Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A mostra “Oficina+ Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo Mobiliário Atemporal”, em cartaz no Liceu de Artes e Ofícios, foi prorrogada para o dia 13 de abril. Além da nova data de encerramento, a exposição traz novos itens de mobiliário original histórico e mais documentação digital e impressa do acervo. Em comemoração aos seus 150 anos, a grande exposição retrospectiva mistura momentos históricos da instituição com a formação industrial da cidade de São Paulo, além de rever décadas de pioneirismo na educação e na promoção das artes brasileiras.
A exposição mostra como a instituição conseguiu unir práticas pedagógicas com saberes manuais, tornando-se referência no mobiliário brasileiro com peças feitas a partir de experiências coletivas derivadas do Arts & Crafts, movimento do artista têxtil William Morris que valorizava o trabalho manual de artesãos para a indústria. O método foi trazido da Europa e adaptado aqui por diversos mestres do Liceu; entre eles, o arquiteto Ramos de Azevedo (1851–1928), fundador da Escola Politécnica da USP, que dirigiu a instituição a partir da década de 1890.
Com curadoria do arquiteto e professor Guilherme Wisnik, a mostra no Centro Cultural do Liceu de Artes é dividida em três eixos. O primeiro deles traz o contexto urbanístico e social da cidade de São Paulo no ano de 1873, quando a instituição foi fundada pelo advogado e político Carlos Leôncio da Silva Carvalho com apoio da burguesia da época – cafeicultores, maçons e comerciantes. Ao longo dos anos, o Liceu contribuiu para a formação de nomes como os artistas Victor Brecheret, Antonio Borsoi, Conrado Sorgenicht e contou colaboradores como Almeida Junior, Amadeo Zani e John Graz.
“O Liceu logo se tornou uma oficina respeitada, conhecida pelo potencial das artes e ofícios que ali eram feitos. A intenção era, sobretudo, formar mão-de-obra especializada para o comércio, a indústria e a lavoura”, explica Wisnik. Nesta primeira parte, ‘São Paulo– 1873’, a curadoria traça paralelos com momentos cruciais da história do Brasil e da instituição, remontando, inclusive, o período que sucedeu à abolição da escravidão no país, no ano de 1888. Foi quando o Liceu passou a instruir mão de obra especializada, sobretudo filhos de imigrantes europeus recém-chegados ao país.
Com recursos fotográficos e audiovisuais, a mostra traz um panorama de como o Liceu antecipou a onda de intensa produção de bens duráveis que ocorreu no país a partir do século 20, como o crescimento urbano pautava os interesses da elite. Esse recorte social é aprofundado na mostra a partir de trechos selecionados de uma entrevista com Ana Belluzzo, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a FAU, autora da primeira tese relevante sobre o assunto.
No segundo núcleo, ao focar nas atividades para a produção industrial, com início na gestão de Ramos de Azevedo, a exposição mostra como o Liceu incorporou em suas oficinas o método do trabalho coletivo. Ao longo das décadas, essa forma de trabalho pautou debates estéticos e produtivos, como as discussões relacionadas à substituição dos estilos ecléticos e revivalistas pelo modernismo, caracterizado pela simplificação da ornamentação e pela busca por formas mais econômicas.
Para ilustrar episódios marcantes, a mostra traz uma história polêmica de dois ícones da cidade de São Paulo da época, os escritores Mário e Oswald de Andrade, que chegaram a discutir se as casas modernistas deveriam ou não ser mobiliadas com móveis no estilo Luiz XVI, um dos estilos mais reproduzidos nas oficinas da instituição à época, destaque do segundo eixo ‘Oficina-Escola’.
Segundo Fernanda Carvalho, cocredora da mostra, um dos objetivos é trazer personagens que ficaram no anonimato ao longo da história do Liceu. “É uma experiência que vai colocar em evidência vários registros presentes nas fichas de admissão de alunos e funcionários existentes nos arquivos do Liceu”, conta Carvalho.
Peças históricas compõem o terceiro e principal núcleo da exposição, conjuntos clássicos, como o mobiliário Savonarola, vão ser apresentados ao lado de peças modernistas, como o mobiliário da década de 1950. Uma parceria longeva do Liceu com a Galeria Teo apresenta peças construídas a partir de madeiras nobres, como imbuia e jacarandá, destacando os detalhes da construção em detrimento do ornamento.
