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Brasil
O espetáculo “Capiba, pelas ruas eu vou”, do projeto Aria Social, volta aos palcos recifenses neste mês de março. Visto por mais de 10 mil espectadores desde 2022, o musical, que conta a história do compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa (1933–1997), abre a temporada de 2024 no Teatro RioMar no dia 14 e segue com apresentações no Teatro de Santa Isabel de 20 a 24 de março. Em abril, estará em cartaz no Teatro do Parque. Até julho, o público poderá escolher entre 14 sessões já confirmadas nesses três teatros recifenses.
Em cena, 45 bailarinos-cantores do Aria Social e 19 músicos apresentam a história de Capiba num espetáculo vibrante e envolvente que une música, dança, canto, teatro, fotografia e cinema. “Capiba é o maior compositor de frevos pernambucanos, mas sua obra vai muito além desse ritmo, com valsas, choros, maracatus, sambas, marchas e música erudita, chegando a mais de 200 composições; entre elas, a ópera ‘Missa armorial’, uma obra-prima. É isso que mostramos no espetáculo: a multiplicidade e a riqueza do legado de Capiba”, lembra a bailarina Cecília Brennand, presidente do Aria Social e diretora-geral do musical. A direção musical e a regência do espetáculo são da maestrina Rosemary Oliveira, vice-presidente do Aria Social, e a concepção, direção artística e coreografia são de Ana Emília Freire.
Concebido a muitas mãos com o objetivo de valorizar a rica e plural cultura pernambucana, “Capiba, pelas ruas eu vou” estreou em 13 de outubro de 2022 e marcou os 30 anos do Aria Social. O projeto atende mais de 400 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social transformando vidas por meio da arte, com aulas de dança e música no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, zona sul da Região Metropolitana do Recife.
Durante cerca de uma hora, o musical apresenta a trajetória do menino nascido em Surubim, no Agreste pernambucano, em 28 de outubro de 1904, filho de um mestre de banda, que antes de aprender a ler já lia partituras. Morou na Paraíba e veio para o Recife aos 26 anos, tendo se tornado funcionário do Banco do Brasil. Cursou a Faculdade de Direito do Recife, mas nunca exerceu a profissão. Sua primeira composição foi “Valsa verde”, em 1931.
Os frevos dos anos 30, as valsas apaixonadas, os sambas, maracatus, ciranda, marchas e ópera são alinhavados em exibições de dança, teatro e música ao vivo – incluindo uma orquestra de câmara – entrelaçadas por projeções de cinema e fotografias que fazem o público imergir no espetáculo. Seguindo o princípio do Aria Social, de educação pela arte, parte das sessões marcadas são exclusivas para escolas públicas.
O espetáculo também terá apresentações agendadas em São Paulo no mês de julho. “Capiba, pelas ruas eu vou” tem figurino de Beth Gaudêncio; direção audiovisual e videografia de Max Levoy; design de luz e operação de Cleison Ramos; design de som e operação de Isabel Brito; e projeção de Gabriel Furtado. Os ingressos custam a partir de R$25,00.
TEMPORADA 2024
Teatro RioMar – 14/3/2024 – 20h
Teatro de Santa Isabel
21/3/2024 – 16h (escola) e 19h30
22/3/2024 – 19h30
23/3/2024 – 19h
24/3/2024 – 17h
Teatro do Parque
20/4/2024 – 19h
21/4/2024 – 17h
Teatro RioMar – 6/6/2024 – 20h
Teatro de Santa Isabel
13/6/2024 – 19h30
14/6/2024 – 19h30
15/6/2024 – 19h
16/6/2024 – 17h
Teatro RioMar – 4/7/2024 – 20h
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Sobre o Aria
O Aria Espaço de Dança e Arte foi criado em 1991 pela bailarina Cecília Brennand com o objetivo de abrigar e integrar todas as artes e contribuir para sua democratização cultural. Em 2004, foi transformado em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), tipo de instituição sem fins lucrativos, e passou a se chamar Aria Social. Com ênfase na formação completa de bailarinos-cantores, na introdução ao universo musical e ao empreendedorismo, o Aria Social produziu 16 espetáculos e já garantiu a 10 mil crianças, jovens e seus familiares acesso a oportunidades com grande potencial de transformar suas vidas.
