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Madonna anuncia show dia 4 de maio na Praia de Copacabana

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Ricardo Gomes.

Confirmado – Madonna anunciou na segunda-feira (25) que fará um show gratuito histórico no Rio de Janeiro, dia 4 de maio, sábado, na majestosa Praia de Copacabana, como o culminar de sua universalmente elogiada The Celebration Tour – uma das turnês mais comentadas do ano. O evento será o maior show da artista até agora, um concerto inesquecível em um dos cenários mais bonitos do mundo. Essa apresentação é um agradecimento aos fãs por celebrarem mais de quatro décadas de sua música ao longo dessa épica turnê global. Essa será a maior pista de dança do mundo.

O mundo teve um primeiro vislumbre da tão aguardada turnê em outubro passado, quando foi lançada em Londres com um recorde de seis shows esgotados no The O2. Passando por 14 países, o show não só recebeu ótimas críticas de fãs e da imprensa, mas também é uma prova da carreira inovadora de Madonna e de seu impacto contínuo na cultura.

A The Celebration Tour é uma experiência única com o convidado especial Bob the Drag Queen, também conhecido como Caldwell Tidicue, em todas as datas da turnê global. Esse é o primeiro show da artista feminina mais vendida de todos os tempos no Brasil desde 2012.

A produção no país é da Bonus Track, que tem como sócios Luiz Oscar e Luiz Guilherme Niemeyer, com forte experiência na realização de eventos grandiosos no país e de repercussão internacional. O Itaú Unibanco apresenta o projeto, que tem também patrocínio da Heineken. O Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura do Rio de Janeiro apoiam e são importantes parceiros cientes do forte impacto do show no Turismo e na Economia, além de levar a imagem do Rio para o mundo.

“A confirmação desse show é um grande presente para todos os fãs de Madonna. Será realmente um momento único, com uma das mais bem sucedidas turnês musicais esperada por diversos países, e a artista escolheu exatamente o Rio de Janeiro para esse grande final. Muito mais do que um show, vamos mostrar para o mundo o impacto desse grande evento, aberto ao público, realizado na Praia de Copacabana, cenário que domina o imaginário global como exemplo de beleza natural. Além disso, é importante frisarmos aqui os inúmeros impactos positivos desse evento para a cidade e para o Estado, com o incremento do Turismo e da Economia”, indica Luiz Oscar Niemeyer.

O show de Madonna na Praia de Copacabana terá início às 21h45 e terá transmissão ao vivo no Multishow e na TV Globo. O Globoplay trará o show para os logados free no simulcasting da TV Globo e no Multishow para os assinantes do Globoplay + Canais.

A The Celebration Tour in Rio é uma produção da Bonus Track em parceria com a Live Nation. O evento é apresentado pelo Itaú, com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Heineken. Apoio da Deezer. Informações sobre o evento podem ser encontradas no site e no link.

The Celebration Tour in Rio

Data: 4 de maio, sábado

Início do show: 21h45

Local: Praia de Copacabana

The Celebration Tour – Próximas datas em 2024

Março 28 Houston, TX Toyota Centre

Março 29 Houston, TX Toyota Centre

Abril 1 Atlanta, US State Farm Arena

Abril 4 Tampa, FL Amalie Arena

Abril 6 Miami, FL Kaseya Center

Abril 7 Miami, FL Kaseya Center

Abril 9 Miami, FL Kaseya Center

Abril 14 Austin, TX Moody Center

Abril 15 Austin, TX Moody Center

Abril 20 Mexico City, MX Palacio De Los Deportes

Abril 21 Mexico City, MX Palacio De Los Deportes

Abril 23 Mexico City, MX Palacio De Los Deportes

Abril 24 Mexico City, MX Palacio De Los Deportes

Abril 26 Mexico City, MX Palacio De Los Deportes

Para se conectar com Madonna: Website | Instagram | YouTube | TikTok | Facebook.

(Fonte: FleishmanHillard)

Água Pantanal Fogo reúne fotos de incêndios e cheias no Pantanal no Instituto Tomie Ohtake

São Paulo, por Kleber Patricio

Luciano Candisani. Na seca, há grande concentração de jacarés em lagoas que se mantêm relativamente cheias e ricas em peixes. Fazenda Pouso Alegre, Pantanal de Poconé (MT), novembro 2011.

Reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, o bioma Pantanal, umas das maiores planícies inundáveis do planeta, que em 2020 viveu sua grande tragédia ambiental, é o tema de ‘Água Pantanal Fogo’, exposição manifesto realizada pelo Instituto Tomie Ohtake em parceria com o Documenta Pantanal. Com curadoria de Eder Chiodetto e patrocínio do Itaú e CSN, a mostra reúne fotografias de Lalo de Almeida e Luciano Candisani, dois dos mais proeminentes fotodocumentaristas brasileiros, além de apresentar mapas, livros, infográficos e uma sala de vídeos que auxiliam a compor um panorama potente do Pantanal e de suas urgências.

Lalo de Almeida focou suas lentes no fogo que assolou o Pantanal durante os incêndios de 2020, devastando aproximadamente 26% da área e resultando na morte de 17 milhões de animais. Suas imagens circularam globalmente, desempenhando um papel crucial ao alertar a sociedade, a comunidade científica, o governo brasileiro e organizações internacionais sobre a gravidade do ocorrido. Parte delas, sobretudo o registro de um bugio ajoelhado e carbonizado, conferiu a Lalo o prestigioso prêmio World Press Photo na categoria “Ambiente”.

Lalo de Almeida. Incêndio florestal na fazenda Santa Tereza, região da serra do Amolar. Corumbá (MT), 2020.

Já Luciano Candisani, especializado em fotografar ecossistemas ao redor do mundo, traz uma série de imagens da água, sejam elas submersas, terrestres ou aéreas. Suas fotografias, caracterizadas por uma rara combinação de excelência técnica e expressividade, foram produzidas em condições complexas durante as cheias pantaneiras, resultando em um acervo iconográfico de suma importância.

Segundo o curador, ambos os fotógrafos são “cronistas visuais que frequentemente buscam parcerias com cientistas e pesquisadores. Para obter o resultado exposto nessa mostra, criam logísticas complexas e se expõem a vários tipos de perigo. É em trabalhos como esses, que aliam idealismo, paixão e militância, que a fotografia alcança seu ápice, tornando-se uma janela aberta a revelar as idiossincrasias e o sublime do mundo”, conclui.

Sobre o Pantanal ameaçado

Os desafios para a preservação do bioma compartilhado por Brasil, Bolívia e Paraguai são imensos. Os incêndios históricos de 2020, que devastaram uma extensão de quase 50.000 km², chamaram a atenção de todo o mundo, mas são apenas um dos fatores que degradam a região. Ecossistema que funciona como elo entre diferentes biomas, o Pantanal é regido por um complexo ciclo de águas e banhado por uma série de rios, muitos desses com suas nascentes localizadas fora do bioma, no Cerrado sul-mato-grossense e no sul da Amazônia mato-grossense. A destruição dessas nascentes com o desmatamento relacionado às práticas da monocultura e da pecuária, além da mineração ilegal, contribuem para o assoreamento dos rios pantaneiros, outro problema grave que assola a região.

Luciano Candisani. Vista aérea da vazante do Mangabal na cheia de 2011, uma das maiores já registradas. Nos meses de seca, a região abriga um vasto campo de gramíneas, quase sem sinal de água. Pantanal da Nhecolândia (MS), março 2011.

Segundo Sandro Menezes Silva, Professor da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e pesquisador auxiliar da exposição, “a emergência climática, com um aumento importante de temperaturas médias previsto para os próximos anos, agrava os fatores que produzem perda hídrica e incêndios avassaladores”. Segundo o professor, além deles, as ameaças ao Pantanal incluem a pressão pelo desmatamento, os grandes projetos de infraestrutura regional, como a hidrovia no rio Paraguai, a mineração, a pesca predatória, a caça ilegal, a introdução de espécies exóticas invasoras e a poluição da água. “Com efeitos interdependentes, elas afetam de formas diversas cada região da planície. Reserva de água e vida, regulador do regime hídrico de amplas regiões, fonte de biodiversidade, o Pantanal dá sinais de alerta”, completa.