Por meio de praticáveis coloridos com tons berrantes de textura lisa, os móveis ficarão suspensos para que os visitantes possam observar aspectos minuciosos dos objetos. Segundo Kiko Farkas, responsável pela expografia, a ambientação foi um tema discutido desde a concepção da mostra, para tornar o percurso mais dinâmico e interativo.
“A gente imaginou um projeto que tirasse os móveis de seus lugares habituais, onde eles são vistos de forma utilitária pelas pessoas. Ao colocar as estruturas, vamos utilizar duas luzes, uma mais incisiva na parte inferior, para que os visitantes possam ver os detalhes das peças. Já na parte superior, há uma luz mais intimista, baixa. Cria-se assim uma atmosfera teatral e, se tratando do acervo do Liceu, uma proposta para sair da zona de conforto”, resume Farkas.
“Oficina+ Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo Mobiliário Atemporal” resgata documentos da época, como folhetos, catálogos de montagem e desenhos de projeto relacionados às peças modernistas, entre móveis, bronzes e esculturas. Considerando a mudança do trabalho manual para a fabricação digital, a curadoria criou uma área de FabLab na parte final da exposição. Neste espaço, serão destacadas tecnologias como a impressão e modelagem 3D e a Robótica e seus recursos de manipulação e operação a laser, dando ênfase a produtos produzidos por essas tecnologias, remetendo obras do passado aos dias atuais, convidando o público a acompanhar esse processo criativo.
Essa seção da exposição visa promover a reflexão nos visitantes sobre o significado da “Instrução Popular” atualmente. Embora seu perfil tenha se adaptado à modernidade ao longo dos anos, o Liceu de Artes e Ofícios conservou algumas de suas características elementares, como a formação de estudantes por meio de cursos técnicos ligados à tecnologia, inovação e às artes.
Sobre o Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios | O CCLAO encontra-se anexo ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, uma das instituições de ensino mais tradicionais do país, com 150 anos de história e relevantes serviços prestados à cidade e à sociedade paulistana, na produção de propriedades industriais e bens culturais. Trata-se de um espaço de eventos lindo, moderno, elegante e multiuso, com 1.630 metros quadrados nos dois pisos, situado no tradicional bairro da Luz, bem no centro da capital paulista.
Serviço:
Oficina+ Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo Mobiliário Atemporal
Local: Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios
Endereço: R. Cantareira, 1351 – Luz, São Paulo – SP
Visitação: terça a sábado, 12h às 17h – domingos (para grupos previamente agendados)
Período: até 13 de abril
Entrada: gratuita
Contato: (11) 2155-3300
Site: https://cclao.com.br/.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
O Teatro Oficina do Estudante recebe no dia 13 de março de 2024, quarta-feira, às 19h30, Mario Sergio Cortella e Rossandro Klinjey para um bate-papo e lançamento do livro “As quatro estações da alma”. O teatro fica no Shopping Iguatemi Campinas, 3º piso. Na compra de um exemplar dessa obra na Livraria da Vila (1º piso do shopping) a partir das 10h do dia 2 de março, o cliente ganha um ingresso para participar do bate-papo com os autores.
Saber nomear e entender a própria dor é fundamental para conseguirmos organizar nossos sentimentos e escolher o rumo que queremos seguir. Em “As quatro estações da alma: Da angústia à esperança” (7 Mares, 160 pp., R$59,90), o filósofo Mario Sergio Cortella e o psicólogo Rossandro Klinjey – unindo seus conhecimentos e suas vivências – falam sobre os desertos que atravessamos no inverno da alma e a importância de acolhermos as angústias que nos afligem e lidarmos com elas.
Para os autores, é muito importante que possamos olhar para dentro de nós mesmos e enfrentar – por que não contemplar? – aqueles momentos em que tudo parece mais difícil. “Quando nos conformamos com algo, assimilamos aquela forma. Ficamos conformados. E, conformados, perdemos nossa identidade e nossa capacidade ativa”, afirma Cortella. “Não pular etapas da vida, não fugir da dor, mas enfrentá-la e aceitá-la é o que nos permite crescer e evoluir. Cada etapa, cada dor enfrentada é uma oportunidade para amadurecer e se transformar”, ressalta Rossandro.
