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Galatea inaugura unidade em Salvador com exposição coletiva “Cais”

Salvador, por Kleber Patricio

Jayme Fygura, sem título (2023).

Antônia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo inauguram, em 31 de janeiro, uma nova unidade da Galatea na cidade de Salvador, em busca de ampliar o seu público e conexões para além do eixo Rio-São Paulo. O segundo empreendimento dos sócios fundadores abre as portas menos de dois anos depois da fundação da galeria na Rua Oscar Freire, na capital paulista, em junho de 2022.

O endereço escolhido na capital baiana é o Centro Histórico de Salvador – mais precisamente, no Edifício Bráulio Xavier, na Rua Chile, primeiro logradouro do Brasil, entre a Praça Castro Alves e o Elevador Lacerda. Marco da cidade, o edifício modernista abriga em sua lateral o mural intitulado “A colonização do Brasil”, feito pelo artista Carybé em 1962 e hoje tombado pelo Iphan.

Elisa Martins da Silveira, 1912-2001, “Festa Junina”, 1967.

A Galatea Salvador iniciará as atividades com a exposição coletiva “Cais”, elaborada a partir de uma cuidadosa curadoria do sócio Tomás Toledo e Alana Silveira. Com vasta e notável trajetória na cena cultural, depois de já ter atuado em funções como diretora artística, produtora executiva, coordenadora de produção, gestora de acervos e curadora, Alana assume a direção da unidade na capital baiana.

“Cais” será uma experiência única que conectará gerações da arte brasileira ao reunir cerca de 60 nascidos e radicados de diversas áreas do Nordeste misturando e friccionando nomes históricos e contemporâneos de formação tradicional e autodidata. A primeira exposição do espaço soteropolitano está lastreada na produção de quatro artistas nordestinos representados pela galeria: Aislan Pankararu, Chico da Silva, José Adário e Miguel dos Santos. A partir de elementos e temas-chave da obra destes nomes, serão derivados os conteúdos de quatro núcleos que constituem a mostra: Fantasias de fauna e flora, Geometrias afro-indígenas e brasileiras, Máscaras expandidas e Representações da religiosidade e cultura afro-indígena e brasileira, divididos entre pinturas, esculturas e fotografias. Estão presentes na exposição nomes consagrados como Abraham Palatnik, Ayrson Heráclito, Cícero Dias, Emanoel Araújo, Francisco Brennand, Mestre Dicinho, Mestre Didi, Rubem Valentim e Tunga.

A expografia da mostra e o projeto de arquitetura do espaço de 400 metros quadrados são assinados pelo Estúdio Anagrama, que pensa arquiteturas, mobiliários e objetos de design a partir do reuso. Entre as iniciativas de destaque do estúdio, está o projeto do Casarão 28, reforma de um edifício do século XVIII localizado no Centro Histórico de Salvador, Bahia. A obra reaproveitou restos de mais de 15 reformas e demolições realizadas na região metropolitana da cidade.

Efervescência soteropolitana

Antônio Maia, 1928- 2008, “Mãe – Filho”, 1977.

A chegada da Galatea se alinha a um momento em que o centro histórico de Salvador recebe diversas iniciativas de restauração dos seus edifícios emblemáticos e de recuperação da sua vida turística e cultural. A própria Rua Chile e seus entornos acolhem importantes projetos de restauração e renovação, como o antigo Hotel Palace, hoje Fera Palace; o antigo prédio do jornal A Tarde, hoje Hotel Fasano; o Palacete Tira-Chapéu, em processo de restauração para se tornar um centro gastronômico; a transformação, em curso, do Palácio Rio Branco no Hotel Rosewood, e o projeto do Casarão 28, reforma de um edifício do século XVIII na região.

Novas iniciativas e projetos culturais compõem o cenário efervescente atual da capital baiana. Recentemente, em novembro, ocorreu a reabertura do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab); em setembro, a criação do Museu de Arte Contemporânea (MAC) e, em julho, a associação cultural paulista Pivô se instalou no Boulevard Suíço. As novidades vão continuar em 2024, quando a galeria carioca Nonada também promete chegar a Salvador. A cidade se consolida ainda na rota de importantes exposições em itinerância pelo Brasil, a exemplo de “Um defeito de cor”, realizada no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), e “Brasil Futuro: as formas da democracia”, no Solar do Ferrão.