Sobre os fotógrafos:

Lalo de Almeida estudou fotografia no Istituto Europeo di Design em Milão, na Itália. Fotodocumentarista, colabora há trinta anos com o jornal Folha de S.Paulo, produzindo reportagens visuais e narrativas multimídia sobre temas como meio ambiente e desigualdades sociais. Entre outras, suas imagens integram as séries de reportagens “A batalha de Belo Monte” (2013), “Um mundo de muros” (2017), “Crise do clima” (2018) e “Desigualdade global” (2019), todas ganhadoras de prêmios internacionais. Em 2021, sua série de fotografias “Pantanal em chamas”, publicada pelo mesmo jornal ao longo de 2020, ganhou o World Press Photo, principal premiação do fotojornalismo internacional, na categoria Meio Ambiente. No ano seguinte, 2021, foi eleito o fotógrafo ibero-americano do ano pelo Pictures of the Year (POY) Latam, concurso dedicado à fotografia documental na América Latina. Paralelamente, vem desenvolvendo, desde o início de sua carreira, trabalhos independentes de documentação fotográfica, como o projeto Distopia amazônica, que retrata a destruição da floresta em ações de desmatamento, incêndios, mineração e a invasão de terras indígenas. O trabalho recebeu o Eugene Smith Grant in Humanistic Photography e foi o vencedor global, na categoria Projetos de Longo Prazo, do World Press Photo 2022.

Lalo de Almeida. Brigadistas voluntários avaliam incêndio florestal na fazenda Jofre Velho. Porto Jofre (MT), 2020.

Luciano Candisani aprendeu a fotografar debaixo d’água sozinho, na adolescência, no litoral norte de São Paulo, motivado por sua ligação com o mar. Mais tarde, estudante e estagiário no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, produziu suas primeiras reportagens fotográficas, ao integrar expedições científicas à Antártica e à Patagônia. Colaborador da revista National Geographic desde 2000, seus ensaios visuais sobre ecossistemas e culturas tradicionais ao redor do mundo, que circulam em veículos especializados e compõem exposições no Brasil e no exterior, são movidos pelo desejo de mostrar os grandes espaços naturais remanescentes e alertar para a urgência de salvaguardar territórios e culturas em risco. No Pantanal, fez trabalhos de repercussão internacional, como a reportagem “Into the Mouth of the Caiman”, ganhadora do Wildlife Photographer of the Year, um dos prêmios mais importantes da fotografia de natureza, concedido pelo Museu de História Natural de Londres. Expôs as imagens do ensaio Haenyeo, mulheres do mar, sobre mergulhadoras anciãs da ilha de Jeju, na Coreia do Sul, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, em 2019. Uma seleção das imagens que produziu ao longo de dez anos em regiões diversas do Pantanal compõe seu livro Pantanal terra d’água (Vento Leste, 2014).

Sobre o Documenta Pantanal | O Documenta Pantanal, realizadora da exposição em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, é uma iniciativa que conecta profissionais de áreas diversas em torno da urgência de tornar as fragilidades e as riquezas do Pantanal Mato-grossense mais conhecido do público. “Ao longo de seus cinco anos de existência, o Documenta Pantanal vem se empenhando em apontar os efeitos das mudanças climáticas e da ação humana sobre o bioma em filmes, livros e campanhas, entre outras ações, sendo Água Pantanal Fogo a primeira exposição realizada pela iniciativa”, destacam Mônica Guimarães e Teresa Bracher, diretoras do projeto.

Exposição Água Pantanal Fogo

Curadoria: Eder Chiodetto

Patrocínio: Itaú e CSN

Em cartaz até 12 de maio de 2024

De terça a domingo, das 11h às 19h – entrada franca

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros, SP

Metrô mais próximo: Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: (11) 2245 1900.

(Fonte: Instituto Tomie Ohtake)

Estudo revela como células humanas respondem ao coronavírus, abrindo frente para pesquisas sobre novos tratamentos

Campinas, por Kleber Patricio

Vírus Sars-Cov-2 infecta vários tipos de células humanas, causando um desbalanço nas suas proteínas e no seu metabolismo. Foto: Fusion Medical Animation/Unsplash.

O vírus da Covid-19 tem estratégias diversas para infectar células de diferentes regiões do corpo humano. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e instituições parceiras traz novas respostas sobre como esse vírus age e mostra que ele modifica proteínas, alterando desde a estrutura das células até processos biológicos particulares como a produção de energia. Publicados na quarta (27) na revista “Scientific Reports”, os achados avançam a pesquisa na área e podem servir para formular novos medicamentos e tratamentos para a Covid-19.