Apesar de vivermos um momento de muitas informações, dados e tecnologias, o futuro continua sendo uma incerteza. Isso acaba gerando “uma angústia coletiva, um sentimento de estar à deriva em um oceano de possibilidades desconhecidas”, pontua Rossandro. Segundo o autor, “é assim que a ansiedade e o medo frequentemente nos retêm, fazendo-nos temer o fracasso e a incerteza do desconhecido. Em vez de nos lançarmos em novas experiências, optamos pela hesitação ou pela comodidade dos caminhos já trilhados”.
O livro traz também uma reflexão sobre as redes sociais, que querem ditar uma vida de festa e eterna felicidade. Os autores lembram que existe uma diferença entre ilusão e mentira, pois a dor também existe e é necessário reconhecê-la para não sermos por ela dominados e não perdermos nossa capacidade de ter esperança. “Seja mesmo como estação do ano, seja como símbolo, há momentos invernais que não são momentos infernais. Isto é, o inverno como percepção de algum recolhimento, de um voltar-se um pouco mais para dentro, ele não é negativo à medida que favorece o autoconhecimento, a reflexão”, finaliza Cortella.
Sobre os autores
Mario Sergio Cortella é filósofo, escritor e palestrante, com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira, como “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille, “Ética e vergonha na cara!”, com Clóvis de Barros Filho, “Nem anjos nem demônios: A humana escolha entre virtudes e vícios”, com Monja Coen, e “Viver, a que se destina?”, com Leandro Karnal, todos publicados pela Papirus 7 Mares.
Rossandro Klinjey é psicólogo, professor, palestrante, consultor em Educação e Desenvolvimento Humano. Fundador do Instituto RK e da Educa, empresa de educação socioemocional, atua também como professor convidado do curso de Felicidade da Unicamp e do mestrado em Psicologia Organizacional da PUCRS. Por traduzir a Psicologia para uma linguagem de fácil compreensão, consolidou-se como um dos dez maiores palestrantes em aperfeiçoamento pessoal do Brasil. Seu olhar humanista e sua narrativa convidativa resultaram em best-sellers como “Help! Me eduque”, “Autoperdão”, “O aprendizado necessário”, “Eu escolho ser feliz”, “As cinco faces do perdão” e “O tempo do autoencontro”. Colunista da rádio CBN Brasil com os quadros semanais “O divã de todos nós” e “Saúde integral” e à frente do podcast “Cuidando da alma”, tem intensificado a discussão sobre autoconhecimento e bem-estar. Esses temas atraíram mais de 17 mil alunos ao seu programa de desenvolvimento pessoal “Aprender a se amar e parar de se sabotar”.
Ficha técnica:
Título: As quatro estações da alma: da angústia à esperança
Autores: Mario Sergio Cortella e Rossandro Klinjey
Páginas: 160
Coleção: Papirus Debates
Preço de capa: R$59,90.
Serviço:
Bate-papo e lançamento de livro
Data: 13 de março de 2024, quarta-feira
Horário: 19h30
Local: Teatro Oficina do Estudante, no 3º piso do Shopping Iguatemi Campinas
Na compra do livro ganhe um ingresso para o bate-papo. Válido para os 495 primeiros exemplares adquiridos, a partir das 10h do dia 2/3, na Livraria da Vila. Limite de dois livros por CPF. Para mais informações, www.iguatemicampinas.com.br.
(Fonte: FSB Comunicação)
Em 2024, a MITsp tem apresentação da Redecard, Sabesp e Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. A mostra tem correalização do Sesi, Consulado Francês, Instituto Francês e o Centro Cultural Coreano no Brasil e copatrocínio do IBT – Instituto Brasileiro de Teatro. A realização do evento é da Olhares Cultural, ECUM Central de Produção, Itaú Cultural, Sesc SP e Ministério da Cultura – Governo Federal.
Antonio Araujo, diretor artístico, e Guilherme Marques, diretor geral, idealizadores da Mostra, mantêm a ideia inicial de apresentar em todos os eixos (Mostra de Espetáculos, Ações Pedagógicas, Olhares Críticos e MITbr – Plataforma Brasil) uma seleção de trabalhos e atividades cujas pesquisas cênicas e/ou temas abordados trazem provocações sobre nosso tempo. A direção institucional é realizada pelo ator e gestor cultural Rafael Steinhauser.
Nesta edição, a MITsp privilegia artistas, grupos e pesquisadores/as da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina. “A Mostra sempre contou com artistas desses locais, que trazem novas teatralidades e formas de imaginar a cena, como o uso da música e a representação de rituais no palco. Porém, em 2024, quisemos expandir tais presenças. Neste sentido, a curadoria intensificou a perspectiva decolonial já presente nas edições anteriores”, afirma Araujo.
