Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
“Deusas” é um trabalho solo de dança que estará em breve temporada no CCSP dias 12, 13 e 14 de março às 21h. O trabalho é uma realização do Núcleo Boia de Dança, com criação e interpretação de Luma Preto, direção e concepção de Ilana Elkis. Com curadoria de Mark Van Loo, “Deusas” integra a programação deste mês junto à outras artistas da dança, em comemoração ao Mês da Mulher.
“Deusas” (2023) é um braço da obra “Musa” (2020-2022), que aqui se desmembra em uma versão solo, que busca refletir sobre coreografias impregnadas no corpo a partir de valores culturais que ditam o ideal da mulher. A partir de um olhar sob a mulher na história da arte, da antiguidade à contemporaneidade, ambos trabalhos se propõem a instaurar uma discussão acerca da mulher como objeto-imagem sob a perspectiva do olhar do seu consumidor- espectador, em um contexto patriarcal e ocidental.
Enquanto “Musa” é realizado por quatro-performers, “Deusas” é um trabalho solo onde a criadora e intérprete Luma Preto incorpora tais assuntos somando a um olhar para algumas Deusas da mitologia grega do livro “Mulheres e Deusas” de Renato Noguera.
A distribuição do público ao redor da bailarina seminua faz alusão a uma experiência de exposição de uma obra de arte, contexto onde o corpo da mulher é contemplado e objetificado sistematicamente sob um olhar hegemônico, geralmente masculino.
Durante o trabalho, que tem duração de 40 minutos, a bailarina vai compondo instantaneamente tensões e torções, onde imagens- sensações vão sugerindo em nosso imaginário figuras híbridas, entre o real e o mítico, que instauram uma experiência de sensações que passam do encantamento ao incômodo. Após o término da apresentação, haverá um bate-papo com o público, a direção e a bailarina para fomentar discussões sobre o trabalho em si, assim como sobre os processos de criação em dança realizados por mulheres.
Sobre o Boia e o solo “Deusas” | Boia é um núcleo artístico de pesquisa em dança que Ilana Elkis desde 2018 vem coordenando junto às parcerias artísticas para concentrar e articular investigações e práticas. O nome Boia, se trata de uma metáfora escolhida, justamente para imaginar uma plataforma que busca se estabilizar dentro de contextos instáveis da realidade, que nos é apresentada ao trabalhar com arte e cultura em São Paulo, no Brasil e no mundo. Boia é um lugar inventado para resistir e dar continuidade ao labor processual.
“Deusas” foi criado de forma independente, com apoio do programa de residentes do Centro de Referência da Dança, mas sem nenhum financiamento público ou privado. Teve a oportunidade de se apresentar em diferentes contextos. Foi apresentado pela primeira vez como mostra de processo em março/2023, na Mostra de Residentes do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo. Teve sua estreia oficial em maio/2023 em uma breve temporada de quatro dias no Teatro Centro da Terra, sob a curadoria de Diogo Granato. Em agosto/2023 foi convidada para participar da semana de inauguração do novo espaço do curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi e, em setembro/2023, a obra foi contemplada a participar da 7ª edição do Mulheres em Cena, idealizado por Vanessa Macedo e produzido pela Cia. Fragmento de Dança, onde se apresentou na Oficina Cultural Oswald de Andrade.
Sobre a diretora Ilana Elkis
Ilana Elkis é artista da dança e das artes performativas. Nasceu em 1982 na cidade de São Paulo, onde trabalha atualmente como bailarina, coreógrafa, pesquisadora, diretora e professora. É bacharel e licenciada em Dança e Movimento pela Universidade Anhembi Morumbi (2010), e Mestre em Artes Cênicas pela ECA–USP, onde desenvolveu a dissertação “Entre Lugares”, acerca da dança em espaços dentro-fora da caixa cênica.
Em 2018, fundou o núcleo Boia, no qual assina a direção/coreografia de dois trabalhos, “Lampejo” (2019) e “Musa” (2021), que foi contemplado pela Lei Municipal Aldir Blanc. Atualmente, desenvolve um solo dança-instalação “Lugar Provisório” (2021-22) que traça um diálogo performativo com a dança, e retoma a investigação de som-movimento-imagem de Ressonuance (2016). Em 2011/2016, cocoreografou Plongeé – dança site-specific contemplada por dois prêmios e NC: NC-Site –Specific do CCSP (2011) e Funarte circulação Klauss Vianna (2015).
