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Brasil
A agenda de 2024 do Museu de Arte Moderna de São Paulo inicia com uma nova temporada de espetáculos de teatro voltados ao público infantil aos finais de semana. “O Grande Circo Grandevo”, peça infantil do grupo teatral Pequeno Teatro do Mundo, abre a temporada do Teatro no MAM com dupla apresentação aos sábados e domingos (dias 6, 7, 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de janeiro), às 11h e às 16h, no auditório Lina Bo Bardi.
Feita em uma performance de teatro de marionetes de fio, a peça Grande Circo Grandevo mostra com muita poesia o desafio de uma trupe de artistas circenses idosos que precisam se reinventar. Acostumados a se apresentarem entre trapézios, cordas bambas, equilibrismos, malabarismos e até no globo da morte, encontram o desafio de se reinventar na velhice e criar números com a realidade de seus corpos. O que era limite agora é inspiração e eles buscam, de forma divertida, novos modos de encantar o público e fazer ecoar o riso nas plateias.
De acordo com Fabio Retti, um dos idealizadores do grupo, a ideia principal do espetáculo é a questão dos estereótipos da velhice, principalmente em relação ao lado físico dos artistas. “Nós percebemos, por exemplo, que nossos corpos já não respondem tão bem quanto há dez anos, mas, ao mesmo tempo, nossa cabeça continua muito produtiva”.
Nesse contexto, o circo foi escolhido como plano de fundo por dois motivos: primeiro por ser uma linguagem extrema, que também exige uma superação física constante. E, segundo, pela própria paixão do coletivo por esse universo. “Quando eu entro nesse ambiente, esqueço do mundo e começa um tempo mágico, do risco e da tensão. As emoções são exploradas à flor da pele. A gente fica ali torcendo e angustiado com os riscos. Por isso os espetáculos são cativantes: eles têm esse desenho de emoções intensas. É uma experiência bem forte”, completa.
Sobre o grupo
O Pequeno Teatro do Mundo foi fundado em 2015 por Fábio Retti e Fabiana Vasconcelos Barbosa, ambos com mais de vinte anos de experiência profissional na área das artes cênicas, quando iniciaram a pesquisa em teatro de marionetes e construíram a carroça-teatro. A partir de então, criaram quatro espetáculos que circulam por todo o país: “Grande Circo Grandevo”, “Rossini por um fio” e as óperas “O Menino e os Sortilégios” e “Onheama”.
Realizou apresentações em diversos lugares, tais como Parque Buenos Aires, em São Paulo, 16ª Extrema Mostra Teatro e VIII FACCI – Festival de Artes Cênicas de Cachoeiro de Itapemirim. Em Bragança Paulista esteve em duas edições do Festival Arte Serrinha e do Festival de Inverno, além de realizar uma temporada na cidade. Participou do Festival Internacional de Londrina FILO 50+1, do SESC Encena no Paraná e do Festival da Criança no Teatro em Passos/MG. Esteve também na programação do Festival de Ópera de Ouro Preto do Festival de Música Erudita do Espírito Santo e do Festival Bonecos do SESC 24 de Maio.
Em parceria com o Festival Amazonas de Ópera, apresentou suas três óperas no Teatro Amazonas em escolas, em hospitais e em comunidades ribeirinhas e indígenas no interior do Estado. Realizou temporada no Museu de Arte Modena de São Paulo – MAM SP, esteve na Mostra SESC Cariri de Culturas e no Festival Internacional Intercâmbio de Culturas – FIL apresentado no CCBB RJ.
