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Arte Sesc, no Rio, abre exposição que aborda, em linhas e traços, o corpo em movimento

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Exposição “Riscar o Chão” poderá ser visitada até setembro. Fotos: Erbs Jr/Sesc RJ.

O Centro Cultural Arte Sesc, no Flamengo, Zona Sul do Rio, abriu, no dia 7/3, a exposição “Riscar o Chão”, que articula linhas e traços de gravuras com fotografias que registraram os movimentos dos corpos dos sambistas que “riscam o chão” da avenida. A mostra foi aberta com um show da cantora e compositora Nina Wirtti e poderá ser visitada até 7 de setembro. A entrada é franca.

A exposição reúne 61 obras em serigrafia e litogravura de Abelardo Zaluar, Alfredo Volpi, Athos Bulcão, Carlos Scliar e Dionísio Del Santo, que datam de 1984 e integram o acervo do Sesc RJ, e fotografias dos artistas convidados Guy Veloso e Vítor Melo, registradas entre os anos de 2019 e 2023, durante o Carnaval no Rio de Janeiro.

Com curadoria de Marcelo Campos e Leonardo Antan, a mostra propõe um diálogo de gravuras com fotografias que registram a técnica, a engenhosidade de sambistas e a evolução de corpos no Carnaval, aproximando a geometria e a figuração com uma ginga de linhas e cores, estabelecendo uma relação com o lugar ao qual pertenciam, criando ambientações singulares e dialogando com o contexto brasileiro. “Se, para muitos, os pensamentos elaborados por artistas do Carnaval parecem distantes ou superficiais diante de outras formas de arte, eles são importantes discursos que se criam sobre nosso país. É preciso perceber como o universo plástico das artes institucionais e o pensamento de artistas-carnavalescos sempre estiveram em sinergia e reinventando possibilidades de país nas telas e avenidas”, observa o curador Marcelo Campos.

Mostra também apresenta fotografias de Guy Veloso e Vítor Melo

“Riscar o Chão” é a quarta exposição a ocupar o Arte Sesc desde a reabertura do espaço, em 2022. O centro cultural vem se dedicando a tornar acessível ao público obras do seu acervo de mais de 500 peças do Sesc RJ que vêm sendo paulatinamente tratadas, restauradas e selecionadas para compor exibições a partir de recortes curatoriais alinhados às discussões contemporâneas em artes visuais.

A mostra inaugural foi “Notícias do Brasil: Carybé, Cícero Dias e Glauco Rodrigues”, com gravuras assinadas por esses artistas em celebração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922. Na sequência, o espaço recebeu “Abstrações”, composta por obras de artistas mulheres que exploram o caminho da abstração em diferentes tempos e formas expressivas: Fayga Ostrower, Renina Katz, Anna Letycia e Anna Maria Maiolino (peças do acervo), Ana Cláudia Almeida e Laís Amaral (convidadas).

A terceira mostra, “ÀMÌ: Signos Ancestrais”, partiu de uma obra de Emanoel Araújo, restaurada após anos exposta em uma área externa do Sesc Copacabana e contou com os artistas convidados Raphael Cruz e Guilhermina Augusti. As obras estão em exibição na galeria do Sesc Barra Mansa até 14 de julho.

Serviço:

Exposição “Riscar o Chão”

Centro Cultural Arte Sesc (Rua Marquês de Abrantes, 99, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ)

Visitação: até 7/9/2024 – de segunda-feira a sábado, das 12h às 19h

Entrada franca.

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Sesc RJ)

Bariloche: para além da neve, um destino para se visitar com amigos

Bariloche, por Kleber Patricio

Imagem: almoracca/Pixabay.

De acordo com o levantamento realizado pela Airbnb, plataforma que oferece aluguel de imóveis por curta temporada, a Argentina despontou como o país mais pesquisado pelos brasileiros que planejam fazer uma viagem internacional no ano de 2024. E, entre as cidades mais populares do país, Bariloche se destaca como um dos destinos favoritos pelos turistas que buscam ampla variedade de atrações para desfrutar em grupos de amigos.

