Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Mesmo após 35 anos sem a presença do líder seringueiro, a história e legado de Chico Mendes reverberam Brasil afora como símbolo de luta e resistência. Desde a última sexta-feira, 15 de dezembro, até o dia 22 de dezembro, acontecerá a Semana Chico Mendes – datas de nascimento e morte de Chico – com uma série de atividades gratuitas nos municípios de Xapuri, Assis Brasil, Epitaciolândia e Rio Branco, no Acre.
O tema do evento é “Empate de Retomada” com debates sobre “Justiça Climática e O Esperançar de um Novo Futuro, assim sonharemos e esperançaremos – como Chico sonhou e esperançou”.
O encontro, organizado pelo Comitê Chico Mendes, terá a presença de diversas organizações, lideranças, estudantes, indígenas, extrativistas, quilombolas e ativistas socioambientais, para fortalecer a Aliança dos Povos da Floresta e levantar bandeiras rumo a um Empate de Retomada.
A programação está repleta de celebrações, tendo a Cultura e a Arte como impulsionadoras de lutas sociais em estado permanente de ativismo. A Semana Chico Mendes 35 anos – Empate de Retomada também é um encontro de Resistência e de Honra à memória do “Patrono do Meio Ambiente: Chico Mendes”.
(Fonte: Up Comunicação Inteligente)
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram três editais no valor total de R$1,2 bilhão para recuperar e expandir a infraestrutura de pesquisa do país. Os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) vão contemplar parques laboratoriais de universidades, centros de pesquisa e instituições de ciência e tecnologia (ICTs). Os editais fazem parte do Pró-Infra, um dos 10 Programas Estruturantes e Mobilizadores do FNDCT. O anúncio foi feito na quinta-feira (14) pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em solenidade na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.
Um dos editais, no valor de R$200 milhões, vai selecionar projetos para a recuperação e modernização de parques laboratoriais das ICTs. Outro edital vai destinar R$500 milhões para a expansão laboratórios de universidades e centros de pesquisa, que poderão adquirir novos equipamentos ou promover obras necessárias. Por fim, o terceiro edital destinará R$500 milhões para Instituições de Ciência e Tecnologia que desenvolvam projetos em cinco áreas prioritárias para o desenvolvimento nacional: Saúde, Defesa, Transição Energética, Transição Ecológica e Transformação Digital. “Nosso objetivo é colocar o Brasil em condições de desenvolver projetos científicos e tecnológicos de ponta. Portanto, o Pró-Infra tem a perspectiva de resgatar e fortalecer a capacidade das nossas instituições de produzir ciência de qualidade e a tecnologia necessária para ajudar o país a crescer e a gerar emprego e renda”, ressaltou a ministra Luciana Santos.
Segundo ela, 30% dos recursos previstos nos editais serão direcionados para projetos localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Os editais que lançamos hoje buscam corrigir a assimetria entre as infraestruturas de pesquisa localizadas nas diferentes regiões do país. Com essa iniciativa, temos a expectativa de descentralizar a base tecnológica e reduzir as diferenças regionais.”
O presidente da Finep, Celso Pansera, explicou que um novo sistema entrará em funcionamento em fevereiro para o acompanhamento das chamadas. “Será mais amigável, mais inteligente e com menos exigência para a inscrição dos projetos. Esses editais ficarão abertos até o mês de abril de 2024”, disse Pansera.
(Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI)
O Instituto Tomie Ohtake encerra 2023 fortalecendo seus laços com o Malba – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, ao trazer para São Paulo “Yente – Del Prete. Vida venturosa”, mostra organizada e apresentada no museu argentino em 2022, mesmo ano em que receberam a retrospectiva de Anna Maria Maiolino, organizada originalmente pela instituição cultural paulistana.
Focada no casal de artistas Eugenia Crenovich (Eugenia Crenovich, Buenos Aires, Argentina, 1905–1990), conhecida como Yente, e Juan Del Prete (Vasto, 1897–Buenos Aires, 1987), a presente exposição, com curadoria da pesquisadora e curadora-chefe do Malba María Amalia García, ressalta a sinergia criativa do casal e o vínculo amoroso como uma forma de abordar o fazer artístico.
Durante mais de 50 anos, Yente e Juan Del Prete não só compartilharam a vida de casal, mas também trocaram diariamente ideias sobre arte. Realizaram inúmeras exposições individuais e participaram de diferentes coletivas; porém, nunca expuseram juntos. Esta exposição reúne-os pela primeira vez com uma seleção de mais de 150 obras, entre pinturas, esculturas, tapeçarias, desenhos e livros de artista, abrangendo a ampla gama de suas carreiras das décadas de 1930 a 1980.
Existem dois elementos constantes na produção do casal: o trânsito entre figuração e abstração abrangendo diversos estilos e a experimentação marcante de materiais. Na paixão pelo fazer, Yente e Del Prete se apropriaram das múltiplas correntes da arte moderna por meio de diversas referências, sempre usando os materiais como meios de experimentação.
