Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Com sessões especiais no carnaval, reestreou no dia 10 de fevereiro o espetáculo infanto-juvenil “De mãos Dadas Com Minha Irmã” em curta temporada no Sesc Belenzinho. O espetáculo, com a narração da atriz Léa Garcia (1933–2023), conta uma fábula inspirada na Orixá Obá, que dá nome à heroína da história, cuja missão é recuperar a memória e salvar seu povo de uma seca. As apresentações ocorrem nos dias 17 e 18, sábado e domingo, e encerram a temporada com as sessões dos dias 24 e 25.
Trata-se de uma história sobre irmandade feminina dirigida por Aysha Nascimento, escrita por Lucelia Sergio e com produção da Cia. Os Crespos. Com montagem que propõe uma interação entre o teatro e o audiovisual, a Cia. Os Crespos apostam em uma pesquisa de linguagem cheia de tecnologia. Lucelia Sergio é a única atriz em cena e interage com os cenários e personagens animadas, como em um “game” projetado em telas no palco.
Gestada desde meados de 2018, a peça, segundo Lucelia Sergio, representa um marco nos 19 anos de trajetória d’Os Crespos – companhia de teatro que fundou em parceria com o ator Sidney Santiago Kuanza e diversos outros artistas em 2005, quando frequentavam a Escola de Arte Dramática da USP. Após a Cia voltar-se por dois anos ao audiovisual devido ao período da pandemia, Lucelia retoma as temporadas de estreia nos palcos de São Paulo.
“Estamos com sede de palco. Esse flerte com o audiovisual foi fundamental para esse retorno, através de um espetáculo multilinguagens, com teatro, dança, música e vídeo”, afirma Lucelia Sergio, que dirigiu ao lado de Cibele Appes o curta-metragem da companhia, “Dois Garotos que se Afastaram Demais do Sol” (2021), vencedor do prêmio do Júri de “Melhor Curta-Metragem” do 29º Festival Mix Brasil.
Para “De Mãos Dadas com Minha Irmã”, a companhia aposta em projeções mapeadas de cenários e personagens virtuais que contracenam com Lucelia no palco para dialogar com crianças e jovens. A direção musical fica por conta de Beth Beli, do Bloco afro Ilú Obá de Min e conta com as vozes de Ailton Graça, Fabiana Cozza, Alzira Espíndola e Lenna Bahule, entre outros, para as canções e personagens animadas. Léa Garcia, referência para artistas negras e negros, que nos deixou em agosto deste ano, dá voz à narradora da peça e fará sua estreia póstuma através de personagem virtual criada para a atriz.
Sobre o processo criativo
“Não é à toa que a pessoa tem os olhos voltados para fora, enxergar por dentro exige outra compreensão”, trecho de aforismo das sabedorias de terreiro.
As ilustrações são criadas de forma autoral para o espetáculo, assim como a dramaturgia e a música, que partem de contos e ritmos afro-brasileiros para narrar a trajetória de uma heroína negra.
O nome do espetáculo parte de um capítulo do livro “Ensinando a Transgredir” da escritora estadunidense bell hooks e busca valorizar conceitos de matrilinearidade e de irmandade entre mulheres. O espetáculo se nutre da filosofia iorubá dos povos nagô, para a qual as águas representam a feminina. E é a partir desta ideia que a dramaturgia traça um paralelo entre um mundo devastado pela seca e a desvalorização das mulheres em nossa sociedade.
“Há vinte anos temos a lei 10673/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da história afro-brasileira nas escolas, e ainda encontramos muitas barreiras para sua real aplicação. Para nós, é urgente não só contar as nossas histórias, mas entender as filosofias que balizam a cultura negra no Brasil, preservando nossas memórias. Ainda hoje é um trabalho quase arqueológico falar sobre nós mesmos, mas esperamos que os jovens e crianças de agora possam ter outras oportunidades”, afirma Lucelia.
Sinopse | Obá é uma heroína que sai de sua terra com a missão de salvar seu povo de uma terrível seca. Longe da sua gente, ela perde a memória e tudo o que sabe sobre si é o pouco que lhe contam. Ela terá de entrar no fundo da floresta das feiticeiras ancestrais para encontrar água e reencontrar sua identidade. Mas, para salvar a si mesma e ao seu povo, Obá terá de escutar todas as águas do universo.