O projeto tem como missão promover a transformação humana por meio da arte-educação, oferecendo a formação e profissionalização na música e na dança a 588 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Além de apoiar as famílias desses alunos, oferecendo capacitação em técnicas de artesanato e fomentando o empreendedorismo social a 140 mães artesãs por meio do projeto Casa de Maria, fundado em 2017.
(Fonte: Coreto Comunicação e Conteúdo)
Considerado o artista brasileiro mais ouvido no Spotify mundial, atingindo mais de 22,4 milhões de ouvintes mensais em 2023, Alok volta a Sorocaba no próximo dia 23 de março com o seu show ‘Alok Infinite Experience’ e promete surpreender o público com uma experiência multissensorial. O espetáculo, que já passou por Nova Iorque e Londres, é totalmente autoral e mistura elementos cênicos e telões gigantescos e de alta resolução, promovendo uma experiência única para o público.
Inovação é uma marca nos shows do artista, que sempre busca trazer ao público novas sensações durante as apresentações. Alok já quebrou o recorde de número de lasers utilizados em um único show no país e trouxe para uma live, em 2020, a mesma tecnologia 4D interativa do filme Star Wars. O público que marcar presença no evento vai poder conferir de perto um setlist preparado pelo próprio artista, com sucessos como ‘Hear Me Now’, ‘Deep Down’, ‘2 Much 2 Handle’, ‘Headligth’ e ‘Let’s Get Fkd Up’, entre outras.
O show ‘Alok Infinite Experience’ faz parte das comemorações de dois anos da Uzna. A casa, considerada a maior arena coberta do país, já trouxe para a cidade shows de renome nacional e internacional, colocando Sorocaba em destaque no cenário musical. Ao longo de mais de 730 dias, a Uzna já promoveu apresentações de mais de uma centena dos maiores artistas, recebendo mais de 200 mil pessoas de várias regiões do estado. Além disso, a casa proporciona mais de 700 vagas de trabalho, diretas e indiretas, que, somadas à movimentação hoteleira e do setor de serviços impactados pela presença do público, movimentam a economia sorocabana.
Parte destes números expressivos que a Uzna atingiu nestes dois anos se deve ao layout da casa. O espaço possui um palco 3D, com tecnologias que intensificam a experiência audiovisual. Outros destaques são o lounge para descanso, área gastronômica e a visibilidade do palco, permitindo ao público assistir os artistas em todos os cantos da casa.
O show ‘Alok Infinite Experience’ será no próximo dia 23 de março, a partir das 20h. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos aqui.
Serviço:
‘Alok Infinite Experience’ no aniversário da Uzna
Data: 23 de março
Horário: a partir das 20h
Local: Rodovia Senador José Ermírio de Moraes, km 5 – Sorocaba/SP
Ingressos online: site oficial
Informações: (15) 99666-9999.
(Fonte: Maktub Consultoria)
Para melhorar a qualidade de vida das populações da Amazônia é necessário empoderar meninas e mulheres indígenas e ribeirinhas, para que possam desenvolver seus potenciais e ter seus direitos garantidos. Com foco nisso, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) promove uma série de iniciativas para fortalecer o protagonismo feminino na Amazônia por meio de diversos projetos nas áreas de educação, esporte, cidadania, empreendedorismo e geração de renda.
Os impactos dessas ações incluem mais de 5,9 mil meninas e mulheres ribeirinhas do Amazonas beneficiadas com ações socioeducativas, aporte financeiro de R$1,2 milhão para cinco organizações indígenas lideradas por mulheres e o incentivo à formação de atletas, entre outras iniciativas.