Para os diretores, as discussões que atravessam os trabalhos apresentam novos olhares para questões como memória, racismo, transfobia, identidade, conhecimento e colonialismo, entre outros. Pela primeira vez, a dança e a performance ocupam lugar de destaque nos trabalhos selecionados, combinadas ao teatro e à música.
Desde a primeira edição, em 2014, a MITsp já apresentou 158 espetáculos entre nacionais e internacionais de 46 países, em mais de 400 sessões, para um público aproximado de 170 mil pessoas. As Ações Pedagógicas e os Olhares Críticos reuniram ao longo dos anos mais de 200 convidados em oficinas, seminários e debates, entre outras atividades.
Programação
O Artista em Foco deste ano será o diretor e compositor sul-coreano Jaha Koo, jovem artista e um expoente das artes cênicas, com apresentação de sua “Trilogia Hamartia: Lolling and Rolling”, “Cuckoo” e “A História do Teatro Ocidental Coreano”. “Hamartia”, palavra de origem grega, pode ser traduzida por “falha ou defeito trágico”, conceito que costura de forma distinta os trabalhos, com temas que discutem o choque entre as culturas oriental e a ocidental e seu impacto na vida das pessoas.
“Contado pela Minha Mãe”, de Ali Chahrour, do Líbano, mistura dança, teatro e música para contar a história de uma mãe que se nega a acreditar na morte do filho e cria uma série de poemas e canções para ele ouvir quando retornar.
Da África do Sul, “Broken Chord” [Acorde Rompido], de Gregory Maqoma e Thuthuka Sibisi, faz a abertura da Mostra e a coreografia une dança e música tradicionais africanas à dança contemporânea e música clássica europeia. Lado a lado, essas diferentes formas de linguagem tratam de forma poética sobre colonialismo, apartheid e conhecimento. Do mesmo país, o solo “O Circo Preto da República Bantu”, de Albert Ibokwe Khoza, aborda o racismo e a violência contra os corpos negros ao contar a história dos zoológicos humanos, que ocorreram na Europa entre 1870 e 1960.
Em tom ácido e alegre, “Profético (nós já nascemos)”, de Nadia Beugré, artista da Costa do Marfim, fala das relações dos corpos negros, da transsexualidade e o preconceito em diferentes formas.
Dois espetáculos da Argentina estreiam na MITsp: “PERROS – Diálogos Caninos”, de Monina Monelli em parceria com os brasileiros Celso Curi e Renata Melo, cuja proposta apresenta os conflitos e os afetos da relação humana com os cachorros; e “Wayqeycuna” [Meus Irmãos], de Tiziano Cruz, promove um reencontro com suas origens, tendo como ponto de partida os quipus (colar feito de algodão ou lã de lhama e alpaca e nós) tecidos pelas mulheres andinas como memoriais.
Assim como em anos anteriores, em que fez estreias nacionais de artistas brasileiros como Janaina Leite, Renata Carvalho, Wagner Schwartz, Gabriela Carneiro da Cunha, Eduardo Okamoto e Alexandre Dal Farra, a MITsp faz, em 2024, a estreia de um novo trabalho do Ultralíricos, “Agora tudo era tão velho – Fantasmagoria IV”, com direção de Felipe Hirsch.
Programação completa no site www.mitsp.org.
MITbr – Plataforma Brasil
A MITbr – Plataforma Brasil foi criada em 2018 como um dos eixos da MITsp, um programa de internacionalização das artes cênicas brasileiras. Desde então, a cada edição, diferentes curadores independentes selecionam projetos com um recorte do teatro, dança e performance, em um esforço para abarcar diferentes regiões do Brasil e temas urgentes de nosso tempo.
Anualmente, são convidados curadores para selecionar entre 10 e 12 trabalhos a partir de um corpo de inscritos que, desde a primeira edição, ultrapassou a marca de 400 obras de teatro, dança e performance. Almeja-se assim mostrar um recorte da diversidade e excelência da cena brasileira.
Este ano, a curadoria de Marise Maués, Cecilia Kuska e Marcelo Evelin analisou 446 inscrições, de 19 estados brasileiros, Distrito Federal e países da América Latina. Foram escolhidos dez trabalhos que terão a oportunidade de se apresentar para curadores nacionais e internacionais, um passo importante para a expansão do reconhecimento das artes cênicas brasileiras, fomentando sua circulação e visibilidade. Este ano, estão confirmados cerca de 80 programadores internacionais e nacionais.
