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Brasil
O verão e o período de férias escolares seguem a todo vapor e dados da Civitatis, empresa líder na venda de passeios e atividades, mostram que os destinos de praia seguem sendo os favoritos dos viajantes brasileiros, ocupando sete lugares no ranking dos 10 destinos nacionais mais reservados para o verão deste ano.
E, se o assunto é praia, o Nordeste se mantém na liderança. Das sete cidades litorâneas do ranking, quatro são nordestinas: Salvador, Recife, Fortaleza e Jericoacoara. Ao sul do país, Rio de Janeiro, Paraty e Florianópolis são as preferidas.
Foz do Iguaçu, São Paulo e Ouro Preto completam o Top 10 como opções democráticas de destinos, com atrações diversas para os fãs de natureza, cultura e história. Nestas cidades, é possível encontrar excelentes atividades para todos os gostos. Confira o ranking na íntegra (clique nas fotos para ampliá-las):
A Cidade Maravilhosa é um dos destinos turísticos mais populares do mundo e não é à toa. O Rio de Janeiro oferece uma infinidade de atrações turísticas, incluindo praias incríveis, montanhas exuberantes, uma rica história e cultura e uma vida noturna agitada.
2 – Salvador
A capital da Bahia é conhecida por seu litoral, sua música, sua dança e sua culinária vibrante. Salvador também oferece atrações históricas e culturais, incluindo o Pelourinho, um centro histórico tombado pela Unesco.
3 – Foz do Iguaçu
As Cataratas do Iguaçu são uma das maravilhas naturais do mundo e atraem visitantes de todos os lugares. O conjunto de quedas d’água é dividido entre o Brasil e a Argentina e é um espetáculo impressionante. Outros passeios como o Parque das Aves e a Usina de Itaipu também são interessantes.
A maior cidade da América Latina é um centro cosmopolita que oferece uma variedade de atrações turísticas, incluindo museus, galerias de arte, teatros, restaurantes e bares. É possível encontrar também opções de excursões de um dia para conhecer cidades vizinhas.
5 – Paraty
A cidade histórica de Paraty é um destino popular para os amantes da natureza e da história. A cidade é cercada por montanhas e florestas e tem uma diversidade de atrações históricas, incluindo igrejas, casarões e ruínas de engenhos de açúcar. Não deixe de fazer um passeio de barco para visitar as belíssimas praias da região.
6 – Recife
A capital de Pernambuco é conhecida por sua rica cultura, praias paradisíacas, seu carnaval animado e a culinária deliciosa. Recife também abriga uma série de atrações históricas, incluindo o Forte das Cinco Pontas e o Palácio do Governo.
A capital do Ceará é conhecida por suas praias, seu clima quente e seco e sua vida noturna agitada. Fortaleza também conta com diversas atrações históricas, incluindo o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
8 – Ouro Preto
A cidade histórica de Ouro Preto é um destino popular para os amantes da história e da cultura. A cidade é tombada pela UNESCO e possui igrejas, museus e casarões coloniais. A culinária mineira conta como uma atração à parte.
9 – Florianópolis
A capital de Santa Catarina é conhecida por suas praias, paisagens, clima ameno e vida noturna agitada. Florianópolis também conta com atrações naturais emblemáticas como a Lagoa da Conceição e o Morro da Cruz.
10 – Jericoacoara
A vila de Jericoacoara é um destino popular para os amantes da natureza e da praia. A vila é cercada por dunas, lagoas e belas praias. Para as noites de verão, não faltam opções de bares e restaurantes com direito a forró.
Sobre a Civitatis | A Civitatis é a principal plataforma online de visitas guiadas, excursões e atividades em português nos principais destinos do mundo, com mais de 87.000 atividades em 3.700 destinos de 160 países.
(Fonte: Civitatis)
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta – em curtíssima temporada, de 4 a 14 de janeiro – a opereta “Cabelos Arrepiados”, com a Cia. Buia Teatro, de Manaus (AM), no Teatro Nelson Rodrigues. O espetáculo conta a história de cinco crianças que tiveram seus sonhos roubados. Privadas de sono, elas enfrentam os medos gerados pelos maus pensamentos, ao mesmo tempo em que refletem sobre a amizade, a união entre irmãos, o diálogo com os pais e os perigos da destruição do meio ambiente e do consumo desenfreado. O projeto integra a temporada 2023/2024 do Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural, e conta com o patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.