Artistas participantes da coletiva “Cais”: Abraham Palatnik (1928, Natal, RN – 2020, Rio de Janeiro, RJ), Adenor Gondim (1950, Rui Barbosa, BA), Adriano Machado (1986, Feira de Santana, BA), Agnaldo Manuel dos Santos (1926, Ilha de Itaparica, BA – 1962, Salvador, BA), Aislan Pankararu (1990, Petrolândia, PE), Ana Fraga (1974, São Félix, BA), Antônio Bandeira (1922, Fortaleza, CE, BR – 1967, Paris, FR), Antônio Maia (1928, Carmópolis, SE – 2008, Rio de Janeiro, RJ), Ariano Suassuna (1927, João Pessoa, PB – 2014, Recife, PE), Armando Sá (1918, Salvador, BA – 2005, Salvador, BA), Aurelino dos Santos (1942, Salvador, BA), Ayrson Heráclito (1968, Macaúbas, BA), Bauer Sá (1950, Salvador, BA), Bruno Novelli (1980, Fortaleza, CE), Chico da Silva (Francisco Domingos da Silva) (1910, Alto Tejo, AC – 1985, Fortaleza, CE), Cícero Dias (1907, Escada, PE, BA – 2003, Paris, FR), Davi Rodrigues (1968, Cachoeira, BA), Dinho Araujo (1985, Pinheiro, MA), Edsoleda Santos (1965, Salvador, BA), Elias Santos (1964, Aracaju, SE), Elisa Martins da Silveira (1912, Teresina, PI – 2001, Rio de Janeiro, RJ), Emanoel Araújo (1940, Santo Amaro, BA – 2022, São Paulo, SP), Francisco Brennand (1927, Recife, PE – 2019, Recife, PE), Galeno (1957, Parnaíba, PI), Genaro de Carvalho (1926, Salvador, BA – 1971, Salvador, BA), Gerson Souza (1926, Recife, PE – 2008, Rio de Janeiro, RJ), Gilberto Filho (1953, Cachoeira, BA), Grauben do Monte Lima (1889, Iguatu, CE – 1972, Rio de Janeiro, RJ), Heloísa Juaçaba (1926, Guaramiranga, CE), Isabela Seifarth (1989, Salvador, BA), Jayme Fygura (1951, Cruz das Almas, BA – 2023, Salvador, BA), João Alves (1906, Ipirá, BA – c. 1970, Salvador, BA), José Adário (1947, Salvador, BA), José Bezerra (1952, Buique, PE), J. Cunha (1948, Salvador, BA), José de Freitas (1935, Vitória de Santo Antão, PE – 1989, Rio de Janeiro, RJ), José Ignácio (1911, Arauá, SE – 2007, Aracaju, SE), José Tarcísio Ramos (1941, Fortaleza, CE), Lázaro Roberto (1958, Salvador, BA) Lucas Cordeiro (1994, Itapetinga, BA) Luciano Figueiredo (1948, Fortaleza, CE), Manuel Messias dos Santos (1945, Aracajú, Sergipe – 2001, Rio de Janeiro, RJ), Marepe (1970, Santo Antônio de Jesus, BA), Mario Cravo Neto (1947, Salvador, BA – 2009, Salvador, BA), Marlene de Almeida (1942, Bananeiras, PB), Martinho Patrício (1964, João Pessoa, PB), Mestre Dicinho (Adilson Carvalho – 1945, Jequié, BA), Mestre Didi (1917, Salvador, BA – 2013, Salvador, BA), Mestre Zimar (1959, Matinha, MA), Miguel dos Santos (1944, Caruaru, PE), Montez Magno (1934, Timbaúba, PE – 2023, Recife, PE), Nilda Neves (1961, Botuporã, BA), Rebeca Carapiá (1988, Salvador, BA), Rubem Ludolf (1932, Maceió, AL – 2010, Rio de Janeiro, RJ), Rubem Valentim (1922, Salvador, BA – 1991, São Paulo, SP), Thiago Costa (1992, Bananeiras, PB), Tiago Sant’Ana (1990, Santo Antônio de Jesus, BA) e Tunga (1952, Palmares, PE – 2016, Rio de Janeiro, RJ).

Sobre a Galatea

Luciano Figueiredo, 1948, “Teia branca”, 2018.

A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador, especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis, e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu em 2022 como curador-chefe.

Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não-canônico, o erudito e o informal.

Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial; do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, a Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.

Antônio Bandeira, 1922-1967, “Campos Queimados”, 1964.

Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.

Serviço:

Exposição coletiva “Cais”

Local: Galatea Salvador

Endereço: Rua Chile, 22 – Edifício Bráulio Xavier

Abertura: 31 de janeiro de 2024, das 16h às 21h

Período expositivo: 31 de janeiro a 16 de março

Entrada gratuita

https://galatea.art/.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Oficinas de música encerram inscrição neste domingo em Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Daniel Pieri.

As oficinas de música promovidas pela Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (Emosi) dentro do Emosi de Portas Abertas ainda tem vagas disponíveis para esta edição – que acontece de 29 a 31/1. Vale lembrar que durante os três dias de oficinas serão realizadas aulas teóricas e práticas de musicalização, iniciação musical, violino, viola sinfônica, violoncelo, contrabaixo acústico e sopros (flauta transversal, clarinete e saxofone). A participação é gratuita.

As aulas acontecerão em três locais: Centro Cultural Wanderley Peres, Estação Musical e Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano) e as inscrições já estão abertas e podem ser realizadas gratuitamente até este domingo, 28, neste link. Com duração média de duas horas, os encontros serão guiados por professores que já atuam no ensino da Emosi. A direção artística é do maestro Paulo de Paula e a coordenação pedagógica, de Marcel Murari.

Esta é uma iniciativa da Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba), por meio da Emosi, e com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, que tem como principal objetivo fomentar a cultura por meio da música, oferecendo aos participantes uma imersão educativa enriquecedora.

O Centro Cultural Wanderley Peres fica na Rua Padre Bento Pacheco, 802 – Centro; a Estação Musical está situada à Rua Convenção, 1 – Jardim Pompeia e o Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano) fica na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5924 – Jardim Morada do Sol, todos em Indaiatuba (SP). Mais informações pelo e-mail secretaria.osindaiatuba@gmail.com ou pelo WhatsApp (19) 97151-1150.

CRONOGRAMA

29/1 | 16h

Iniciação Musical (8 anos)

Local: Piano Morada do Sol

Instrumentos:

Violino (9 a 18 anos)

Viola Sinfônica (9 a 18 anos)

Violoncelo (9 a 18 anos)

Local: Centro Cultural Wanderley Peres

Instrumento:

Contrabaixo Acústico (12 a 21 anos)

Local: Estação Musical

30/1 | 16h

Flauta transversal, clarinete e saxofone (9 a 18 anos)

Local: Estação Musical

31/1 | 16h

Violino (9 a 18 anos)

Local: Centro Cultural Wanderley Peres.

Serviço:

Emosi de Portas Abertas

Inscrições gratuitas até 28/1 clicando aqui

Endereços:

Centro Cultural Wanderley Peres: Rua Padre Bento Pacheco, 802, Centro, Indaiatuba, SP – mapa aqui

Estação Musical: Rua Convenção, 1 – Jardim Pompéia, Indaiatuba, SP – mapa aqui

Centro Cultural ‘Hermenegildo Pinto’ (Piano): Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 5924 – Jardim Morada do Sol – mapa aqui

Informações e-mail secretaria.osindaiatuba@gmail.com | WhatsApp (19) 97151-1150

(Fonte: Armazém da Notícia)

Cinco destinos na América Latina para conhecer em 2024

América Latina, por Kleber Patricio

Os Lençóis Maranhenses. Foto: divulgação.

A Decolar, empresa de viagens líder na América Latina, recomenda cinco destinos na América Latina e seus principais atrativos para conhecer em 2024. Entre as alternativas indicadas pela companhia, estão destinos que oferecem escapadas urbanas, rotas históricas, maravilhas naturais, praias deslumbrantes e muito mais.

“Aumentou em 15% a busca por passagens aéreas por clientes de toda América Latina para as férias de janeiro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. A região permite aos viajantes viver experiências culturais, esportivas e gastronômicas”, diz Daniela Araujo, diretora de Produtos Não Aéreos da Decolar. Confira as recomendações:

Lençóis Maranhenses – Brasil

Localizados na região Norte do litoral do estado do Maranhão, os Lençóis Maranhenses são uma vasta área desértica de dunas de areia branca entremeadas por lagoas sazonais de água da chuva e abrange diversos municípios da região. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses ocupa uma área de 155 mil hectares e pode ser acessado pelas cidades vizinhas de Barreirinhas e Santo Amaro do Maranhão. É possível realizar passeios como o Circuito da Lagoa Azul ou da Lagoa Bonita, e visitar a Lagoa das Emendadas e o Canto de Atins. Os turistas ainda podem aproveitar as praias de Caburé e Atins.