Sobre a Cia Os Crespos
Os Crespos é um coletivo teatral de pesquisa cênica e audiovisual, debates e intervenções públicas composto por artistas negros e negras. Formou-se na Escola de Arte Dramática EAD/ECA/USP e está em atividade desde 2005. A Cia. trabalha, há dezoito anos, a construção de um discurso poético que debata a sociabilidade do indivíduo negro na sociedade contemporânea, seus desdobramentos históricos e a construção de sua identidade, aliado a um projeto de formação de público e aperfeiçoamento estético.
A Cia circulou com espetáculos, intervenções e palestras por diversas cidades e estados do país, além de apresentações na Alemanha e Espanha. Tem em seu repertorio 7 espetáculos teatrais; 11 intervenções urbanas; a elaboração e publicação da revista de teatro negro Legítima Defesa, que está em seu quarto número; a Mostra Cinematográfica Faz lá o Café em parceria com o Grupo Clariô de Teatro; os curtas D.O.R, Nego Tudo e Imagem Autoimagem e, desde 2018, a Cia promove as “Segundas Crespas”, encontros entre artistas para discutir arte negra e é uma das organizadoras do Fórum de Performance Negra de São Paulo.
Entre os principais trabalhos, estão “Anjo Negro + A Missão” (2006) dirigida pelo alemão Frank Castorf, diretor do Teatro Volksbühne; “Ensaio Sobre Carolina”, texto e direção de José Fernando Peixoto de Azevedo (2007); a trilogia “Dos Desmanches Aos Sonhos” (2011-2013), que investiga o impacto da escravidão na forma de amar dos brasileiros e é composta pelos espetáculos “Além do Ponto”, com direção de José Fernando Peixoto de Azevedo, “Engravidei, Pari cavalos e Aprendi a Voar sem Asas” e “Cartas à Madame Satã ou me Desespero Sem Notícias Suas”, ambos com direção de Lucelia Sergio. “Os Coloridos” (2015), texto de Cidinha da Silva e direção de Lucelia Sergio e “Alguma Coisa a Ver Com Uma Missão” (2016), que tem dramaturgia de Allan da Rosa e direção coletiva do grupo.
Em 2019 a Cia realiza ss Terças Crespas no Centro Cultural São Paulo, com a qual concorre ao Prêmio Aplauso Brasil 2019, na categoria Destaque. E em 2021 estreou seu novo filme “Dois Garotos que se Afastaram Demais do Sol”, premiado na 29ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, como Melhor Curta-Metragem – Prêmio do Público.
Para este ano, em que completa 18 (dezoito) anos de atividades ininterruptas, a Cia apresenta seu mais novo espetáculo juvenil “De mãos dadas com minha irmã”. Outras ações também estão no escopo da Cia, como o lançamento do quinto número da “Legítima Defesa – Uma Revista de Teatro Negro” e a estreia do espetáculo adulto “A Solidão do Feio”, a partir da vida e obra de Lima Barreto.
Serviço:
De mãos dadas com minha irmã com a Cia Os Crespos
Temporada até 25 de fevereiro – sábados, domingos e feriados, às 12h
Ingressos: R$10 (credencial plena), R$15 (meia entrada) e R$30 (inteira) – crianças até 12 anos não pagam
Duração: 80 min | Classificação Livre.
Ficha técnica
Criação e produção – Cia Os Crespos
Direção – Aysha Nascimento
Direção Visual – Lucelia Sergio
Direção Musical – Beth Beli
Dispositivo Cênico – Lucelia Sergio e Ramon Zago
Dramaturgia e Roteiro de vídeo – Lucelia Sergio
Narração – Léa Garcia
Atriz – Lucelia Sergio
Dançarinas – Jazu Weda e Brenda Regio
Trilha sonora – Beth Beli, Dani Nega e Teo Ponciano
Elenco em Voz Off – Ailton Graça, Ayô Tupinambá, Aysha Nascimento, Alzira Espíndola, Dirce Thomaz, Fabiana Cozza, Flávio Rodrigues, Negra Rosa, e Rafael Ferro.
Instrumentos – Griot Toumani Kouyaté (Korá), Matheus Crippa, Ilú Obá de Mim – Adriana Aragão, Nenê Cintra, Adriana Quedas, Mônica Mendes, Talita Beltrame, Thaíssa Barbosa, Giselle de Paula, Ariane Carmo, Bárbara Magalhanis e Diana Maria.