Com direção de Tércio Silva, a partir do libreto da dramaturga Karen Acioly, a opereta compreende as vivências de crianças na sociedade contemporânea com uma abordagem única, em que fantasia e imaginação, perigos reais e hipotéticos, humor e soluções inusitadas se entrelaçam para proporcionar uma experiência teatral mágica e bem-humorada.
“Cabelos Arrepiados” foi a montagem responsável por levar a Cia. Buia Teatro, expoente do teatro na região Norte do país, a novos públicos, circulando por seis estados brasileiros e conquistando mais reconhecimento com importantes indicações e prêmios. Pelo Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude (CBTIJ), neste ano, recebeu três indicações nas categorias melhor iluminação, formas animadas e trilha sonora e foi vencedora no 21º Prêmio Cenym, de 2022, nas categorias de melhor trilha sonora e grupo de teatro.
O espetáculo
Da obra de Wilhelm Busch foram pinçados Juca, interpretado por Roque Baroque, e Chico, por Gustavo Gutemberg, dois protagonistas travessos criados pelo escritor alemão em 1985. Na opereta, eles surgem como guardiões dos sonhos das seis crianças: Tico, um boneco manipulado pelo elenco; Flora, interpretada por Magda Loiana; Cora, Clara e Flora, por Maria Hagge, e Ciro, interpretado por Dimas Mendonça. A dupla Juca e Chico conduz a trama e a música apresentando os sonhos dessas personagens ao longo de cinco histórias entrelaçadas e musicadas.
Para complementar a produção, a cenografia é inspirada no universo da patafísica (de soluções imaginárias) de Alfred Jerry, com um palco giratório. Além disso, formas animadas criadas pelos artistas Diirr e Dante embelezam a montagem potencializando a atmosfera onírica dos sonhos. “Por exemplo, no sonho de Clara e seus cabelos loiros, o sonho da personagem é representada por uma forma feita de papel de seda, utilizando uma técnica criada pelo artista amazonense Nonato Tavares”, cita o diretor.
Figurinos e maquiagem remetem à estética dos personagens da Monster High, inspirados pela estética cinematográfica e hipnotizante de Tim Burton. Quanto à iluminação do espetáculo, ela é executada com precisão inspirada nos filmes com a estética noir das décadas de 40 e 50.
A Cia. Buia Teatro
O Buia Teatro foi fundado em 2015 na cidade de Manaus (AM) por Tércio Silva, diretor da companhia, e pela atriz, figurinista e artista visual Maria Hagge. Desde então, o grupo tem se dedicado a pesquisas e experimentações artísticas que buscam aprimorar a qualidade da cultura infanto-juvenil no Norte do país.
Em reconhecimento ao seu trabalho, o Buia Teatro recebeu o prestigioso prêmio de Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, na 21ª edição do Prêmio Cenym de Teatro. A companhia valoriza a maturidade e a reflexão em seus processos artísticos, destacando-se nas áreas de artes cênicas, visuais e intercâmbios artísticos internacionais, sempre buscando aproximação com novos públicos.
O diálogo com a cidade de Manaus, a Região Norte e o Brasil é uma das principais premissas da companhia, que busca ampliar sua atuação cultural e promover acesso democrático à cultura. O Buia Teatro é uma referência em pesquisa e experimentação artística no Norte do país, consolidando-se como um importante agente na promoção da cultura infanto-juvenil.
Ficha técnica
Texto: Karen Acioly
Direção e Concepção: Tércio Silva
Elenco Maria Hagge | Magda Loiana |Dimas Mendonça | Roque Baroque | Diirr | Jeferson Mariano
Composição e Direção Musical: Jeferson Mariano
Figurinos: Maria Hagge
Iluminação: Orlando Schaider e Tércio Silva
Cenário: Tércio Silva
Maquiagem e caracterização: O Grupo
Formas Animadas: Diir e Dante
Cenotécnico: Wanderley Cenografia
Produção Local: Wagner Uchoa
Projeto Gráfico: Dante
Design de Som: Bruno Rod
Operação e Adaptação de Luz: Orlando Schaider
Assessoria de Imprensa: Dobbs Scarpa Assessoria de Comunicação (RJ) .
