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Ópera “O Elixir do Amor” estreia a temporada lírica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

“O Elixir do Amor”, ópera de Gaetano Donizzetti com libretto de Felice Romani, estreia no dia 19 de abril, sexta-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com o Patrocínio Oficial Petrobras, a nova montagem chega depois de duas décadas ausente do palco da casa e vai contar com a participação do Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e regência do maestro titular da OSTM, Felipe Prazeres. Quem assina a concepção e direção cênica é Menelick de Carvalho. Como solistas, Michele Menezes e Carolina Morel (Adina), Anibal Mancini e Guilherme Moreira (Nemorino), Vinicius Atique e Santiago Villalba (Belcore), Savio Sperandio e Murilo Neves (Dulcamara) e Fernanda Schleder (Gianetta). Serão seis récitas no total, sendo um ensaio geral para convidados e uma apresentação fechada para escolas: 17 de abril (ensaio geral para convidados), 19 (estreia) e 26 de abril, às 19h, 21 e 28 de abril, às 17h e 24 de abril, às 14h (Projeto Escola).

“O Municipal abre suas portas para a primeira ópera da temporada 2024. Depois de um longo período longe do palco do TMRJ, o Coro e a Orquestra Sinfônica apresentam ‘O Elixir do Amor’. Esperamos receber um público diversificado e atento à essa obra tão surpreendente de Gaetano Donizzetti, que promete encantar a todos. Estamos te esperando”, ressalta a presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino.

“‘O Elixir do Amor’ é nosso primeiro título operístico do ano. O cativante Nemorino, de puro coração, volta com sua história fascinante ao palco do Theatro Municipal após mais de duas décadas de ausência. A bela música de Gaetano Donizetti faz dessa emblemática ópera uma das mais queridas de todo o público. Além de cantores consagrados, temos a alegria de assistir a três belas estreias de jovens promessas. Esse Elixir tem tudo para inebriar o Rio de Janeiro com beleza, emoção e alegria, nesta nova produção da casa”, afirma o diretor artístico da Fundação Teatro Municipal, Eric Herrero.

“O Elixir do Amor” conta a história de Nemorino, um agricultor apaixonado pela proprietária Adina, que não lhe dá atenção. Na tentativa de conquistar Adina, o camponês é enganado por um médico charlatão que lhe oferece um poderoso elixir que cura todos os males físicos e amorosos.

O ELIXIR DO AMOR (L’elisir d’amore)

Música de Gaetano Donizetti

Libretto de Felice Romani

Récitas:

17 de abril – 19h (Ensaio Geral para convidados)

19 e 26 de abril – 19h

21 e 28 de abril – 17h

24 de abril – 14h (Projeto Escola)

Solistas:

Nemorino – Anibal Mancini (dias 19, 24 e 28)/Guilherme Moreira (21 e 26)

Adina – Michele Menezes (19, 24 e 28)/Carolina Morel (21 e 26)

Belcore – Vinicius Atique (19, 24 e 28)/Santiago Villalba (21 e 26)

Dulcamara – Savio Sperandio (19, 24, 26 e 28)/Murilo Neves (21)

Gianetta – Fernanda Schleder

Ficha técnica:

Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Cenografia e Figurinos: Desirée Bastos

Iluminação: Paulo Ornelas

Regência do Coro: Edvan Moraes

Concepção e Direção Cênica: Menelick de Carvalho

Direção Musical e Regência: Felipe Prazeres

Direção Artística do TMRJ: Eric Herrero.

Serviço:

O Elixir do Amor

Datas e horários: 19 (estreia) e 26 de abril – 19h / 21 e 28 de abril – 17h

17 de abril – 19h (ensaio geral para convidados)

24 de abril – 14h (Projeto Escola)

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/n° – Centro

Classificação: Livre

Duração: 2h15 com um intervalo de 15min

Ingressos:

Frisas e Camarotes – R$80,00 (ingresso individual) ou R$480,00 (6 lugares)

Plateia e Balcão Nobre – R$60,00

Balcão Superior – R$40,00

Balcão Superior Lateral – R$40,00

Galeria Central – R$20,00

Galeria Lateral – R$20,00

Ingressos pelo site www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro a partir de quinta-feira, dia 28 de março, às 14h

Haverá uma palestra gratuita no Salão Assyrio uma hora antes do início do espetáculo

Patrocinador Oficial Petrobras – Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio Amil Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM – Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal

Lei de Incentivo à Cultura

Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)

Galeria Frente abre mostra “A realidade máxima das coisas”

São Paulo, por Kleber Patricio

Manabu Mabe – sem título. Foto: Luan Torres/Galeria Frente.