A MITbr – Plataforma Brasil selecionou para esta nona edição da MITsp os seguintes trabalhos: “Ané das Pedras”, da Coletiva Flecha Lançada Arte (CE/AL), “EU NÃO SOU SÓ EU EM MIM – Estado de Natureza – Procedimento 01”, Grupo Cena 11 (SC), “Gente de Lá”, de Wellington Gadelha (CE); “O que mancha”, de Beatriz Sano e Eduardo Fukushima (SP), “Meu Corpo Está Aqui”, de Fábrica de Eventos (RJ); “Preta Rainha”, de Cia. Dita (CE); “Dança Monstro”, de Companhia dos Pés (AL); “Lança Cabocla”, Plataforma Lança Cabocla (MA/CE/BA/SP); “7 Samurais”, de Laura Samy (RJ) e “Eunucos”, de Irmãs Brasil (SP/RJ).
A bailarina e professora Wilemara Barros, também integrante da Cia. Dita, de Fortaleza, é a Artista em Foco desta edição. Aos 60 anos, ela revisita em seu solo “Preta Rainha” memórias afetivas, sua trajetória, sua formação no balé clássico e experiência como artista contemporânea e toma para si o legado cultural e ancestral vindo de sua família.
Internacionalização das artes cênicas brasileiras
Desde a criação da MITbr – Plataforma Brasil, em 2018, os diretores Antonio Araujo e Guilherme Marques também reuniram em torno do projeto de internacionalização uma série de ações pedagógicas e reflexivas, como o Seminário de Internacionalização das Artes Cênicas Brasileiras e workshop de capacitação e produção com artistas e produtores locais, para garantir uma estrutura capaz de levar adiante os artistas brasileiros.
“Desde o princípio, sabíamos que apenas produzir um showcase com artistas brasileiros não seria o suficiente para manter a circulação. O mercado internacional é muito bem estruturado e demanda do profissional, para além de ter um bom trabalho a oferecer, um domínio das formas de negociação e interlocução para que os trabalhos certos possam chegar aos programadores certos. A figura do agente-difusor é uma função central no mercado internacional, mas praticamente inexistente no Brasil”, afirma Guilherme Marques.Olhares Críticos e Ações Pedagógicas
O eixo Olhares Críticos terá entre seus destaques a presença de Achille Mbembe, filósofo, teórico político, historiador, intelectual e professor universitário camaronês em uma Aula Magna. Considerado um dos mais importantes teóricos sobre estudos pós-coloniais, sua visão afrocêntrica reflete sobre os efeitos do colonialismo na África e no mundo. Mbembe cunhou o termo necropolítica.
Em 2024, o eixo conta com curadoria da ensaísta, dramaturga e professora Leda Maria Martins e propõe discussões sobre as artes cênicas e a contemporaneidade a partir da realização de conversas com pensadores e pesquisadores de diferentes áreas, além da publicação de críticas, artigos e entrevistas. A programação conta com as Reflexões Estético-Políticas, Pensamento-em-Processo, Diálogos Transversais e Prática da Crítica, entre outros.
Nas Ações Pedagógicas, a curadoria de Dodi Leal, performer, professora e pesquisadora, aproxima o público do fazer artístico de convidados/as/es da MITsp, com conversas, workshop, shows e performances. Entre os destaques, a Encontra de Pedagogias da Teatra, com uma série de atividades para revitalizar as metodologias de criação teatral a partir das experiências das pedagogias baseadas nos saberes trans; e o Laboratório de Pedagogias da Performance, que reúne artistas e pesquisadores do Brasil e outros países em diferentes ações para abordar o estudo e a experimentação da arte da performance.
Cartografias | Para além dos dois eixos, a MITsp traz mais uma edição de “Cartografias”, catálogo-livro que reúne ensaios, entrevistas e artigos de pesquisadores/as e artistas brasileiros. Essa publicação é realizada em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da ECA-USP e conta com a edição do professor e pesquisador de artes cênicas Ferdinando Martins.
Programação completa no site www.mitsp.org.