Deserto do Atacama – Chile

Considerado o lugar mais seco do mundo, San Pedro de Atacama oferece paisagens naturais cinematográficas. Aproveite a grande biodiversidade da Cordilheira do Sal, tire fotos dos flamingos que vivem no Salar, desfrute de uma taça de vinho no Vale da Lua, observe as belas tonalidades do Vale do Arco-Íris e descubra as Lagoas Escondidas de Baltinache. Para os mais aventureiros, também é possível praticar sandboard no Vale de Marte ou mountain bike pela Garganta do Diabo. Sem dúvida, um lugar que parece de outro planeta.

Lima – Peru

Um dos destinos gastronômicos mais famosos do mundo, com vários restaurantes premiados. Também se destaca pela sua história pré-colombiana, que pode ser vislumbrada em locais como o Museu Larco. Para voltar no tempo é obrigatório chegar aos centros arqueológicos Huaca Pucllana e à Cidade Sagrada de Caral. Se você é apaixonado pelo mar, as praias de Punta Negra e Malecón de Miraflores esperam por você. Vale também visitar a Reserva Paisagística Nor Yauyos-Cochas.

Península de Yucatán – México

Praias encantadoras, ruínas maias, variedade de cenotes e gastronomia requintada fazem deste local uma joia turística por excelência, oferecendo atrações repletas de história, cultura e diversão. Descubra os segredos da civilização maia em Chichén Itzá e Tulum, pratique snorkel entre os corais da Isla Mujeres, desfrute de um paraíso tropical na Isla Holbox ou mergulhe nas águas cristalinas do Cenote Sagrado. Não se esqueça de saborear uma margarita assistindo ao pôr-do-sol e provar as clássicas marquesitas, sobremesa tradicional da região.

Zonas Úmidas do Iberá – Argentina

Localizada na província de Corrientes, é considerada a segunda maior zona úmida do mundo e uma das mais importantes reservas de água doce do planeta. Nos 700 mil hectares do Parque Nacional vivem espécies nativas como jacarés, cervos-do-pantanal, capivaras, macacos carayás e veados dos pampas. É também um paraíso para quem gosta de fazer observação de aves: ali podem ser encontradas inúmeras espécies, inclusive algumas em vias de extinção, como o tordo-amarelo. Possui oito portais para fazer caminhadas, ciclismo e viagens veiculares. Nos seus arredores também se pode desfrutar da culinária local, andar a cavalo e fazer passeios de caiaque ou canoa.

(Fonte: Agência FR)

Sesc Campinas recebe celebração de 20 anos do Palhaço Jerônimo

Campinas, por Kleber Patricio

Respeitável público, anote aí: o Palhaço Jerônimo prometeu jamais sair de cena. Nem quando ficar bem velhinho, diga-se de passagem. E como conseguir tanta vitalidade? O fanfarrão responde: a vitamina está nos encontros com as diversas plateias. Não à toa, as celebrações dos 20 anos de existência deste nariz vermelho de muitos predicados, que começaram no fim de 2023, continuam neste fim de semana no Teatro do Sesc Campinas: sábado (27/1), às 15h, com Jerônimo Show, e domingo (28/1), às 16h, com “A Estreia”. Com valores entre R$10 e R$30, os ingressos já estão à venda no portal (www.sescsp.org.br/campinas) e nas bilheterias das unidades. Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

“A idade, o tempo e a experiência são muito favoráveis à profissão de palhaço. Afinal, os palhaços tendem a ir sempre melhorando ao longo dos anos. Celebrar 20 anos é comemorar um trabalho de muito orgulho em que pude estabelecer parcerias artísticas, fazer amizades e ter a oportunidade de levar a arte do Jerônimo para quase todo o Brasil, consolidando, assim, uma pesquisa sobre o palhaço excêntrico musical que me faz muito feliz”, avalia o artista Thiago Sales, intérprete do aniversariante.