Produção Geral: Buia Teatro Co.
Serviço:
[Infantil] Cabelos Arrepiados
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro Nelson Rodrigues – Av. República do Paraguai 230, Centro. Telefone: (21) 3509-9621
Datas: 4, 5, 6, 7, 11, 12, 13 e 14 de janeiro
Horários: quintas, sextas e sábados, às 17h, e domingos, às 15h.
Ingressos: Plateia – R$30 (inteira) e R$15 (meia entrada) / Balcão – R$20 (inteira) e R$10 (meia entrada)
Classificação indicativa: Livre
Duração: 50 minutos
Capacidade: 417 lugares
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal.
(Fonte: Dobbs Scarpa Assessoria de Comunicação)
O flautista Rafael Beck e o pianista Felipe Montanaro apresentam seu primeiro álbum, intitulado “Fantasia Brasil”, no dia 24 de janeiro de 2024, quarta-feira, às 20h, no Auditório (3º andar) do Sesc Pinheiros. O projeto, lançado pela gravadora Biscoito Fino, traz um repertório com composições de grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Djavan, Hermeto Pascoal, Jacob do Bandolim e Ivan Lins.
Os músicos se conheceram em janeiro de 2023 e encontraram em comum a paixão pela música instrumental e referências de artistas, como Hermeto Pascoal, Cesar Camargo Mariano e Egberto Gismonti, entre outros. Nascidos em São Paulo, Rafael mora em Atibaia e Felipe em Bragança Paulista, interior da capital.
Rafael Beck tem 22 anos e iniciou seus estudos de flauta doce aos seis anos de idade. Traz na bagagem participações em shows dos artistas Dominguinhos, Ivan Lins e Hermeto Pascoal, além de dividir palco com vários instrumentistas, entre eles, Proveta. Em 2017, com o violonista Rafael Schimidt, lança pela gravadora Galeão um CD em homenagem ao flautista Altamiro Carrilho.
Felipe, atualmente com 18 anos, iniciou os estudos musicais no piano aos oito e foi descobrindo outros instrumentos, como sanfona, baixo, violão e escaleta. Em 2022, fez seu primeiro show solo de piano em Bragança Paulista. Felipe integra também o Trio Maniva, que traz elementos da música brasileira como baião, frevo, samba e maracatu, além de releituras de consagrados artistas brasileiros.
Serviço:
Rafael Beck e Felipe Montanaro
Dia 24 de janeiro de 2024 – quarta, às 20h
Duração: 90 minutos
Local: Auditório (94 lugares)
Classificação: recomendação 12 anos
Ingressos: R$40 (inteira); R$20 (meia) e R$12 (credencial plena).
(Fonte: Assessoria de imprensa Sesc Pinheiros)
A Rede de Leitura Inclusiva, iniciativa da Fundação Dorina Nowill para Cegos, referência em inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, comemora uma década dedicada a proporcionar acesso à leitura, literatura e informação para pessoas com deficiência visual. Lançado em 2013, o projeto evoluiu ao longo dos anos, consolidando-se como agente de mudança na construção de uma sociedade mais acessível e inclusiva.
Além de disponibilizar livros em formatos acessíveis para bibliotecas, instituições e indivíduos, também se empenha em envolver profissionais mediadores da leitura, assegurando a participação ativa do público com deficiência nas atividades promovidas. A abordagem nacional da Rede envolve Grupos de Trabalho (GTs) nos estados, compostos por diversos profissionais e interessados em promover o acesso à leitura inclusiva.
