entre o Brasil e a França.
(Fonte: Assessoria de Imprensa MinC)
A Cinemateca Brasileira e o Museu Mazzaropi vão recuperar e digitalizar seis filmes de Amácio Mazzaropi (1912–1981). Aprovado por edital da Lei Paulo Gustavo pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, o projeto “Digitalização e Difusão de Obras de Amácio Mazzaropi” tem investimento de R$200 mil e inclui mostras e debates no segundo semestre deste ano tanto na sede da Cinemateca Brasileira, na capital, quanto no Museu, em Taubaté.
Os filmes dos quais Mazzaropi – conhecido pelo personagem do caipira, que marcou sua carreira – participou se caracterizavam pelo humor, às vezes com um toque de melodrama, que abordavam temas e discussões importantes como o racismo, a reforma agrária, injustiças sociais e a relação entre campo e cidade. Assim, Mazzaropi construiu um conjunto de obras que se voltou para o cotidiano de grupos marginalizados da sociedade brasileira, tendo o humor como ponto central e uma linguagem popular capaz de alcançar números de bilheteria impressionantes.
“A obra de Mazzaropi ocupa um lugar especial na história do cinema brasileiro pelo seu alcance popular. Com essa importante ação, a Cinemateca Brasileira reforça seu objetivo primordial de preservar o audiovisual e de disponibilizar o acervo através do processo de digitalização”, destaca Maria Dora Mourão, diretora geral da Cinemateca Brasileira. “Mazzaropi fez um cinema genuinamente brasileiro que continua sendo visto e revisto. Seus filmes ainda hoje inspiram cineastas e artistas que, como ele, buscam retratar o Brasil. O restauro digital destes seis filmes vai reavivar Mazzaropi e as nossas brasilidades”, complementa Claudio Marques, curador do Museu Mazzaropi.
Para a recuperação das obras, o processo contempla ações de pesquisa, conservação e digitalização de seis títulos, que passarão a contar com cópias em formato DCP para circulação em salas de cinema. “Ao lado de tantos outros filmes brasileiros, a obra de Mazzaropi merece ser restaurada, preservada, assistida e pesquisada”, ressalta Arthur Feijó, conselheiro do Instituto Mazzaropi.
A mostra a ser realizada pela Cinemateca contará com os títulos digitalizados por meio dos recursos da Lei Paulo Gustavo, além de outros títulos relevantes da carreira de Mazzaropi também integrantes do acervo da Cinemateca Brasileira. “O projeto potencializa ações de preservação e difusão da vida e obra de Mazzaropi. A digitalização, como eixo fundamental da cadeia de preservação audiovisual, facultará o acesso amplo e qualificado a títulos importantes da filmografia de Mazzaropi – como ator e diretor. A parceria com o Museu reforça o compromisso da Cinemateca Brasileira em atuar conjuntamente com seus pares na valorização de nosso cinema”, pontua a diretora técnica da Cinemateca Brasileira, Gabriela Sousa de Queiroz.
Os filmes contemplados no projeto pertencem aos acervos da Cinemateca Brasileira e do Museu Mazzaropi. São obras que não possuem cópias digitais para difusão e são importantes para filmografia de Mazzaropi, como a sua estreia no cinema, ‘Sai da frente’ (1952), dirigido por Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne e produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, e ‘O Corintiano’ (1966), de Milton Amaral, que contém cenas de jogos do Corinthians.
O legado de Mazzaropi
A Cinemateca Brasileira conserva mais de 200 materiais audiovisuais relativos à filmografia de Amácio Mazzaropi, cujos direitos estão distribuídos em diferentes detentores, além de uma coleção de cerca de 600 fotografias, cartazes e outros materiais documentais.
O Museu Mazzaropi foi criado em 1992, em Taubaté, SP, onde, na década de 70 até meados de 80, existiam os estúdios de cinema da PAM Filmes. Possui o mais representativo acervo sobre a vida e obra do artista, com cerca de 20 mil itens, entre fotos, documentos e objetos, e atende visitantes e pesquisadores das áreas de cinema, TV, rádio e teatro, cultura popular, além de estudantes e público em geral.
Lista de filmes contemplados para digitalização
1 – Sai da frente (1952), direção de Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne – Titularidade Cinemateca Brasileira. Produção da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e estreia de Mazzaropi no cinema, na qual ele interpreta um motorista de caminhão que precisa fazer uma mudança de São Paulo para Santos, mas acaba se envolvendo em diversos contratempos.
2 – Candinho (1953), direção de Abílio Pereira de Almeida – Titularidade Cinemateca Brasileira.
Terceiro e último filme de Mazzaropi produzido pela Vera Cruz. O papel do caipira, que se tornaria recorrente na filmografia do ator, aparece pela primeira vez. O filme é baseado no conto ‘Cândido, ou o otimismo’, de Voltaire.
3 – Zé do Periquito (1961), direção de Amácio Mazzaropi e Ismar Porto – Titularidade Museu Mazzaropi. O romance impossível entre o jardineiro de um colégio e uma estudante foi o segundo filme dirigido por Mazzaropi, após sua estreia na direção com As aventuras de Pedro Malasartes, no ano anterior.
4 – O Lamparina (1964), direção de Glauco Mirko Laurelli – Titularidade Museu Mazzaropi.
Neste filme, Mazzaropi é um trabalhador do campo que acaba se juntando, por acidente, a um bando de cangaceiros, tornando-se o destemido e atrapalhado Lamparina. Sátira dos filmes de cangaço, gênero muito popular no cinema brasileiro.
5 – O Corintiano (1966), direção de Milton Amaral – Titularidade Museu Mazzaropi.
Mazzaropi interpreta um corintiano fanático que entra em conflito com os filhos e com os vizinhos palmeirenses. O filme contém cenas de jogos reais do Corinthians, nas quais aparecem os jogadores Rivellino e Dino Sani, entre outros.
6 – O Puritano da Rua Augusta (1966), direção de Amácio Mazzaropi – Titularidade Museu Mazzaropi. Nessa sátira de costumes, Mazzaropi interpreta um pai de família conservador e moralista que, após um ataque do coração, passa a agir feito jovem outra vez, mudando o cabelo, as roupas e o gosto pela música. O filme conta com participações especiais de diversos músicos, incluindo Elza Soares.
Museu Mazzaropi
O Museu foi criado em 1992 por João Roman Júnior para homenagear seu velho amigo, Amácio Mazzaropi. A amizade nasceu nas serestas em São Luiz do Paraitinga, com o compositor Elpídio dos Santos, criador das músicas para os filmes de Mazzaropi e o maestro Fêgo Camargo, pai de Hebe Camargo. Nessa época, ninguém podia imaginar que João Roman Junior acabaria comprando, anos depois da morte de Mazzaropi, o complexo que incluía os estúdios da PAM Filmes, onde hoje existe o Hotel Fazenda Mazzaropi®.
O Museu revive o patrimônio cultural inestimável de Mazzaropi e contribui para a atratividade turística e cultural da região. Instagram | Facebook | Youtube | TikTok
Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962 e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida e obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público. Facebook | Instagram | Spotify.
(Fonte: Trombone Comunicação)