Também é intérprete-criadora, há 14 anos, dos núcleos artísticos paulistanos – Silenciosas e Núcleo Cinematográfico de Dança. Professora atuante de Dança Contemporânea na Sala Crisântempo é parceria pontual no curso de extensão da São Paulo Escola de Dança, como professora de técnica de chão. Atua como educadora do movimento, através das abordagens somáticas e Pilates em estúdios e salas, em São Paulo.
Sobre a bailarina Luma Preto (@lumapreto)
Luma Ribeiro Preto, 33 anos, natural da cidade de São Paulo/SP, é bailarina, professora e pesquisadora em Dança formada em Bacharel e Licenciatura em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi, desde 2018. Formada em Ballet Clássico pelo método cubano da Escuela Nacional de Ballet de Cuba, a partir da escola de dança Ballet Paula Castro, desde 2012. Estudou ballet por três meses com bolsa de estudos na Escuela Nacional de Ballet de Cuba em Havana/Cuba, em 2011. Atuou como bailarina na companhia Ballet Centro del Conocimiento em Posadas – Missiones/ Argentina, em 2013.
Atua como intérprete-criadora do Boia Núcleo de Dança sob direção de Ilana Elkis desde 2018. Atua como professora de balé no projeto Balé na Vila sob direção de Zélia Monteiro, com quem mantém aulas regulares de balé. Atua como professora na Associação Fernanda Bianchini, onde ministra aulas de balé e dança para adultos e crianças com e sem deficiência.
Desenvolveu em 2022/2023 um solo de dança contemporânea nomeado “Deusas” junto ao Boia Núcleo de Dança sob direção de Ilana Elkiscdeusda que reflete sobre influências ocidentais que formam um corpo feminino e possíveis transformações e ressignificações dessas influências. Além disso, desde junho/2023 participa do Grupo de Estudos dirigido por Diogo Granato.
Ficha Técnica
Nome da obra: Deusas
Grupo: Boia Núcleo de Dança
Criação, produção e interpretação: Luma Preto
Direção: Ilana Elkis
Curadoria: Mark Van Loo
Criação de Luz: Fellipe Oliveira
Operação de luz: Letícia Trovijo e Giorgia Tolaini
Comunicação: Mara Ribeiro
Criação da trilha: Natália Nery e Lana Scott
Operação de som: Ilana Elkis
Produção: Verônica Piccini
Vídeo: Mayra Azzi
Foto: Mica Wernicke
Agradecimentos: Centro de Referência da Dança, Jambu Galpão e Bombelêla Estúdio de Dança
Duração: 60min
Classificação indicativa: 16 anos
Data: 12, 13 e 14 de março/2024, de terça a quinta
Local: Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade – São Paulo/SP
Agradecimentos: Centro de Referência da Dança, Jambu Galpão e Bombelêla Estúdio de Dança
Duração: 60min
Classificação indicativa: 16 anos
Data: 12, 13 e 14 de março/2024
Local: Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade – São Paulo/SP
CCSP – Ingressos Gratuitos
BOIA
Site
(Fonte: Mara Ribeiro Comunicação Multimídia)
A Pinacoteca de São Paulo apresenta a instalação “Topografia da Memória”, da artista goiana Sallisa Rosa, de 16 de março a 28 de julho de 2024. Comissionada pela Audemars Piguet Contemporary em 2023 e com curadoria convidada de Thiago de Paula Souza, a instalação é a maior obra inteiramente em cerâmica produzida pela artista. A instalação de cerâmica em grande escala estará em exposição na Pinacoteca de São Paulo marcando a primeira vez que a Audemars Piguet Contemporary trará uma de suas obras comissionadas para o Brasil.
Antes de viajar para São Paulo, a obra foi inaugurada na Rotunda do Collins Park, em Miami, durante a Art Basel Miami Beach em dezembro de 2023. Essa foi a primeira vez que a artista fez uma exposição individual nos Estados Unidos. A exposição na Pinacoteca coincidirá com a SP-Arte, que acontece de 3 a 7 de abril de 2024.
“Topografia da Memória” é composta por mais de 100 peças de cerâmica feitas à mão, produzidas a partir de barro coletado, criando um ambiente a ser explorado pelo público. A obra foi comissionada pela Audemars Piguet Contemporary, cuja equipe curatorial trabalhou em estreita colaboração com o curador convidado Thiago de Paula Souza para apoiar a visão de Sallisa e o desenvolvimento do projeto.
