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Sesc Ipiranga recebe espetáculo “Hileia: Semeadora das Águas”, da Cia Mundu Rodá

São Paulo, por Kleber Patricio

Cena de “Hileia: Semeadora das Águas”. Fotos: Susan Oliveira.

A Cia Mundu Rodá estreia dia 23 de fevereiro no Sesc Ipiranga (Rua Bom pastor, 822, Ipiranga, São Paulo, SP) o espetáculo “Hileia: Semeadora das Águas”, realizado a partir da nova pesquisa do grupo baseada em temas urgentes e universais: o útero, a ancestralidade, o mercúrio, a seca, a enchente e a água. A nova montagem, com dramaturgia de Dione Carlos, traz trilha original executada vivo e emerge de pesquisas do grupo realizadas nos últimos anos, envolvendo o delicado tema das questões ambientais por meio do aprofundamento de um teatro imbricado nas tradições populares e nas corporeidades contemporâneas. Com direção de Ana Cristina Colla, do Lume Teatro, a peça fica em cartaz até 24 de março no Sesc Ipiranga – Auditório e os ingressos podem ser adquiridos em https://www.sescsp.org.br/programacao/hileia-semeadora-das-aguas/.

“Da trajetória do meu antepassado avô, que semeava rios por onde passava, das vozes ancestrais que tanto nos alertam e me ensinam, peço licença para evocar memórias de mulher-rio. Da inquietude de transformar a mim e o que puder alcançar, lançamos sementes de águas para que possamos colher rios”, evoca Juliana Pardo, atriz e uma das criadoras do espetáculo.

Hileia: Semeadora das Águas parte de uma pesquisa que entrelaça as memórias pessoais da atriz Juliana Pardo, uma das fundadoras da companhia, além de documentos e narrativas que demonstram a construção da capital paulista por meio do apagamento violento de seu desenho hídrico, e materiais levantados durante duas expedições realizadas pela Mundu Rodá na região Amazônica, pelos rios Xingu e Iriri em 2017 e Rio Acre e Tapajós (2019). O espetáculo teve como inspiração a história real do avô da atriz, que foi carreiro de boi e que coletava águas de rios em pequenas garrafinhas de vidro, autodenominando-se um “colecionador de rios”. Somam-se à construção do espetáculo elementos da cultura popular, pesquisa que tem orientado a criação teatral da Cia. Mundu Rodá desde o seu surgimento, no ano 2000.

Na vida real da artista Juliana Pardo, a figura que guardava águas de rios em garrafas é seu avô Francisco Teles, mas na ficção proposta por Dione Carlos, a avó Hileia é quem coleciona os rios nos potes de vidro. A peça transita também sobre o “ser mulher” em um mundo onde o machismo silencia, o medo imobiliza e o poder patriarcal subsiste há muitas gerações.

Sinopse | Hileia, uma mulher prestes a perder a visão, acaba de herdar uma coleção da avó: rios engarrafados que a anciã reuniu durante toda a sua vida. Impactada diante do acervo, cria um altar para os objetos, passando a adorá-los até ser transportada para uma realidade paralela na qual já não é apenas humana, mas um ser híbrido – meio bicho, meio planta, meio água. Navegando pelos rios soterrados de São Paulo, o espetáculo trama a história de mulheres-rios em diferentes gerações.

Profundidades musicais

Do som gravado das baleias às bacias de água em cena, dos diferentes timbres de chocalhos à rabeca (instrumento constante na pesquisa da Mundu Rodá), são muitas as camadas sonoras de “Hileia”. Da trilha original feita para o espetáculo por Alício Amaral, Juliana Pardo e Amanda Martins, o espectador sem dúvida pode esperar gozo e encantamento. “Partimos das poéticas da água, desde o som da superfície, do meio e das águas mais profundas, além das viagens e encontros com as cantigas e canções tradicionais”, explica Alício Amaral, compositor e pesquisador da Mundu Rodá que executa a trilha no espetáculo ao lado de Amanda Martins. Aos instrumentos e abordagens inusitadas, juntam-se as músicas tradicionais, como as “Cantigas do Baião de Princesas” da Casa Fanti Ashanti, Família Menezes e do Grupo A Barca, do Maranhão, e a “Canção dos Encantados”, de dona Maria Zenaide (cantora e parteira do Rio Juruá, no Acre). Completando as corporeidades e pesquisas de Hileia, ainda há a investigação corporal e o Butoh Dance, colaboração com Yumiko Yoshioka.