Parentas que Fazem
O projeto “Parentas que Fazem” tem o objetivo de fortalecer organizações de mulheres indígenas empreendedoras do Amazonas por meio de qualificação profissional e apoio financeiro. A chamada selecionou cinco coletivos femininos indígenas formais e informais que vão receber, cada um, financiamento de R$250 mil, além de iniciação empreendedora, assessoria técnica e formação em gestão. Até março de 2024, foram realizadas quatro oficinas de elaboração de projetos e formações especializadas para as organizações selecionadas.
Outro eixo do projeto é um mapeamento das organizações indígenas femininas dos nove estados da Amazônia Brasileira. O levantamento identificou, até novembro de 2023, 118 organizações de 172 povos indígenas, mapeadas em 49 municípios. As atividades desenvolvidas por essas mulheres envolvem artesanato, atividades agrícolas, manejo, artesanato, culinária, apicultura, embalagens biodegradáveis, moda indígena, costura e artes.
De acordo com a supervisora do Subprograma Indígena da FAS, Rosa dos Anjos, as atividades do projeto “Parentas que Fazem” buscam fomentar o empoderamento de mulheres indígenas amazônidas, que geram renda em suas comunidades por meio de seus conhecimentos tradicionais.
“A busca pelo empoderamento das mulheres indígenas vem de décadas e é um aprendizado a cada dia. Essa oportunidade que a FAS está proporcionando por meio do projeto nos empodera a alcançar outras parentas, nos fortalece dentro e fora de nossas aldeias e comunidades. Somos resistentes, resilientes, reflorestamos mentes e corações”, afirma Rosa.
O “Parentas que Fazem” é uma iniciativa da FAS com apoio do Google.org, instituição filantrópica do Google, e parceria com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e Makira-E’ta – Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas.
Arquearia indígena
A atleta indígena Graziela Yaci Santos sabe bem como o apoio e o incentivo corretos podem levar as mulheres ao lugar mais alto do pódio. Por meio do projeto Arquearia Indígena da FAS, a jovem conheceu o Tiro com Arco como esporte em 2014 e desde então vem colecionando vitórias. Graziela participou dos Jogos Sul-Americanos de 2018, na Bolívia, onde foi medalhista de ouro duas vezes, e do Grand Prix do México, onde conquistou uma medalha de prata. Em 2019, a atleta da etnia Karapanã entrou para a história como a primeira indígena a representar o Brasil no Tiro com Arco em um Pan- Americano.
“A FAS tem sido indispensável para tudo isso acontecer. Foi através do projeto Arquearia Indígena que conheci o tiro com arco e me identifiquei com o esporte, tudo idealizado e apoiado pela Fundação, então eu tenho muita gratidão por tudo que fizeram e estão fazendo”, conta a atleta.
Graziela entende a importância de sua representatividade enquanto mulher e indígena para inspirar outras meninas e mulheres. “É importante para inspirar as pessoas, para terem coragem e comprometimento com seus sonhos e objetivos, sempre buscarem melhorar e aprender, que é possível sim realizar nossos objetivos; não é fácil, mas se trabalharem e acreditarem, vão conseguir. Meu desejo é que todas as mulheres se empoderem de coragem, que busquem melhorar suas vidas; tudo é possível, só precisamos buscar e fazer acontecer. Nós mulheres somos fortes, sem distinção”, afirma.
Educação
O projeto Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas da Amazônia (Dicara) é outro componente importante no trabalho realizado pela FAS para fortalecer a rede de proteção da juventude da floresta, incluindo meninas e adolescentes. Por meio de ações socioeducativas nas áreas de educação, cidadania, lazer e esporte, além de capacitações, oficinas e orientações de enfrentamento a desafios da juventude, o Dicara já atendeu mais de 5,9 mil meninas e mulheres em comunidades ribeirinhas e bairros periféricos do Amazonas.