Com atividades na neve, vida noturna agitada, cervejas renomadas e até mesmo cassinos, a cidade argentina oferece um leque de possibilidades para viver momentos especiais com os amigos. Durante a noite, as baladas são os pontos de encontro para os turistas jovens. Realizadas no centro da cidade, às margens do Lago Nahuel Huapi, as festas contam com músicas, luzes e pistas de danças.

Bariloche também é conhecida pela cena cervejeira, com empreendimentos, fábricas de cervejas, pubs e bares. É possível explorar a Rota da Cerveja com paradas ao longo da Avenida Bustillo, no Circuito Chico, onde se pode conhecer o processo de fabricação de cervejas e participar de degustações. Ainda na cena noturna, o cassino da cidade oferece jogos como caça-níqueis e roleta eletrônica, além de tecnologia inovadora, como o sistema Interblock.

Foto: Emprotur Bariloche.

Além disso, Bariloche oferece opções de diversão na neve, como esqui e snowboard durante a temporada de inverno, que acontece de junho a setembro. A prática pode ser realizada por experientes e iniciantes, pois as escolas de esqui proporcionam aprendizado aos novatos. Outra opção é explorar as paisagens com motos de neve e quadriciclos. “Estamos entusiasmados em receber os turistas brasileiros em Bariloche. Queremos oferecer uma experiência única e cheia de aventuras, diversão, entretenimento e momentos inesquecíveis. Além das atrações, temos a nossa gastronomia, repleta de chocolates, cervejas e vinhos”, destaca Sergio Herrero, secretário de Turismo de Bariloche.

Duas companhias aéreas oferecem voos diretos para Bariloche a partir do Brasil. A Aerolíneas Argentinas que mantém sete voos diretos por semana (diário) de São Paulo para Bariloche. Os voos partem de São Paulo às 9h55 e chegam em Bariloche às 14h40 e o retorno ocorre às 14h30 de Bariloche, chegando em São Paulo às 18h40. A Azul Linhas Aéreas, por sua vez, vai operar quatro voos semanais diretos de 30 de junho até 25 de agosto, na terça-feira, quinta-feira, sábado e domingo, com voos partindo dos aeroportos de São Paulo e Viracopos para Bariloche, das 10h às 14h30, e no retorno do destino argentino, às 15h50 e 20h15.

Para mais informações de Bariloche:

Instagram @barilochebrasil e @barilochear

Facebook @BarilochePatagoniaBR

Site Emprotur Bariloche (entidade que promove o turismo de Bariloche)

Bariloche – Site Oficial de Turismo

Descubra o que Bariloche tem para oferecer. Conheça a variedade de opções na cidade e planeje sua viagem para que tudo saia como você sonhou.

Sobre a Emprotur Bariloche | A Emprotur é uma entidade mista responsável pelo fomento e promoção turística de Bariloche, um dos destinos mais requisitados da Argentina. A cidade abriga o centro de esqui mais desenvolvido da América do Sul, o Cerro Catedral, além de ter também o Cerro Campanário, considerado o oitavo lugar na lista das melhores vistas do mundo, segundo a National Geographic, e outros pontos turísticos ideais para a contemplação, como o Cerro Otto e o lago Nahuel Huapi. Bariloche é a capital nacional do turismo de aventuras, possuindo opções para a prática dos esportes de neve e de outras modalidades, como mountain bike, rafting, navegação e trekking. Localizada na região da Patagônia argentina, também é internacionalmente reconhecida pela produção de chocolates e cervejas artesanais.

(Fonte: Mapa 360)

Histórica banda norte-americana The Manhattans faz show em Campinas no mês de julho

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

Vencedores do Grammy, a histórica e clássica banda norte-americana The Manhattans, com participação especial de Gerald Alston, se apresenta no dia 6 de julho na Expo D. Pedro, em Campinas. O público poderá curtir e ter uma noite memorável de baladas soul atemporais com grandes clássicos dos anos 70. Os portões abrem às 20h. A realização do show é da Oceania Eventos.