Jerônimo Show

Com concepção, direção e atuação de Thiago Sales a partir da orientação técnica dos circenses Bruno Edson, Hiran Silveira e Teófanes Silveira, o solo Jerônimo Show convida o espectador a se encantar com o resultado de vinte anos de pesquisa e trabalho do artista sobre a linguagem do palhaço e sua relação com a música, executada com instrumentos convencionais e inusitados, e com as modalidades circenses, entre as quais o malabarismo e o equilíbrio de objetos.

“Neste solo, em que reúno alguns dos melhores esquetes montados por mim ao longo da carreira, o Palhaço Jerônimo convida a plateia a se deleitar com números surpreendentes, como o Homem Banda, o Piano de Garrafas, o Serrote Musical e o Pratos Bailarinos. Ah, e não podemos nos esquecer a Orquestra Sinônica, que é bem interativa, em que convoco à plateia para tocar sinos afinados em diversas notas musicais”, destaca Thiago.

O enredo

O Palhaço Jerônimo preparou para o respeitável público um espetáculo em que demonstrará todo o seu talento como músico e artista circense, além de sua habilidade, sua graça, sua destreza, sua audácia, sua beleza e sua elegância. Vai ser uma maravilha. “Bem, talvez ele nem tenha tantas qualidades assim, mas essa excêntrica figura realmente acredita que é um showman. Então, o melhor a fazer é embarcar com Jerônimo nessa aventura artística que tem tudo para se tornar uma gostosa, emocionante e divertida brincadeira”, pontua Thiago.

Ficha Técnica:

Concepção, direção e atuação: Thiago Sales

Orientação técnica: Bruno Edson, Hiran Silveira e Teófanes Silveira

Gravação e mixagem de trilha sonora: Gutemberg Silveira e Ricardo Parma

Duração: 55 minutos.

A Estreia

“A Estreia” é um deleite aos amantes da arte da gargalhada e da música nada convencional. Trata-se do terceiro espetáculo de repertório da companhia Circo Caramba, fundada em 2009, e o segundo solo de Thiago Sales, que se dedica, desde 2003, à pesquisa e às experimentações do universo do palhaço excêntrico musical. “De maneira divertida e carismática, utilizo em cena diversos recursos peculiares desse tipo de palhaço: instrumentos inusitados, o manuseio de maneira surpreendente de instrumentos convencionais, além da apresentação de paródias e da improvisação musical com o público”, conta Thiago Sales.

A fim de homenagear o seu Palhaço, Thiago Sales construiu uma dramaturgia inédita e bastante pessoal, tanto com relação ao enredo quanto ao alinhavar das cenas, que se amparam na inspiração e na adaptação de números clássicos de picadeiro, em esquetes de improviso com a plateia e em números musicais e paródias. No meio disso tudo está a história de Jerônimo, “que, durante toda a sua vida, alimentou o desejo de apresentar suas habilidades musicais à plateia, mas nunca teve essa oportunidade. Até que um dia, como funcionário de uma banda, ele percebe que a sua hora de estrear chegou”.

Durante a performance, Jerônimo desfila aos olhos do respeitável público diversas habilidades com instrumentos, entre as quais a de tocar uma composição erudita em uma bomba de encher pneu de bicicleta, alegrar-se no samba por meio de uma engenhoca mirabolante feita de instrumentos de percussão e entoar uma música bem melódica ao som de taças musicais. Para cada tipo de ritmo que se atreve a homenagear, como o rock, o reggae, o forró, o erudito, Jerônimo escolhe um de seus instrumentos preferidos, entre os convencionais (tuba, violão, violino) e os inventados, como a bomba de bicicleta e as taças afinadas.

Por ser fruto de uma pesquisa e de um desejo íntimo, o solo tem a direção assinada pelo próprio artista. Contudo, durante o processo de concepção do espetáculo, Thiago Sales convidou, para alguns pitacos artísticos, dois ícones da palhaçaria brasileira atual: Hudson Rocha, o Palhaço Kuxixo, e Pereira França Neto, o Palhaço Tubinho. “Além de admirar o trabalho dos dois, já tinha trabalhado com eles em momentos distintos de minha carreira. A contribuição artística e o olhar técnico foram fundamentais, principalmente com relação ao tempo cômico e o desenrolar das cenas da dramaturgia”, destaca.