O desporto é uma das práticas incentivadas pelo Dicara, que promove as “Olimpíadas da Juventude da Floresta”, eventos socioeducativos que combinam lazer, cultura e esporte por meio da disputa de diversas modalidades desportivas. As meninas e adolescentes são participantes entusiasmadas da competição, que inclui o futebol feminino, uma das categorias mais disputadas do evento. Nesse espaço, o talento dessas jovens atletas pode ser visto e desenvolvido, contribuindo para florescer e concretizar sonhos na Amazônia.
Rede de Mulheres
Em 2023, a FAS realizou o Seminário Mulheres da Floresta, evento que teve como objetivo potencializar o protagonismo feminino das populações de Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas (TIs) e Comunidades Remanescentes Quilombolas (CRQs) da Amazônia e fortalecê-las nas tomadas de decisões em seus territórios.
O evento resultou em um manifesto que abordou os seguintes temas prioritários: Mudanças Climáticas, Segurança, Educação, Saúde, Desenvolvimento Econômico, Empoderamento e Infraestrutura Comunitária, entregue para representantes políticos do Amazonas e do país.
Além disso, foi criada a Rede de Mulheres das Águas e das Florestas (REMAF), rede colaborativa entre mulheres ativistas da sociobiodiversidade que potencializa o protagonismo feminino de populações tradicionais ribeirinhas, indígenas e quilombolas; na defesa de seus direitos públicos à saúde, educação, segurança pública, geração de renda e empreendedorismo e na busca por soluções ao enfrentamento das mudanças climáticas.
A rede é apoiada pela BrasilFoundation, Green Economy Coalition e Oak Foundation e hoje conta com a secretaria executiva de Marysol Goes, responsável pelo HUB de Bioeconomia Amazônica, rede coordenada pela FAS em parceria com a Green Economy Coalition que articula e conecta mais de 160 lideranças e organizações que promovem uma bioeconomia amazônica inclusiva.
Sobre a FAS | A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 16 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 40% no desmatamento em áreas atendidas.
(Fonte: Up Comunicação Inteligente)
No mês de março, a Fundação Dorina Nowill para Cegos, referência em inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, comemora seu 78º aniversário. Este marco representa mais um ano de realizações significativas e firme comprometimento com a comunidade atendida.
Somente no último ano, a Fundação Dorina prestou atendimento a mais de 1,2 mil pessoas cegas e com baixa visão, realizando mais de 29 mil atendimentos. A Rede de Leitura Inclusiva, que completou uma década de atuação, impactou, em 2023, aproximadamente 3 mil pessoas em 40 cidades brasileiras por meio de encontros presenciais e on-line. Com a participação de 575 instituições cadastradas em 301 municípios, o alcance dos materiais acessíveis produzidos pela Fundação foi ampliado significativamente.
A Gráfica, que é um dos alicerces da Fundação Dorina, desempenhou um papel vital, imprimindo, ano passado, cerca de 14 milhões de páginas em braille. O lançamento de novos e modernos estúdios resultou na produção de cerca de 40.000 páginas em áudio no último ano. Uma inovação notável foi a implementação da Plataforma Braille, um projeto inovador que permitirá ampliar a escala de produção editorial, possibilitando que mais páginas impressas e mais livros em Braille sejam produzidos. “Em meio a tantas realizações, a Fundação Dorina expressa profundo agradecimento aos parceiros, doadores, voluntários, conselheiros e colaboradores, que contribuíram significativamente para o sucesso dessa trajetória. É por meio desse apoio essencial que a instituição continua a oferecer atendimentos gratuitos promovendo a autonomia e independência de pessoas cegas e com baixa visão”, ressalta Francisco Henrique Della Manna, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Dorina.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos teve seu início há 78 anos a partir do sonho e da determinação de uma jovem de 17 anos que, ao ficar cega, buscou incansavelmente oportunidades para continuar estudando e trabalhando. Inaugurada como Fundação para o Livro do Cego no Brasil, o objetivo inicial era difundir o Sistema Braille por meio dos livros.