Atualmente, a Rede é formada por mais de 500 instituições de cultura, educação, organizações da sociedade civil, escolas e bibliotecas que trabalham pela leitura inclusiva em todo o país. Ao longo dessa década, a Rede de Leitura Inclusiva produziu duas coleções literárias destacando a riqueza da cultura brasileira. Ao todo, são 50 Grupos de Trabalho em todas as regiões do Brasil envolvendo 1.105 pessoas. Neste período, foram realizadas mais de 200 viagens, cerca de 340 atividades presenciais e 640 on-line, impactando mais de 37 mil pessoas.
Um pouco da história
A Rede ganhou reforços e importantes impulsionamentos ao longo de sua história. Em 2013, o projeto estava presente em 10 estados, com a promoção de encontros entre instituições e profissionais no fomento da leitura inclusiva. Uma primeira logomarca foi criada um ano depois, consolidando sua importância e acompanhando sua expansão para 12 estados. A partir daí, a Rede desenvolveu ações de mobilização, empoderamento e articulação que culminaram no I Encontro Nacional da Rede de Leitura, realizado em 2016.
Já em 2017, a coleção “Regionais” foi lançada com o objetivo de abordar, por meio de livros, a música, culinária, literatura, lendas e pontos turísticos das 5 regiões do Brasil, explorando a diversidade do Brasil. A consolidação de todo o trabalho fica evidente em 2018 com a criação dos Grupos de Trabalho autônomos, que construíram novas ações de leitura e inclusão e potencializaram as já existentes.
Em 2019, o II Encontro Nacional reuniu representantes de todos os estados e a Pesquisa “Cenários da Leitura Acessível” teve sua segunda edição. A pandemia, em 2020, resultou na criação da “Rede Convida”, que promovia diversas atividades on-line. As ações continuaram em 2021, alcançando mais cidades no Brasil e no mundo. O ano de 2022 marcou o lançamento de “Dorinha pelo Brasil”, uma coleção literária sobre a cultura brasileira.
Neste ano, em comemoração aos seus 10 anos de atuação, a Rede de Leitura Inclusiva lançou seu novo logotipo, que traduz sua essência e representa sua atuação em todo o país, no trabalho incessante de unir pessoas por meio do conhecimento e das culturas, acima de qualquer barreira. O compromisso para os próximos 10 anos envolve a implementação de novos projetos de forma a ampliar sua atuação e alcançar um número ainda maior de pessoas.
“Ao celebrar esses extraordinários 10 anos de trajetória, a Fundação Dorina Nowill para Cegos e a Rede de Leitura Inclusiva não apenas contam histórias, mas tecem um laço emocional que transcende as páginas. Cada linha, cada página virada, representa não apenas um ato de leitura, mas de união, empatia e transformação. Nestes anos, a magia das palavras não apenas uniu nações, mas também tocou corações, iluminou mentes e quebrou as correntes da limitação. Ao contemplarmos as realizações, as lágrimas de alegria se misturam com o sorriso da conquista, pois, juntos, construímos um caminho onde a inclusão é o fio condutor. Que a próxima década seja tão inspiradora quanto a última e que a magia das palavras continue a tecer histórias de esperança, superação e amor”, comenta Alexandre Munck, superintendente executivo da Fundação. Para mais detalhes, acesse o site: https://redeleiturainclusiva.org.br/.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 77 anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional.
Responsável por um dos maiores parques gráficos braille em capacidade produtiva da América Latina, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.
A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, audiodescrição e consultorias especializadas como acessibilidade arquitetônica e web. Com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual. Mais detalhes no site.
(Fonte: RPMA Comunicação)
Incompreensão dos educadores e colegas de escola, dificuldade de concentração, preconceito, falta de acesso adequado à sala de aula e de avaliação adaptada às suas necessidades – estas são apenas algumas das dificuldades enfrentadas por alunos com algum tipo de deficiência durante sua jornada de aprendizado e que levam às estatísticas de alta evasão escolar e à falta de oportunidades futuras no mercado de trabalho. Para buscar reverter o quadro, o Governo Federal anunciou investimentos de cerca de R$3 bilhões. Os recursos serão destinados a ampliar o acesso e o aprendizado de estudantes com algum tipo de deficiência em escolas regulares nos próximos quatro anos. Porém, ainda há um abismo entre discurso e realidade.
