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Estação CCR das Artes: Estação Júlio Prestes ganha nova sala de espetáculos

São Paulo, por Kleber Patricio

Plateia modular da nova Estação CCR das Artes, que acomoda até 543 pessoas. Fotos: Alexandre Silva.

Na noite de segunda-feira, 16 de dezembro, a secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado, Marília Marton, o CEO do Grupo CCR, Miguel Setas, e o presidente do Conselho de Administração da Fundação Osesp, Pedro Parente, oficializaram a parceria entre as instituições em uma cerimônia para convidados que contou com uma apresentação natalina do Coro Acadêmico da Osesp e da São Paulo Big Band. O evento oficial de inauguração e entrega da Estação CCR das Artes à população acontecerá no dia 25 de janeiro de 2025, quando se comemora o aniversário de 471 anos da cidade de São Paulo.

“Com uma programação cultural eclética, a Estação CCR das Artes tem como missão formar novas plateias, atingindo um público bastante amplo, o que está profundamente conectado com um dos pilares da atuação do Instituto CCR: democratizar o acesso à cultura. Além disso, a requalificação deste espaço contribui para a revitalização do Centro de São Paulo e valoriza ainda mais a Estação Júlio Prestes, um patrimônio histórico da capital paulista e do Brasil que está sendo restaurado pelo Grupo CCR”, afirma o CEO da Companhia, Miguel Setas.

Com projeto arquitetônico do escritório Dupré Arquitetura, de Nelson Dupré — profissional que também foi responsável pelo consagrado projeto de restauro da Sala São Paulo, inaugurada em 9 de julho de 1999 —, a Estação CCR das Artes ocupa o antigo concourse da Estação Júlio Prestes, que ainda preserva sua arquitetura original, com vitrais coloridos da tradicional Casa Conrado e três imponentes lustres. O local torna-se, assim, parte do Complexo Cultural Júlio Prestes, que abriga também a Sala São Paulo — sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, do Coro da Osesp e da Academia de Música —, a São Paulo Escola de Dança, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, a Estação Pinacoteca e a Emesp Tom Jobim.

A Estação CCR das Artes foi viabilizada por meio de uma parceria do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, com a Fundação Osesp e conta com o suporte do Grupo CCR, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal, para sua operacionalização. A iniciativa reafirma o compromisso destas instituições com a revitalização urbanística do Centro de São Paulo e a democratização do acesso à cultura. “O projeto da Estação CCR das Artes demonstra como a colaboração entre o poder público, organizações culturais e a iniciativa privada é fundamental para impulsionar a cultura e transformar a cidade. Parcerias como esta são essenciais para a revitalização do Centro de São Paulo e para ampliar o acesso à cultura, oferecendo espaços de qualidade para a população e promovendo um impacto positivo tanto cultural quanto econômico”, destaca a secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Marília Marton.

A ideia de transformar o concourse da Estação Júlio Prestes em um espaço voltado às artes é mais antiga que a própria Sala São Paulo. Ainda em 1995, a Secretaria da Cultura do Estado promoveu uma apresentação da Osesp nessa área – que depois viria a ser chamada de Estação das Artes – onde originalmente eram vendidos os bilhetes ferroviários. O concerto, que celebrava a recente restauração do espaço, funcionou também como um teste, realizado no contexto de um projeto do maestro Eleazar de Carvalho, que por 23 anos esteve à frente Osesp, com o então secretário da Cultura, Marcos Mendonça.

Com regência de Eleazar, a apresentação contou com a presença do engenheiro Mário Garcia, que naquele período participava do esforço para encontrar uma sede para a Osesp que fosse ideal no quesito acústica. Em 1997, um ano após a morte de Eleazar, foi decidido que o jardim de inverno da Estação Júlio Prestes, com área ainda maior que a do concourse, seria o local perfeito para uma grande sala de concertos. Finalmente, 25 anos após a inauguração da casa de concertos, a Fundação Osesp liderou os esforços que culminaram na criação do novo espaço. “A entrega desse novo espaço, plural e dedicado às artes, é mais um passo da Fundação Osesp na sua vocação de prover cultura de qualidade e acessível a São Paulo e ao país, com a participação da sociedade civil através de uma gestão responsável e transparente”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Fundação Osesp, Pedro Parente.