Dedicada à importante presença de artistas nipo-brasileiros e a mostrar suas diferentes criações frente às individuais percepções de cada um em contato com a nova cultura dos trópicos, a Galeria Frente apresenta a exposição “A realidade máxima das coisas” até 1º de junho. Com cerca de 70 obras, a mostra tem curadoria de Jacob Klintowitz e celebra a arte de onze artistas que deixaram o país do Sol Nascente e dedicaram suas vidas e suas criações nas artes no Brasil.

As diferentes nuances, traços, formas e tons impregnados nas obras de Jorge Mori, Flávio Shiró, Kazuo Wakabayashi, Manabu Mabe, Megumi Yuasa, Takashi Fukushima, Tikashi Fukushima, Tomie Ohtake, Tomoshige Kusuno, Yutaka Toyota e Tsugouharu Foujita que compõem o elenco da exposição retratam a forma como esses artistas dialogaram com o Novo Mundo. “De que maneira os artistas oriundos do Japão responderam ao desafio de um país solar como o Brasil?” questiona o curador ao pontuar que “a proposta foi a de uma arte de realidade máxima das coisas. Cada um na sua linguagem, nos seus símbolos, nas suas vivências, tornaram presente a presença da luz e da possível percepção. Vindos de uma tradição na qual a arte e a linguagem foram sensíveis, mas matizadas, eles produziram uma arte notável que pode ser definida como a realidade máxima das coisas, onde realizaram uma arte que contribuiu muito para o amadurecimento da arte brasileira”, explica Jacob.

Um dos destaques e em celebração ao seu centésimo aniversário – o artista faria 100 anos esse ano – Manabu Mabe (1924–1997) tem forte presença nessa mostra. Entre o total das 14 obras que serão exibidas na exposição, está um óleo sobre tela de 1994 que retrata uma aventura no espaço, uma intervenção no imaginário espacial e uma referência à sensibilidade humana. “Por vezes, quase sentimos o artista respirar. O seu delicado pincel percorre a tela como uma anotação do sentimento. Os elementos dialogam entre si, mas o diálogo maior se dá entre a respiração e o gesto, entre a criação e o sentimento”, detalha Klintowitz.

Assim como Mabe, Yutaka Toyota (1931) reflete sobre a energia e o espaço em seus trabalhos. Dele, o curador destaca a obra ‘Espaço Negativo’. “Nesta escultura, ele assinala vetores de energia, uma conversa com o invisível”. É um artista cuja sensível pesquisa do invisível, do espaço sideral e do que se sente dele produziu uma obra de grande percepção manifestada numa geometria sagrada. É um mestre silencioso, um visionário e um dos escultores mais importantes do país. Da peça de pequeno formato às peças de grande formato, nas palavras do curador, Toyota produziu um universo de formas totêmicas cuja essência é a relação sutil com o universo e a percepção humana. É um mestre do silêncio.

Única artista mulher da mostra e uma das artistas mais emblemáticas, Tomie Ohtake (1913–2015), tida como uma das grandes damas da arte brasileira, tem seis trabalhos selecionados para essa mostra, todos em pintura sobre tela. Destaque para uma tela de 1968 na qual nota-se a relação da forma e gestos em formas rigorosamente elaboradas empregadas pela artista, que explora suas espacialidades de modo preciso. Sua pintura sempre dignifica a sua linguagem já que a pintura, nesse contexto, é o único discurso possível.