Nas palavras de García, “A transição entre figuração e abstração foi uma constante no casal, abrangendo vários estilos (cubismo, surrealismo, abstração, expressionismo, entre outros), bem como uma marcada experimentação, tanto com materiais de arte (suportes diversos, têmperas, tintas, tintas a óleo trabalhadas com pincel e espátula, extensos empastamentos e gotejamentos), bem como com uma vasta gama de elementos de bricolagem e materiais descartados. Yente e Del Prete, na sua paixão irreprimível pelo fazer, apropriaram-se do cânone da arte moderna por meio de diversas referências, correntes e representações”, destaca a curadora.
As peças expostas são provenientes principalmente da Coleção Yente – Del Prete, dirigida por Liliana Crenovich (sobrinha da artista) e de importantes coleções privadas e públicas argentinas, como o Museu de Arte Moderna de Buenos Aires e a Coleção Amalita, entre outros.
Embora a abstração tenha sido um caminho de exploração criativa que os uniu de maneira fundamental, a mostra não se limita a esse recorte, percorrendo ambas as trajetórias e abrangendo o arco completo de suas ricas experimentações. Vida Venturosa é organizada em dois grandes núcleos – a união na abstração e voracidade – que são divididos em subnúcleos, atravessando mais de cinquenta anos de produção.
Apesar das diferenças entre si – ele, um imigrante italiano instalado no bairro de La Boca e formado sob tutela dos pintores do bairro; ela, de Buenos Aires, graduada em filosofia e a caçula de uma família judia abastada de origem russa – o casal percorreu um caminho conjunto de pesquisa artística por meio de diversas linguagens e materiais.
Se conheceram no inverno de 1935, quando Del Prete já havia passado três anos na Europa, onde dedicou-se à experimentação com a colagem e à abstração, expondo em companhia da vanguarda construtivista parisiense. De volta a Buenos Aires, realizou duas exposições emblemáticas, onde apresentou fotomontagens, pinturas abstratas, colagens com cordões e chapas metálicas, esculturas em gesso esculpido e projetos de decoração, gerando rejeição e incompreensão na cena artística portenha.
Paralelamente a seus estudos de filosofia, Yente realizava retratos familiares e caricaturas e ilustrações para revistas. No início dos anos 30, ampliou sua formação plástica em passagem pelo Chile. Depois do encontro com Del Prete, começou sua pesquisa na abstração e por volta de 1937 produziu composições biomórficas: núcleos arredondados e coloridos que às vezes apresentam elementos figurativos. Nos anos 40, seguiu com propostas mais construtivas, escolha que a levou a destruir sua obra anterior, ação em consonância com as sistemáticas destruições de Del Prete; em seu caso, justificadas pela falta de espaço. Contudo, a produção aniquilada de Yente não foi documentada como a dele. O casal não escapou aos papéis de gênero vigentes à época e a carreira de Del Prete foi privilegiada.
Nada do entorno do casal parece ter ficado sem exploração em seus trabalhos. Para além de posição crítica diante das modas, Yente e Del Prete tiveram empatia e flexibilidade para se deixarem atrair pelas diversas possibilidades que a visualidade abria. Segundo García, “Em um constante ir e vir entre figuração e abstração, durante os anos 50 e 60 abraçaram a experimentação pictórica, a colagem, a montagem de objetos e os têxteis. Ainda que de maneiras diferentes, foram vorazes apropriadores de estilos, materiais e técnicas. As anedotas da arte argentina remetem à ‘gula’ de Del Prete para se referir a sua desenfreada produção. Yente, embora mais moderada em seus procedimentos, não foi por isso menos voraz. Sua obra se desdobrou em diversos suportes: não apenas se dedicou ao desenho, à pintura, aos relevos e à escultura, mas também expandiu seu trabalho aos têxteis, aos livros de artista e ao trabalho de arquivo”, completa.
Exposição “Yente – Del Prete. Vida Venturosa”
Em cartaz até 18 de fevereiro de 2024 – de terça a domingo, das 11h às 19h – entrada franca
Imagens: https://encurtador.com.br/dlprH
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros – SP
Metrô mais próximo: Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela
Fone: (11) 2245-1900.
(Fonte: Pool de Comunicação)
O procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo Marcio Sergio Christino lançou em São Paulo, na Drummond Livraria do Conjunto Nacional, o livro “Pós-verdade e Fake News”.
A obra, publicada pela Matrix Editora, explora como as técnicas de psicologia e comunicação foram empregadas para influenciar pontos de vista desde a antiguidade. Para isso, o autor revela as estratégias desonestas adotadas por governos, líderes e movimentos políticos em prol de seus próprios interesses.
Nesse livro, Christino não apenas resgata a história da propagação de informações distorcidas ao longo do tempo, mas também oferece um olhar crítico sobre como tais práticas impactam as relações geopolíticas atuais.
Ao revelar os métodos utilizados para falsear a realidade, o procurador convida os leitores à reflexão e aponta para a necessidade de trazer à tona a verdade por trás da pós-verdade.
Sinopse | Entenda como a pós-verdade e a fake news não são apenas fenômenos contemporâneos, mas estão intimamente ligadas à trajetória da humanidade. Neste livro, o autor trilha um passeio pela História desvendando como a manipulação da verdade e a disseminação de informações falsas têm sido empregadas por líderes, governos e indivíduos influentes ao longo do tempo. Através de uma análise minuciosa, a obra demonstra como a busca pelo controle da narrativa sempre desempenhou um papel crucial na formação das nações e na opinião pública. Christino revela como nos tempos atuais – com a ascensão de novos meios de comunicação – a informação é habilmente moldada para articular o comportamento da sociedade e conduzir a narrativa dos fatos. O resultado é um mundo onde as pessoas sabem cada vez menos o que é real e o que é inventado, onde o debate perde valor e onde os mentirosos ganham cada vez mais poder.
Ficha técnica
Livro: Pós-verdade e Fake News – Como técnicas de psicologia e de comunicação são usadas para manipular o mundo
Autoria: Marcio Sergio Christino
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-65-5616-402-1
Páginas: 312
Preço: R$78,00
Onde encontrar: Matrix Editora, Amazon.
(Fonte: LC Agência de Comunicação)
Reconhecido como um dos mais importantes festivais de artes integradas do país, o Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes teve início na última quinta-feira. A programação reúne concertos, exposições, exibições, espetáculos, bate-papos, residências artísticas e oficinas, além de uma série de atividades voltadas para a promoção das artes e do conhecimento.
O tema escolhido para nortear as escolhas e as narrativas artísticas desta edição foi “Paisagens Imaginárias”. Com esta temática, a curadoria pretende ampliar a reflexão sobre modelos reais de integração e diálogo das mais variadas vertentes artísticas, destacando ao longo da programação manifestações como a música, a literatura, o teatro, a dança, o cinema e as artes visuais e a oralidade, reunindo representantes do Brasil e também do exterior.
De acordo com o curador e diretor artístico do festival, Luiz Gustavo Carvalho, Minas Gerais é um estado que possui uma relação direta com as paisagens reais e imaginárias, uma vez que esta foi uma das regiões mais devastadas ao longo da história pela exploração de suas riquezas reais e imateriais. No pensamento dos homens que “desbravavam” a terra, o território era percebido como uma espécie de lugar paradisíaco, criando uma espécie de paisagem imaginária capaz de reunir o real, o inventado, o extinto e o projetado.
Na literatura de Guimarães Rosa, encontramos diversas referências às paisagens e personagens mineiros. Enquanto isso, nas obras de Shakespeare, Mia Couto, Andrei Platônov e outros autores, é possível observar como as paisagens se movimentam, fundindo-se aos personagens. O tema também explora as paisagens imaginárias introduzidas pelos movimentos messiânicos que ocorreram em diversas partes do Brasil e do mundo e que foram fundamentais para exaltar a relação entre terra e paisagem. O mote curatorial incita a uma discussão sobre a relação entre as paisagens imaginárias versus a invisibilização de paisagens, sobretudo as humanas.
Nesse sentido, a programação do Festival Artes Vertentes busca elucidar e oxigenar conceitos, além de promover uma série de experiências imersivas envolvendo as mais diversas manifestações artísticas, incluindo análises de temas relevantes da nossa história. Enquanto isso, celebra a criação e as possibilidades de conexão entre os meios, potencializando o fazer e a fruição artística.
Sobre o Festival Artes Vertentes
Criado em 2012 por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, o Festival Artes Vertentes é um projeto realizado pela Ars et Vita e pela Associação dos Amigos do Festival Artes Vertentes. O evento vem apresentando, ininterruptamente, uma programação artística que estimula diálogos entre as mais diversas linguagens artísticas e propõe, por meio da arte, reflexões sobre temas de relevância para a sociedade contemporânea. Vencedor do prêmio Concerto 2021 e nomeado para o prêmio internacional Classic: NEXT Innovation Award 2022, durante as últimas edições, o Festival Artes Vertentes já recebeu mais de 420 artistas, originários de 40 países.
O 12º Festival Artes Vertentes é realizado com o patrocínio da Cemig, Itaú, Copasa e Minasmáquinas. Mais informações no site www.artesvertentes.com.
Serviço:
12º Festival Artes Vertentes
De 16 a 26 de novembro, em Tiradentes/MG
Programação completa: www.artesvertentes.com
Ingressos online para apresentações pagas (R$40 e R$20): https://www.artesvertentes.com/ingressos.
(Fonte: A Dupla Informação)