Cantoras – Lenna Bahule, Matheus Crippa, Adriana Moreira, Jéssica Gaspar, Sara Hana, Negra Rosa, Janaína Cunha, Beth Beli, Adriana Aragão e Lucelia Sergio
Composições – Lucelia Sergio e Lenna Bahule
Desenho de som – Viviane Barbosa
Captação Sonora – Dani Nega, Maurício Caetano, Henrique Leoni e Teo Ponciano
Mixagem – Maurício Caetano e André Papi
Iluminação – Wagner Pinto e Gabriel Greghi
Personagens e Cenários em vídeo – Nirvana Santos, Alexandre Brejão, Ramon Zago e Felipe Domingos
Animação – Ramon Zago, Nirvana Santos e Felipe Domingos
Edição de vídeo – Ramon Zago
Consultoria de Arte – Telumi Hellen
Figurinos e Adereços – Tairone Porto e Guilherme Santti
Jóias – Ojire Art
Costureiras – Diamu Fallow Diop (Mama Nossa Cultura), Larissa Alves, Valéria Zago, Edna Moreira e Enrique Casas
Cenografia – Wanderley Wagner
Cenotécnicos – Fernando Zimolo, Joaquim Francisco, Tatiane Peixoto
Maquiagem – Guilherme Santti e Tasia de Paula
Fotografia – Isabel Praxedes e Mariana Ser
Dramaturgismo e assistência de direção primeira etapa – Willi Versi
Orientação Teórica – Onisajé
Palestrantes – Katiuscia Ribeiro e Aza Njeri
Preparação Corporal e coreografias – Janette Santiago
Preparação Corporal primeira etapa – Tainara Cerqueira e Luciane Ramos
Apoio de cena primeira etapa – Niara Ngozi
Preparação Vocal – Raniere Guerra
Operação Som – Mau Caetano e Lana Scott
Operação Luz – Felipe Thaça e Bruna Tovian
Operação de Vídeo – Ramon Zago
Contrarregragem – Joaquim Francisco
Direção de Produção – Rafael Ferro e Lucelia Sergio
Produção – Alencar Francisco, Mariana Mollys, Rafael Ferro e Ramon Zago
Designer – Bruno Marcitelli
Assessoria – Pedro Madeira e Rafael Ferro
Este projeto foi realizado com apoio do 35ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (2020/ 2021) – Secretaria Municipal de Cultura em sua primeira etapa.
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento: de terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$5,50 a primeira hora e R$2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$12,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional.
Transporte Público: Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).
(Fonte: Sesc SP)
Todos sabem que a baleia azul é o maior animal do mundo, mas, quando se trata dos menores, fica mais difícil perceber, então é preciso recorrer aos especialistas. Embora existam formas microscópicas de vida, quando falamos de animais vertebrados terrestres, até recentemente, o menor do mundo era um sapinho da Papua-Nova Guiné, com adultos medindo apenas 7,7 mm.
Porém, em 2019, a bióloga Wendy Bolaños, então mestranda do Programa de Pós-graduação em Zoologia da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), estudou o sapinho pulga, Brachycephalus pulex, um diminuto anfíbio encontrado apenas em topos de morro na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra Bonita, em Camacan, e no Parque Nacional Serra das Lontras, em Arataca, ambos no Sul da Bahia. Ela mediu e determinou o sexo de 46 exemplares e constatou que o menor macho adulto media apenas 6,45 mm. Isso o torna o menor anfíbio do mundo.
No entanto, a sobrevivência dessa espécie não está garantida, como explica o Professor Mirco Solé, da UESC: “É positivo que esse diminuto sapinho ocorra em duas áreas de conservação, mas sua vulnerabilidade às mudanças climáticas é preocupante. Espécies de baixada podem escapar do aumento de temperatura deslocando-se para áreas de montanha, mas as que habitam os topos de morro não têm para onde ir”.
O Professor Iuri Ribeiro Dias, que também participou da pesquisa, alerta que mais de 40% dos anfíbios do mundo já estão ameaçados. “Infelizmente, na última reavaliação do status de ameaça feita pela União Internacional para a Conservação da Natureza, o sapinho pulga foi classificado como em perigo de extinção. Está em nossas mãos garantir que ele não desapareça e que as futuras gerações de brasileiros ainda possam se orgulhar de ter o menor anfíbio do mundo vivendo na Bahia”, alerta.
As pesquisas tiveram apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Mohamed bin Zayed Species Conservation Fund. O artigo científico que revela o sapinho pulga como o menor anfíbio do mundo foi publicado na revista Zoologica Scripta, uma das mais conceituadas na área de zoologia e editada em nome da Academia Norueguesa de Ciências e Letras e da Real Academia Sueca de Ciências. Leia aqui o artigo na íntegra: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/zsc.12654.