Histórico – Cia Mundu Rodá

A Cia. Mundu Rodá (SP), fundada em 2000 pelos artistas Juliana Pardo e Alício Amaral, possui um trabalho continuado de pesquisa que, desde seu surgimento, tem contribuído para um movimento das artes brasileiras contemporâneas que se pensam para além dos padrões eurocêntricos de criação e modos de produção. Vem construindo uma linguagem cênica própria a partir da observação, inter-relação e prática com as Manifestações Tradicionais Brasileiras e o trabalho de artistas intérpretes nas áreas do teatro, dança e música. A partir de pesquisas de campo e intercâmbios com artistas de diferentes áreas, foi criada uma metodologia de preparação e encenação de artista intérprete que dialoga com as urgências e formas de nossa própria época e com os saberes ancestrais que constituem nossas fontes ativas. Os princípios físicos e energéticos que constituem as Manifestações Tradicionais Brasileiras, assim como o estudo biomecânico do corpo-brincador e dos diferentes elementos que o constituem, permeiam nossos trabalhos artístico-pedagógicos.

As criações da Mundu Rodá são, hoje, uma referência importante dentro e fora do Brasil pelo modo como articulam tradição e inovação; situam-se na zona de fronteiras entre as artes e, desta forma, rompem com as velhas dicotomias entre as linguagens e estilos, esboçando novas formas de expressões contemporâneas da arte brasileira, assim como na vasta atuação pedagógica que demarca o trabalho da Cia.

Ficha Técnica

Direção: Ana Cristina Colla

Codireção: Alício Amaral

Atuação: Juliana Pardo

Músico e Musicista em Cena: Alício Amaral e Amanda Martins

Dramaturgia: Dione Carlos

Designer Audiovisual: Yghor Boy

Figurinos: Awa Guimarães

Visagismo: Tiça Camargo

Direção musical: Alício Amaral

Criação musical: Alício Amaral, Amanda Martins e Juliana Pardo

Cantigas: Baião de Princesas – Casa Fanti Ashanti, Família Menezes e Grupo A Barca e Canção dos Encantados – Maria Zenaide

Investigação corporal – Butoh Dance: Yumiko Yoshioka

Tradução e Mediação de Contato/Produção (Yumiko Yoshioka): Eduardo Okamoto

Treinamento corporal: Lu Favoreto e Juliana Pardo

Investigação vocal: Lari Finocchiaro, Andrea Drigo e Letícia Góes

Concepção Cenário: Giorgia Massetani

Luz: Eduardo Albergaria

Operação de Luz: Felipe Stucchi e Kenny Rogers

Captação das imagens Rio Jureia: Laboratórios Cisco

Equipe de produção: Corpo Rastreado – Lucas Cardoso

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Marina Franco

Créditos da primeira etapa do projeto:

Pesquisa e criação | Assistência de Direção: Natacha Dias e Alício Amaral Designer Audiovisual: Clara Moor e Julia Ro Figurinos: Thaís Dias Cenário e Cenotecnia: Wanderley Silva Provocadores dos Estudos Cênicos I e II: Daniel Munduruku, Francois Moïse Bamba, Patrícia Furtado e Adriano Sampaio Tradução e Mediação de Contato / Produção (Francois Moïse Bamba): Laura Tamiana Captação das imagens Rio Jamari e das crianças da aldeia jupaú, T.I. Uru Eu Wau Wau – Povo Uru Eu Wau Wau; e desenhos criados pelas crianças da Aldeira Tubatuba, T.I.Xingu, Povo Yudjá: Clara Moor.

Serviço:

Hileia: Semeadora das Águas

De 23 de fevereiro a 24 de março, sextas às 21h30, e sábados e domingos às 18h30

Local: Sesc Ipiranga – Auditório – Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, São Paulo/ SP

Duração: 60 minutos

Classificação Indicativa: 12 anos

Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$12 (credencial plena) | Vendas nas bilheterias das unidades do Sesc e no link Informações e ingressos, em https://www.sescsp.org.br/programacao/hileia-semeadora-das-aguas/.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

“O Pequeno Príncipe in Concert” retorna ao Theatro Municipal do Rio

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Alfredo Galvão.

Depois do sucesso das primeiras temporadas, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebe novamente a adaptação do clássico da literatura “O Pequeno Príncipe” em versão “in concert”. Lançada há 80 anos, a obra de Antoine de Saint-Exupéry ganha vida em um espetáculo musical que promete emocionar o público em cinco apresentações imperdíveis. O espetáculo acontecerá nos dias 28 e 29 de fevereiro, 1º de março (às 19h) e 2 de março (com duas apresentações, às 11h e 16h).