E, não há como não citar a presença de T. Foujita, um artista japonês que esteve ‘temporariamente’ entre nós na década de 1930 e que se relacionou com fortes presenças da nossa cultura como Manuel Bandeira, Candido Portinari e Emiliano Di Cavalcanti. Foujita, que produziu ‘entre nós’, foi um viajante, um transgressor e, de tanta expressividade na Escola de Paris, é considerado um precursor ao representar para sua época, uma possibilidade de prazer e sonho. Um artista antológico, de grande domínio expressivo e senhor de uma técnica soberba, a obra “Nú deitado” é um precioso desenho cuja figura feminina é representativa do seu percurso. “A presença feminina percorreu todas as fases do artista. E ela é sempre significativa, pois sinaliza a sua capacidade de amar e a suavidade de sua concepção da realidade”, pontua Jacob.

Acacio Lisboa, à frente da galeria, enfatiza que é uma exposição que estimula a refletir sobre a cultura nipo-brasileira. “Essa mostra nos faz trazer à tona e homenagear legados estéticos de relevância, que tenham consistência histórica e um valor inestimável para a cultura artística Nacional e Internacional. Acreditamos que a difusão dessa exposição promove a atualização do debate, cria uma atmosfera de encontros e favorece novas discussões sobre a criação dos artistas, tão relevantes para nossa história”, finaliza.

A REALIDADE MÁXIMA DAS COISAS

Período expositivo: 16 de março a 1 de junho | Horário: 11 às 16h | de segunda a sexta das 10h às 18h – sábado das 10h às 14h – Fecha aos domingos e feriados

Galeria Frente

Rua Dr. Melo Alves, 400 – Cerqueira César, São Paulo – SP

(11) 3064-7575.

(Fonte: Ju Vilela Assessoria de Imprensa)

Conhecimento sobre frutas amazônicas pode ajudar a combater desnutrição e a manter a floresta em pé

Amazônia, por Kleber Patricio

Frutas amazônicas como o buriti podem contribuir para a nutrição das comunidades ribeirinhas. Foto: Daniel Tregidgo/Acervo pesquisador.

As frutas amazônicas são fundamentais para a alimentação, a saúde, a cultura e para a preservação da biodiversidade. Em livro lançado na terça (26), pesquisadores do Instituto Mamirauá, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Laboratório de Biodiversidade e Nutrição (LabNutrir) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) destacam o potencial nutritivo de frutas como açaí-do-mato, buriti, tucumã e jenipapo no combate à fome e à desnutrição.

O livro “Frutas da Floresta: o Poder Nutricional da Biodiversidade Amazônica” tem o objetivo de disseminar informações nutricionais e culturais desses alimentos de forma acessível e lúdica, com esquemas e ilustrações. Ele será distribuído para professores escolares, merendeiras e agentes de saúde de comunidades do Amazonas.

Desde 2022, o grupo de pesquisadores, formado por biólogos e nutricionistas, tem realizado trabalhos de campo sobre a sociobiodiversidade amazônica com as comunidades locais. Mas os estudos na região do médio Solimões têm sido desenvolvidos antes mesmo dessa data e já deram origem a diversos projetos locais, como oficinas de culinária. “A população ribeirinha tem um conhecimento imenso sobre a ecologia e os usos da biodiversidade na alimentação, enquanto nós, pesquisadores, sabemos pelas tabelas nutricionais que as frutas amazônicas são riquíssimas em nutrientes”, explica Daniel Tregidgo, autor do livro e pesquisador do Instituto Mamirauá, sobre a motivação da obra.

Além de propriedades nutricionais e formas de processamento para uso humano de dez frutas, o lançamento compila dados culturais, poemas e curiosidades tradicionais sobre esses vegetais. “Por exemplo, que o nome da fruta camu-camu vem do som que os frutinhos fazem quando caem na água, atraindo os peixes que se alimentam deles. Percebendo isso, os pescadores usam esse alimento na pesca”, comenta Tregidgo.

Ainda, para estimular o consumo desses alimentos, a obra traz mais de 20 receitas de farofas, risotos, pães, bolos e outros pratos feitos com base nas frutas da região amazônica.

Para os pesquisadores, apesar de a desnutrição ser um problema complexo e que exige soluções estruturais, a publicação pode contribuir para a valorização dos alimentos disponíveis no bioma. “É uma triste realidade que um dos piores níveis de insegurança alimentar e desnutrição no Brasil ocorre nas comunidades ribeirinhas da Amazônia – justamente onde tem essa grande riqueza de alimentos da biodiversidade”, explica Tregidgo. “Queremos fortalecer o conceito de que a floresta amazônica oferece saúde para sua população quando se sabe aproveitar bem o que ela fornece”, destaca.