“Por trás de um discurso de inclusão, o MEC não diz explicitamente como as diferenças serão trabalhadas para que elas não gerem desconforto, incômodos e feridas. É algo bonito de se ouvir, mas não podemos desconsiderar as dificuldades de implantar tais propostas sem tecnologia, sem especialistas, sem docentes preparados e com jovens alunos, muitas vezes, não empáticos”, diz Francisco Borges, mestre em Educação e consultor de gestão e políticas públicas voltadas ao ensino da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT). Ele espera que o Ministério da Educação tenha mais clareza nas propostas e garanta que os alunos que necessitam da educação especial não terão suas dores reforçadas.
Os dados do IBGE demonstram que o abismo é mais profundo que parece. A taxa de analfabetismo para as pessoas com deficiência é de 19,5%, enquanto para as pessoas sem deficiência fica em 4,1%. A maior parte das pessoas de 25 anos ou mais com deficiência não completaram a educação básica: 63,3% eram sem instrução ou com o fundamental incompleto e 11,1% tinham o fundamental completo ou médio incompleto. Para as pessoas sem deficiência, esses percentuais foram, respectivamente, de 29,9% e 12,8%.
Enquanto apenas 25,6% das pessoas com deficiência tinham concluído pelo menos o Ensino Médio, mais da metade das pessoas sem deficiência (57,3%) tinham esse nível de instrução. Já a proporção de pessoas com nível superior foi de 7,0% para as pessoas com deficiência e 20,9% para os sem deficiência. “O Governo deu um grande passo, mas para que haja uma troca de experiências entre as pessoas com e sem deficiência, a escola regular chamada de ‘escola inclusiva’ necessita de algumas adaptações em diversos aspectos: arquitetônicos, de conteúdo e, às vezes, até comportamental, para que as performances de todos os alunos sejam equiparadas de forma justa e para que os alunos sem deficiência saibam como se comportar perante os alunos com deficiência”, afirma Valmir de Souza, sócio fundador da startup Biomob e diretor de operações do Instituto Biomob, instituições especializadas em práticas de acessibilidade para empresas e consultoria para projetos sociais.
A proposta do Governo é dobrar o número de escolas que recebem recursos para Salas de Recursos Multifuncionais, alcançando 72% dos estabelecimentos. A criação de 27 observatórios de monitoramento e o lançamento de seis editais para pesquisadores com deficiência também foram objetivos incluídos.
O diretor do Biomob defende ainda que as reestruturações aconteçam em todos os níveis da formação dos cidadãos para que as oportunidades realmente existam. “Outro grande desafio é a qualificação profissional e isso pode sempre ser aprimorado desde o ensino de base”, avalia Valmir de Souza.
“Oportunidades perdidas”
O empresário Anderson Belém, hoje à frente da Otimiza Benefícios, viveu essa realidade durante todo o seu processo educacional. Diagnosticado com TDAH e Altas Habilidades/SD Criativo Produtivo apenas aos 40 anos, ele avalia que sua caminhada foi repleta de mal-entendidos e oportunidades perdidas. “Desde cedo enfrentei dificuldades na escola. Não apenas acadêmicas, mas também sociais, como o bullying e a incompreensão dos professores e colegas. Isso me levou a desenvolver um temperamento agressivo como mecanismo de defesa, culminando em diversas situações problemáticas. Integrar alunos de educação especial em classes regulares é um passo positivo, mas requer um planejamento cuidadoso e sensível”, lembra.
Para ele, a proposta de preparar principalmente os docentes para lidar de forma adequada deve ser permanente. “É preciso desmistificar os transtornos, bem como a superdotação, e apresentar os benefícios da pluralidade e diversidade acima de tudo. Curiosamente a minha filha primogênita, Jessica, atua com criança diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista) Nível de suporte 3, em escola particular. Ela é graduanda tanto em pedagogia quanto em psicologia, desenvolve sua pesquisa nessa área, é entusiasta do avanço da neurociência e pesquisadora sobre neurodiversidade e, ainda assim, é surpreendida frequentemente com o mundo particular apresentado pela mente TEA”, conta o empreendedor.
(Fonte: Compliance Comunicação)