Dividido nas 27 cenas do livro, “O Pequeno Príncipe in Concert” envolve quase 100 integrantes, entre elenco, orquestra, cantores e bailarinos. Pela primeira vez, uma drag queen integra o elenco, interpretando a rainha. A vencedora do Drag Race Brasil, Organzza, ganha vida pelas mãos do ator Vinícius Andrade.

A narração será realizada pelo ator Daniel Del Sarto, que interpreta o Aviador nesta temporada, e de Rick Fróes, no papel do Pequeno Príncipe. Além disso, o Coral Infantojuvenil da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, regido por Maria José Chevitarese e Juliana Melleiro, e o Ballet Infantojuvenil Spinelli Escola de Dança e Produções Artísticas, com coreografia de Fernanda Rocha e Elisabete Spinelli, acrescentam camadas de beleza e emoção ao espetáculo. As músicas originais, gravadas em CD no início da década de 2000, têm a construção do maestro Glauco Fernandes, que conduz a orquestra e assina a direção artística do espetáculo.

A adaptação e a direção geral de Lara Velho imprimem uma abordagem inovadora à obra e provocam a sensibilidade do público sobre a história da amizade entre o homem frustrado por incompreensão e o principezinho que habita um asteroide no espaço. A música original, a direção artística e a regência de Glauco Fernandes contribuem para a atmosfera mágica, enquanto a produção executiva de Ana Carolina Bôa Morte e demais profissionais envolvidos garantem que cada detalhe seja cuidadosamente elaborado.

“‘O Pequeno Príncipe in Concert’ é uma oportunidade para imergir na genialidade de Saint-Exupéry, celebrando não apenas esta história cativante, mas também a riqueza da cultura e das artes no Theatro Municipal do Rio”, explica Lara Velho. O espetáculo tem a iluminação sob o comando de Fernanda Mantovani, som de João Vicente e participação da cantora Luana Mallet. A cenotécnica tem a responsabilidade de Cris Pantoja e Francisco da Costa.

Ficha Técnica

Música Original, Direção artística e Regência: Glauco Fernandes

Direção Geral e Adaptação de Texto: Lara Velho

Produção Executiva: Ana Carolina Bôa Morte

Assistência de Produção: Victória Ribeiro

Preparação de elenco: Janette Machado

Figurino: Luana Mallet

Cenotécnica: Cris Pantoja e Francisco da Costa

Iluminação: Fernanda Mantovani

Som: João Vicente

Fotografia: Alfredo Galvão

Elenco:

Aviador (Narrador) – Daniel Del Sarto

Pequeno Príncipe – Rick Fróes

Rosa – Luana Mallet

Rainha – Organzza

Vaidoso – Márcio Sanchez

Bêbado – Zeppa Souza

Empresário – Wallace Vennon

Acendedor De Lampião – Márcio Sanchez

Geógrafo – Gilson Gomes

Serpente – Bernadette Mallet

Florzinha insignificante – Luciana Borges

Raposa – Maya Tyszler

Guarda Ferroviário – Leonardo Coimbra

Vendedor De Pílulas – Luana Mallet

Coral Infantojuvenil da UFRJ

Regência: Maria José Chevitarese e Juliana Melleiro

Ballet Infantojuvenil Spinelli Escola de Dança e Produções Artísticas

Coreografia: Fernanda Rocha e Elisabete Spinelli.

Serviço:

O Pequeno Príncipe in Concert

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/nº, Centro – Rio de Janeiro, RJ

Datas: 28 e 29 de fevereiro – 19h / 1º de março – 19h / 2 de março – 11h e 16h

Classificação: Livre

Ingressos: R$80 a R$180

Vendas: Theatro Municipal do Rio de Janeiro e pela plataforma https://feverup.com/pt/rio-de-janeiro

Instagram: https://www.instagram.com/opequenoprincipeinconcert/.

(Fonte: Bruno Pirozi Assessoria de Imprensa)

Damião e Cia. encena espetáculo “Bem Debaixo do Nariz” no Sesc Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: Gabriella Zanardi.