Estão disponíveis para o público quatro tipos de ingressos: Diamante, Ouro, Prata, Lateral A e Lateral B. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Icones https://www.icones.com.br/evento/991696-the-manhattans, na Livraria Leitura do Parque Dom Pedro Shopping ou na bilheteria do local.

The Manhattans apresentando Gerald Alston

The Manhattans foram um daqueles grupos vocais clássicos de rhythm & blues que conseguiram alcançar uma incrível longevidade na carreira ao adaptar seu estilo para se adequar aos tempos em mudança. Formados nos anos 60 como um quinteto de R&B influenciado pelo doo-wop, The Manhattans se reinventaram com suaves e elegantes baladas de soul durante os anos 70.

Como qualquer entusiasta de R&B confirmará, o nome Gerald Alston sempre foi sinônimo de alma, elegância e sofisticação. A voz que nunca cansa. Alston herdou grandes responsabilidades e as desempenha admiravelmente há mais de 17 anos. Nascido em Henderson, Carolina do Norte, nos Estados Unidos, Gerald Alston, filho do Rev. J.B. Alston e sobrinho do grande cantor gospel Johnny Fields, dos Five Blind Boys of Alabama, aprendeu seu ofício na igreja. Como adolescente, ele formou o grupo Gerald Alston & The New Imperials. Durante uma apresentação local, Alston conheceu The Manhattans quando pegaram emprestado equipamento da banda de Alston. Ao ouvir Gerald ensaiar, os Manhattans adoraram o que ouviram e convidaram o jovem de 17 anos para se juntar ao grupo.

Alston assumiu como vocalista principal em 1970. O grupo obteve enorme sucesso nos anos 70 e 80 com músicas como “There’s No Me Without You”, “Wish That You Were Mine”, “Hurt”, “We Never Danced To A Love Song”, “Don’t Take Your Love From Me”, “I Kinda Miss You” e “It Feels So Good To be Loved So Bad”. O single de 1976 “Kiss and Say Goodbye” foi um sucesso tanto no R&B quanto no pop. The Manhattans ganharam um Grammy em 1980 pelo grande sucesso “Shining Star”.

O álbum de estreia de Gerald como artista solo pela Motown Records foi intitulado “Gerald Alston”, seguido por “Open Invitation” em 1990. Seu terceiro álbum em 1992, “Always In The Mood”, foi uma mistura de clássicos do R&B com música e nuances dos anos 90. Em 1993, Gerald assinou com a Scotti Brothers/Street Life Records e gravou seu álbum de estreia intitulado “First Class Only”, que Alston acredita ser um dos seus melhores álbuns.

No mesmo ano, Gerald se reuniu com Blue Lovett e The Manhattans para uma performance de 30 anos de reunião. The Manhattans, com Gerald Alston e Blue Lovett, desfrutaram de um sucesso renovado, se apresentando nacionalmente e ao redor do mundo. Alston está ansioso para uma carreira contínua como cantor, trazendo alegria, felicidade e alma sincera aos seus muitos fãs ao redor do mundo.

Serviço:

Show The Manhattans

Data: 6 de julho

Horário de abertura: 20h

Local: Expo D. Pedro – Avenida Guilherme Campos, 500 – Jardim Santa Genebra – Campinas/SP.

Mais informações: https://www.icones.com.br/evento/991696-the-manhattans.

(Fonte: Estrategic Assessoria e Comunicação)

Prefeitura do Rio e Universidade de Columbia anunciam pesquisadores brasileiros participantes de programa de intercâmbio sobre mudanças climáticas

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Campus da Universidade de Columbia, em Nova York. Foto: Divulgação.

