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Ilhas de calor: cidades ficam mais quentes sem árvores

São Paulo, por Kleber Patricio

“Ilhas de calor” ocorrem principalmente em grandes centros urbanos. Foto: Envato.

Em tempos de mudanças climáticas perceptíveis no dia a dia, estudo publicado na revista científica Nature Communications a partir da avaliação de 293 cidades europeias indica que é possível diminuir a temperatura na área urbana. O antídoto contra as “ilhas de calor” – efeito que torna as cidades mais quentes – é o plantio de árvores. A pesquisa demonstra que em áreas arborizadas a temperatura do solo é até 12 graus mais baixa que em locais sem árvores.

“Ilhas de calor” é um termo usado para se referir a áreas urbanas com grande concentração de construções, asfalto e poluição, onde ocorre um aumento na temperatura devido à falta de vegetação. As plantas contribuem para o combate das ondas de calor, primeiro porque fornecem sombras deixando os locais mais frescos do que os expostos ao sol. As árvores realizam um processo chamado “evapotranspiração”, que é a liberação de vapor de água na atmosfera, o que ajuda a refrescar o ambiente naturalmente.

“Além disso, toda a vegetação colabora também com a absorção de gases como o gás carbônico e promovem a fixação dele nos caules e solo, além de reter fuligem e partículas em suas folhas limpando dessa forma os poluentes atmosféricos e amenizando o calor. Por isso a importância da recomposição florestal”, explica Eduardo Paniguel, engenheiro ambiental e gestor do projeto Olhos da Serra pelo Consórcio PCJ.

O projeto Olhos da Serra, iniciativa do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) com patrocínio da Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil e parceria da Fundação Serra do Japi, em sua segunda etapa, norteia as ações na Serra do Japi a partir de seis eixos temáticos. Um deles, “restauração florestal”, tem importância fundamental para a conservação deste território, que é um dos últimos trechos de floresta contínua do Estado de São Paulo.

A conservação de matas nativas se reverte em benefícios para a população e, também, para a fauna. Quando somada à restauração vegetal, contribui também para a melhoria da qualidade da água. “Com as mudanças climáticas, percebemos cada vez mais essas ‘ilhas de calor’ principalmente nas cidades com poucas árvores. As pessoas precisam entender que existe uma ligação direta entre o desmatamento e os eventos extremos como estiagem, altas temperaturas, tempestades e inundações”, ressalta.

Em áreas como a Serra do Japi, o plantio de espécies nativas é ainda mais benéfico para evitar as “ilhas de calor” nas cidades do entorno. “As árvores e a vegetação arbustiva que compõem essas áreas são fundamentais para garantir que exista um sub-bosque estabelecido, que vai impactar diretamente na temperatura, promovendo um ambiente mais fresco. Isso tudo ajuda também na infiltração de água no solo, protegendo nascentes e evitando a erosão. Além disso, a restauração florestal é essencial para conservar o habitat da fauna e isso é importante independente do bioma”, enumera a superintendente da Fundação Serra do Japi, Vânia Plaza Nunes.

Cartilha digital

Como forma de sensibilizar a população sobre a importância do plantio de árvores e recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APP), incluindo matas ciliares, o projeto Olhos da Serra está elaborando uma cartilha educativa que será disponibilizada de forma digital.

“As florestas nativas remanescentes são baús de riqueza e devemos sempre conservá-las em seu estado natural”, orienta a cartilha. O material educativo também explica a função ambiental das APPs. Os proprietários rurais na área do Japi têm a obrigação de manter e recompor a vegetação nativa destas áreas. Entre os deveres dos proprietários estão a elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Projeto de Recuperação Ambiental (PRA).

Outra abordagem importante no material educativo é sobre a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A RPPN protege a área escolhida da propriedade particular, que pode ser visitada ou utilizada com objetivos turísticos, recreativos e educacionais. A RPPN é uma forma de proteger a diversidade biológica e receber benefícios como a redução de impostos ou pagamentos por serviços ambientais.

Área florestal na Serra do Japi em Jundiaí, SP. Foto: Divulgação Projeto Olhos da Serra.

O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que também integra as informações da cartilha, é regido por legislação. Em agosto deste ano, atualizações do Código Florestal e da Política Nacional de PSA estabeleceram que as áreas de proteção permanente em bacias hidrográficas críticas para o abastecimento também podem receber recursos com a devida conservação. Além de incentivos públicos dos municípios, há também incentivos privados, provenientes da comercialização dos créditos de carbono e projetos. “No material, também tivemos o cuidado de relacionar informações sobre leis atualizadas, que podem ser consultadas pelos proprietários de áreas na Serra do Japi”, destaca Vânia Plaza Nunes.

Interessados em receber plantios voluntários em áreas da propriedade podem entrar em contato com o Olhos da Serra: olhosdaserra@agua.org.br. Informações sobre o projeto estão disponíveis em www.agua.org.br/olhosdaserra.

Projeto Olhos da Serra | Conduzido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) com patrocínio de Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil, o Olhos da Serra tem o propósito de conservar os recursos hídricos na região. Como prioridade total no projeto, a preservação dos recursos naturais compreende, entre outras atividades, o combate a incêndios, com formação de brigadistas e aplicação de curso de capacitação profissional pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), a educação ambiental, o monitoramento de invasões humanas e a promoção de ações de reflorestamento e saneamento rural, com a implantação de uma propriedade modelo com tratamento de efluentes, gestão de resíduos e de água cinza. O Olhos da Serra também conta com a parceria das seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Jundiaí (Diretorias de Meio Ambiente, de Agronegócios e de Parcerias Estratégicas, Guarda Municipal – Divisão Florestal e Defesa Civil); Fundação Serra do Japi; DAE Jundiaí; Fundação Florestal; Embrapa; Instituto Cerrados; Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara); Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema); Conselho Gestor da Serra do Japi (CGSJ); Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun) e Aliados pela Água.

(Fonte: MXP Comunicação)

Cinemateca Brasileira adquire películas para recuperação e duplicação de seu acervo de nitratos

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Daniela Matias e Daniel Dantas.

A Cinemateca Brasileira adquiriu recentemente 460 rolos de filme virgem para processamento no Laboratório de Imagem e Som, por meio de recursos do ProNAC (212939 – Nitratos da Cinemateca Brasileira – Preservação e Acesso) que integra o Projeto Viva Cinemateca. O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell e Itaú Unibanco como copatrocinador.

“Há mais de 10 anos que a instituição não adquiria materiais de película para duplicação fotoquímica. E a chegada desses materiais é ainda mais especial por se tratar de uma iniciativa muito importante para a preservação da memória audiovisual brasileira”, ressalta a diretora geral da Cinemateca Brasileira, Dora Mourão.

Os rolos de filmes serão usados para a duplicação de materiais em nitrato de celulose para a confecção de matrizes de guarda e acesso, salvaguardando as obras do acervo em eventual perda de seus suportes originais – materiais delicados, com risco de autocombustão e que provocaram quatro incêndios na história da Cinemateca.

“A duplicação fotoquímica é muito importante para o trabalho museológico desenvolvido pela Cinemateca Brasileira, pois o suporte fílmico é o mais adequado para a conservação a longo prazo das obras. Além disso, nosso Laboratório é um dos poucos no mundo e o único no país com essa capacidade de processamento. Este trabalho de salvaguarda é reforçado ainda pelas ações de digitalização e catalogação, que promoverão um acesso qualificado em escala”, complementa a diretora técnica Gabriela Sousa de Queiroz.

A recuperação da coleção de filmes em nitrato da Cinemateca Brasileira tem sido uma das principais frentes de trabalho da instituição desde sua reabertura, com a contratação de pesquisadores e técnicos de preservação e documentação de todo o país. “O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo; em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.

A coleção reúne obras remanescentes do cinema da metade do século 20 – cinejornais, documentários, filmes de ficção, domésticos e publicidade, confiadas à Cinemateca Brasileira por arquivos e cinematecas do país. São registros de valor artístico e histórico e que estão, agora, sendo recuperados e redescobertos com um investimento de mais R$15 milhões, captados por meio do ProNAC 212939. “Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil.

Projeto Viva Cinemateca

O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto pretende ampliar e modernizar a sede da Cinemateca Brasileira. Estão previstas a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição e a recuperação de seu acervo fílmico, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.

Além dos investimentos na preservação, o projeto também contempla ações de difusão, como a mostra itinerante A Cinemateca É Brasileira e a exposição homônima, que estão passando por diferentes cidades do Brasil; o Festival Cultura e Sustentabilidade, que foi realizado nos dias 10 e 11 de julho; e a Mostra Povos Originários da América Latina, de 11 a 16 de julho.

Patrocinadores | O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell e Itaú Unibanco como copatrocinador.

Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).

Sobre o Instituto Cultural Vale | O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale.

Cinemateca Brasileira

A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.

Site oficial | Facebook | Instagram | Spotify.

(Fonte: Trombone Comunicação)

Georges Minois propõe uma nova história da Idade Média

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro.

Por que uma nova abordagem à história medieval? A resposta reside em parte na crescente intriga e fascínio que este período exerce à medida que nos distanciamos dele. Percebemos que muitos dos dilemas e aspirações que caracterizam nossa atualidade têm raízes profundas na Idade Média, desde questões relacionadas a obscurantismos religiosos até a contemplação da alta filosofia, da brutalidade desmedida à busca de um propósito na vida, do receio do futuro ao anseio por um retorno à simplicidade da natureza. E é a partir desta perspectiva que o historiador francês Georges Minois nos brinda com “História da Idade Média: mil anos de esplendores e misérias”, lançamento da Editora Unesp.

Neste livro de fôlego, o historiador argumenta que a história medieval da Europa Ocidental está intrinsecamente ligada à história do Oriente Próximo, cuja influência se mescla no imaginário dos europeus medievais, alternando entre as representações dos povos inimigos e a utopia da Terra Prometida. Entre os séculos V e X, testemunhamos um período de grandiosas ilusões, quando o Oriente Bizantino e, posteriormente, o mundo muçulmano, exerciam domínio sobre um Ocidente ainda em estágio de barbárie. Dos séculos XI ao XIII, a Europa cristã revela seu dinamismo e atinge sua “era da razão” antes de enfrentar, entre os séculos XIV e XV, os flagelos apocalípticos que marcam uma transição para o mundo moderno, cujo otimismo humanista hoje se vê em crise.

Além da fascinação, Minois sugere outro motivo para a reinterpretação da história medieval: o fato de sua imagem ter sido frequentemente deturpada e negligenciada nos currículos escolares, com efeitos na cultura como um todo. Reduzida a meras anedotas pela mídia e transformada em lendas, a Idade Média perdeu sua coerência na memória coletiva do público em geral. Para compreendê-la de maneira abrangente, é crucial restituir os fatos, nomes e datas em uma sequência lógica e cronológica. Isso é precisamente o objetivo deste livro.

“Condensar mil anos de história em cerca de quinhentas páginas é um desafio”, registra. “Assim, não serão surpresas os encurtamentos, as simplificações, as seleções e as inevitáveis lacunas. Trata-se certamente de uma grande síntese que visa evidenciar os eixos e os fatos essenciais de uma época no curso da qual foram forjadas as mentalidades ocidentais. A história não é uma ciência exata, baseada em um certo número de fatos; ela deixa muita margem para a interpretação dos historiadores – interpretação que depende bastante das normas e dos valores de seu tempo. E, finalmente, é por isso que podemos reescrever para sempre a mesma história, que na verdade nunca é a mesma. O essencial é não sacralizar uma ou outra versão. Em relação ao passado distante, impõe-se certo desprendimento e até mesmo um toque de ironia ou de humor, sempre respeitando a materialidade dos fatos. Importa ao historiador saber relativizar a importância dos acontecimentos que relata e não sacralizar os atores da tragicomédia humana”.

Georges Minois.

Explorar o tema da Idade Média nos leva, portanto, a uma longa jornada de estudos que abarca uma miríade de tópicos. Georges Minois realiza nessa obra uma síntese poderosa, tornando-a acessível tanto para o leitor iniciante como para o estudioso que busca uma compreensão mais profunda dessa época seminal de nossa história.

Sobre o autor | Georges Minois é professor de História e historiador das mentalidades religiosas. Dele, a Editora Unesp publicou “História do riso e do escárnio” (2003), “A idade de ouro” (2011), “História do ateísmo” (2014), “História do futuro” (2016), “História do suicídio” (2018), “História da solidão e dos solitários” (2019), “As origens do mal” (2021), “Henrique VIII” (2022) e “História do inferno” (2023).

Título: História da Idade Média: mil anos de esplendores e misérias

Autor: Georges Minois

Tradução: Thomaz Kawauche

Número de páginas: 578

Formato: 13,7 x 21 cm

Preço: R$44

ISBN: 978-65-5711-189-5

Mais informações sobre a Editora Unesp estão disponíveis no site oficial.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp)

Secretaria de Cultura anuncia vencedores do Prêmio Literário Acrísio de Camargo e Salão de Artes Visuais

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Bruno Leite Barnabé conquistou o primeiro lugar na categoria GRAVURA do Salão de Artes Visuais. Fotos: Fabio Alexandre.

A Secretaria de Cultura de Indaiatuba promoveu o anúncio dos premiados do 19º Prêmio Literário Acrísio de Camargo – Nova Geração e do 9º Salão de Artes Visuais de Indaiatuba na noite da última quinta-feira, 30 de novembro, quando foi aberta oficialmente a exposição dos trabalhos do Salão, que segue aberto ao público até 23 de dezembro no Casarão Pau Preto (confira a lista de premiados abaixo).

“O Prêmio Acrísio e o Salão de Artes são eventos importantes porque, assim como outros que realizamos ao longo do ano, abrem espaço aos artistas de nossa cidade”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Seja para o fomento de um novo público ou para apresentar estes trabalhos tão especiais, seguimos na missão de abraçar e expandir todas as artes”.

Raiane Natali dos Santos Oliveira, primeiro lugar na categoria CRÔNICA do Prêmio Literário Acrísio de Camargo.

O 19º Prêmio Literário Acrísio de Camargo – Nova Geração é voltado para escritores de 15 a 29 anos em três modalidades: Conto, Crônica ou Poesia, com o objetivo de divulgar o nome do autor da letra do Hino de Indaiatuba e incentivar a produção literária local.

A curadora foi Vanina Carrara Sigrist, Doutora em Teoria e História Literária pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), professora de Ensino Superior na Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista, coordenadora da área de Comunicação da faculdade e tradutora de quatro publicações pela Editora Papirus, e autora do livro infantil “De Quem é a Rua?”, do selo Tanta Tinta, e criadora da Casa na Arte (com canal no YouTube). Residente em Indaiatuba, tem experiência nas áreas de Letras e Educação, com ênfase em literatura, comunicação e produção de conteúdo digital sobre arte.

Três jurados avaliaram os trabalhos. Elaine Caniato é sócia das editoras com os selos Carlini & Caniato e TantaTinta e, agora, dos novos Cálida e Bacuri, voltados exclusivamente para livros de literatura para os públicos adulto e infantojuvenil. Além de designer gráfico e editora, atua na seleção e edição dos textos; na produção, desenvolvendo ou coordenando projetos gráficos de miolo e capa; na gerência de projetos para editais e na divulgação dos livros para o mercado. Reside na capital paulista.

Gabriel Bod, primeiro lugar na categoria PINTURA do Salão de Artes Visuais.

Odenildo Sena é formado em Letras pela Universidade Federal do Amazonas, onde foi professor do Departamento de Língua e Literatura Portuguesa desde 1980, tendo-se aposentado em 2012. Em 1982, especializou-se em Psicologia do ensino-aprendizagem pela Unicamp. Em 1985, obteve o título de Mestre em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com a dissertação A Semântica do Poder, onde analisa a influência de um dado universo léxico próprio do período ditatorial.

Em 1997, defendeu na mesma universidade a sua tese de doutorado De Fernando a Fernando: as Teias Ideológicas do Poder, onde analisa o discurso dos dois primeiros presidentes civis eleitos após o regime militar. É autor dos seguintes livros: “A Engenharia do Texto – Um Caminho Rumo à Prática da Boa Redação” (Valer, 2011); “No Tempo de Eu Menino” (Valer, 2015); “Mazelas do Livro Didático” (Valer, 2016); “Tempos de Memória” (Casa Literária, 2016); “Palavra, Poder e Ensino da Língua” (Valer, 2019); “A Travessia” (edição do autor, e-book Amazon, 2019); “100 Dias de Quarentena – No Tempo em que a Vida Parou” (Edição do autor, e-book Amazon, 2020); “Aprendiz de Escritor – Sobre Livros, Leituras e Escritos” (Valer, 2020) e “A Felicidade Precisa de Loucura – Uma Sinfonia do Meu Tempo em 115 Crônicas Escolhidas” (Valer, 2022). Reside na cidade do Porto, em Portugal, desde 2017.

Carlos Roque é arquiteto e após a faculdade fez parte do grupo de poesia Núcleo de Convivência Literária e do Grêmio de Haicai Caminho das Águas até 2005. Em 2019 participou da coletânea “8 Poetas – Poesia ao Infinito”, coordenada pelo poeta Valdir Alvarenga, das coletâneas da Off-Flip, e disponibilizou na web o livro “Rio de Poucos Janeiros: Vinte e Cinco Poemas e uma Página em Branco”, dedicado a Marielle Franco. Em 2022 lançou o livro de poesia “Enquanto o Mundo”, publicado pela Editora Penalux. Reside em Santos.

Artes

Danízio José de Oliveira, primeiro lugar na categoria POESIA do Prêmio Literário Acrísio de Camargo.

A curadoria do Salão de Artes Visuais de Indaiatuba ficou a cargo da artista plástica Anna Pellisari, que participa de exposições dentro e fora do Brasil desde 1978 e está sempre se atualizando em cursos e workshops. Já participou do Salão de Belas Artes de João da Bela Vista como convidada especial e foi medalha de prata no Salão de Artes de Embu.

Também marcou presença nas exposições “A Trama do Gosto”, da Fundação Bienal de São Paulo; “Arte em Craft”, medalha de prata no Salão Bunkyo de Arte Contemporânea; “Arte do Brasil”, no Museu de História Natural de Treuchtlingen, Alemanha, e foi primeiro lugar no Salão de Artes Visuais de Indaiatuba, com a instalação “Sagrado e Profano”.

Três jurados analisaram as obras. Andrés Hernández é pesquisador, professor, curador e crítico de arte. Pós-doutor pelo Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Doutor em Artes Visuais, Mestre em Teoria, Crítica e Produção em Artes Visuais e graduado em Educação. Foi coordenador de exposições na Bienal de Havana (1994-1998), trabalhou no departamento de curadoria do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1999-2010) e coordenador de projetos da Luciana Brito Galeria.

Pedro Fonseca de Lima, primeiro lugar na categoria FOTOGRAFIA do Salão de Artes Visuais.

Como professor, tem atuado em diferentes instituições educacionais e culturais no Brasil e no exterior ministrando cursos regulares, palestras, workshops e jornadas científicas. Como curador e pesquisador, tem organizado diversas exposições, residências artísticas e laboratórios curatoriais nacionais e internacionais desde 1997 como Regina Silveira (Metáforas Construídas), na Colômbia (2015), e Cobaias no Brasil (2021).

Em 2022 foi curador do projeto Physiognomy in Contradiction no Museum of Northern History, em Kirkland Lake, Ontario, no Canadá, que incluiu palestras na Sur Gallerys (Toronto), Quest Art School + Gallery (Midland), Novah Gallery (North Bay, com exposição) e na Temiskaming Art Gallery (Haileybury).

O artista plástico James Kudo tem uma carreira artística consolidada de 40 anos, com reconhecimento em publicações, exposições e premiações em todo o mundo. Entre suas principais exposições individuais, estão “Oximoros”, na Zipper Galeria, em São Paulo (2015); na AIDEC Gallery, em Tóquio (2005); “Sobre Pedras, Caixas e Esperanças”, no Espaço Cultural Ateliê Mineiro, em Pouso Alegre (2004); Brazilian American Cultural Institute, em Washington, nos Estados Unidos (2002); no Museu de Arte de Ribeirão Preto (1996) e no SESC Paulista (1995).

Julia Pantin da Silva, primeiro lugar na categoria CONTO do Prêmio Literário Acrísio de Camargo.

Entre as exposições coletivas estão “Vértice”, no Centro Cultural Correios, em São Paulo (2016); “Tatu – MAR”, no Museu de Arte do Rio de Janeiro (2014); “Estética e Sustentabilidade”, no Memorial da América Latina, em São Paulo (2013); “Nipo-Brasileiros no Acervo da Pinacoteca”, Pinacoteca do Estado de São Paulo e “Creative Art Session” 2008, no Kawasaki City Museum, no Japão (2008).

Rachel Hoshino, baseada em São Paulo, atua como mentora de jovens artistas, produtora de obras e curadora em artes plásticas desde 2014. Trabalhou como pesquisadora em Psicologia Social da Arte pela Universidade de São Paulo e pesquisadora iconográfica por sete anos no mercado editorial brasileiro e espanhol em bancos de imagens de obras de arte.

Participa do Grupo de Estudos Avançados em Arte e Design da Escola Politécnica de Milão e atua como conselheira na formação de cursos em Design da Universidade de Catania, Itália. Atuou como designer de produtos cerâmicos e designer de superfície com marca própria de produtos em porcelana.

VENCEDORES

19º Prêmio Literário Acrísio de Camargo

Categoria CONTO

1º – Sea Journey, de Julia Pantin da Silva

2º – O Ateliê, de Ingrid Rosa dos Santos

3º – O Homem que Engolia Sapos, de Bruna Natasha Frari

Menções Honrosas

Sopa de Letrinhas, de Julia Pantin da Silva

Sem Título, de Hellica Miranda Araujo Caldas

O Cantar das Gaivotas, de Flávia Eduarda Gomes Hebling

Categoria CRÔNICA

1º – Mulher, de Raiane Natali dos Santos Oliveira

2º – Monoglotas, de Matheus Barbosa da Silva

3º – A Arte de Saber Perder, de Flávia Eduarda Gomes Hebling

Menções Honrosas

Direito de Nascença, de Matheus Barbosa da Silva

Minha Vida, de Flávia Santos

Quimera, de Larissa Santos do Nascimento

Categoria POESIA

1º – Somos Todos Um, de Danízio José de Oliveira

2º – Trocadilho, de Julia Pantin da Silva

3º – Minha Própria Língua, de Hellica Miranda Araujo Caldas

Menções Honrosas

A Poesia Escreveu o Lápis, de Ana Beatriz Araujo Oliveira

Embora, de João Batista Magalhães Prates

Emergência, de Raphael Panzetti Pinto Lari

Categoria SLAM

1º – É Preta, de Fernanda Fernandes Santos

2º – Papo Preto, de Nathan da Silva Santos

3º – Silêncio Sonoro, de Raphael Panzetti Pinto Lari

9º Salão de Artes Visuais de Indaiatuba

Categoria ESCULTURA

1º – Natureza Morta, de Yulika Murakami

2º – Escavações XXIII, de Beatriz Amaral

3º – Amazônia, de Leandro Kanagusku

Menção Honrosa

Organicidade ou Algo Assim, de Bianca Raquel Toledo

Categoria PINTURA

1º – Gato Pop, de Gabriel Bod

2º – Em Busca de Identidade, de Conti Rodrigues

3º – Sol Quadrado, de Hugo White King

Menção Honrosa

Não Pegue, Senhor Raposo, de Suzanito

Categoria DESENHO

1º – Lembranças de Rita, de Kenia D’Angelo

2º – Tem Dias que Eu Queria Sair de Mim e Ver Tudo Através de Outros Olhos, de Jaqueline Almeida

3º – Amai, de Aretha Bárbara Catarino

Menção Honrosa

Longe de Casa, de Yulika Murakami

Categoria FOTOGRAFIA

1º – Respiração, de Pedro Fonseca de Lima

2º – Oca Universal, de Fábio Monfrin

3º – Identidades, de Matheus Vinagre

Menção Honrosa

Not Fake, de Alex Flávio Guimarães

Categoria GRAVURA

1º – A Dificuldade em Ser um Patriarca, de Bruno Leite Barnabé

2º – I Fell Apart (Eu Desmoronei), de Gilvan Sousa

3º – A Dama da Água, de Jéssica de Castro Moura

Menção Honrosa

Duo Autoretrato, de Alex Flávio Guimarães.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Charutos: sommelière explica como diferenciar um premium dos comuns

Curitiba, por Kleber Patricio

A origem e a capa do produto estão entre as dicas da especialista Carolina Macedo. Fotos: Carolina Macedo.

Os charutos premium têm conquistado apreciadores ao redor do mundo por suas características distintas, que resultam em uma experiência única de degustar. No entanto, muitas vezes, identificar um verdadeiro charuto premium pode ser uma tarefa desafiadora para iniciantes e entusiastas. Carolina Macedo, cigar sommelière e sócia da Bulldog Tabacaria, sediada em Curitiba (PR), diz que, para começar, é importante entender o que é um charuto premium. “O charuto premium é aquele produzido com folhas inteiras de tabaco negro e sem nenhum aditivo químico. Estamos falando somente de folhas de tabaco e água”, explica.

Segundo ela, outro fator importante é entender que, por se tratar de um produto totalmente artesanal e de luxo, ele é, infelizmente, muito falsificado no mundo todo, em especial os cubanos. A importadora oficial de charutos cubanos no Brasil é a Emporium Cigars e somente ela tem a autorização da Habanos S. A. para importar esses produtos ao Brasil; dessa forma, uma dica importante é sempre procurar estabelecimentos parceiros dela para comprar os seus produtos.

O charuto premium tem folhas de diferentes origens – Cuba, Rep. Dominicana, Nicarágua, Honduras, Equador, Camarões, México, Brasil, Peru, Indonésia. “Todos esses países estão dentro de uma faixa no globo que garantem um microclima favorável ao seu cultivo, mas são países como Cuba, Rep. Dominicana, Nicarágua e Brasil, que hoje são reconhecidos mundialmente pelo beneficiamento do produto, ou seja, por transformar as folhas em charutos”, conta a cigar sommelière.

Carolina Macedo, cigar somelière e sócia da Bulldog Tabacaria, sediada em Curitiba (PR), diz que, para começar, é importante entender o que é um charuto premium.

Produtos premium levam ao menos 2 anos para serem produzidos e ao menos 200 pessoas trabalham ao longo do processo, do plantio da semente até que o charuto chegue à caixa. “Vão apresentar características únicas de sabor e aroma e exigem cuidados constantes de temperatura e umidade; por isso, produtos premium só encontramos em casas especializadas, onde esse controle acontece 24 por dia, todos os dias da semana”, explica Macedo.

A sócia da Bulldog Tabacaria acrescenta, “de maneira bastante simples, a diferença entre um long filler (charuto de folhas inteiras) para um medium ou short filler (folhas picadas) é o tempo de queima que é bem maior no long filler. Além da intensidade de sabor e aromas. No de folhas picadas a picância e o amargor são constantes, enquanto nas opções premium as notas de sabor e aroma são equilibradas e possuem uma evolução ao longo da queima. Degustar produtos premium garante uma experiência única e inesquecível”, comenta a cigar sommelière, que conclui com quatro dicas rápidas para não acabar adquirindo produtos cubanos falsificados:

1 – Procure casas especializadas e que possuam o selo Habanos Point;

2 – Desconfie de preços muito baixos;

3 – As caixas tem um código que você pode verificar no site da própria Habanos –  https://www.habanos.com/es/verificacion-de-autenticidad/;

4 – Todas as caixas vêm lacradas com os selos da Habanos e da Anvisa no Brasil.

(Fonte: Agência Souk)