Qual é o destino de quem nasce sob uma lona de circo? As fanfarronas Brigite e Begônia partem em uma aventura para obter justamente a resposta a esse enigma. Trata-se de uma linda jornada de autodescoberta. E como conferir essa saga, que vem acompanhada de humor, gargalhadas e reflexão sobre a realização de sonhos? É bem simples: basta assistir à encenação de “Bem Debaixo do Nariz”, novo espetáculo da premiada trupe campineira Damião e Cia. A montagem, dedicada ao público infantil, será apresentada no domingo (25/2), às 16h, no Teatro do Sesc Campinas (SP), com valores entre R$10 e R$30. Os ingressos já estão à venda no portal (www.sescsp.org.br/campinas) e nas bilheterias das unidades. Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

Novamente, a direção artística de um espetáculo da Damião e Cia vem assinada por um artista convidado. Por sinal, tornou-se marca fiel da identidade da trupe. Desta vez, quem está à frente é Cláudio Saltini, fundador da reconhecida Cia. Circo de Bonecos (São Paulo/SP). Já a cena é protagonizada pelo trio Fernanda Jannuzzelli (Begônia), Lara Prado (Brigite) e Rodrigo Nasser (intérprete de vários papéis, entre os quais o Dono do Circo).

A inspiração do espetáculo vem da época da Pandemia. A fim de colocar o nariz vermelho a serviço das crianças confinadas, as atrizes e palhaças da trupe criaram, no canal da companhia no YouTube, a série humorística e infantil “Brigite e Begônia na Quarentona”. Dito e feito: conquistaram a pequena plateia. Neste ano, recordando-se daqueles momentos difíceis, elas chegaram à conclusão: não temos ainda um espetáculo 100% pensado a partir da ótica da criança. Mãos à obra? Com toda certeza.

“A Damião e Cia sempre acredita que o hábito de ir e apreciar o teatro, o circo, ou qualquer outra arte ou cultura precisa começar desde cedo. Se a criança vai, assiste e se identifica com aquilo que viu, a probabilidade dela se tornar uma espectadora assídua é muito grande. Neste espetáculo, por exemplo, partimos da visão de mundo dessa criança, o que ela entende e pensa sobre as situações. Com certeza, ela vai se identificar com a narrativa”, destaca Fernanda.

Não é para menos: a trama do espetáculo narra a história de duas amigas que nascem no mesmo circo, no mesmo horário, no mesmo dia. Em vez de choro, elas surgem sorrindo e, para completar a cena, exibem a ponta do nariz levemente avermelhada. E não param por aí. Após uma tentativa frustrada e malsucedida de ocuparem o picadeiro com graciosidade, as duas abandonam o circo. Fim de expediente? Não. Brigite e Begônia saem em busca de outras ocupações. Encontram-se com três novas profissões: costureira, sapateira e maquiadora. E qual o resultado dessa situação? Diversão na certa, é claro.

“O espetáculo conta de uma forma divertida e poética a história de duas meninas atrapalhadas que procuram a própria identidade. Falar sobre esse tema para crianças não é tarefa simples. É fácil cair em chavões e frases feitas. O que mais me chama atenção na montagem é que a história tem traços autobiográficos. Mas a Damião e Cia faz isso com muita sensibilidade, alegria e graça. Ao mesmo tempo, no pano de fundo, a companhia retrata a vida no circo-teatro brasileiro”, destaca o diretor.

Por sinal, a estética do espetáculo tem raízes fincadas na teatralidade circense. A atriz Fernanda Jannuzzelli, exímia pesquisadora do assunto, ajuda a plateia a identificá-la: “Tratando-se da linguagem da palhaçaria clássica, temos uma dupla, apesar de existir o contraponto a partir da figura de um ator, que faz diversos personagens por meio da criação de máscaras. Da mesma forma, a dramaturgia da montagem se assemelha muito aos esquetes clássicos de picadeiro, que trazem estruturas solidificadas e se repetem ao longo do espetáculo, características que, como bem sabemos, estão muito ligadas à lógica da criança”, pontua a atriz.

Não à toa, o figurino, concebido pela atriz Lara Prado, vem auxiliar a criançada a se ligar à saga de crescimento das amigas circenses. “O figurino acompanha a trajetória das personagens, tratando de ilustrar os diferentes momentos que elas vivem, sendo sobrepostos conforme crescem e passam por mudanças. Dessa forma, o público pode ver a transformação das duas em cena na medida em que elas próprias vão evoluindo”, conta Lara.