Miguel Setas, Marília Marton, Pedro Parente e Marcelo Lopes.

A Osesp e a Sala São Paulo — da qual faz parte a Estação CCR das Artes — são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura. Acompanhe a Osesp: Site | Instagram | YouTube | Facebook | TikTok | LinkedIn.

(Com Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)

Exposição ‘Rupturas Imaginadas’ está em cartaz na WG Galeria

São Paulo, por Kleber Patricio

Obras de Larissa Anne. Imagem: Divulgação.

A WG Galeria celebra o primeiro ano de atividades do seu espaço no centro de São Paulo e apresenta ‘Rupturas Imaginadas’ até 25 de janeiro de 2025. A exposição reúne três artistas contemporâneos que, a partir de suas trajetórias distintas e de uma profunda relação com a cidade, provocam uma reflexão sobre as tensões urbanas, sociais e culturais que marcam o presente. Com curadoria de Maria Luiza Meneses, a mostra apresenta obras dos artistas Larissa Anne, Danilo Cunha e André Firmiano, que se afastam das convenções estabelecidas e fazem da cidade e de suas complexas dinâmicas o cenário e a matéria-prima de suas criações. ‘Rupturas Imaginadas’ propõe um questionamento sobre as relações de classe, raça e gênero na maior cidade da América Latina, e investiga como as diferentes camadas sociais, territórios e identidades se cruzam, se separam e se tornam simultaneamente distantes e interdependentes.

Três artistas, três rupturas

A exposição busca abrir um campo para os gestos dos artistas, que questionam as convenções visuais, sociais e artísticas. Cada um dos trabalhos exibe uma profunda crítica aos sistemas estabelecidos, oferecendo novas formas de olhar para o espaço urbano e as narrativas que o constituem.

Larissa Anne, que combina sua formação em arquitetura com a pesquisa do graffiti, utiliza a cidade como um campo de reflexão sobre o tempo e o território. Suas obras, compostas por três telas, evocam memórias e marcas de um passado recente, abordando as casas, a vida familiar e as ilusões de futuro, com uma paleta de cores que transmite uma crítica social implícita nas relações de poder e nas expectativas de vida. Seu trabalho destaca-se pela capacidade de atualizar o passado à luz das questões contemporâneas, convidando o público a refletir sobre a complexidade do espaço e da memória coletiva.

Danilo Cunha, por sua vez, se inspira na estética da contracultura urbana, com fortes influências do punk, hardcore, skate e hip-hop. Seu trabalho explora a cidade em sua forma caótica, buscando a beleza na desordem e realizando intervenções no espaço com materiais coletados da própria urbe, como pedaços de lambe-lambes, tijolos e espelhos de fachadas. Para ‘Rupturas Imaginadas’, ele apresenta uma pesquisa inédita sobre os modos de ocupação da cidade, criando instalações que subvertem as normas e exploram as contradições e poéticas do cotidiano urbano.

André Firmiano traz à galeria uma reflexão profunda sobre o mito de criação do mundo com base na filosofia Bakongo e investiga a transição entre a vida e a morte. Suas 14 obras, que formam a série ‘A Quebra da Horizontalidade’, mesclam a abstração com o figurativo e dialogam com a ancestralidade dos povos africanos, enquanto trazem também uma crítica ao presente e ao futuro, em especial à virtualização das experiências humanas no contexto contemporâneo. Firmiano utiliza as redes sociais e o metaverso como um ponto de conexão com a história, criando uma ponte entre o passado ancestral e o futuro digital.