Quando o assunto é levado ao campo da reflexão, “A Estreia” convida o espectador a ocupar o picadeiro dos sonhos. Afinal, o desejo de Jerônimo, de acordo com o seu intérprete, é um reflexo das aspirações da própria plateia. “O sonho de Jerônimo de ser músico, que é o meu sonho, pode ser encarado como os sonhos de cada espectador. Muitas vezes, o que importa não é propriamente a realização, mas o quanto esse desejo impulsiona as pessoas a caminharem e a buscarem seus objetivos. O palhaço, por representar bem a nossa humanidade, é uma boa referência para essa comparação”.

O enredo

Acaba de terminar mais uma apresentação da Banda Incrível Som. Os músicos já deixaram o palco e, nesse momento, “entra em cena” Jerônimo, o funcionário da banda. A rotina se repete sempre da mesma forma: a banda se retira, o público vai embora e Jerônimo permanece ali, solitário, guardando os instrumentos e equipamentos. Seria um verdadeiro tédio o trabalho desse palhaço se não fosse pelo fato de ele sempre aproveitar o momento para ensaiar um show que sonha apresentar.

“Em um certo dia, as coisas acontecem de forma um pouco diferente: a banda vai embora, mas o público fica talvez aguardando um improvável bis. Essa deve ser a oportunidade perfeita para que Jerônimo possa finalmente estrear o tão sonhado show.  A partir daí, o palhaço se torna a estrela daquele palco e inicia seu inesperado e eclético espetáculo, no qual cada número será uma homenagem a um gênero musical. O público irá testemunhar o sonho de Jerônimo se tornando realidade e embarcará com ele num divertido passeio cômico-musical”, conta Thiago Sales.

Ficha Técnica:

Criação, direção e atuação: Thiago Sales

Colaboração: Hudson Rocha e Pereira França Neto

Cenografia: Gabi Perissinotto e Le Nogueira

Figurino: Amanda Dumont e Thiago Sales

Criação de Luz: Eduardo Brasil

Construção de instrumentos: Félix Caro e Thiago Sales

Gravação e mixagem de trilha sonora: Ricardo Parma

Assessoria de Imprensa: Tiago Gonçalves

Produção: Circo Caramba

Circo Caramba

A companhia Circo Caramba, sediada em Campinas-SP, foi criada em 2009 por Thiago Sales. A carreira do artista teve início no ano de 2003, quando nasceu seu palhaço, o Jerônimo. Ao longo de sua trajetória, o Circo Caramba vem sendo reconhecido pela qualidade artística de suas produções e pela forma criativa como une a linguagem da palhaçaria a outras modalidades circenses e, em especial, à música. O trabalho de Thiago Sales é atualmente uma das referências brasileiras na linha do palhaço excêntrico musical.

Além de integrar o elenco de diversas montagens em conjunto com grupos e artistas parceiros, o Circo Caramba vem circulando com o seu próprio repertório de trabalhos, cuja primeira produção foi o espetáculo “Caramba, quanta bobagem!”, parceria entre Thiago Sales e Márcio Parma, que estreou em 2010 e contou com a direção de Esio Magalhães. Em 2014, o Circo Caramba montou o espetáculo Jerônimo Show, primeiro trabalho solo de Thiago Sales, que fez sua estreia no Circos – Festival Internacional Sesc de Circo.

Já em 2016, o artista estreou a intervenção circense-musical “A Banda do Jerônimo: uma inusitada banda de um homem só”. Em 2019, criou mais um espetáculo solo, intitulado “A Estreia”, em comemoração aos 15 anos de carreira do Palhaço Jerônimo. Em 2022, acontece a estreia do espetáculo “Gran Cirque Brado”, uma produção conjunta entre as companhias Circo Caramba e Damião e Cia. Ao longo de sua trajetória, o Circo Caramba tem se apresentado para públicos de todas as idades, nos mais variados espaços, entre os quais unidades do Sesc e Sesi, festivais circenses e teatrais, circos, hotéis, empresas, clubes e universidades.

Saiba mais:

20 anos do Palhaço Jerônimo

Sábado (27/1), às 15h: Jerônimo Show | Circo Caramba – Teaser: Jerônimo Show
https://www.youtube.com/watch?v=WQWKa6creSI
Domingo (28/1), às 16h: A Estreia | Circo Caramba – Teaser:
https://www.youtube.com/watch?v=b4uvSJJC21Y

Onde: Teatro do Sesc Campinas (Rua Dom José I, 270/333, no Bonfim, em Campinas | SP)

Quanto: R$30 (inteira), R$15 (meia entrada) e R$10 (credencial plena). Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

Classificação: Livre

Informações: Central de Atendimento – (19) 3737-1500.