Com “Topografia da Memória”, Sallisa Rosa (nascida em Goiânia em 1986) criou uma paisagem imersiva que nos convida à contemplação e a um encontro físico com a matéria. Fazendo referência às flutuações do nosso ambiente natural, a obra modular evoluiu desde sua primeira versão em Miami para ativar o espaço singular da recém-inaugurada ala da Pinacoteca que é dedicada à arte contemporânea: a Pina Contemporânea. Instalada em uma galeria com grandes janelas, a instalação incorpora a luz natural e vistas da paisagem circundante, conectando as cerâmicas à terra e aos elementos dos quais foram feitas. As esculturas no chão têm a forma de estalagmites e lembram uma caverna, enquanto as esculturas penduradas no teto são esféricas, com sua disposição lembrando um planetário, abraçando simbolicamente tanto o mundo subterrâneo quanto o cosmos infinito.
Compostas de barro coletado à mão na área metropolitana do Rio de Janeiro, cada escultura foi queimada a 800 graus Celsius em um forno a lenha situado em uma vala subterrânea, proporcionando uma materialidade precisa que se conecta diretamente à terra. O processo de Sallisa convida os visitantes a reconsiderar sua relação com a memória, a terra e o ambiente como locais de cultura e identidades.
Com este trabalho, o objetivo de Sallisa é explorar formas coletivas de recordação, estabelecendo uma conexão entre a erosão da terra e a erosão da memória. Seu uso de barro coletado, que valoriza o saber tradicional e preserva métodos de trabalho não industriais, desempenha um papel fundamental em sua produção, pois a artista acredita que a cerâmica tem a capacidade simbólica de armazenar a memória e nos ajudar a recordar.
Como muitos brasileiros de sua geração, Sallisa enfrenta desafios e incertezas ao tentar compreender sua própria ancestralidade. A progressiva perda de memória de sua avó, uma figura central na união dos fios que tecem sua história familiar fragmentada, é uma das principais inspirações de “Topografia da Memória”.
Em sua prática artística, Sallisa trabalha com fotografia, vídeo, performance e instalação. Seu trabalho explora a conexão humana com a terra. Ela tem um interesse especial em colaborar com comunidades, ecoando uma das convicções da Audemars Piguet de que a cultura conecta as pessoas, contribuindo para o entendimento delas e entre elas. A artista utiliza barro coletado como material, estabelecendo uma conexão única com a terra, o solo e o território. Tendo trabalhado antes no Rio de Janeiro, Sallisa recentemente se mudou para Amsterdã para participar de uma residência artística na Rijksakademie.
A Audemars Piguet Contemporary trabalhou em estreita colaboração com o curador independente Thiago de Paula Souza na realização de “Topografia da Memória”, apoiando Rosa na evolução de sua prática artística. Thiago, que é originalmente de São Paulo e atualmente vive em Gotemburgo, fez a curadoria de várias exposições internacionais e traz um extenso conhecimento do cenário da arte contemporânea brasileira. Sua colaboração com a Audemars Piguet Contemporary no comissionamento de uma obra de Sallisa Rosa destaca a missão contínua do programa de apoiar artistas em várias etapas de suas carreiras, em diferentes áreas de pesquisa, especialização e produção artística, incentivando o diálogo com os públicos globais. “Trazer Topografia da Memória para a Pinacoteca tem um significado especial para mim. É quase como se a obra estivesse voltando para casa. A terra é o lugar da memória, e esta instalação explora relações e conexões com a terra, o território e a memória – temas importantes para as comunidades brasileiras. Minha intenção é que as pessoas percorram a obra ativando a memória coletiva”, afirma Sallisa Rosa.