A cidade como protagonista

A curadora Maria Luiza Meneses explica que a cidade de São Paulo, com sua complexa estrutura social e histórica, é o pano de fundo que dá substância a cada uma das obras apresentadas. “Caminhar por São Paulo é observar a diferença”, afirma Meneses. A partir da análise das dinâmicas sociais e urbanas, a exposição propõe um olhar atento para as zonas da cidade que carregam as marcas da colonização, mas também as fissuras abertas pelas resistências populares ao longo da história. “A cidade contemporânea é uma ruína colonial”, diz ela, refletindo sobre as desigualdades que perpassam a urbe e como essas diferenças ainda determinam quem tem acesso à dignidade e quem é deixado à margem.

Um ano de arte e reflexão

WG é uma galeria de arte que estabelece diálogo entre a pesquisa e registro de artistas residentes e a multiplicidade de repertórios de artistas emergentes da arte contemporânea. Possui como sócios o casal de arquitetos e artistas André e Mariana Weigand, a head de negócios Cris Genaro e o jornalista Fernando Mungioli. Vem se consolidando no mercado das artes como um espaço legitimamente aberto a diferentes perfis de artistas, linguagens, materialidades e público. A WG considera as questões sociais, culturais e políticas que definem a realidade atual, ao mesmo tempo que valoriza a relação com colecionadores e se dedica à formação de novos consumidores de arte contemporânea.

A abertura da exposição ‘Rupturas Imaginadas’ é uma celebração da trajetória da WG e um convite para o público refletir sobre a cidade, a arte e os caminhos possíveis para um futuro mais inclusivo e plural.

Serviço:

Exposição Rupturas Imaginadas

Artistas: Larissa Anne, Danilo Cunha e André Firmiano

Curadoria: Maria Luiza Meneses

Período: De 23 de novembro de 2024 a 25 de janeiro de 2025

Local: WG Galeria – Rua Araújo, 154, Mezanino, São Paulo – SP

Entrada: Gratuita

Site: www.wggaleria.com | Instagram: @wg.galeria.

(Com Camila Russi)

‘Sangue’, fábula ácida sobre o fazer artístico e as relações de poder, em cartaz no CCBB-BH

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Fotos: Heloisa Bortz.

Até que ponto o poder e a dominação compõem a essência do ser humano e as relações sociais e de trabalho? O espetáculo ‘Sangue’, escrito por Kiko Marques especialmente para os atores Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marat Descartes e Rogério Brito, está em cartaz até 30 de dezembro no CCBB BH. A peça tem sessões de sexta a segunda-feira, sempre às 20h. Kiko Marques também assina a direção. O espetáculo conta com o patrocínio do Banco do Brasil, com incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Em circulação, já passou pelo CCBB São Paulo, CCBB Rio de Janeiro, ambas com grande sucesso de público e crítica, e depois de BH, ainda seguirá para o CCBB Brasília.

A obra propõe uma discussão sobre o poder e a dominação a partir da história de dois atores que, durante a montagem de um texto de um grande autor francês, já falecido, recebem a notícia da revogação de seus direitos autorais. “A ideia foi criar um poema cênico, um mito sobre as inúmeras e insuspeitáveis formas de guerra e dominação do ser humano por outro ser humano; sobre a necessidade de possuir o outro, mas também sobre o verdadeiro pertencimento e a fraternidade que brota nos mais imprevisíveis campos”, afirma o autor e diretor Kiko Marques.

‘Sangue’ surge a partir de um acontecimento similar ocorrido com parte da equipe da peça, que, há alguns anos, teve um projeto artístico bloqueado por questões de direitos autorais. Kiko se inspirou no inconveniente da situação para falar sobre aspectos brutais da natureza humana. Como uma miniatura do mundo, os conflitos da peça espelham os conflitos que a própria sociedade atravessa. “Falar sobre o poder e a dominação é revelar uma parte fundamental da essência das relações sociais humanas. No caso de ‘Sangue’, é tirar o véu com que se camuflam nas mais justificáveis intenções. É mostrar a verdadeira face da violência e da usurpação do outro”, afirma.