Para entender o processo de infecção causado pelo Sars-Cov-2, os pesquisadores mapearam o conjunto total de proteínas de diferentes células com o uso de uma ferramenta chamada proteômica. Ao todo, foram mapeadas mais de 3 mil proteínas de nove diferentes tipos celulares infectados pelo vírus, incluindo células do cérebro, do sangue, do sistema digestivo e do tecido adiposo, que armazena gorduras.

No total, os estudiosos encontraram 1.652 proteínas que tiveram sua produção aumentada ou diminuída em resposta à infecção. Além disso, eles descobriram que a infecção afetou 151 reações bioquímicas que processam proteínas e outras moléculas para manter nosso corpo funcionando corretamente.

O trabalho demonstra que, durante a infecção, o vírus causa um desbalanço na produção de proteínas de cada célula, em diferentes células do corpo humano. Quando isso acontece, as funções biológicas relacionadas a essas proteínas ficam desreguladas, prejudicando o funcionamento do corpo.

Cada tipo celular apresentou seu próprio perfil de proteínas e atividades biológicas alteradas. Enquanto algumas células tiveram alterações mais significativas em processos de transporte celular, outras apresentaram mudanças na estrutura celular, por exemplo. Isso aprofunda o conhecimento sobre a forma como o vírus da Covid-19 infecta cada tipo de célula do organismo humano. Daniel Martins-de-Souza, coautor do estudo, explica: “Inicialmente, a gente achava que a Covid-19 era uma doença respiratória. Depois, a gente viu o quão versátil o vírus é, porque ele é capaz de invadir outros tipos celulares”.

Apesar da singularidade de cada célula, um processo se mostrou alterado em todos os tipos celulares analisados: o metabolismo energético, ou seja, a forma como as células produzem e lidam com a energia. De acordo com o estudo, esse pode ter sido um mecanismo usado pelo vírus para se multiplicar dentro do corpo e garantir sua sobrevivência. “O vírus toma conta da maquinaria celular e passa a usar o mecanismo de produção de energia para ele próprio se replicar, podendo prejudicar ou, até mesmo, esgotar a célula”, explica o pesquisador.

Para Martins-de-Souza, entender as respostas específicas que o vírus ativa em cada tipo de célula é essencial para formular tratamentos mais especializados ou focados nas sequelas da Covid-19, que dependem da célula infectada. “Saber o que afeta uma célula hepática, por exemplo, é importante para tratar pessoas que desenvolveram problemas hepáticos por causa da infecção do Sars-Cov-2 e assim por diante”.

O estudo abre caminho para futuros estudos que investiguem os mecanismos de ação do vírus. Para ajudar em futuros projetos, o grupo de pesquisa da Unicamp desenvolveu uma ferramenta virtual que permite acessar cada proteína individualmente e verificar como ela foi alterada em cada uma das células. Esse banco de dados pode ser usado por diferentes grupos de pesquisa.

(Fonte: Agência Bori)

Prefeituras otimizam assistência a pessoas em situação de rua com uso da inteligência geográfica

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Google.

A população em situação de rua é um dos cenários mais preocupantes do momento para as autoridades públicas. Prova disso são os dados mais recentes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base em dados do CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal que aponta que a população em situação de rua no Brasil aumentou mais de 935% nos últimos dez anos, chegando a mais de 227 mil pessoas cadastradas até agosto de 2023. Os números são alarmantes sim e têm levado as prefeituras a investirem em tecnologias de última geração – como o caso da cidade de São José do Rio Preto, que acaba de apostar em uma solução americana de inteligência geográfica capaz de radiografar e cadastrar toda a população em situação de rua. O projeto, encabeçado pela empresa brasileira Imagem Geosistemas está em fase piloto e espera grandes retornos em curto e longo prazo.

Além de São José Rio Preto, outro caso emblemático é o da Prefeitura de São Paulo, que por meio da SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) e de instituições de ensino como a Unilago e a Unip, também utiliza a plataforma americana ArcGIS desde 2019 e já consegue prestar suporte à população mais carente. O poder executivo do município agora conta com Censo de População em Situação de Rua, iniciativa pioneira em mapear e compreender a realidade das pessoas em situação de rua local. Os números mais atuais revelam ter mais de 31 mil pessoas desassistidas apenas na capital Paulista.