Atualmente, a Fundação mantém-se fiel a essa missão, produzindo materiais acessíveis em todos os formatos, como braille, audiobooks, digital e fonte ampliada. Além disso, expandiu suas atividades para oferecer educação, trabalho e informação a um maior número possível de pessoas com deficiência visual no Brasil. As principais frentes de atuação incluem habilitação e reabilitação, programas de empregabilidade, cursos de capacitação, e colaboração com famílias, escolas e empresas para promover a inclusão em todos os aspectos.
A Fundação Dorina lança no dia do seu aniversário o novo site. Com design moderno e funcionalidades aprimoradas, a navegação tornou-se mais fácil, proporcionando aos visitantes uma jornada online mais fluida. O layout intuitivo permite que os usuários encontrem facilmente as informações que procuram, enquanto as novas seções e recursos oferecem uma visão abrangente das atividades e iniciativas da Fundação.
Em constante processo de evolução, expansão e inovação, atualmente a Fundação Dorina atinge pessoas nas mais diversas cidades brasileiras, mantendo viva a visão e os valores de sua fundadora.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 78 anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional.
Responsável por um dos maiores parques gráficos braille em capacidade produtiva da América Latina, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.
A instituição também oferece uma gam de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, audiodescrição e consultorias especializadas como acessibilidade arquitetônica e web. Com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual. Mais detalhes no site.
(Fonte: RPMA Comunicação)
Reencantar o mundo – essa é a proposta do artista francês Jean-Michel Othoniel, que ganha sua primeira individual no Brasil a convite da Simões de Assis a partir de 16 de março. Othoniel é reconhecido por instalações de dimensões arquitetônicas em que experimenta uma diversidade de materiais para compor as obras, como vidro, ouro, cera, enxofre, obsidiana e metal.
“Sob outro sol” apresentará esculturas totêmicas de vidro indiano espelhado, pinturas sobre folhas de ouro e pendentes de vidro Murano, além de uma escultura de aço inoxidável espelhado. Esta última, a obra “Collier Miroir”, é uma escultura semelhante aos colares de vidro pendentes que o artista produz em vidro de Murano, mas dessa vez feita em inox espelhado e autoportante com quase três metros de altura.
Estes trabalhos transitam no limiar entre o íntimo e o monumental – pinturas delicadas sobre folhas de ouro convivem com grandes pendentes de contas e as séries radiantes de tijolos de vidro, como ‘Wonder Block’ (2023) e ‘Oracle’ (2023), expostas também em 2021 no Petit Palais, em Paris.
No campo da pintura, Othoniel se interessa enfaticamente no simbolismo potente das flores, assim como materialidade, focada especificamente na ambiguidade entre a força e a fragilidade do vidro. Nelas, o artista continua a investigar acerca da natureza por meio de uma abordagem contemplativa e minimalista, retratando sua visão romântica do mundo em que prazeres simples, como a fauna, são reflexos de significados ocultos.
Entre museus de arte, espaços públicos e coleções privadas, as obras de Othoniel impressionam pela estética deslumbrante e pelo diálogo com o entorno. São muitas as obras criadas para espaços públicos, como na Catedral de Angoulême, no Palácio Ideal do Facteur Cheval, em jardins botânicos do Brooklyn, no jardim de Versalhes ou no transporte público de Paris. Esta última, “Le Kiosque des Noctambules”, é uma instalação site-specific localizada na estação Palais Royal – Musée du Louvre. Comissionada para a celebração do centenário do metrô de Paris, a escultura colorida acolhe o público como uma pausa de encantamento na histeria da cidade apressada. Segundo Marc Pottier, que assina o texto crítico, a mostra exibe “uma ampla gama de trabalhos que não podem ser confinados a nenhuma categoria, mas que também não compõem uma retrospectiva. O que o artista aspira é prover uma visão global de seu trabalho multifacetado”.