(Fonte: Canal Aberto Comunicação)
A magnífica obra de Ziraldo, um dos mais renomados artistas brasileiros, ganha uma nova dimensão no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro com a exposição “Mundo Zira – Ziraldo Interativo”. Em cartaz entre os dias 6 de março e 13 de maio de 2024 no CCBB RJ após uma estreia aclamada no CCBB Brasília em 2022 – atraindo mais de 65 mil visitantes – a mostra é uma celebração ao talento e à imaginação do artista, que recentemente completou 91 anos.
Realizada pela Lumen Produções e pelo Instituto Ziraldo com patrocínio da PRIO, maior empresa independente de óleo e gás do Brasil, e do Ministério da Cultura, a exposição é um tributo à trajetória multifacetada de Ziraldo como quadrinista, multiartista e escritor. Sob a direção artística e curadoria de Adriana Lins e Daniela Thomas, sobrinha e filha do artista respectivamente, “Mundo Zira” promete uma experiência sensorial e interativa mergulhando os visitantes no universo inspirador de Ziraldo.
A mostra oferece uma jornada imersiva pelas criações mais celebradas de Ziraldo, com áreas temáticas dedicadas a clássicos como ‘Flicts’, ‘O Menino Quadradinho’ e ‘A Turma do Pererê’. A exposição se destaca por unir interatividade e tecnologia com a arte tradicional, proporcionando uma nova leitura das obras icônicas do artista. “Quando pensamos na obra do Ziraldo, pensamos no prazer, no fascínio e na alegria que ele consegue transmitir com sua arte. Agora, nessa exposição, queremos ir além das páginas, sair do papel, recriando uma conversa com o seu acervo. Em Mundo Zira, livros, quadrinhos e personagens saem das páginas e ganham novas dinâmicas pelas mãos dos visitantes”, afirma Daniela Thomas.
A filha de Ziraldo e curadora artística do Instituto complementa: “Toda exposição do Ziraldo é uma festa e, com as possibilidades interativas, essa será uma festa ainda maior com as pessoas se relacionando com as obras. Eu acho que a nossa vida dentro desse universo ligado aos games, às telas, vem fazendo com que as pessoas, principalmente as crianças, sintam necessidade desse engajamento para terem uma relação. É como se a visão pura já não desse mais conta da ansiedade com a experiência estética de uma obra”.
Projetada para fascinar públicos de todas as idades, a exposição permite a interação direta com os personagens de Ziraldo. Os visitantes são convidados a cocriar e personalizar a arte de Ziraldo, adicionando seu toque individual às composições digitais.
De acordo com Adriana Lins, diretora do Instituto Ziraldo, “essa é uma exposição para ser imersiva, divertida, dinâmica, indo além da contemplação, convidando o visitante a atuar e fazer parte da brincadeira. Pensando nessa interatividade, voltamos ao vastíssimo acervo do Ziraldo com essa ideia de dar vida ao papel, como estamos fazendo com Flicts, seu primeiro livro infantil, quando o visitante se transforma em um maestro da ‘orquestra das cores’ que compõe a história. Em Mundo Zira, o público é ao mesmo tempo personagem e coautor desse universo ziraldiano”.
Enaltecendo a trajetória ímpar de Ziraldo, que desde os anos 60 criou personagens icônicos que atravessaram gerações, a exposição no Rio apresenta novidades exclusivas. Além das atrações já admiradas em Brasília, duas áreas inéditas enriquecem a experiência. A primeira, um mini estúdio onde os visitantes têm a chance de se verem dentro dos desenhos do cartunista. A segunda, um caça palavras cromático convida a uma busca por frases emblemáticas do escritor envolvendo os participantes em uma jornada lúdica pela literatura de Ziraldo.
O percurso da exposição incentiva a criatividade e a imaginação com um design que mescla painéis projetados e artes gráficas criando uma imersão total no “Mundo Zira”. Adultos e crianças poderão interagir com o universo fascinante dos personagens vivenciando de perto histórias inspiradoras da literatura infanto-juvenil brasileira.
“Mundo Zira – Ziraldo Interativo” é, portanto, mais que uma exposição visualmente deslumbrante – é um convite ao estímulo da criatividade e da reflexão. A interação com as obras oferece uma experiência educativa unindo arte, tecnologia e mensagens sociais e ambientais. Esses temas, tratados pioneiramente por Ziraldo desde os anos 60, permanecem não apenas contemporâneos, mas também urgentes.