O Censo de População em Situação de Rua é um projeto que, por meio da inteligência geográfica, consegue entender a distribuição espacial da população em situação de rua na cidade, identificar as áreas com maior concentração, além de permitir pensar em melhorias no direcionamento de ações e serviços.

O projeto conta com equipes que fazem as abordagens para o preenchimento de formulários eletrônicos. Depois de coletados, os dados são analisados e compilados pelos departamentos de Vigilância Socioassistencial e Proteção Social Especial da secretaria. Na plataforma do GIS, é possível filtrar o perfil de cada entrevistado de acordo com a faixa etária, raça, etnia e gênero, entre outras métricas. Além disso, há um campo que permite entender o que ocasionou a situação de rua de cada entrevistado e quais são os principais desafios para a saída das ruas. Finalizada a coleta dos dados, o Censo é aberto para acesso público em plataforma digital.

Segundo, Juliana Almeida, executiva de vendas na Imagem Geosistemas, a tecnologia GIS que mapeia todos os tipos de dados transcende suas aplicações tradicionais, atuando como uma ferramenta poderosa para enfrentar desafios sociais complexos como a situação da população em rua. “A iniciativa pioneira da Prefeitura de São José do Rio Preto não é apenas um marco na utilização do geoprocessamento para compreensão detalhada das necessidades dessa comunidade vulnerável, mas, também, um passo adiante na formulação de políticas públicas realmente mais eficazes”, ressalta.

Mas, mais do que mapear, as prefeituras fazem uso da tecnologia para levar ajuda à população. Um exemplo do que já vem sendo feito pela Prefeitura de São Paulo é o refinamento dos locais para pensar as distâncias das bases até as redes de serviço. Utilizando a inteligência geográfica, a Prefeitura consegue integrar o serviço de abordagem e agilizar o tempo de resposta das equipes a partir do recebimento da solicitação via 156 e, ainda, calcular a quantidade de suprimentos adequados para atender a todos os assistidos de forma efetiva. Com o alto número de pessoas em situação de rua, nasce a necessidade da Prefeitura “chegar mais perto” para ouvir a população e saber como atendê-la ampliando sua capacidade de implementar políticas públicas eficazes com base nos dados coletados. “A vigilância é uma das funções da política de assistência social em conjunto com a proteção e a defesa de direitos, que, juntas, monitoram, avaliam e diagnosticam situações de vulnerabilidade, risco e violação e, assim, subsidiam, qualificam e ampliam a proteção social nos mais diversos locais das cidades”, conclui a executiva da Imagem Geosistemas.

Para saber mais sobre a tecnologia usadas nos projetos das Prefeituras, acesse o site da Imagem Geosistemas.

(Fonte: Ideias & Efeito Assessoria de Comunicação)

Pinacoteca de São Paulo inaugura instalação de José Bento no Projeto Octógono

São Paulo, por Kleber Patricio

“Ar” (2021). Imagem: Thiele Elissa.

A partir de 23 de março, a Pinacoteca de São Paulo recebe mostra de José Bento. A instalação “Caminho de Guaré” apresenta três grandes gestos de José Bento, dois dos quais inéditos e feitos especificamente para ocupar o Octógono, com curadoria de Lorraine Mendes e Jochen Volz.

Apresentada pela primeira vez, a escultura ‘Morrotes’ (2024) é feita do que o artista chama de matéria desintegrada. Trata-se de madeiras de diversas espécies cujas serragens serviram para Bento apresentar massas topográficas diferentes entre si, seja no tamanho, cor ou no formato que a madeira toma ao ser partida. Sobretudo na obra ‘Morrotes’, a exposição acaba se tornando uma experiência sensorial e de lembranças. Os visitantes vão perceber nuances aromáticas das diferentes madeiras ali expostas: amarelinho, bálsamo, braúna, caixeta, itapicuru, pau-brasil, pau-pereira, peroba, roxinho e vinhático.