E qual o nariz vermelho de esperança os artistas da Damião e Cia gostariam de deixar ao respeitável público? “Esse espetáculo fala de descobrir o seu lugar no mundo. Sendo assim, o principal destaque da montagem é o valor dado à amizade e às buscas que marcam a transição da infância para a vida adulta. As personagens percorrem uma grande jornada em busca de si mesmas, mas sempre contando com o apoio uma da outra. Assim, mesmo longe de casa, elas se sentem seguras para explorar o mundo e realizar suas descobertas”, avalia a atriz.

O diretor artístico também faz questão de lançar um olhar de reflexão à montagem. “É um espetáculo emocionante. A gente ri e se arrepia o tempo todo. A jornada de Brigite e Begônia em busca das suas identidades é uma mensagem de esperança. Em um mundo em que o sucesso é identificado por aquilo que temos e não pelo que somos ou fazemos, Bem Debaixo do Nariz é um desses raros espetáculos que nos enche de vontade de viver”, finaliza Cláudio.

Sinopse | Brigite e Begônia são duas amigas que nascem no mesmo dia, no mesmo horário e no mesmo circo. Após uma tentativa frustrada de fazerem parte do espetáculo, elas decidem partir, juntas, em uma aventura para descobrir o que sabem fazer de melhor. E não é que a resposta pode estar bem debaixo de um nariz vermelho?

A Damião e Cia

A premiada Damião e Cia é um grupo de pesquisa e criação em teatro e circo fundado em 2012 por artistas bacharéis em Artes Cênicas pela Unicamp. A companhia fundamenta sua linguagem no estudo das mais variadas formas de teatro popular buscando a valorização da tradição, assim como sua reinvenção em prol do diálogo com a contemporaneidade.

Ao longo de sua trajetória, o grupo produziu os espetáculos “As Presepadas de Damião” (Mario Santana, 2012), “Atenção, Respeitável Público” (2012), “Estrela da Madrugada” (Mario Santana, 2013), “Burundanga – a revolução do baixo ventre” (Fernando Neves, 2018), “Andante” (Cia Markeliñe/Espanha e Damião e Cia, 2019), “As Desventuras do Capitão Rabeca” (Tiche Vianna, 2019) e “GranCirque Brado” (Thiago Sales, 2022), em parceria com o Circo Caramba, “Trupica Coração” (Kátia Daher, 2022), “Um Incrível Show de Mímica” (Rodrigo Nasser, 2022) e “Bem Debaixo do Nariz” (Cláudio Saltini, 2023).

Os espetáculos do grupo são criados para diferentes espaços de representação e buscam a comunicação com um público heterogêneo, de modo a proporcionar a expansão do universo simbólico e criar rupturas no cotidiano, possibilitando encontros e trocas.

Ficha Técnica

Direção artística: Cláudio Saltini

Elenco: Fernanda Jannuzzelli, Lara Prado e Rodrigo Nasser

Trilha Sonora Original: Arturo Cussen – Circo da Silva

Músicos convidados: Fernando Junqueira e Marcelo Onofri

Figurino: Lara Prado

Confecção de figurinos: Graciete Santos

Confecção de macacões: Rusmarry Araújo

Adereços e Cenotécnica: Cláudio Saltini, Lara Prado e Rodrigo Nasser

Técnica de som: Cléu Dandolo e Presto Kowask

Fotografia: Gabriella Zanardi

Designer gráfico: Nathalia Ernesto

Assessoria de imprensa: Tiago Gonçalves

Produção de acessibilidade e Narração da audiodescrição: Isadora Ifanger

Consultoria de audiodescrição: Ana Dahora

Intérpretes de LIBRAS: BR Libras (Barra Bonita, Botucatu e Lorena), Josie Ananias (Campinas), José Ricardo Cavenaghi (Mogi Mirim) e Luís Felipe Costa (Peruíbe)

Coordenação de Produção: Fernanda Nunes

Realização: Damião e Cia

Teaser (vídeo) do Espetáculo: https://www.youtube.com/watch?v=T4sQGlTFQKs.

Saiba mais:

Bem Debaixo do Nariz, da Damião e Cia

Domingo (25/2), às 16h

Teatro do Sesc Campinas (Rua Dom José I, 270/333, no Bonfim, em Campinas | SP)

Ingressos: R$30 (inteira), R$15 (meia entrada) e R$10 (credencial plena). Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

Informações: @damiaoecia.

(Fonte: Tiago Gonçalves Assessoria de Imprensa)

CPT SESC lança nova coleção digital do acervo histórico de “Drácula e Outros Vampiros”

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Bobo Sousa.