Sobre Sallisa Rosa | Sallisa Rosa (1986, Goiânia, Brasil) vive atualmente em Amsterdã para participar de uma residência artística na Rijksakademie. Ela teve sua primeira exposição individual no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 2021. Seu trabalho foi incluído em exposições coletivas na SNAP, em Xangai (2023); no Visual Arts Center, no Texas (2022); no Théâtre de L’Usine, em Genebra (2022); na Royal Academy of Arts, em Londres (2021); no Paço das Artes, em São Paulo (2021); na Frestas – Trienal de Artes, em Sorocaba (2020/21); na Anya and Andrew Shiva Gallery, em Nova York (2020); no Museu de Arte do Rio, (2020, 2017); no Museu de Arte de São Paulo (2022, 2020, 2019); no Banco do Brasil Centro Cultural, no Rio de Janeiro (2019) e na Bienal de Barro de Caruaru (2019), entre outros. Rosa foi indicada ao Prêmio PIPA (2022, 2020) e é uma beneficiária do Prêmio Seed do Fundo Príncipe Claus (2021).
Sobre Thiago de Paula Souza | Thiago de Paula Souza é curador e educador que se interessa pela ampliação e reelaboração do formato de exposição, bem como pela capacidade da arte contemporânea e da educação de repensar o passado e criar novos códigos éticos. Sua prática envolve diferentes configurações de conhecimento e poder, permitindo contradições e construindo infraestruturas para imaginar um mundo onde a violência não seja mais seu fundamento. Em 2022, foi cocriador das exposições “While we are embattled”, no Para Site, Hong Kong, e Atos de revolta, no MAM-Rio. Entre 2020 e 2021, fez parte da equipe curatorial da 3ª edição da Frestas – Trienal de Artes, São Paulo, organizada pelo Sesc-SP. Em 2018/2019, foi bolsista do Programa Pós-acadêmico da BAK em Utrecht, onde também fez a curadoria da primeira exposição individual de Tony Cokes na Holanda. Ele integrou a equipe curatorial de We don’t need another hero – 10th Berlin Biennale (2018) e, mais recentemente, foi conselheiro curatorial da 58th Carnegie International (2021/2022). Atualmente, faz parte do programa de doutorado da HDK-Valand, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e é cocurador do programa Nomadic do Vleeshal Center for Contemporary Art.
(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)
Nos últimos 60 anos, houve uma queda significativa no número de tubarões capturados ao longo da costa de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Sem acesso a áreas de proteção, os indivíduos ficaram expostos à pesca predatória durante o século passado e, como resultado, passaram a ser menos abundantes nos antigos locais de captura a partir de 2006. Portanto, apesar do aumento das atividades pesqueiras na região, pescadores da região relatam uma redução de 75% na captura de espécies destes animais neste período. Os dados são de estudo das Universidades Federais Fluminense (UFF), de Santa Maria (UFSM) e do Oeste do Pará (UFOPA) publicado na revista “Neotropical Ichthyology” na sexta (8) e trazem informações sobre a população desses animais na costa fluminense.
Os pesquisadores entrevistaram, entre julho de 2018 e 2019, 155 pescadores com experiência de pesca de três até 64 anos na região de Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, para investigar mudanças no número e na distribuição espacial dos tubarões nesta região. As entrevistas abordaram a época de reprodução, os comportamentos alimentares, a quantidade de capturas ao longo do tempo e outras características das espécies de tubarões. Os dados foram divididos em dois grupos: antes e depois de 2006. Neste ano, houve o fechamento da Companhia Nacional de Álcalis, em Arraial do Cabo, o que fez com que a pesca artesanal voltasse a se tornar a principal fonte econômica do município.
O artigo destaca que cerca de 2 mil indivíduos dessas espécies foram capturados com rede de praia entre 1979 e 2005. De 2006 a 2019, o número de tubarões capturados caiu para 500, ou seja, 75% a menos do que no período anterior. O estudo ressalta que a sobrepesca ao longo dos anos fez com que os animais se afastassem da costa. Após 2006, quando novos locais de pesca passaram a ser explorados, as capturas desses animais passaram a se concentrar em locais mais distantes.
“Os pescadores relataram seis espécies de tubarões, todas categorizadas como ameaçadas segundo listas nacionais e globais, como a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas e a União Internacional para a Conservação da Natureza”, explica Carine Fogliarini, lider do estudo e pesquisadora da UFSM. Os tubarões mais capturados foram o tubarão-galha-preta, o tubarão-anequim e o tubarão-barriga-dágua. Nas últimas seis décadas, as capturas do tubarão-galha-preta foram marcadas por uma queda de mais de 70% em um dos locais de pesca próximo a costa. Em geral, a localização espacial dos locais de pesca de tubarões na costa cabista também mudou, segundo relatam os pesquisadores.