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
Serviço:
Teatro no MAM – O Grande Circo Grandevo
Dias: 6, 7, 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de janeiro, às 11h e 16h
Auditório Lina Bo Bardi (MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo)
Ingressos: R$50,00 – Meia R$25,00/Amigo MAM – R$15,00 (dois convites por CPF) por meio do site mam.org.br/ingressos
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e direção: Fábio Retti e Fabiana Vasconcelos Barbosa
Marionetistas: Fábio Retti e Fabiana Vasconcelos Barbosa
Cenografia: Fábio Retti
Cantores: Andreia Souza e Rodrigo Mercadante
Figurinos: Mila Reily
Fotos: Alécio Cezar
MAM São Paulo
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(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
A 12ª edição do Navegar é Preciso, experiência eco literária organizada pela Livraria da Vila em parceria com a Auroraeco Viagens, acontecerá de 29 de abril a 3 de maio de 2024 sobre as águas no rio Negro, na Amazônia, a bordo do navio Iberostar Grand Amazon. Os escritores Itamar Vieira Junior, Pedro Pacífico, Tati Bernardi e Jarid Arraes e a cantora Mônica Salmaso são os convidados desta viagem.
Durante o Navegar é Preciso, nome em homenagem ao poema de Fernando Pessoa, os viajantes visitarão a região do Arquipélago de Anavilhanas, onde participarão de conversas e debates e assistirão a shows musicais exclusivos, além de desfrutar de passeios para conhecer a natureza e se conectar com a população ribeirinha.
“A jornada pelo Rio Negro cria uma atmosfera de contemplação para falar sobre literatura e a vida, proporcionando ao navegante um reencontro de si, imergindo nas histórias contadas em meio às rodas de literatura”, ressalta Samuel Seibel, presidente da Livraria da Vila.
Durante a viagem, discussões literárias fomentam boas conversas cercadas pela natureza deslumbrante da floresta amazônica. Serão realizados dois encontros por dia – um na parte da manhã e outro à tarde. No tempo livre entre as palestras, estão programadas diversas atividades pela região. Entre as dinâmicas previstas há trilhas, banhos de rio e observação da fauna noturna, além do privilégio de contemplar as estrelas do céu amazônico e passeios de lancha pelos igarapés e igapós do Rio Negro.
“São cinco dias a bordo de um confortável barco sobre as águas do Rio Negro, onde a natureza é um espetáculo à parte. E, como toda boa narrativa tem um final marcante, o Navegar é Preciso tem seu encerramento no local onde se dá o encontro das águas do Rio Negro com o Rio Solimões”, ressalta Guilherme Padilha, da Auroraeco Viagens.
Para mais informações e programação completa, acesse https://www.navegarepreciso.org/.
Serviço:
Navegar É Preciso 2024
Período: 29/4 a 3/5/2024
Organização: Livraria da Vila e Auroraeco
Pacote inclui: Cinco diárias a bordo do navio Iberostar Grand Amazon com pensão completa, recepção no Aeroporto de Internacional de São Paulo (GRU), traslados entre o Aeroporto Internacional de Manaus e o Porto de Manaus nos dias 29/4/24 a 3/5/24, acompanhamento dos anfitriões da Auroraeco e da equipe da Livraria da Vila durante toda a viagem, programação cultural e mesas literárias, taxa de embarque do Porto de Manaus e seguro viagem.
Valores:
Mandi (1º andar): Duplo R$9.520 | Single R$13.325
Tambaqui (2° andar): Duplo R$9.990 | Single R$13.980
Acará (3º andar): Duplo R$10.910 | Single R$15.275
Suíte Royal (2º andar): R$13.980.
Sobre a Livraria da Vila | Com 38 anos de mercado, a Vila conta com dezoito lojas, sendo quinze em São Paulo, duas no Paraná e uma em Brasília. A Livraria da Vila busca cada vez mais se consolidar no cenário editorial e apresentar-se como um espaço acolhedor, receptivo, inovador e democrático. Muito mais do que um lugar que reúne grandes obras da literatura – são mais de 200 mil títulos em seu acervo, continuamente atualizado – a Livraria da Vila se preocupa em participar ativamente das comunidades que cercam suas unidades tornando-se ponto de encontro dos amantes dos livros, da literatura, da música, das artes e da diversidade.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
O Conservatório de Tatuí, considerado a maior escola de música e artes cênicas da América Latina, está com inscrições abertas para bolsa performance em artes cênicas. As vagas são destinadas a atrizes/atores, músicos e musicistas estudantes regularmente matriculados(as) na instituição ou que tenham formação e experiência artística ou técnica compatível com o grupo para integrar a Companhia de Teatro do Conservatório de Tatuí na temporada de 2024. As bolsas terão vigência de 4 de março a 20 de dezembro de 2024 e têm valor mensal de R$7 mil reais, sendo divididos em 10 parcelas de R$700, para grupos com seis horas semanais de ensaio, e R$10 mil reais, sendo 10 parcelas de R$1.000, para grupos com nove horas semanais de ensaio. As inscrições podem ser realizadas até o dia 26 de janeiro por meio do formulário disponibilizado no site do Conservatório de Tatuí.