A Prefeitura do Rio e a Universidade de Columbia, sediada em Nova York, por meio do Columbia Global Centers Rio e do Climate Hub Rio – seu centro de estudos dedicado ao clima localizado no Rio de Janeiro – anunciam os três pesquisadores brasileiros selecionados para participar do Programa de Intercâmbio para Lideranças Climáticas do Rio de Janeiro. O projeto, que reforça o compromisso da cidade com a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas, selecionou Daniel Mancebo, Cinthia Avellar e Nabil Moura Kadri para desenvolverem suas pesquisas em clima e meio ambiente no campus da Universidade de Columbia, de 13 a 29 de abril.

A iniciativa levará os profissionais do Rio para um período de estudos na Universidade de Columbia, em Nova York. Os líderes climáticos participarão de sessões intensivas com acadêmicos, pesquisadores e professores de inúmeros departamentos da Universidade. “A parceria da Prefeitura do Rio com a Universidade de Columbia é muito importante para o município desenvolver pesquisas voltadas para a resiliência climática. O intercâmbio de especialistas em sustentabilidade e clima – escolhidos em um rigoroso processo de seleção – com professores e pesquisadores de Columbia, em Nova York, garantirá à cidade do Rio um conhecimento que servirá de legado para as futuras gerações cariocas”, afirma o secretário municipal da Casa Civil, Eduardo Cavaliere.

A intenção do programa é apoiar projetos que enfrentam os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Para isso, a iniciativa visa reforçar o conhecimento e as conexões entre agentes envolvidos no trabalho relacionado com o clima, além de expandir as colaborações de indivíduos e instituições na cidade do Rio de Janeiro com a comunidade de pesquisadores em clima de Columbia. “Este programa é uma oportunidade única que vai fortalecer muito a já produtiva parceria entre a Cidade do Rio e a Universidade de Columbia. Juntos, estamos trabalhando para atenuar a maior crise na história do nosso planeta – e essa colaboração é fundamental para avançarmos no combate aos desafios climáticos”, afirma Thomas Trebat, diretor do Columbia Global Centers Rio.

Participantes ocupam postos de liderança climática no Bndes, INEA (Instituto Estadual do Ambiente) e Prefeitura do Rio

Um dos selecionados, Daniel Mancebo, coordenador geral do Escritório de Planejamento da Prefeitura do Rio, é geógrafo e mestre em gestão territorial. Foi responsável pela coordenação técnica de planos estratégicos voltados para a sustentabilidade e resiliência da cidade do Rio de Janeiro. Seu projeto de pesquisa focará na implementação de soluções de infraestrutura verde e azul nos “corredores de sustentabilidade” da cidade, visando combater emergências climáticas e melhorar a qualidade de vida nas áreas vulneráveis.

Já Cinthia Avellar, gerente de Hidrometeorologia no INEA (Instituto Estadual do Ambiente), mestre em meteorologia, dedicará seu projeto ao aprimoramento dos sistemas de monitoramento de enchentes fluviais, com foco especial no Rio Acari. Após a recente inundação que afetou milhares, seu trabalho busca desenvolver um sistema de alerta mais preciso, baseado em pesquisa de campo e modelagem hidrológica, para mitigar os impactos das enchentes nas comunidades vulneráveis.

Terceiro selecionado pelo programa, Nabil Moura Kadri, superintendente de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia do Bndes, com um Mestrado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, se concentra em explorar a modelagem de instrumentos financeiros que facilitem o acesso a recursos para avançar na agenda climática. Com vasta experiência em finanças climáticas, Nabil propõe soluções inovadoras que possam ser replicadas e implementadas para empoderar governos subnacionais no desenvolvimento de políticas ambientais eficazes.

Uma nova turma de especialistas em clima e sustentabilidade do Rio está sendo selecionada para um período de estudos, no segundo semestre, em Nova York. O Programa não apenas destaca o compromisso da Prefeitura do Rio e da Universidade de Columbia com a pesquisa climática de ponta, mas também enfatiza a importância de colaborações internacionais na luta contra as mudanças climáticas. A experiência promete não apenas enriquecer o conhecimento e a expertise dos pesquisadores selecionados, mas também contribuir significativamente para as iniciativas de sustentabilidade e resiliência climática no Rio de Janeiro.