(Fonte: Laboratório de Herpetologia Tropical | Livia Cabral Assessoria de Imprensa)
Se você ouvir alguém dizer que nós tivemos décadas de grandes batalhas em todo litoral do Rio de Janeiro e São Paulo, no mar e em terra, talvez ache exagero – mas foi exatamente isso que aconteceu. Essa foi a Confederação dos Tamoios, na segunda metade do século XVI, bem no começo da invasão pelos portugueses da América. Mas o que houve exatamente?
Os portugueses se instalaram na capital em Santos e logo conseguiram fazer aliança com caciques da região do Planalto de Piratininga. O principal deles era o cacique Tibiriçá, da aldeia Inhapuambuçu, que ficava bem onde é hoje o centro da cidade de São Paulo. Por sinal, foi com autorização do cacique Tibiriçá que os jesuítas instalaram o colégio que existe até hoje e é considerado o marco zero da atual metrópole.
O negócio na época – quer dizer, o que dava dinheiro para os fidalgos portugueses – era, junto com seus caciques aliados, capturar outros povos indígenas e vendê-los como escravos para os senhores de Pernambuco que começavam a plantar cana caiana. Não à toa, o Porto de Santos, na época, era chamado de Porto dos Escravos.
Acontece que quando essa avalanche escravista chegou à atual região do estado do Rio de Janeiro, numa época em que nenhuma cidade ou vila portuguesa havia sido fundada ali, os nativos da região decidiram lutar contra a escravidão. Toda a baía de Guanabara era pontilhada por muitas e muitas aldeias, em grande parte inimigas entre si desde tempos imemoriais. E foi aí que aconteceu algo inédito entre os nativos do nosso país. Antes inimigos viscerais, eles se uniram para lutar contra o inimigo em comum que vinha de São Paulo.
De diversas etnias, eles se autointitularam tamoios, que em tupi significa “aqueles que estiveram aqui antes”. Ou seja, uma maneira de se diferenciar dos que chegaram depois, os brancos. Os nativos entenderam que, mesmo de diferentes povos, possuíam uma história e um destino em comum, o que passava pela resistência contra os invasores brancos e seus aliados locais. Essa ideia, de união entre os indígenas, correu as trilhas e navegou os rios. Povos distantes gostaram dela.
O Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas relembra o 7 de fevereiro de 1756, quando morreu Sepé Tiaruju, uma liderança dos Sete Povos das Missões. Unidos, eles lutaram contra a divisão das suas terras ancestrais entre portugueses e espanhóis, que cortavam o continente ao seu gosto. Essa ideia de que os povos nativos americanos possuem uma identidade em comum segue até o dia de hoje, depois de séculos, e é base para a luta desses povos por direitos, seja para manter as suas terras, preservar a sua cultura e ir ao encontro dos seus sonhos, como todos os humanos.
Um viva ao Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas. Nós, brasileiros que não somos indígenas, temos a obrigação moral de conhecer a nossa história e apoiar a luta dos nossos irmãos nativos.
Víktor Waewell é autor de ficção histórica, inclusive o livro “Guerra dos Mil Povos”, uma história de amor e guerra durante a nossa maior revolta indígena.
(Fonte: LC Agência de Comunicação)
O ano de 2024 será especial em efemérides: além dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, serão celebrados os 30 anos de atividades do Coro da Osesp e os 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, cuja inauguração aconteceu em 9 de julho de 1999 no edifício onde por décadas funcionou a Estrada de Ferro Sorocabana. Ainda na pré-temporada deste ano celebratório, acontecerá um concerto especial no dia 22 de fevereiro, quinta-feira, às 19h30: a final do Concurso Compositoras Latino-Americanas. Com inscrições realizadas entre agosto e novembro de 2023, o concurso recebeu obras de 26 candidatas, naturais de nove países diferentes.
Após quinze dias de análise, a banca avaliadora – composta por Marisa Rezende, Sonia Rubinsky e Aylton Escobar – escolheu as três finalistas que terão suas peças executadas pela Osesp na Sala São Paulo. A regência será de Thierry Fischer, Diretor Musical e Regente Titular da Orquestra, e o programa será aberto com outra composição inédita: “Boitatá”, da brasileira Clarice Assad. Os ingressos são gratuitos e poderão ser retirados no site na próxima sexta-feira, 16 de fevereiro, a partir do meio-dia.