Atualmente, o Conservatório de Tatuí conta com 10 Grupos Artísticos de Bolsistas, sendo nove Musicais e um de Artes Cênicas, que têm por objetivo aperfeiçoar a formação técnica e artística de estudantes das respetivas áreas, por meio das atividades desenvolvidas para os Grupos Artísticos de Bolsistas, atendendo diversas formações instrumentais, vocais ou cênicas. Os Grupos Artísticos de Bolsistas são compostos por estudantes de maior nível técnico e criativo e que estejam em condições de executar obras originais ou adaptadas e arranjos mais elaborados escritos para as diferentes formações, assim como criar obras artísticas em processos coletivos. O processo seletivo contará ainda com vagas exclusivas para estudantes de escolas públicas, pessoas pretas, pardas ou indígenas, trans/travestis e pessoas com deficiência.
De acordo com o edital do Processo Seletivo, podem inscrever-se para concorrer à Bolsa Performance:
Para as vagas de atrizes e atores:
– Estudantes do Curso de Artes Cênicas regularmente matriculados no Conservatório de Tatuí que tenham formação e experiência artística ou técnica compatível com o nível e a finalidade do Grupo Artístico selecionado e que apresentem comprovação de renovação de matrícula para 2024;
– Ex-estudantes do Conservatório de Tatuí, do curso de Teatro Adulto, que comprovem vínculo com a instituição, que tenham concluído o curso até dezembro de 2023 e que tenham formação e experiência artística ou técnica compatível com o nível e a finalidade do Grupo Artístico selecionado.
Para as vagas de Musicista/Músico:
– Estudantes das Áreas de Música regularmente matriculados(as) no Conservatório de Tatuí com comprovação de renovação de matrícula para 2024 e que tenham formação e experiência artística ou técnica compatível com o nível e a finalidade do Grupo Artístico selecionado.
Interessados(as) devem acessar e ler atentamente o edital para conferir se atendem a todos os pré-requisitos determinados no regulamento. Entre eles, é essencial que o(a) candidato(a) tenha disponibilidade para acompanhar os ensaios presenciais/virtuais (6 ou 9 horas semanais) e as apresentações do respectivo grupo ao longo do ano, além de frequentar as aulas de pelo menos uma disciplina oferecida pelo Conservatório de Tatuí, a fim de criar um vínculo com a instituição.
O(A) candidato(a) às vagas de Músico/Musicista poderá concorrer a quantas vagas desejar em diferentes Grupos Artísticos. Porém, em caso de aprovação para mais de um Grupo Artístico do Conservatório de Tatuí, deverá optar por apenas um dos grupos pleiteados. A relação de candidatos(as) aprovados(as) será divulgada a partir do dia 15 de fevereiro de 2023 no site do Conservatório de Tatuí. Os(as) candidatos(as) selecionados(as) deverão atuar no grupo durante a temporada 2024, de 4 de março a 20 de dezembro.
Serviço:
Processo Seletivo para ingresso no Grupo Artístico de Bolsistas de Artes Cênicas – Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí
Inscrições gratuitas – até 26 de janeiro de 2024
(Fonte: Máquina Cohn&Wolfe)
Se o Rei do Rock estivesse vivo, faria 89 anos no dia 8 de janeiro. Para marcar a data, será exibido, às 19h, no dia de seu aniversário, o cult “Prisioneiro do rock and roll”, apontado pelos críticos que divulgam seus textos no site Rotten Tomatoes como um dos melhores filmes de Elvis Presley (81% de notas positivas) na sala 2 do Estação Net Botafogo. Após a sessão, vinho e sorteio de brindes exclusivos oficiais do cantor e ator continuam a programação.