Desde 21 de fevereiro, o acervo do espetáculo teatral “Drácula e Outros Vampiros” (2016) passa a integrar as Coleções e Acervos Históricos do CPT_SESC, realizado pelo Sesc Memórias, na plataforma do Sesc Digital.

Composta por fotos dos figurinos feitas por Bob Sousa após trabalho de higienização e reparos dos itens, realizado pelo Sesc Memórias, além de fotos de cena e peças gráficas, a 20ª Coleção da série conta ainda com trechos de entrevistas do sonoplasta Raul Teixeira e de Emerson Danesi, que foi ator, produtor e diretor no Centro de Pesquisa Teatral (CPT). O conteúdo é ilustrado com trechos do espetáculo.

Drácula e Outros Vampiros é uma obra que se enquadra como continuidade dos ensaios de Antunes Filho em torno da sinergia do Mal. A temática, iniciada em “Nova Velha Estória”, “Trono de Sangue” e “Vereda da Salvação”, revelou a progressiva decantação dos processos criativos do CPT, ao mesmo tempo em que propunha reflexões sobre o Bem e o Mal e a condição humana na última década do século XX. “Gilgamesh”, ao lado da obra foco da nova coleção, deu sequência ao tema, mas levando-a à poética da Imortalidade e ao mito da Árvore da Vida.

Foto: Bob Sousa.

Partindo disso, o espetáculo traz para a cena o Mal em plena atuação, corrompendo o sonho da imortalidade e o canalizando para uma realidade mórbida, delirante. O vampirismo se manifesta na vida cotidiana por meio dos que sugam a energia alheia e exploram o outro, convertendo-se em sede de poder e levando-a às últimas consequências: torturas, perseguições, genocídios e holocaustos. Esses são os ingredientes para compor essa metáfora aos tiranos e ao radicalismo no poder que marcaram o final do milênio, sob o ponto de vista de um humor cáustico característico de Antunes Filho.

Concepção e referências da obra  

O livro “Em Busca de Drácula e Outros Vampiros”, de Raymond T. MacNally e Radu Florescu, somado a outras referências literárias, como o clássico “Drácula” de Bram Stoker, teve importância primordial na pesquisa do CPT para a criação do espetáculo. O livro de MacNally e Florescu resgatou a memória de Vlad Tepes, príncipe romeno que se destacou entre tantos fatos hediondos da Idade Média, principalmente por sua crueldade sanguinária, e serviu de inspiração para Stoker na composição do personagem que se tornou símbolo no imaginário popular. Dessas referências, Antunes Filho colheu a matéria-prima para estabelecer o conceito de vampiro que pretendia mostrar, além da estética e ideologia.

Neste espetáculo, inclusive, o encenador voltou a ser o centro do processo criativo. Ao contrário das obras apresentadas antes, desde Nova Velha Estória, cujos movimentos cênicos nasciam dos próprios atores, nesta o diretor é quem os cria, orientando o elenco nas marcações.

Foto: Bob Sousa.

Para a concepção cênica, ele recorreu às formas que o vampiro assumiu em diferentes meios expressivos, como filmes, abordagens plástica e literária e histórias em quadrinhos. A mais importante referência, no entanto, vem da “dança macabra” do balé “A Mesa Verde”, de Kurt Jooss, um dos mais expressivos nomes da dança no século XX. A coreografia gira em torno do poder e da morte, em uma marcha militar que dizima tudo e todos, e inspirou a elaboração cênica de Antunes.

Neste espetáculo, o fonemol, linguagem imaginária que utiliza uma junção de fonemas aleatórios, também está presente. O recurso, que tem o propósito de possibilitar aos atores desenvolverem outras potencialidades da atuação dramática para além do texto falado, aparece em algumas situações, convivendo com o português.

Em relação à direção de arte, a peça reeditou a parceria com o cenógrafo J.C. Serroni. O espaço cênico trouxe uma rica sugestão gótica e os figurinos, que podem ser vistos na nova coleção do Sesc Digital, trazem referências dos desenhos do artista, ilustrador e quadrinista italiano Guido Crepax, da estética nazista, da Ku Klux Klan e de capas de discos de heavy metal.

Para a cenografia, uma novidade no CPT: o uso de maquinaria, com efeitos de luz para reproduzir raios, fumaça e até elevadores, num cenário robusto de três andares. A iluminação e os efeitos especiais ficaram a cargo de David de Brito.