A nutricionista e também autora Yasmin Araújo, cujo trabalho de conclusão de curso originou o projeto do livro, explica que a alimentação da população ribeirinha está muito suscetível às variações climáticas. O cultivo de muitas espécies na várzea, como a mandioca, é mais comum nas épocas de seca. O livro inova ao trazer foco para espécies de frutas que quebram essa lógica. “Escolhemos frutas disponíveis em todas as épocas, seja nas cheias ou na seca, tanto em áreas de terra firme como em áreas de várzea”, aponta a pesquisadora.

A obra também pretende contribuir para a preservação da biodiversidade e poderia gerar, segundo os pesquisadores, um aumento na comercialização de frutas amazônicas com uma possível integração delas nas políticas públicas de alimentação como o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Isso poderia trazer mais valor econômico e cultural para a manutenção da floresta amazônica.

(Fonte: Agência Bori)

[Artigo] A luta e o legado do cientista César Lattes

São Paulo, por Kleber Patricio

O físico brasileiro César Lattes em 1954. Foto: Wikimedia.

Por Leonardo Capeleto — Em julho de 2024 serão comemorados os 100 anos do nascimento de Cesare Lattes – que é provavelmente, até hoje, o pesquisador brasileiro que chegou mais perto de um prêmio Nobel.

Quando cientistas iniciam suas carreiras no Brasil, se deparam com Lattes: um banco de currículos científicos atualizado pelos pesquisadores que atuam no país. Porém, muitos dos que utilizam a plataforma ainda desconhecem o pesquisador homenageado pela plataforma, César Lattes, e sua luta pela valorização da ciência brasileira.

Cesare Mansueto Giulio Lattes, mais conhecido como César Lattes, nasceu em 1924 em Curitiba. Filho de imigrantes italianos, estudou em Porto Alegre e em São Paulo. Em 1941, um ano antes do Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial, iniciou seus estudos no curso de Física da Universidade de São Paulo (USP). Se formou em 1943, aos 19 anos de idade. Fluente em italiano, Lattes trabalhou na mesma instituição como assistente do físico ítalo-ucraniano Gleb Wataghin e com o físico italiano Giuseppe Occhialini.

Com o fim da guerra, Lattes foi para a Universidade de Bristol trabalhar no laboratório de Cecil Powell com emulsões de chapas fotográficas usadas para capturar a trajetória de raios cósmicos. No fim do mesmo ano, Occhialini expôs chapas durante suas férias, com maior quantidade de “bórax” proposta por Lattes, nos Pirineus franceses. Nestas chapas, os pesquisadores encontraram rastros de uma partícula prevista dez anos antes pelo japonês Hideki Yukawa: o “méson pi” ou “píon”. Para confirmar o achado e ter melhores registros, as placas precisariam ser expostas em altitudes mais altas. Em 1947, Lattes foi para o Monte Chacaltaya, nos Andes bolivianos.

Os resultados destas pesquisas foram publicados por Lattes, Occhialini e Powell em artigos na revista Nature no mesmo ano. Em função destas descobertas, Yukawa foi premiado com o Nobel de Física de 1949 e Powel, em 1950, “pelo desenvolvimento do método fotográfico de estudo de processos nucleares e por suas descobertas sobre mésons feitas com este método”. Até aquele momento, o prêmio Nobel era concedido apenas ao líder e orientador do projeto de pesquisa. Lattes e Occhialini jamais receberam o prêmio por suas descobertas, apesar das sete indicações ao Nobel.

Mesmo sem o merecido prêmio, o reconhecimento das pesquisas alavancou a carreira de Lattes. Alguns anos depois, trabalhou no maior acelerador de partículas do mundo, na Universidade da Califórnia. E em 1949, no auge de sua fama, retornou ao Brasil, sendo recebido como celebridade. Nos anos seguintes, contribuiu com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – sendo homenageado com o lançamento da Plataforma Lattes em 1999. César Lattes morreu em 2005, aos 80 anos.