“O Ziraldo, através de seus personagens, vive há muitos anos no imaginário de pessoas de várias idades, e que um dia já foram crianças. Sua obra toca em mensagens importantes e ultrapassa gerações. É por acreditar nisso que estamos patrocinando a exposição e também o Instituto Ziraldo, que visa tornar atemporal e acessível a obra deste artista – criando e mantendo memórias afetivas. Para nós, é uma honra participar deste processo e ajudar a perpetuar a genialidade desse artista que escolheu o Rio de Janeiro como sua cidade e foi abraçado pelo mundo”, conta Gabriel Hackme, gestor de Patrocínios e Projetos Incentivados da PRIO.
O CCBB Rio de Janeiro, no coração do Centro Histórico, abre suas portas para esta experiência imersiva, proporcionando aos visitantes uma oportunidade lúdica de se conectar com o legado de Ziraldo. A mostra, com duração de 10 semanas, promete encantar, educar e inspirar cariocas e turistas, reafirmando a importância e a atemporalidade da obra de Ziraldo no cenário cultural brasileiro.
Serviço:
Mundo Zira – Ziraldo Interativo
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – 4º andar – Centro, Rio de Janeiro/RJ
Período: 5 de março a 13 de maio de 2024
Funcionamento: todos os dias – exceto terça-feira – das 9h às 20h
Ingressos gratuitos: site CCBB Rio
Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
Digital:
Mundo Zira – Instagram
Instituto Ziraldo – Instagram / site oficial
CCBB Rio – Instagram – Facebook – site
Ficha técnica
Coordenação Geral: Nina Luz e Marcela Sá
Curadoria e Direção de Arte: Daniela Thomas e Adriana Lins
Design: Guto Lins, Manifesto
Tecnologia: Daniel Morena, Samambaia Digital
Cenografia: T+T e Cenografia܂net
Produção: Lumen Produções
Patrocínio: PRIO
Realização:
Ministério da Cultura
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Sobre o Instituto Ziraldo | Instituição cultural que preserva e disponibiliza o acervo visual e intelectual do artista Ziraldo, é responsável pelo desenvolvimento de projetos a partir desse acervo relevante e representativo de sete décadas de nossa história atual.
(Fonte: Lupa Comunicação)
O espaço de arte Casa Gabriel abriu suas portas no último dia 25 para as duas primeiras exposições de 2024: “Semblantes do Mundo” e “Rupestre Pulsante”. Com 33 obras no total, as mostras trazem uma viagem entre fotografias, objetos, vídeos, pintura parietal e a street art.
A mostra intitulada “Semblantes do Mundo”, com curadoria de Eder Chiodetto, marca o lançamento de seu primeiro livro individual “Semblantes do Mundo”, realizado pela Fotô Editorial, que teve como editores o próprio Chiodetto e o curador Josué Mattos.
O artista visual paranaense Ricardo Barcellos (55) visa traduzir a essência dos labirintos de promessas e simulacros das imagens técnicas e seu impacto na percepção e na cultura contemporânea.
Já a mostra “Rupestre Pulsante”, com curadoria de Maria Eduarda Mota, apresenta cores vibrantes e pinceladas exageradas do artista paraibano Vando Figueiredo (72). Como um fiel seguidor do expressionismo, o artista explora uma abundância de cores, de elementos, de formas e de técnicas que atravessam diferentes períodos de sua trajetória profissional.
Essas exposições prometem inspirar e desafiar os espectadores proporcionando uma experiência rica e multifacetada no universo da arte contemporânea.
Sobre a Casa Gabriel – Site | Instagram
Casa Gabriel é um espaço de arte focado em fomentar a cultura brasileira, com ênfase na produção nordestina e em novos talentos. Fundada pela empresária e fotógrafa cearense Renata Vale, a Casa Gabriel nasce como um local para estimular a pluralidade de manifestações artísticas e disseminar conhecimento por meio de exposições, cursos e conversas que compõem a programação da Casa Gabriel.
Serviço:
Casa Gabriel | Espaço de Arte
Abertura: 26 de fevereiro de 2024
Encerramento: 09 de março de 2024
Endereço: Al. Gabriel Monteiro da Silva, 2906 – Jardim América, SP
Horário: seg – sex: 10h às 19h, e sábados: 11h às 15h
Visitação: gratuita sem necessidade de agendamento prévio
Contato: (11) 3360-8041 | contato@casagabriel.art.br.
(Fonte: Index Estratégias de Comunicação)