De qualquer local do Octógono o visitante conseguirá também vislumbrar a obra de maior altura exposta: ‘Arco Íris’ (2024), também inédita, é composta por feijões esculpidos de diferentes tipos de madeiras, densidades e características, sobrepostas uma a uma, que saem do chão da Pinacoteca em direção ao céu – uma ponte entre a terra e o cosmos. É um diálogo com a natureza, tão presente na obra de Bento, onde o grão é ao mesmo tempo alimento, cultura, semente e caminho. Por fim, a obra ‘Ar’ (2021) traz esculturas no formato de cilindros de oxigênio feitos de madeiras diversas em escala real. Apresentado pela primeira vez na 13ª Bienal do Mercosul em 2022, o conjunto escultórico traz a ideia de ar represado e da dificuldade de respiração em um mundo que assiste a graves e urgentes mudanças climáticas. Apesar da Bienal ter acontecido em um momento pós-pandêmico, a obra foi concebida já antes da pandemia. No entanto, sua apresentação naquele contexto ganhou mais uma camada de significado.

As obras expostas – Ar, Morrotes e Arco Íris – representam, em si, um ciclo de vida, que é a proposta de José Bento para o Octógono. O título que ele deu à exposição é o nome pelo qual já foi conhecido justamente o local onde hoje encontra-se a Pinacoteca: o Caminho de Guaré passava pela região da Luz, um caminho estabelecido pelos indígenas habitantes de São Paulo antes da chegada dos europeus. Esta escolha mostra como Bento procura localizar sua produção no território em que se situa. “Percorrer o Caminho de Guaré é compreender o espaço em que estamos como lugar de consciência, reconhecer a presença indígena nesse território e se entender também como parte dessa intrincada trama histórica”, afirma Lorraine Mendes, curadora da exposição.

É impossível falar de José Bento sem mencionar sua profunda ligação com a madeira, que é elemento central de seu estudo e repertório artístico desde os anos 80. Segundo Lorraine Mendes, Bento tem “uma familiaridade vital com essa matéria”. Uma característica da prática artística de José Bento é a busca por estar sempre ligado ao território, o que significa estreita relação com o local de origem de sua matéria prima e com pessoas e comunidades que têm em seu ofício a lida com a madeira. O artista constantemente reafirma seu compromisso com a natureza ao utilizar em seus trabalhos apenas madeiras legalizadas, de origem controlada. “José Bento é um artista profundamente comprometido com a forma, com método e também matéria – e tudo isso vem como veículo para a sua própria narrativa poética”, afirma Lorraine Mendes.

A instalação “José Bento: Caminho de Guaré” tem o patrocínio de Cescon Barrieu na cota Prata.

Octógono Arte Contemporânea | Localizado no eixo central da Pinacoteca, o espaço integra, há mais de 20 anos, o Projeto Octógono Arte Contemporânea, um local para exposições de artistas com trabalhos instalativos que, desde 2003, comissiona obras e já soma mais que setenta exposições inéditas de artistas nacionais e internacionais.

Sobre José Bento

Nascido em Salvador, Bahia, em 1962, José Bento muda-se em 1966 para Belo Horizonte, onde mora e trabalha até hoje. Ao longo de sua trajetória, dedicou-se à fotografia, desenhos, ações e vídeos. Mas quem vê de perto sua obra entende que seu pensamento é, antes de tudo, escultórico. Na experimentação deste campo, lança mão de materiais como vidro, metal, pedra, tecido e madeira, entre outros, além de animais e até mesmo o ser humano, que ativam e constituem a obra. Bento tem importante influência do mineiro Amilcar de Castro.

Autodidata, inicia sua prática artística durante a década de 1980 com a produção de maquetes artísticas que foram apresentadas em sua primeira individual, realizada em 1989 no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. A partir dos anos 1990, passa a produzir grandes esculturas, principalmente com madeira, explorando a organicidade natural e a transformação da matéria ativando o espaço ao redor da obra. Sua escultura ‘Chão’ (2004), feita com tacos oriundos de demolições, foi montada na 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva em 2016, ocupando uma área de 672 m². Participou de outras mostras como a Bienal de Benin, em 2012, e, em 2022, da 13ª Bienal do Mercosul – Trauma, sonho, fuga, em Porto Alegre, Brasil.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Serviço:

José Bento: Caminho de Guaré

Período: 23/3 a 1/9/2024

Curadoria: Lorraine Mendes e Jochen Volz

Pinacoteca Luz Octógono

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados – R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso

Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h).

(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)