AUTORAS DAS OBRAS FINALISTAS
(Brasil) Denise Garcia | C.A.C.O.S. (Celebração da Arte e Cultura Ocidental Sinfônica) | Garcia é compositora residente em São Paulo (Brasil) e Professora Livre Docente do Instituto de Artes da Unicamp. Sua formação acadêmica conta com bacharelado em Música pela USP, mestrado em Artes pela Unicamp, doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e pós-doutorado pela Escola de Música da UFRJ, além de ter estudado composição na Musikakademie Detmold e na Musikhochshule de Munique, ambas na Alemanha. Ela tem dois álbuns autorais lançados e obras presentes em coletâneas.
(Argentina) Eva García Fernández | Imagen-tiempo | Compositora, saxofonista, professora, pesquisadora e performer em Buenos Aires (Argentina), Fernández é bacharel em Música pela Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTREF). Estudou composição com nomes como Gabriel Valverde, Marcos Franciosi, Antonio Zimmerman, Diego Taranto e Juan Carlos Tolosa.
(Argentina) Stephanie Macchi | Pampeana | Macchi começou seus estudos musicais no Conservatório Julián Aguirre de Buenos Aires, onde teve aulas de piano com a professora Ana Stampalia e começou a explorar o mundo da composição. Atualmente, vive em Barcelona (Espanha) e cursa licenciatura em composição na Escola Superior de Música da Catalunha, com orientação do professor Bernat Vivancos.
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp |Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp — Orquestra e Coro — estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas — o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto “Floresta Villa-Lobos”. Na Temporada 2024, a orquestra celebrará 70 anos de história com programação especial e a realização de uma turnê internacional.
Thierry Fischer | Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, “Des Canyons aux Étoiles” [Dos Cânions às Estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarca junto à Osesp para uma turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.
PROGRAMA
FINALISTAS DO CONCURSO DE COMPOSITORAS LATINO-AMERICANAS
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
THIERRY FISCHER regente
Clarice ASSAD | Boitatá
Eva García FERNÁNDEZ | Imagen-tiempo
Denise GARCIA | C.A.C.O.S (Celebração da Arte e Cultura Ocidental Sinfônica)
Stephanie MACCHI | Pampeana.
Serviço:
22 de fevereiro, quinta-feira, às 19h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo (SP)
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: gratuito (distribuição no dia 16/2 a partir das 12h)
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners
Estacionamento: R$28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.
*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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(Fonte: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo)
À medida em que a Biblioteca de São Paulo se prepara para comemorar seu aniversário, é importante reconhecer o seu papel como agente de mudança e como um ponto de referência e acolhimento para toda comunidade do entorno. “A biblioteca não é um repositório de livros, mas um farol que ilumina um futuro promissor para todos aqueles que buscam conhecimento e oportunidades. Essa é a função da BSP, ser um local de acolhimento e descobertas”, explica Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras.
Um caso inspirador é o de Raul Westin, que frequenta a Biblioteca de São Paulo desde 2019. Após se aposentar e com mais tempo livre, decidiu explorar os centros culturais da cidade. Em uma de suas visitas, teve a oportunidade de conhecer a BSP e se encantou com a programação diversificada e gratuita. Raul ama ler e aprender coisas novas e com a biblioteca teve a oportunidade de ampliar ainda mais seus horizontes intelectuais. Foi por meio dos clubes de leitura que ele não apenas encontrou novos amigos, mas também conheceu a sua namorada. “A experiência na Biblioteca de São Paulo enriquece não apenas a vida intelectual, mas também tece laços significativos que ilustram como o acesso à cultura e ao conhecimento podem transformar positivamente a trajetória de uma pessoa. Esse é um dos vários exemplos que temos encontrado na biblioteca”, exemplifica Pierre. Na visão de Raul, “a vida é uma constante jornada de aprendizado, e aqueles que não exploram os recursos oferecidos pela biblioteca estão deixando passar a chance de descobrir um universo repleto de conhecimento, amizade e liberdade”.
Além das páginas: Uma programação à altura de seu legado
Como parte integrante desta celebração, a BSP preparou uma série de eventos para enaltecer a diversidade cultural e o compromisso de proporcionar experiências enriquecedoras para todas as idades. “Este é o nosso presente para você, nosso público que, ao longo desses 14 anos, tem sido a razão de nossa existência. Convidamos todos e todas a se unirem a nós nesse mês de celebração, aprendizado e confraternização. Juntos, escrevemos mais um capítulo marcante na história da Biblioteca de São Paulo”, finaliza Pierre.