Acessibilidade | No próximo dia 21/12, sábado, haverá apresentação com interpretação em Libras e audiodescrição. A peça também conta com programas em Braille. E em todas as apresentações será disponibilizado, por meio de um QR Code, um vídeo do espetáculo em Libras (formato digital). Caso a pessoa não possua um aparelho compatível, ela deverá acionar a produção do espetáculo para ter acesso ao equipamento.

O fazer artístico no cerne do espetáculo

Em ‘Sangue’, os franceses – detentores dos direitos da obra – armam uma armadilha para se apoderar do projeto dos artistas brasileiros, fazendo-os perder o domínio daquilo que eles próprios idealizaram. Assim, a peça também traz para o debate questões que envolvem a produção artística e os trabalhadores da cultura, mostrando um pouco dos bastidores, numa situação fictícia, mas que poderia muito bem ser verdade. “Quis abrir a porta da nossa casa (os bastidores do teatro) ao olhar de quem não vive essa realidade, para que esse espectador pudesse conhecer, em parte, nossa ‘aldeia’ (como diria Tolstoi); conhecer as pessoas envolvidas com o fazer teatral, seus anseios, suas paixões e reconhecer-se nelas”, completa Kiko.

O texto também discute o olhar eurocêntrico e a violência de gênero, que aparece desde o início do relacionamento amoroso entre o diretor francês e a atriz brasileira.

A equipe criativa conta ainda com o mineiro André Cortez na criação do cenário, Marichilene Artisevskis nos figurinos, Gabriele Souza no desenho de luz e Marcelo Pellegrini na música original. Kiko Rieser assina a direção de produção.
Sinopse | Carin e Cesar Santo estão ensaiando ‘Sangue’, peça de Aponti, genial autor francês já falecido, quando chega a informação de que os direitos da montagem foram cancelados por Victor, irmão do autor. Carin, então parte para entender o que aconteceu e tentar revogar essa decisão por meio de Leon, seu ex-marido e amigo íntimo de Victor. A partir disso e do encontro dessas pessoas, o rumo dessa montagem e de suas vidas irá mudar radicalmente.

FICHA TÉCNICA

Texto e direção: Kiko Marques

Elenco: Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marat Descartes e Rogério Brito

Cenário: André Cortez

Desenho de luz: Gabriele Souza

Figurinos: Marichilene Artisevskis

Música original: Marcelo Pellegrini

Visagismo: Leopoldo Pacheco

Assistência de direção: Matilde Mateus Menezes

Técnico e operador de luz e som: Rodrigo Palmieri

Design gráfico: Letícia Andrade (Nós Comunicações)

Fotos: Heloísa Bortz

Mídias sociais: Felipe Pirillo (Inspira Comunicação)

Assessoria contábil: Juliana Rampinelli Calero

Supervisão administrativa e prestação de contas: Dani Angelotti

Direção de produção: Kiko Rieser

Produção executiva: Fernanda Lorenzoni

Idealização e projeto: Carol Gonzalez e Kiko Rieser

Realização: Ministério da Cultura e Centro Cultural Banco do Brasil

Patrocínio: Banco do Brasil.

Circuito Liberdade | O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço:

Espetáculo Sangue

Temporada: Até 30 de dezembro de 2024 | sexta a segunda, às 20h

Duração: 100 min

Classificação: 14 anos

Ingressos: R$30 | R$15 meia

Estudantes, maiores de 65 anos e Clientes Ourocard pagam meia entrada.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria física ou pelo site ccbb.com.br/bh

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte

Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte, MG

Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 22h (fechado às terças)

Mais informações em bb.com.br/cultura.

(Com Fábio Gomides/A Dupla Informação)

Projeto Petrechos de Pesca coleta mais de 1 tonelada de redes de pesca para reciclagem

Brasil, por Kleber Patricio

Equipe durante coleta de petrechos. Fotos: Divulgação.

No dia 5 de dezembro, mais de 1 tonelada de redes de pesca foi destinada à reciclagem. O material foi recolhido pelo Projeto Petrechos de Pesca, criado pelo Instituto de Pesca (IP-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo com apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) e financiamento da Petrobras.