Lattes lutou pela pesquisa brasileira e, mesmo em meio a oportunidades externas e conflitos internos, escolheu permanecer no país. Atualmente, mais de 70 anos depois destes eventos, o Brasil ainda não possui nenhum Nobel, seus pesquisadores ainda brigam por investimentos e o país busca soluções para evitar a “fuga de cérebros”. Prêmios de nível internacional demandam investimentos de nível internacional. E em meio a tantos desafios científicos e cobranças por publicações e protagonismo internacional, os pesquisadores ainda precisam lutar constantemente contra os cortes na ciência brasileira.

Quando retornou para o Brasil, em uma carta a um colega, Lattes escreveu: “Prefiro ajudar a construir a ciência no Brasil do que ganhar um Nobel”. Que os cem anos de César Lattes sirvam de inspiração tanto para os novos pesquisadores que criam seus currículos na Plataforma, quanto para aqueles que investem na ciência brasileira.

Sobre o autor | Leonardo Capeleto é pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

(Fonte: Agência Bori)

Mostra “Ar: Acervo Rotativo” chega ao MARP

Ribeirão Preto, por Kleber Patricio

Fotos: Laerte Ramos/Divulgação.

A exposição coletiva “Ar: Acervo Rotativo” acontece até 4/5/2024 no MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi, no centro de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Com organização e curadoria de Laerte Ramos, a mostra reúne 400 artistas visuais com obras medindo até 5 x 5 cm.

O projeto foi premiado pelo edital ProAC nº 13/2023 – Artes Visuais/Circulação de Exposição, sendo apresentado no MACS – Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (11/2023 a 1/2024), no interior de São Paulo. Previamente, foi mostrado no Lux Espaço de Arte (16/9–14/10/2023), no Edifício Vera, no centro, e na Oficina Cultural Oswald de Andrade (28/10-19/11/2021), no Bom Retiro, ambas em São Paulo, com realização do Adelina Instituto.

O projeto segue somando artistas por onde passa e, em sua plataforma no Instagram [@acervorotativo], apresenta com transparência seu acervo público-independente em construção e a possibilidade de conexão aos artistas via depoimentos em vídeo na plataforma do IGTV e seus perfis em redes sociais para contatos e pesquisas. O acervo tem obras de artistas do Brasil – assim como do Japão, Nova Zelândia, Bélgica, Uruguai e Argentina – possibilitando em breve parcerias com instituições culturais também no exterior.

Sobre Ar: Acervo Rotativo

A missão do projeto é a formação de um acervo público-independente com obras de artistas visuais contemporâneos brasileiros e estrangeiros. Os artistas são instigados a sintetizar sua poética de trabalho nas dimensões 5x5cm ou até 5x5x5cm. Todas as obras em exibição física ou na plataforma on-line são doadas pelos próprios artistas ao “Ar: Acervo rotativo” e serão expostas em museus, centros de cultura e instituições culturais.

O pequeno formato pode ou não ser interpretado como um desafio dentro da poética e pesquisa do artista, mas trará consigo a preciosidade do gesto e sua essência. O “Ar – Acervo rotativo” visa criar este acervo por meio da participação dos artistas para atuar como um agente em diversas regiões, possibilitando um recorte significativo da produção nacional e internacional.

Sobre o curador

Laerte Ramos (Brasil/São Paulo, SP, 1978) destaca-se no panorama da arte contemporânea brasileira especialmente pela produção em gravura e instalações em cerâmica. Trabalha com diversas linguagens como xilogravura, serigrafia, pintura, escultura, tapeçaria, objetos, utilizando técnicas e materiais que o desafiam como artista-pesquisador.

Graduado Bacharel (2001) e Licenciatura (2002) em artes plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado-FAAP, as pesquisas por ele empreendidas têm como principal eixo condutor os meios reprodutivos da imagem, as seriações em diferentes suportes e a relação com as cidades em que são produzidas ou expostas. Seus trabalhos excedem o caráter de meras peças unitárias e cruzam diferentes linguagens para modificar o compreensão destas e do espaço em que se inserem. Desde a segunda metade da década de 1990, Laerte Ramos tem participado de importantes mostras coletivas e, nos últimos 26 anos, realizou diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Participou de programas de residência artística (França, Suíça, Holanda, Portugal, Estados Unidos e China) e foi contemplado com prêmios, dentre os quais podem ser destacados o prêmio suíço Lelocleprints (2004), o Prêmio Marcantônio Vilaça – Pró Cultura/ MinC (edições de 2012 e 2013) e o Prêmio Mostras de Artistas no Exterior da Fundação Bienal de São Paulo/Phoenix Institute of Contemporary Arts (2011).