Foto: Paquito.

A trilha sonora da peça inclui Black Sabbath, Verdi, música oriental, discurso de Hitler e tangos, com direção de Raul Teixeira, cuja entrevista também compõe os materiais encontrados na plataforma do Sesc São Paulo.

A nova coleção visa promover a história construída pelo encenador Antunes Filho, proporcionando uma imersão nos detalhes e bastidores da produção. Além disso, a difusão do acervo – idealizado com a finalidade de preservar a memória do teatro e da cultura brasileira – pretende contribuir com estudiosos e estudantes de cultura em geral.

Serviço: 

Drácula e outros vampiros – Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC  

[Disponível na plataforma Sesc Digital] – Acervo digital composto de fotos dos figurinos feitas pelo fotógrafo Bob Sousa a partir do trabalho de higienização e reparos do acervo realizado pelo Sesc Memórias – peças gráficas, fotos de cena e entrevistas com o elenco da peça.

Sobre as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC               

As Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC trazem ao público seleções dos figurinos e outros itens de peças encenadas pelo CPT. Um minucioso trabalho de pesquisa possibilitou a recomposição e reparos de mais de 420 trajes cênicos compostos e 350 acessórios, em um total aproximado de 2000 itens de 27 espetáculos. Em seguida, os figurinos foram registrados pelo fotógrafo Bob Sousa e essas fotos são hoje o fio condutor das Coleções. Já estão disponíveis as das montagens “Nova Velha Estória”, “Eu Estava em Minha casa e Esperava que a Chuva Chegasse”, “Lamartine Babo”, “A Falecida Vapt-Vupt”, “Senhora dos Afogados”, “Macunaíma”, “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, “Antígona”, “Foi Carmen”, “Fragmentos Troianos”, “Gilgamesh”, “Medeia”, “Medeia 2”, “Nossa Cidade”, “Toda Nudez Será Castigada”, “Trono de Sangue”, “A Pedra do Reino”, “Vereda da Salvação”, ”Xica da Silva” e “Blanche”. Também está disponível uma coleção dedicada aos cartazes produzidos para a divulgação das montagens do grupo.

Sobre o Sesc Memórias | O Sesc Memórias atua, desde 2006, na coleta, higienização, organização, guarda e disponibilização da documentação produzida pela instituição com o propósito de preservar e difundir suas memórias. Integram seu acervo os registros produzidos desde a criação do Sesc, em 1946. São diversos gêneros, suportes e formatos de documentos que assinalam a ação finalística da instituição e seus processos de trabalho, como materiais de divulgação, fotografias, produtos institucionais e relatórios, entre outros. Seu acervo contribui para a reflexão acerca do trabalho desenvolvido pela instituição, bem como para a promoção de pesquisas e de produção de conhecimentos, na medida em que é acessível ao público interno e externo, reforçando a memória como um valor a ser cultivado.

CPT_SESC     

O Centro de Pesquisa Teatral foi criado em 1982 como laboratório permanente de criações teatrais, formação de atrizes, atores, dramaturgas e dramaturgos. Ao longo de quatro décadas, ganhou reconhecimento da crítica e de seus pares no Brasil e em outras partes do mundo como referência no fazer teatral. Foi coordenado por Antunes Filho por 37 anos, período no qual formou mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentou 46 espetáculos. Em 2020, passado um ano da morte do diretor, o CPT expandiu suas ações em busca do constante desenvolvimento que o teatro contemporâneo exige, mantendo o diálogo com o seu legado.  A programação apresenta ciclos de debates, mostras digitais, cursos, podcasts, oficinas, entre outras atividades, com artistas e técnicos de diversas formações e instâncias da produção teatral, a fim de buscar a realização de um trabalho interdisciplinar a que sempre se propôs o CPT_SESC.

Consulte a programação completa no site e nas redes sociais:  Instagram, Facebook e YouTube  e Instagram (Sesc Memorias)

Informações sobre as Coleções Digitais, Pesquisa e Memória do Sesc: sescmemorias@sescsp.org.br.

(Fonte: Assessoria de Imprensa CPT_SESC | Sesc Consolação)

Fotógrafo cria expedição para amantes de fotografia clicarem a onça-pintada

Pantanal, por Kleber Patricio

Próximas datas disponíveis são de 14 a 22/9 e 28/9 a 6/10. Fotos: divulgação/Valter Patrial.