O projeto, que vem sendo realizado desde fevereiro de 2023 no Núcleo Regional de Pesquisa do Litoral Norte, em Ubatuba-SP, foi criado em atendimento à condicionante nº 12 da autorização para licenciamento de empreendimento dentro da área de Unidade de Conservação ou em sua Zona de Amortecimento nº 11/2018 (Fundação Florestal), referente ao Licenciamento Ambiental da Atividade de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos – Etapa 3, com duração de três anos.

Equipe do Petrechos de Pesca e demais parceiros em ação educacional.

Uma das ações de destaque do projeto é o Ecoponto do Pescador, instalado no Píer do Saco da Ribeira, composto por um Ponto de Entrega Voluntária (uma caçamba de acesso público) e um contêiner para armazenamento de materiais que não são mais utilizados na pesca. Além disso, outros três pontos estão em operação no Cais do Frediani, no Cais do Alemão e em Perequê-Açu, sendo este último gerido pelos próprios pescadores colaboradores do projeto. Tal ação reforça o compromisso e o interesse da pesca artesanal no processo de descarte adequado desse tipo de material.

Desde a instalação dos ecopontos, cerca de 2,5 toneladas de petrechos inservíveis foram recebidas pelo projeto, sendo os materiais separados conforme o tipo de plástico de que são produzidos. No caso das redes de pesca de emalhe, feitas de poliamida, essas são recicladas e transformadas em pellets – bolinhas de plástico puro – que, posteriormente, serão utilizados na fabricação de novos produtos, como bandejas e agulhas de pesca, que serão retornados aos pescadores para uso em suas atividades.

O projeto também realiza pesquisas inovadoras, incluindo mapeamento do fundo do mar, com foco na área do Parque Estadual da Ilha Anchieta, que integra a Zona de Proteção da Geobiodiversidade da APA Marinha Litoral Norte. As pesquisas e ações realizadas objetivam o melhor entendimento do ecossistema marinho e a garantia da sustentabilidade dos recursos pesqueiros para assegurar o futuro das comunidades que dependem dessas atividades. As ações de resgate de petrechos submersos e o mapeamento das áreas impactadas contribuem diretamente para a preservação dos ecossistemas marinhos.

Neste ano, visando atender uma linha educacional, o projeto ainda reuniu alunos do ensino médio da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves, em Ubatuba. Em 2025, entre os encontros a serem realizados, estão previstas duas oficinas abordando importantes questões sobre a pesquisa e o empreendedorismo voltados ao oceano.

Os resultados que o projeto vem obtendo só estão sendo alcançados graças à participação e colaboração de pescadores artesanais e demais pessoas da comunidade. Segundo um dos coordenadores do projeto e diretor do Núcleo Regional de Pesquisa do Instituto de Pesca em Ubatuba, Venâncio Guedes de Azevedo, “a parceria com pescadores e a comunidade é essencial para o sucesso do projeto, uma vez que com colaboração entre a sociedade e o poder público é possível conciliar as atividades econômicas com a proteção do meio ambiente. Juntos, estamos promovendo a economia circular e protegendo o meio ambiente. Por isso, agradecemos a todos que colaboraram de diversas formas”.

Em caso de descarte de petrechos sem utilidade, a equipe do projeto orienta que sejam depositados em um dos Pontos de Entrega Voluntária ou entre em contato pelo WhatsApp (12) 99164-4775 ou pelo Instagram petrechosdepesca_ip.

Instituto de Pesca | O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.

(Com Guilherme Araujo dos Santos/Instituto de Pesca – Núcleo de Comunicação Científica)

Fundação Síndrome de Down de Campinas inaugura exposição gratuita ‘Unindo Isso e Aquilo’

Campinas, por Kleber Patricio

Fundação Síndrome de Down de Campinas. Foto: Divulgação.