Representou o Brasil na Expo Milano/2015 com uma grande instalação de cerâmica que ocupou o Octógono da Pinacoteca de São Paulo no ano anterior. Tem o recorde de 54 exposições individuais, 8 participações em residências artísticas e 32 prêmios como artista.

Já como curador, Laerte possui 13 exposições e três prêmios, destacando o Prêmio Marcantônio Vilaça em 2020 com a mostra “Compreensão do Ar” ou (E = M2). Atua desde 2017 também como curador e é diretor do Ar: Acervo Rotativo – uma coleção independente de arte contemporânea em pequenas dimensões. A frente da produtora “Studium Generale” possibilita diversas frentes de troca de saberes com residência em seu ateliê e projetos de exposições entre outras parcerias culturais. Vive e trabalha em São Paulo. https://www.laerteramos.com.br/

Sobre o MARP

O prédio onde está instalado o MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi foi construído no início do século passado para ser a primeira sede da Sociedade Recreativa de Ribeirão Preto.

O projeto para a sede da Sociedade Recreativa é de autoria do arquiteto Affonso Geribello e, a execução da obra, pelo construtor Vicente Lo Giudice. O Baile inaugural da Sociedade Recreativa aconteceu em 31/12/1908.

Aproximadamente em 1922, o terreno ao lado da sede foi adquirido para construção da primeira ampliação, que ocorreu por volta de 1924. Novas adaptações para melhoria das acomodações do prédio, para conforto dos sócios, aconteceram em 1935.

Em 1945, foi aprovado pelo Conselho Deliberativo da Sociedade Recreativa, a construção de uma nova sede em substituição ao antigo prédio, a ser demolido, pois foi considerado inadequado às necessidades do momento. Este fato não chega a se concretizar e em 1951 a Sociedade Recreativa institui um concurso para projeto de construção da nova sede social em terreno da sede de campo.

Em 1956, a antiga sede da Sociedade Recreativa, após reforma efetuada pela Prefeitura, passa a ser ocupada pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto, que funcionava desde 1917 no Palácio Rio Branco, juntamente com a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

No piso térreo do prédio foram instalados a Sala das Comissões, da Secretaria, dos secretários, da Presidência, o Arquivo e Bar. No piso superior localizava-se a Sala de Jornalistas, Sala dos Edis e Sala das Sessões. A Câmara Municipal funcionou neste local até o ano de 1984, quando foi transferida para o pavimento superior da Casa da Cultura.

Após uma grande reforma no antigo prédio da Sociedade Recreativa e, posteriormente, Câmara Municipal, é inaugurado em 22 de dezembro de 1992 o MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto, com o objetivo de reunir todo o acervo de artes plásticas da Prefeitura – obras do SARP – Salão de Arte de Ribeirão Preto e do SABBART – Salão Brasileiro de Belas Artes adquiridas pelo poder público, bem como obras doadas, como o conjunto de obras.

Em 2000, o MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto recebeu o nome de Pedro Manuel-Gismondi. https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/marp

Serviço:

Exposição “Ar: Acervo Rotativo”

Organização e curadoria: Laerte Ramos

Visitação: até 4/5/2024 – terça a sexta, das 9h30 às 12h e das 13h às 17h30 (exceto feriados e pontos facultativos); aos sábados, nos dias 6/4, 20/4 e 4/5, das 9h às 15h

Obs.: Exceto feriados e pontos facultativos.

MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi

Rua Barão do Amazonas, 323 – Centro – Ribeirão Preto – SP

Tel: (16) 3635 2421

Site: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/marp

E-mail: marp.cultura@rp.ribeiraopreto.sp.gov.br

Valor: gratuito

Redes sociais:

Acervo rotativo @acervorotativo

Laerte Ramos @laertertamos

MARP @marpmuseudearte.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)