Com a primeira data já lotada (de 24/8 a 1/9), o professor de física do Ensino Médio, fotógrafo e guia de turismo profissional Valter Patrial realiza todos os anos expedições para o Pantanal que são verdadeiros sonhos para quem quer ver e fotografar o maior felino do continente americano, a onça-pintada.

Com conforto e muita organização, a Expedição Pantanal é realizada onde há a maior concentração de onças-pintadas do mundo, no Norte do Pantanal mato-grossense. As próximas datas disponíveis são 14 a 22/9 e 28/9 a 6/10. O Safári Guiado leva os participantes aos pontos de maior sucesso na observação e registro do animal. Lá, no coração do Pantanal, o jaguar, como também é conhecido, poderá ser observado em seu habitat natural. No roteiro, está incluso navegação em barco hotel e barco safari por rios e “corixos” que ficam dentro do Parque Estadual Encontro das Águas.

De acordo com Valter, “não é necessário ter experiência em fotografia e nem ter um equipamento profissional, pois o importante é a experiência. Todas as instruções necessárias eu darei durante a expedição. Quem já foi se apaixonou e voltou novamente, até mais de uma vez. Até porque, além da onça-pintada, o bioma do norte do pantanal é extremamente rico em diversidade. Lá encontramos ariranhas, jacarés, sucuris, tuiuiús e muito mais.”

Roteiro:

1° Dia – Chegada a Cuiabá (Várzea Grande) – hospedagem

2° Dia – Saída as 6h30, após café da manhã, em transfer privado (Van para 12 Pessoas, climatizada), do Hotel para a Transpantaneira (local incrível para se ver uma grande variedade de vida selvagem. Ao longo deste trajeto, várias paradas para fotografar e contemplar a natureza e parada para almoço. Chegada ao Porto Jofre, onde o grupo navega para chegar até o local da hospedagem.

16h – Check-in no Barco Hotel Aguapé

No jantar – Briefing da Expedição, com dicas fotográficas para o dia seguinte, que será intenso.

3° Dia – Após o café da manhã, saída para Safari de navegação no período da manhã.

Após o almoço saída para Safari no período da tarde, com retorno no final do dia, pois não há navegação à noite.

Após o jantar, dicas do dia sobre fotografia de vida selvagem e ajustes para o dia seguinte.

Esta rotina se repetirá por mais 4 dias.

4º, 5º, 6º e 7º dias – Safari embarcado em busca dos animais do Pantanal, suas paisagens e, em especial, a onça-pintada.

8° Dia – Café da manhã e check-out, saída para a Transpantaneira a caminho de Cuiabá, o retorno, transfer privado (Van para 12 Pessoas, climatizada) também será marcado por várias paradas ao longo da transpantaneira.

Check-in no hotel para descanso, pois na manhã seguinte, o grupo seguirá viagem.

9° Dia – Já em Cuiabá o grupo estará liberado para seguir viagem para seus destinos.

O Check-out deverá ser feito até as 11h.

O pacote inclui 8 noites de hospedagem, 6 noites com pensão completa e 2 noites com café da manhã, transporte privativo em van climatizada Cuiabá – Porto Jofre (ida e volta), safáris privativos diários em barco na região do Porto Jofre (matutino e vespertino), guia de turismo e instrutor fotográfico Valter Patrial e taxas e permissões necessárias.

Investimento: R$12.000,00 em apto duplo | R$15.000,00 em apto individual

Mais informações: https://www.valterpatrial.com.br/expedicoes/pantanal-2024

Não inclui: passagens aéreas, traslado de chegada em Cuiabá, refeições não mencionadas e bebidas como refrigerantes e bebidas alcoólicas, check-in antecipado e check-out tardio (early check-in e late check-out), equipamento fotográfico, suplemento para apartamento individual e seguro-viagem.

Para inscrição: Depósito, TED ou PIX

Sinal de 20% (apto duplo R$2.360,00 – apto individual R$2.960,00)

Formas de pagamento: Depósito, TED ou PIX

À vista: 5% de desconto

Parcele o saldo via PIX – o número de parcelas não pode exceder o mês que antecede a viagem

Cartão de Crédito vendido pela Loja Virtual (adicional de taxa administrativa).

Observação: participantes que optarem pela hospedagem em apto duplo dependerão de outro participante do mesmo sexo inscrito nas mesmas condições. Caso as inscrições sejam encerradas sem que haja com quem dividir o apto, deverá ser pago o valor descrito como “apto individual”.

(Fonte: Oficina da Comunicação Integrada)