A técnica no tratamento dos materiais é a pedra angular do trabalho do artista, que há 30 anos descobriu no vidro soprado uma infinidade de variações possíveis para a elaboração conceitual do seu trabalho em parcerias com mestres vidreiros e artesãos de várias partes do mundo como Itália, Suíça, México e Japão, por exemplo. “Os materiais são uma das chaves para a leitura dos meus trabalhos, são a parte visível do iceberg; a sequência de significados também se faz por meio de palavras, textos, obsessões, coisas não ditas, encontros, perdas”, declara o artista.
A passagem de Othoniel pelo Brasil tem início na Simões, se expandindo para o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, no último trimestre de 2024, com uma exposição individual e a participação na Bienal de Curitiba, ambas curadas por Marc Pottier, apresentando a obra “The Eye of Night”.
“A ideia de encantamento e admiração é o que o artista colocou no centro de sua exposição na Galeria Simões de Assis, e suas transgressões estéticas sempre levam a uma forma de reencantamento”, afirma Pottier. Com um sentido amplo, o título da mostra está ligado tanto às obras muito luminosas, como as pinturas de flores e os tijolos em vidro, como à chegada do artista em outro hemisfério, que potencializa novas interpretações do seu trabalho.
Sobre o artista | Jean-Michel Othoniel (Saint-Étienne, França, 1961) é um dos grandes nomes da arte contemporânea internacional. Esculpe peças que se assemelham a joias, tanto pelo aspecto formal, quanto pelo preciosismo dos materiais, que vão de contas a tijolos de vidro de Murano soprado. Suas formas contemplativas navegam pelos reinos paradoxais da monumentalidade e delicadeza, do ornamento e do minimalismo. Com mais de 100 exposições individuais ao redor do mundo, além de centenas de exposições coletivas, Othoniel foi amplamente premiado, com destaque para a distinção de Cavaleiro da Ordem de Artes e Letras da França. Suas obras integram importantes coleções internacionais, como o Centre Pompidou, a Fondation Cartier pour l’art contemporain, em Paris; o Musée National d’Art Moderne de Paris; o Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, o Brooklyn Museum, em Nova York; o Museum of Glass, em Tacoma; a Peggy Guggenheim Collection, em Veneza; o Museum of Comtemporary Art (MoCA), Miami; e o Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York.
Sobre Marc Pottier | Marc Pottier é um curador de arte contemporânea com ênfase em arte em espaços públicos e plataformas culturais digitais. Trabalhou por oito anos no Ministério de Relações Internacionais da França no Rio de Janeiro e em Lisboa como cultural attaché. Desenvolveu a curadoria de importantes exposições no Brasil e na Europa, além de coordenar o Royal Group Public Art Park nos Emirados Árabes. É o autor do livro “Made by Brazilians”, apresentando entrevistas com 230 profissionais do cenário da arte contemporânea brasileira, além de ter sido o curador convidado da 3ª Bienal da Bahia. Desde 2016, colabora com o projeto da Cidade Matarazzo Floresta Atlântica, em São Paulo em parceria com Jean Nouvel e Philippe Starck, com 50 obras de arte site-specific e em áreas públicas.
Sobre a Simões de Assis
Desde a sua abertura, a Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente para a produção latino-americana. Ao longo de décadas de trabalho, a galeria se especializou na preservação e na difusão do espólio de importantes artistas, como Emanoel Araujo, Ione Saldanha, Carmelo Arden Quin, Cícero Dias e Miguel Bakun, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis.
A arte é também aquilo que se produz a partir dos tantos encontros. A partir do contato estreito com pesquisadores e curadores, a Simões de Assis conseguiu a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Ampliando o alcance do mercado de arte no Brasil, a Simões de Assis tem três espaços, em São Paulo, Curitiba e Balneário Camboriú, estimulando trocas e debates, além de fomentar a carreira de seus artistas.
Serviço:
Exposição “Sob outro sol” | Individual de Jean-Michel Othoniel
Abertura: 16 de março
Período: 16 de março a 4 de maio
Local: Simões de Assis
Endereço: Alameda Lorena, 2050 – Jardim Paulista, São Paulo (SP)
Entrada gratuita.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)