O filme “Prisioneiro do rock and roll” faz parte da programação da mostra Som e Imagem, que são longas em que música e narrativa se misturam para contar uma história. Outros clássicos e filmes cultuados do mesmo estilo serão exibidos ao longo do ano.
Serviço:
Aniversário de Elvis Presley
Filme: Prisioneiro do rock and roll + vinho e sorteio de brindes
Horário: 19h
Data: 8 de janeiro
Preço: R$15
Local: Estação Net Botafogo 2 – Rua Voluntários da Pátria, 88 – Rio de Janeiro (RJ).
Prisioneiro do rock and roll (Jailhouse rock), de Richard Thorpe (EUA, 1957). Com Elvis Presley, Judy Tyler, Mickey Shaughnessy. Drama/Musical. Sinopse: Depois de cumprir pena por homicídio culposo, o jovem Vince Everett se torna um astro do rock adolescente. 96 minutos. 12 anos.
(Fonte: Alexandre Aquino Assessoria de Imprensa)
De agosto de 2021 a julho de 2022, o Amazonas teve 50.448 hectares de floresta explorados, valor 336,85% maior do que foi registrado no ciclo de análise anterior (2020–2021), quando a exploração mapeada no estado foi de 14.976 ha. Deste total, 46.145 ha (91%) foram autorizados via licença de operação e apenas 4.303 ha (9%) ocorreram de forma não autorizada, o que representa uma redução expressiva, pois, na análise anterior, a exploração madeireira não autorizada representava 86% de toda a extração madeireira identificada no estado do Amazonas. As informações são do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), formado pela rede de instituições de pesquisa ambiental integrada por Imazon, Idesam, Imaflora e ICV.
Das explorações não autorizadas, a maior parte, 3.562 ha (82,77%) foi detectada em imóveis rurais privados com Cadastro Ambiental Rural (CAR); 572 ha (13,29%), em Terras Indígenas (TI); 144 ha (3,35%), em Unidades de Conservação (UC), e 0,59% ocorreu em terras sem categoria definida. Os municípios com mais exploração autorizada foram Itapiranga, com 31.228 ha; Lábrea, 6.545 ha; Pauini, 6.201 ha; Boca do Acre, 1.542 ha; Manicoré, 483 ha; Novo Aripuanã, 87 ha e, Humaitá, 59 ha.
O consultor do Idesam, Pablo Pacheco, avalia que os resultados do Amazonas evoluíram positivamente, mas pondera que o poder público ainda pode fazer mais. “É importante salientar que o Amazonas aumentou a legalidade e diminuiu a exploração madeireira ilegal dentro de áreas protegidas, seja em Terras indígenas ou Unidades de Conservação. Isso pode ter acontecido por causa do aumento da fiscalização realizada pelos OEMA [Órgãos estaduais de meio ambiente], mas é importante salientar as ações do Ibama, que tem removido estoques fantasmas de madeira do sistema de documentação florestal. Esse combate a fraudes digitais dificulta a ilegalidade”, pontua. “Além disso, essas medidas são efeito da Operação Arquimedes, que dificultou o comércio ilegal de madeira na Amazônia e, entre 2018 e 2020, estabeleceu regras mais rígidas para a fiscalização das atividades. No entanto, um dado preocupante que merece atenção é a sobreposição de 10% do território mapeamento pelo Simex com CAR em Terras Indígenas e Unidades de Conservação, situação que pode ser resolvida pelo poder público com a regularização fundiária, demanda esta que urge em toda a Amazônia. Sem regularização fundiária não há ordenamento e gestão territoriais efetivos”, diz Pacheco.