A região de Arraial do Cabo tem uma reserva extrativista classificada como unidade de conservação de uso sustentável. Criada em 1997 para proteger recursos naturais e direitos de pescadores locais, a Reserva Extrativista Marinha do Arraial do Cabo carece de zonas de proibição de pesca definidas. Assim, a gestão da pesca e a fiscalização da captura de espécies ameaçadas e protegidas é insuficiente, segundo Fogliarini. “A falta de áreas de refúgio ou berçários contribui para a vulnerabilidade das espécies marinhas diante da pesca intensa”, completa.
Os resultados do estudo apontam para a necessidade de políticas de proteção de ecossistemas mais eficazes ampliando o envolvimento das comunidades locais. A pesquisadora defende a promoção do turismo sustentável com uma gestão efetiva da pesca em locais como Arraial do Cabo. “Um tubarão vivo vale muito mais do que um animal morto onde o turismo para ver esses animais existe. Vários países proibiram a pesca de tubarões devido ao risco de colapso das espécies e à importância desses animais para o equilíbrio das cadeias alimentares”.
A equipe de pesquisa quer contribuir para frear ou reverter o declínio populacional de tubarões na costa brasileira, o que pode ser feito por meio do monitoramento de pescarias, campanhas educativas para conscientização e redução do esforço de pesca com abertura de novas possibilidades de geração de renda para os pescadores. “Não adianta apenas proibir a pesca, pois os pescadores precisam sustentar suas famílias. Eles necessitam ter alternativas de geração de renda na pesca ou em outras atividades que sejam mais sustentáveis”, finaliza a autora.
(Pesquisa indexada no Scielo – Fonte: Agência Bori)
A temporada oficial de 2024 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro inicia no dia 8 de março, às 19h, com a Série Celebrações ressaltando as obras dos compositores alemães Ludwig van Beethoven e Johannes Brahms, além do austríaco Anton Bruckner, que completa 200 anos de nascimento. Com o Patrocínio Oficial Petrobras, o concerto de abertura contará com a participação do Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, sob a regência do maestro titular da OSTM, Felipe Prazeres. Os solistas serão o premiado violinista Guido Sant’Anna e os cantores Michele Menezes (soprano), Lara Cavalcanti (Mezzo-soprano), Guilherme Moreira (tenor) e Leonardo Thieze (baixo).
“Mais uma temporada iniciando no Theatro Municipal e estamos muito felizes com esse momento tão marcante para nós. É sempre uma grande alegria ofertar programação cultural para a cidade do Rio de Janeiro e seus visitantes. No Concerto de Abertura, com a Série Celebrações homenageando Beethoven, Brahms e Bruckner, contamos com a participação especial do artista Guido Sant’Anna, que vem sendo destaque no cenário mundial; isto, somado ao grande trabalho do nosso Coro e Orquestra Sinfônica, nos traz um concerto espetacular. Esperamos vocês de braços abertos no Municipal”, comemora a presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino.
“É uma enorme honra desenhar a temporada artística oficial do Theatro Municipal do Rio de Janeiro pelo terceiro ano consecutivo. Em 2024 reafirmamos uma vez mais o compromisso com o artista nacional e a estreia de novos nomes da cena lírica brasileira, além dos consagrados nomes que se apresentam nas principais casas do Brasil e exterior. Uma temporada recheada de atrações de alta qualidade em total alinhamento com o DNA de nosso Theatro, que se prepara para completar 115 anos. Ballet, ópera e música de concerto revezando-se no maior palco lírico do país. Esperamos por vocês. O Theatro Municipal é de todos”, destaca Eric Herrero, diretor artístico da Fundação Teatro Municipal.
“Nossa abertura da temporada 2024 está recheada de grandes atrações, começando com o mais revolucionário dos compositores, Beethoven, na abertura Coriolano, seguido de Brahms no seu magistral concerto para violino, onde receberemos o mais importante violinista brasileiro da atualidade, vencedor do concurso Fritz Kreisler, Guido Sant’anna, e finalizando com a grande efeméride do ano com o ‘Te Deum’ de Anton Bruckner abrindo as comemorações do seu bicentenário. Um ‘BBB’ imperdível para o nosso querido público frequentador do Theatro Municipal do Rio de Janeiro”, finaliza o maestro titular da OSTM, Felipe Prazeres.