O movimento marca, portanto, mais um passo na parceria entre a Prefeitura do Rio e a Universidade de Columbia, que completa 10 anos desde a inauguração do Columbia Global Centers Rio. Além disso, se soma ao longo histórico de protagonismo da pauta climática na cidade, que foi sede da Eco 92, do Rio+20 e, em 2024, sedia dezenas de eventos vinculados ao G20 – grupo das maiores economias do mundo –, inclusive a reunião de cúpula, em novembro.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Documentário ‘CIBERNÉTICAS’ vai a escolas públicas incentivar participação de mulheres na tecnologia

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: Divulgação.

Alcançar a equidade de gênero no mercado de trabalho da ciência e da tecnologia, assim como em outros setores da sociedade, ainda exige um grande esforço e compromisso coletivo. No Brasil, as mulheres representam mais da metade da população (51,5%), mas ainda são minoria nos postos de trabalho formais, com apenas 39% presentes no setor da tecnologia.

Essa disparidade é ainda mais evidente quando se observa a participação das mulheres negras na área, que correspondem a apenas 11,5% do percentual de contratações, conforme dados do relatório mais recente disponibilizado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

O documentário “CIBERNÉTICAS”, dirigido por Graziela Mantoanelli, é um exemplo de iniciativa que surge em um contexto de mobilização por mais projetos e iniciativas culturais que visibilizem e promovam a presença de mulheres em setores ainda subrepresentados. Produzido pela Deusdará Filmes com patrocínio da Unisys, o filme apresenta a trajetória de diferentes mulheres no mercado da tecnologia, além de encorajar a chegada de novos talentos femininos no setor.

“As mulheres são responsáveis por grandes contribuições na área da tecnologia e algumas das invenções mais importantes no mundo sem incentivo algum. Imagine se elas fossem incentivadas”, destaca a diretora Graziela Mantoanelli. “E o documentário é uma ferramenta potente de diálogo social que permite nos lançar em reflexões mais profundas e complexas sobre diferentes temas”, complementa.

O filme já coleciona nominações em 11 festivais nacionais e internacionais, com premiações de melhor documentário no alemão Berlin Indie Film Festival, no espanhol After Life Film Festival e no indiano 2 11 17 International Film Festival. Mais de 220 mil pessoas foram impactadas no primeiro ano de lançamento.

Tarefa pendente

São inúmeras as pesquisas que revelam e escancaram a invisibilidade feminina em diversas áreas. Em geral, as mulheres na ciência, tecnologia, engenharia e matemática publicam menos, recebem salários menores e não progridem tanto quanto os homens em suas carreiras, já avaliou o Instituto de Estatística da Unesco. “Ainda que a igualdade de gênero esteja consagrada no Direito Internacional desde 1948, apesar de décadas de ativismo e de ter um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU dedicado especificamente a ela, a igualdade de gênero permanece sendo ‘a tarefa pendente de nosso tempo’”, comenta Helen Silvester, diretora regional do British Council nas Américas, em relatório produzido em parceria com a Unesco.

Um dos setores críticos desse universo é o de inteligência artificial, que vive uma rápida expansão, mas que, segundo a ONU em 2018, as mulheres representavam apenas 22% dos profissionais que trabalhavam na área em todo o mundo. “Esta lacuna é visível em todos os 20 principais países com maior concentração de funcionários de IA e é particularmente evidente na Argentina, Brasil, Alemanha, México e Polônia, onde menos de 18% das mulheres profissionais possuem competências em IA”, explica a Unesco.