As áreas protegidas que registraram exploração não autorizada foram TI Tenharim, que teve 797 ha; Parque Nacional (Parna) dos Campos Amazônicos, 136 ha; TI Tenharim Marmelos, 36 ha; e a Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro Setor Paduari-Solimões, 8 ha. Já entre os municípios com mais exploração não autorizada, estão Lábrea, com 2.147 ha; Novo Aripuanã, 996 ha; Manicoré, 667 ha; Humaitá, 476 ha e, Iranduba, 8 ha.
O diretor técnico do Idesam, André Luiz Vianna, destaca que medidas conjuntas foram importantes para o aumento da legalidade no Amazonas. “Além das ações de combate à ilegalidade realizadas pela Polícia Federal, também houve recomendações conjuntas do Ministério Público Federal, Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas e Superintendência da Polícia Federal no Amazonas. Estas recomendações, somadas às necessidades de ajustes em normativas estaduais apontadas pelo Ipaam, fomentaram discussões do Cemaam para revisão de resolução estadual que normativa a atividade florestal no Amazonas. Esta revisão pode ter contribuído para o aumento da legalidade do setor”, avalia. “O aumento da legalidade do setor é importante tanto para a conservação ambiental quanto para a economia do estado. O Idesam defende o manejo florestal como uma ferramenta de desenvolvimento sustentável, principalmente do interior do Amazonas. O comércio ilegal de madeira prejudica o setor ao gerar uma concorrência desleal e dificultar o acesso de produtos manejados legalmente a determinados mercados e, ainda, não gera arrecadação ao Estado e oferta renda de forma precária às populações do interior. Portanto, o cenário de redução de ilegalidade, com aumento de atividade florestal, demonstra um resultado positivo para o estado”, ressalta André Vianna.
Ranking da exploração madeireira
Considerando o total explorado, autorizado ou não, na Amazônia Legal, o estado do Mato Grosso respondeu por 65,8% da exploração madeireira na região, seguido pelo Amazonas, com 12,8%; Pará, com 9,8%; Acre, com 6,5%; Rondônia, com 4,7% e Roraima, com menos de 1%. “Comparando com o período anterior, foram verificados aumentos nas áreas exploradas nos estados do Acre (135,8%), Amazonas (236,9%), Rondônia (13,9%) e Roraima (32,8%) e reduções nos estados do Pará (32,5%) e Mato Grosso (6,3%)”, diz o estudo do Simex sobre a Amazônia Legal. Já o ranking da ilegalidade tem o Pará (46%) na liderança, seguido por Mato Grosso (31%), Roraima (29%), Rondônia (19%), Amazonas (9%) e Acre (2%).
Os dez municípios com mais áreas exploradas sem autorização somaram quase metade (53,7%) de toda a extração não autorizada no período. Nessa lista, nove estão localizados em Mato Grosso e um no Pará. Somente o município de Colniza, no noroeste mato-grossense, teve mais de 12 mil hectares de exploração madeireira ilegal.
De acordo com o estudo, a manutenção de um cenário com percentuais elevados de ilegalidade tem consequências danosas e duradouras não apenas para a manutenção da floresta. “Sem o manejo florestal sustentável, a extração ilegal de madeira pode levar a floresta à degradação, tornando-a mais suscetível a incêndios e perda de biodiversidade, além de representar maior risco de conflitos fundiários e deixar de gerar empregos formais e renda”, conclui o relatório. Leia a publicação completa aqui.
Transparência
Os dados utilizados para avaliar a legalidade das explorações de madeira no estado do Amazonas foram obtidos por meio do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) pela plataforma do Sistema Compartilhado de Informações Ambientais (Siscom). Para cada extração madeireira mapeada, foi verificada a existência de licença para Plano de Manejo Florestal Sustentável que apresentasse validade em conformidade com o período de análise deste trabalho, que foi de agosto de 2021 e julho de 2022. É importante destacar que os dados provenientes do Sinaflor são públicos e podem estar incompletos ou ter sofrido alteração recente. Veja os mapeamentos completos na área de estudos e artigos da biblioteca do site do Idesam.
(Fonte: Press Manager)