Série Celebrações – Beethoven, Brahms e Bruckner
Programa dia 8 de março
Ludwig van Beethoven (1770–1827)
Abertura “Coriolano”
Johannes Brahms (1833–1897)
“Concerto para Violino em Ré Maior Op. 77”
Anton Bruckner (1824–1896)
“Te Deum”.
Sobre Guido Sant’Anna | Nascido em 2005 em São Paulo e considerado um dos maiores violinistas das Américas da atualidade, Guido Sant’Anna alcançou reconhecimento internacional em 2022 ao se tornar o primeiro violinista sul-americano a vencer o prestigiado Concurso Internacional Fritz Kreisler. Seu triunfo em Viena foi precedido por outra conquista histórica em 2018, quando se tornou o primeiro violinista brasileiro convidado para o Concurso Internacional Yehudi Menuhin, em Genebra, ganhando o Prêmio do Público e o Prêmio de Música de Câmara. Fez recitais no Reino Unido, Alemanha, Áustria, Suíça, Chipre, Brasil e Paraguai. Em junho de 2023, Sant’Anna fez sua estreia no Rheingau Musik Festival com a Sinfonieorchester Frankfurt, sob a batuta de seu diretor musical Alain Altinoglu, interpretando a “Symphonie Espagnole” de Édouard Lalo. Fez sua estreia na Ásia, com uma turnê de recitais pela Coreia do Sul. Aos oito anos, Guido foi finalista do Concurso Prelúdio, promovido pela TV Cultura de São Paulo. Foi bolsista de Cultura Artística desde 2012, sob orientação de sua tutora, Elisa Fukuda. Guido toca um violino feito em 1874 por Jean-Baptiste Vuillaume, generosamente emprestado pelo luthier Marcel Richters. O artista é apoiado pelo KD SCHMID Fellowship Scheme desde maio de 2023, e também é financiado pela ArteMusica Stiftung. Atualmente aluno de Mihaela Martin na Kronberg Academy. Pela primeira vez irá tocar acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal regida por seu atual maestro titular Felipe Prazeres.
Ficha técnica
Solistas
Guido Sant’Anna – Violino
Michele Menezes – Soprano
Lara Cavalcanti – Mezzo-soprano
Guilherme Moreira – Tenor
Leonardo Thieze – Baixo
Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Regência – Felipe Prazeres
Direção Artística do TMRJ – Eric Herrero
Serviço:
Concerto de Abertura da Temporada 2024
Série Celebrações – Beethoven, Brahms e Bruckner
Data: 8 de março – sexta-feira
Horário: 19h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano, s/n° – Centro
Classificação: Livre
Duração: aproximadamente 1h30 – intervalo de 15 minutos. Antes da apresentação, será realizada uma palestra gratuita no Salão Assyrio, com a presença de um intérprete de Libras.
Ingressos:
Frisas e Camarotes – R$60,00 (ingresso individual) ou R$360,00 (6 lugares)
Plateia e Balcão Nobre – R$40,00
Balcão Superior – R$30,00
Balcão Superior Lateral – R$30,00
Galeria Central – R$15,00
Galeria Lateral – R$15,00
Os ingressos estão à venda através do site www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro
Patrocinador Oficial Petrobras
Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio Amil Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM
Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal
Lei de Incentivo à Cultura
Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução.
(Fonte: Assessoria de Imprensa TMRJ)
O Sesc Belenzinho recebe de 9 a 31 de março o espetáculo “Fábulas Teatro de Bonecos” da Cia Mevitevendo. O espetáculo de Teatro de Animação – com máscaras, bonecos e atores – mostra quatro fábulas de diferentes partes do mundo: Brasil (O Velho, O Burro e o Menino), África (A Cobra e o Sapo), Grécia (O Pássaro e o Gato) e França (A Cigarra e a Formiga). Usando a linguagem da animação de forma contemporânea, o espetáculo brinca com elementos do teatro de bonecos e transgride a narrativa tradicional das fábulas, dando novos significados e pontos de vista sobre as histórias.
Num tempo em que os bichos ainda falavam, lá onde as antigas histórias nasceram, ainda existe um mundo fabuloso de seres, sons e imagens. Animais inteligentes e tolos, corajosos e covardes, honestos e trapaceiros aparecem em diferentes fábulas, nos mostrando de maneira engraçada e comovente, como podemos ser tão iguais e tão diferentes deles.