A Fundação Síndrome de Down de Campinas anuncia a inauguração da exposição ‘Unindo Isso e Aquilo’, organizada pelo Ateliê de Arte Thomaz Perina com apoio da farmacêutica EMS – instituição e empresa têm um histórico de parceria desde 2015. A mostra é aberta ao público e celebra a criatividade e a singularidade de cerca de 60 artistas, jovens e adultos com síndrome de Down e deficiência intelectual que participam das atividades do espaço ao longo do ano. Os visitantes podem ver as obras de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, até o mês de março.

A exposição convida os visitantes a percorrerem um universo artístico em que imagens e fotos de materiais como folhas, sementes, arames e parafusos se transformam em desenhos, esculturas e obras únicas. Fruto de processos de experimentação e liberdade criativa, cada peça apresentada transcende o comum e destaca a importância da arte como ferramenta de autonomia, inclusão social e expressão cultural.

Unindo Isso e Aquilo apresenta o trabalho desenvolvido ao longo de 2024 no Ateliê de Arte Thomaz Perina com o objetivo de promover o conhecimento subjetivo e contribuir para a construção da identidade dos participantes. As atividades estimulam a criação livre e o rompimento com padrões, resultando em obras que não apenas refletem a diversidade, mas também inspiram reflexões sobre o potencial humano.

Em 2023, o Ateliê de Arte Thomaz Perina, com o apoio da EMS, promoveu 2.036 atividades artísticas, atendendo 94 pessoas e fortalecendo a inclusão cultural por meio de quatro exposições, sendo duas realizadas na Galeria de Artes da Fundação Síndrome de Down e duas em espaços externos. Além disso, 28 obras criadas pelos artistas foram adquiridas no 3º Leilão de Artes e o ateliê marcou presença em um evento internacional reforçando seu compromisso com a promoção da diversidade e da expressão artística.

Fundação Síndrome de Down

Localizada em Barão Geraldo, distrito de Campinas (SP), a instituição é referência no atendimento a pessoas com síndrome de Down e deficiência intelectual e suas famílias há quase 40 anos. A instituição oferece serviços voltados à educação, saúde, lazer e inclusão no mercado de trabalho, tendo em vista a promoção da autonomia e inclusão dessas pessoas. A EMS, apoiadora e mantenedora do Ateliê de Arte Thomaz Perina em 2015, 2018, 2019, 2020, 2022, 2023 e 2024, reforça seu compromisso com o desenvolvimento social. O trabalho desenvolvido na instituição explica a crescente procura por atendimentos. De 2020 para 2023, houve um crescimento de 247% no número de atendidos no Ateliê, frequentado por cerca de 44 pessoas mensalmente. “O ateliê é um programa da Fundação que aposta na força da arte como meio de promover a expressão e autonomia das crianças, jovens e adultos que frequentam a instituição. Essa exposição é a prova do poder da arte para romper barreiras sociais e culturais que desqualificam o potencial das pessoas com deficiência”, afirma Marcos Tofoli, presidente da Fundação Síndrome de Down. “Nesse sentido, a parceria com a EMS tem sido fundamental para fortalecer o trabalho da nossa instituição”, ressalta o presidente.

A Fundação Síndrome de Down também atua com outros programas, como o de Formação e Inclusão no Mercado de Trabalho, voltado para jovens a partir de 16 anos. Oferece Curso de Iniciação ao Trabalho, Vivência Prática Profissional e encontros do Grupo Mundo do Trabalho. Mantém também um Grupo de Vida Prática, que promove atividades de lazer para jovens e adultos, como encontros em bares de Campinas, promovendo vivências reais e debates sobre independência e vida adulta. Outra frente é o Grupo Voar, iniciado em 2023, que apoia jovens e adultos interessados em morar de forma independente de suas famílias.

Serviço:

Exposição Unindo Isso e Aquilo

Local: Fundação Síndrome de Down – Campinas

Endereço: R. José Antônio Marinho, 430 – Barão Geraldo, Campinas – SP

Período: dezembro de 2024 a março de 2025 | Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30

Visitação: Gratuita

Apoio: farmacêutica EMS

Informações: fsdown@fsdown.org.br

Fone: (19) 3790-2818 – (19) 99266-4914.

(Com Denver Pelluchi/GBR Comunicação)