(Fonte: Tiago Gonçalves)

Pesca sem controle diminuiu drasticamente populações de peixes de recifes em seis décadas

Brasil, por Kleber Patricio

Pesquisa identificou 110 espécies de ecossistemas de recifes no desembarque de pescarias de 1950 a 2015. Foto: Francini Filho/Arquivo pesquisadores.

Ao longo de seis décadas, o Brasil tem reduzido as populações de peixes que habitam a costa do país, por conta do impacto das pescas em recifes. A constatação foi feita pelo grupo ReefSyn, que reúne pesquisadores de nove universidades públicas brasileiras, entre elas, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a partir da análise de um banco de dados de pesca em recifes de 1950 e 2015. Os principais diagnósticos da pesca predatória no Brasil estão descritos em artigo científico publicado no dia 2 de janeiro na revista “Reviews in Fish Biology and Fisheries”.

O trabalho identificou 110 espécies de ecossistemas de recifes no desembarque de pescarias neste período. Só em 2015, aproximadamente 50 mil toneladas de peixes de espécies com valor comercial foram pescadas, entre elas, budiões (gênero Sparisoma), vermelhos e guaiubas (gênero Lutjanus). A região Nordeste foi a que mais capturou peixes recifais no período, seguida pelas regiões Sudeste e Norte. A falta de gerenciamento e de fiscalização da atividade pesqueira, segundo os pesquisadores, provocou o declínio de várias populações de peixes principalmente a partir dos anos 2000, momento em que houve um pico de capturas destas espécies.

O estudo também identificou que, ao longo dos anos, cada vez mais espécies passaram a ser capturadas pelos pescadores. “Elas têm as mais variadas funções e importância dentro dos ecossistemas”, alerta Mariana Bender, bióloga do Departamento de Ecologia e Evolução da UFSM e autora sênior do artigo.

Os pesquisadores também identificaram, nas quatro regiões estudadas, de norte a sul do país, um processo conhecido no meio científico como pesca através da cadeia alimentar – onde se capturam desde organismos predadores de topo até os que ocupam níveis inferiores na teia alimentar. “Ao longo desses 65 anos, as pescarias atingiram também peixes herbívoros, como é o caso dos budiões no Nordeste, além de peixes de tamanho pequeno”, comenta a autora. “Estamos explorando uma grande variedade de espécies, consumindo praticamente todo e qualquer recurso marinho, sem reconhecer os efeitos da perda da biodiversidade”.

O impacto da pesca predatória no Brasil tende a ser pior do que o abordado pela pesquisa, pois não há dados governamentais atualizados sobre a atividade após 2015. Sem eles, é impossível entender, por exemplo, o fluxo comercial da pesca em recifes. “Sabemos que o mercado internacional tem impulsionado o aumento da atividade pesqueira e a quantidade de espécies pescadas. Um dos principais países importadores são os Estados Unidos, mas não temos detalhamentos importantes, como as espécies mais exportadas em cada região”, pontua Bender. O número de pescadores associados diretamente aos ecossistemas recifais também não está disponível.

O Brasil possui mais de oito mil quilômetros de costa heterogênea e 4,5 milhões de quilômetros quadrados de Zona Econômica Exclusiva (ZEE), um recorte territorial de domínios marítimos mantidos sob soberania territorial nacional conhecido como “Amazônia Azul”. Apesar da extensão territorial e da importância dos recursos marinhos para a população que vive nas regiões costeiras, o país não tem, tradicionalmente, uma continuidade de investimentos para a proteção oceânica. Estimativas de estudos recentes apontam que apenas 4% desse território conta com algum grau de proteção ambiental.

O estudo alerta para a necessidade urgente de políticas regionais para o gerenciamento da pesca, já que os recifes brasileiros possuem características distintas em cada área do país. Segundo os pesquisadores, dados atualizados sobre a pesca recifal no Brasil são fundamentais para a gestão da atividade – e, consequentemente, para a proteção da biodiversidade dos recifes. Por isso, eles enfatizam a necessidade de investimento por parte do governo na obtenção, sistematização e integração destas informações em todo o país.

(Fonte: Agência Bori/Coleção Ressoa Oceano)