Este é o novo espetáculo da Cia. Mevitevendo, que há 24 anos dedica-se exclusivamente ao Teatro de Figuras (Teatro de Animação). Antigas histórias de diferentes tradições compõem a encenação; aparentemente simples e ingênuas, elas mostram-se sutis e elaboradas – um achado para um trabalho com bonecos, máscaras e manipulação de materiais e um material rico para o teatro de bonecos contemporâneo. Aos pequenos, apresenta um universo mágico e instigante; aos adultos, traz de volta a memória afetiva da infância.
Um pouquinho sobre as fábulas
Elas fazem parte de nosso imaginário coletivo e criar um espetáculo com fábulas não é uma tarefa fácil. Foram inventadas para educar (antigamente eram associadas à famigerada moral da história) e atualmente, no teatro contemporâneo, aparecem para divertir e fazer pensar. Zombando do Rei Sol no século XVII ou protagonistas em espetáculo de Bob Wilson, essas alegorias curtas e cômicas estão cheias de bichos falantes com defeitos e virtudes humanas. As fábulas são atemporais, são sempre compreendidas por todos e há séculos conectam gerações no mundo todo.
A tradição ocidental da fábula começou com o grego Ésopo, que escreveu cerca de 200 contos em 4 a.C., mas depois ela povoou a Idade Média e foi no final do século XII que Marie de France publicou sua incrível coleção de histórias. Em 1668, La Fontaine lançou a famosa coletânea de fábulas satirizando a corte, os burocratas, a igreja e a burguesia – sucesso estrondoso. E, assim, as pequenas histórias críticas e engraçadas espalharam-se pela Europa e influenciaram muitos autores.
No Japão, as Histórias de Kojiki e Nihon Shoki do século VII são fábulas orientais com animais falantes: bichinhos pequeninos e inteligentes e animalões grandes e estúpidos. Já na Índia, a tradição oral das fábulas data do século V a.C., que teve seu apogeu com Panchatantra – uma compilação sânscrita de histórias de animais. Na África, berço de inúmeras fábulas que se espalharam em versões pelo mundo, elas eram transmitidas desde tempos remotos pelos Griôs, tradicionais contadores de histórias que viajavam de vilarejo em vilarejo contando e cantando fábulas que encantavam gente grande e pequena, povoadas de bichos que pareciam gente.
Do século 19 em diante a fábula conquistou um novo público com a ascensão da literatura infantil. Entre os autores mais célebres, estão Lewis Carroll, Beatrix Potter, Andersen, Wilde, Tolkien, Saint-Exupéry e, no Brasil e Monteiro Lobato.
A companhia
Cleber Laguna e Marcia Fernandes criaram a Cia. Mevitevendo (Teatro de Bonecos e Máscaras) em 1998, ano em que mudaram do RS para São Paulo. Em 21 anos, já pesquisaram e encenaram os mais diferentes tipos de espetáculos: curtos, longos, dentro e fora de teatros; uns sem palavras, outros com muito texto, com pequenas figuras articuladas de papel, sombras, bonecos em escala humana e até com um personagem gigante. Seus bonecos estiveram em festivais e programações culturais em 20 estados brasileiros, na Espanha, França e Portugal. Num trabalho que mistura atores, bonecos, máscaras e referências que vão das artes visuais ao cinema de animação, os artistas da Companhia inventam mundos onde personagens “diferentes” habitam lugares estranhos, sempre instigando ideias, pensamentos e criação.
Ficha técnica
Ideia original: Cia. Mevitevendo
Criação e atuação: Cleber Laguna e Marcia Fernandes
Bonecos e máscaras: Cleber Laguna
Figurinos e trilha sonora adaptada: Marcia Fernandes
Cenário e objetos: Cia. Mevitevendo
Operador de som e luz: Adriani Simões
Direção: Cleber Laguna e Marcia Fernandes
Fábulas
De 9 a 31 de março de 2024; sábados e domingos, 12h
Local: Teatro (374 lugares)
Ingressos: R$30,00 (inteira); R$15,00 (meia entrada); R$10,00 (Credencial Plena do Sesc)
Gratuidade para crianças até 12 anos
Recomendação etária: Livre
Duração: 50 minutos
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento: de terça a sábado, das 9h às 22h; domingos e feriados, das 9h às 20h
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$5,50 a primeira hora e R$2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$12,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional.
Transporte Público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).
(Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Belenzinho)