Em relação à iniciativa privada, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU e as estratégias ESG têm mobilizado empresas e incentivadores culturais a buscarem caminhos de aproximação e engajamento com processos de transformação social em torno da temática. “Na jornada da transformação tecnológica, a equidade de gênero é a chave para desbloquear o potencial máximo da inovação. Na Unisys, acreditamos que as empresas têm o poder e a responsabilidade de criar um ambiente inclusivo, onde todas as vozes são ouvidas e valorizadas. Ao apoiar iniciativas como o documentário ‘Cibernéticas’, estamos comprometidos em catalisar a mudança e capacitar as mulheres a liderarem e moldarem o futuro da tecnologia”, diz Aildes Monteiro, Project Manager na Unisys.

#PorMaisMulheresNaTecnologia

Mais do que um documentário, “CIBERNÉTICAS” também é um projeto expandido que engloba conteúdos para aprofundar a temática do filme e conhecer a contribuição de mulheres na tecnologia. O projeto é composto por uma temporada completa de cinco episódios do DD CAST, podcast da produtora Deusdará e parte das ações educativas integradas ao projeto.

“Quando falo sobre esse assunto específico da tecnologia em CIBERNÉTICAS, desejo que as mulheres que entrem em contato com os conteúdos produzidos possam se enxergar ali, entender que as barreiras existem, mas que todas nós podemos uma fortalecer a outra e reivindicar nossos espaços”, destaca a diretora.

Além de explorar as dificuldades do setor para o público feminino e o papel da educação na formação das profissionais do futuro, a iniciativa também incide contra o chamado Efeito Matilda, fenômeno social em que a contribuição das mulheres na ciência e na tecnologia é ignorada ou minimizada. “Não deveria haver essa diferença de que mulher não gosta de computação e de tecnologia. Se você for pensar no passado e no início da computação, a primeira programadora foi uma mulher”, comenta Ana Carolina Salgado, diretora de planejamento de programas especiais da Sociedade Brasileira de Computação e uma das entrevistadas do segundo episódio do podcast do filme, presente nas principais plataformas de áudio.

Disponível na Globoplay, o documentário também já impactou mais de 500 estudantes e educadores em exibições e debates gratuitos em escolas públicas e privadas de todo o país, por meio da plataforma Doc Station Play, que facilita a mediação cultural em instituições de ensino. “A gente precisa formar as crianças desde cedo, porque só tendo essa diversidade de olhares é que vamos conseguir minimizar um pouco do impacto social da computação e da tecnologia que está sendo feita principalmente por pessoas brancas, homens e geralmente héteros”, enfatiza ao longo do filme Soraya Roberta, doutoranda em Ciência da Computação e uma das personagens principais do documentário. Saiba mais.

Sobre Graziela Mantoanelli | Diretora executiva da Deusdará Filmes, Graziela Mantoanelli dirigiu “De peito aberto” (2019) e “Apurando o olhar” (2018). Cocriou e atuou em “Comer o quê?” (2015) e “Igual” (2016). Como produtora executiva, realizou quatro temporadas do programa “Idade Mídia”, para o Canal Futura, os filmes “À distância” (2015), “Prazeres & pecados” e “Ódio” (2013). Como atriz, trabalhou durante 10 anos com teatro documental e intervenções urbanas, como criadora-intérprete do grupo OPOVOEMPÉ, conquistando importantes prêmios e atuando internacionalmente. É mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo.

Sobre Doc Station Play | Plataforma de streaming especializada em documentários, possui um programa educativo chamado EducaDoc, que realiza circuitos educativos a partir de uma curadoria de documentários de seu catálogo. Também atende demandas por exibição gratuita em ambiente escolar ou comunitário sem finalidade comercial, além de facilitar e fazer a mediação cultural dos filmes em escolas de todo o Brasil.

Sobre a Deusdará Filmes | Produtora audiovisual especializada em documentários, a Deusdará cria, desde 2007, conteúdos transformadores para todas as plataformas. Realiza filmes, séries e programas de TV próprios e em parceria com agentes da indústria criativa, organizações sociais e empresas. Comunica a partir de narrativas inclusivas, compromisso ético com a justiça social e a diversidade.

(Fonte: Golin Brasil)