Confira abaixo a programação:
ANIVERSÁRIO 14 ANOS BSP – Fevereiro
Dia 8 – Luau, das 13h às 14h, com equipe BSP | Atividade apresenta aos jovens temas relacionados à música, literatura e poesia. Com Equipe BSP. Não é necessária inscrição.
Arte Stencil | Oficina de Graffiti, das 14h às 16h, com Ricardo Tatoo | É tempo de festa na biblioteca! No mês em que comemoramos nosso aniversário de 14 anos, convidamos você a participar da criação de um painel temático a partir da arte stencil e do grafitti. Durante a atividade, os participantes poderão criar seu próprio molde stencil, fazer sua aplicação com tintas spray e aprender um pouco sobre a história e a prática desta técnica artística. A partir de 14 anos.
Dia 17 – Segundas Intenções, das 15h às 17h, com Mario Prata | O Segundas Intenções é um programa mensal da biblioteca que convida escritores, ilustradores, quadrinistas e demais figuras do universo literário para uma conversa instigante sobre carreira, processos criativos, peculiaridades da profissão e detalhes sobre obras já publicadas ou que ainda estão por vir. Mediação de Manuel da Costa Pinto.
Dia 24 – Lançamento de livro, das 16h às 18h | Ao longo de 2023, os participantes da primeira edição do Ateliê de Criação Literária puderam desenvolver suas habilidades de escrita em prosa e verso junto a escritores que são referências na literatura contemporânea brasileira. Para coroar o fim desse ciclo, a BSP promove o lançamento da antologia exclusiva “Azeytonas em Brasa: autores para degustar {vivos}” que reúne, a partir da curadoria de Olyveira Daemon, os melhores textos produzidos pelos “atelienses”. A festa contará, também, com uma intervenção artística do grupo Contadores de Mentira, que acontecerá no auditório da biblioteca, e com um show de jazz do Trio da Tica, na tenda externa.
Dia 28 – Intervenção Meus brinquedos e minhas brincadeiras, das 13h às 14h, com a Cia. Caixotes Viajantes | A intervenção reúne em seu roteiro algumas das vivências do caixeiro viajante Junio Alexandrino que fazem referência à sua região natal, o Nordeste. São experimentos que dialogam com a ludicidade da infância, trazendo olho no olho, afeto, cultura popular, história oral, encontro em roda, música popular, manuseio e construção de brinquedos.
Espetáculo “A Viagem lúdica”, das 14h às 15h, com a Cia. Malas Portam | O espetáculo musical cênico propõe brincar com a imaginação do público levando-o a uma viagem por meio do universo lúdico, narrando e cantando músicas autorais e ressignificando objetos do cotidiano e utilizando-os como instrumentos musicais e adereços cênicos.
Além de todas essas atividades especiais para celebrar os 14 anos da BSP, o mês está repleto de programações para todos os públicos, como a aula expositiva sobre Narrativas breves, que acontece no dia 15 de fevereiro, das 15h às 17h, com Joca Reiners Terron, e o curso de Ilustração de Poemas, nos dias 27 e 29 de fevereiro, das 13h às 17h, com Lúcia Hiratsuka. Conheça a programação completa da biblioteca aqui.
Um pouco mais sobre a Biblioteca de São Paulo
Localizada dentro do Parque da Juventude, na zona norte da capital paulista, foi inspirada nas melhores práticas das bibliotecas públicas do Chile e da Colômbia. Atualmente, soma mais de 3,7 milhões de visitantes e tem por missão promover o incentivo à cultura, à leitura e à literatura, além de buscar transformar vidas com a leitura e o aprendizado.
A BSP atua, entre outras frentes, na oferta de equipamentos e espaços que permitem o acesso da população à produção e à expressão cultural, em âmbito nacional. Com entrada gratuita e programação diversificada, a biblioteca oferece também conteúdo em formatos variados, como livros físicos ou em braile, áudio livros, DVDs, jogos físicos e digitais (games), brinquedos, além de jornais e revistas para atender o público – crianças, jovens, adultos e idosos com ou sem deficiência. A biblioteca conta com computadores e redes wireless, além de sala de games, ludoteca e auditório.
A BSP em números (jan/2023 – jan/2024):
Total de sócios ativos: 17.899
Total geral de acervo: 47.269
Total geral de aquisição (2011 a jan/2024): 30.921
Itens circulados (2011 a jan/2024): 1.102.275
Participações em ações culturais: 21.736
Total do uso dos computadores 2014 a dezembro 2023: 572.095 acessos.
(Fonte: Assessoria de Imprensa – Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo)