Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Os cinemas chinês e brasileiro serão celebrados no Rio de Janeiro durante a II Mostra de Cinema ChinaBrasil, que ocorre entre os dias 4 e 7 de dezembro no Estação Net Rio, em Botafogo. Com curadoria do produtor e documentarista Hélio Pitanga, a programação totalmente gratuita vai exibir sete longas-metragens chineses, a maioria inédita nos cinemas brasileiros, e sete filmes nacionais que poderão ser revistos pelo público.
Entre os filmes chineses, destaque para o drama “De Volta ao Sul”, de Xiao Haiping, exibido no 71º Festival Internacional de Cinema de San Sebastian e XV Festival Internacional de Cinema de Macau; a comédia inédita “Como Pai e Filho”, de Bai Zhiqiang, premiada como Melhor Filme Infantil no 36º Prêmio Galo de Ouro, maior festival de cinema da China; o drama familiar “Nuvens Brancas e Cães Azuis (Caminho Para Casa)”, de Zang Lianrong e Xu Ruogu, indicado aos prêmios de Melhor Ator e Melhor Fotografia no Festival de Cinema Internacional de Xangai; além do romance “O Flamingo”, de Yang Tiandong.
Já a programação brasileira conta com produções que participaram de circuitos de arte, integraram festivais e estrearam nos cinemas, e que agora poderão ser novamente apreciadas pelo público de graça. Dentre elas, o biográfico “Heleno – O Príncipe Maldito”, de José Henrique Fonseca, estrelado por Rodrigo Santoro, que conquistou prêmios de Melhor Ator nos festivais de cinema de Lima e Havana pelo papel, e o elogiado drama “Casagrande”, de Fellipe Barbosa, com Marcello Novaes e Suzana Pires, exibido nos festivais de Rotterdam, San Sebastian, e Toulouse. Único documentário, o inédito “Inhotim”, de Tiago Arakilian (“Antes Que Eu Me Esqueça”), traz um olhar que mistura arte contemporânea e paisagismo, a partir das pessoas que trabalham no lugar.
Idealizador da Mostra, Arthur Chen, empresário chinês naturalizado brasileiro ressalta que seu objetivo é promover o intercâmbio cultural entre os dois países, abrindo espaço para que se conheça o que é a produção audiovisual de ambos. Na China, o público prestigia os filmes nacionais e comparece em peso aos cinemas. Segundo a Administração Nacional de Cinema da China, a bilheteria total de ingressos vendidos no país em 2023 até 14 de novembro já ultrapassava os 50 bilhões de yuans (cerca de R$34 bilhões), com um público total de 1,179 bilhão de espectadores. Dos 58 filmes com bilheteria superior a 100 milhões de yuans na China em 2023, 39 são chineses. “Fiquei muito satisfeito com a primeira edição da Mostra. Tivemos a participação de um público bem interessado em conhecer os filmes chineses e rever os brasileiros. Foi muito gratificante poder realizar o evento. China e Brasil têm uma parceria de sucesso na área de comércio exterior de produtos, mas na área cultural e de turismo pode melhorar. Quero ajudar a mudar esse cenário”, comenta Arthur, que nasceu na província Zhejiang, na China, e mora no Brasil há mais de 30 anos.
Como na primeira edição, a II Mostra de Cinema ChinaBrasil também irá homenagear as produções dos dois países e um representante de cada filme receberá o prêmio Arara Azul pela sua relevância. A atriz brasileira Lucélia Santos, amplamente reconhecida na China pelo sucesso da novela “Escrava Isaura” no país, vai presidir o evento.
FILMES PARTICIPANTES
Produções da China:
Na direção da luz
Animação| 2022| 83 min
Dirigido por: Lan Xiya, Li Nianze, Zhao Yi, Yu Kun, Liu Gaoxiang, Liu Maoning e Chen Chen
Sinopse: O filme foca na vida real de pessoas comuns, usando o amor como eixo principal para contar “eu e minha infância” sob diferentes perspectivas.
Nuvens brancas e cães azuis (Caminho para casa)
Drama| 2019| 98 min
Dirigido por: Zang Lianrong e Xu Ruogu
Elenco: Zhang Dengping, Qu Guoqiang, Liao Xueqiu, Wang Caiping
Sinopse: O filme narra a história de um idoso doente que, nos últimos momentos de sua vida, retorna à sua terra natal com a companhia de seu filho para procurar a filha desaparecida há muitos anos. Ao longo desse processo, a relação tumultuada entre pai e filho passa por transformações significativas.
O flamingo
Drama| Romance| 2021| 90 min
Dirigido por: Yang Tiandong
Elenco: Xu Cenzi, Wang Jiajun, Cheng Qi
Sinopse: O enredo do filme gira em torno de um casal que, após um acidente, se vê obrigado a pagar uma indenização. Para solucionar essa questão, eles utilizam o registro familiar da mulher em Pequim para forjar um casamento com um estrangeiro, em troca das qualificações deste para a compra de uma casa. Contudo, essa artimanha acaba resultando no enfraquecimento de seu relacionamento de muitos anos. Simultaneamente, o homem que adquiriu a casa também perde sua namorada de infância.
Como pai e filho
Comédia| 2023| 97 min
Dirigido por: Bai Zhiqiang
Elenco: Hui Wangjun, Bai Zezé
Sinopse: O filme narra a história de Gou Ren, um caminhoneiro em busca de vingança por seu filho. Gou Ren acidentalmente encontra Maodou, uma ‘criança travessa’ em busca de seu pai. Por conta de uma série de coincidências, os dois embarcam em uma jornada para encontrar o pai da criança, repleta de momentos de risos e lágrimas.
De volta ao sul
Drama| 2023| 106 min
Dirigido por: Xiao Haiping
Elenco: Liu Baisha, Cao Cuifen, Shen Shiyu
Sinopse: O filme narra a história de Lin Shanshan, que, após muitos anos vivendo no Norte, retorna à sua cidade natal no sul. Ela restaura a antiga casa onde costumava viver com sua avó e a transforma em uma pousada. No ambiente acolhedor da pousada, quatro grupos de hóspedes de diferentes lugares vivenciam quatro histórias encantadoras e calorosas.
Trinta e poucos anos
Drama| 2023| 97 min
Dirigido por: Liu Fang
Sinopse: O filme conta a história de Zhou Xingguo, um jovem de Hunan que trabalhou arduamente para iniciar um negócio, superou muitas dificuldades e finalmente desenvolveu de forma independente um redutor planetário, embarcando no caminho da verdadeira produção na China.
Doudou e seu pai
Infantil| 2023| 103 min
Dirigido por: Gao Xioungjié
Elenco: Zhu Haobei, Zhu Chenxi
Sinopse: Em abril, a loja de roupas infantis Shen Dou Dou foi forçada a fechar, e A Yu, que originalmente planejava descansar em sua cidade natal, viu sua filha Dou Dou querendo frequentar a escola pré-escolar. No entanto, a escola ainda não havia retomado as aulas. Decidido a seguir o ditado “ler milhares de livros e percorrer milhares de milhas”, ele opta por fazer uma viagem de bicicleta até Lhasa com sua filha de quatro anos. Ao longo da jornada, eles registram paisagens encantadoras e experimentam uma comovente relação pai-filha. Suas ações atraem a atenção pública, gerando debates e questionamentos, mas também ganham cada vez mais apreço e ajuda. Durante essa viagem de bicicleta desafiadora, A Yu enfrenta várias lutas entre fé e realidade. Ele exemplifica princípios importantes para sua filha, enquanto ela, por sua vez, inspira coragem para que ele continue a jornada difícil. Essa viagem difícil e romântica torna-se não apenas a jornada de crescimento da criança, mas também a jornada de redenção pessoal do pai.
Produções do Brasil:
Heleno, o príncipe maldito
Drama| Esporte| 2012| 116 min| 14 anos
Dirigido por: José Henrique Fonseca
Elenco: Rodrigo Santoro, Alinne Moraes, Othon Bastos
Sinopse: Nos anos 40, o jogador de futebol Heleno de Freitas era visto como o príncipe do Rio de Janeiro. Além de galã, era um ótimo atleta. Mas seu comportamento arredio, indisciplina e a doença que adquiriu transformaram sua vida em uma trágica história.
Um dia qualquer
Ação| Drama| 2022| 90 min| 16 anos
Dirigido por: Pedro von Krüger
Elenco: Pablo Barros, Augusto Madeira, Mariana Nunes
Sinopse: Em ‘Um Dia Qualquer’, diferentes moradores do subúrbio carioca lutam para sobreviver a uma rotina de violência e corrupção, marcada pelos desmandos da milícia. Depois da morte de Seu Chapa, o então policial Quirino (Augusto Madeira) passa a controlar o tráfico da região.
Minha fama de mau
Drama| Musical| 2019| 116 min| 12 anos
Dirigido por: Lui Farias
Elenco: Chay Suede, Gabriel Leone, Malu Rodrigues
Sinopse: Na Tijuca da década de 1960, o jovem Erasmo Carlos alimenta uma paixão: o rock and roll. Fã de Elvis Presley, Bill Haley e Chuck Berry, ele aprende a tocar violão enquanto vive de sonhos, bicos e pequenas delinquências. Sua fama de roqueiro atrai Roberto Carlos, e logo se tornam parceiros e amigos.
Vidas partidas
Drama| 2016| 90 min| 16 anos
Dirigido por: Marcos Schechtman
Elenco: Domingos Montagner, Naura Schneider, Georgina Castro
Sinopse: Graça e Raul se apaixonam perdidamente. Eles se casam e têm duas filhas. Tudo vai muito bem até que Graça cresce em sua carreira, mas Raul fica desempregado. Para não desequilibrar o relacionamento, Graça pede um favor a um amigo e ex-marido, que secretamente indica Raul a uma vaga de professor na Universidade, garantindo a ele um emprego.
A cidade onde envelheço
Drama| 2016| 99 min| 12 min| 12 anos
Dirigido por: Marília Rocha
Elenco: Elizabete Francisca Santos, Francisca Manuel, Paulo Nazareth
Sinopse: Uma jovem portuguesa que vive no Brasil recebe em sua casa uma amiga com quem já não tinha contato. Surge uma profunda ligação entre elas: enquanto uma lida com a saudade irremediável de casa, a outra vive uma aventura em um novo país.
Casa grande
Romance| Drama| 2014| 117 min| 14 anos
Dirigido por: Fellipe Barbosa
Elenco: Thales Cavalcanti, Marcello Novaes, Suzana Pires
Sinopse: Sônia e Hugo são da alta burguesia carioca e levam uma vida bastante confortável. Aos poucos vão à falência, mas ninguém sabe de seus problemas financeiros, nem mesmo o filho Jean, que faz de tudo para se desvencilhar dos pais superprotetores. Para se manter, o casal corta despesas e ele, que só se preocupava com garotas e vestibular, enfrenta pela primeira vez a realidade.
Inhotim
Documentário| 2022 – inédito
Dirigido por: Tiago Arakilian
Sinopse: Inhotim, uma combinação utópica de arte contemporânea e paisagismo, transforma radicalmente a pequena cidade de Brumadinho – através das histórias de vida de pessoas que trabalham no complexo, como a chef Dailde, o encarregado de jardinagem Carlos, a analista da escola de música Néia e o gerente Cristiano, que se deparam com a possibilidade de uma visão de mundo diferente.
Programação dia a dia:
Dia 4/12 – segunda-feira
14h30m – Como Pai e Filho
16h30m – Vidas Partidas
Dia 5/12 – terça-feira
15h – Inhotim
16h30m – De Volta ao Sul
18h40m – Um Dia Qualquer
20h30m – Trinta e Poucos Anos
Dia 6/12 – quarta-feira
14h30m – Na Direção da Luz
16h30m – Casa grande
18h40m – Nuvens Brancas e Cães Azuis (Caminho Para Casa)
20h40m – Minha Fama de Mau
Dia 7/12 – quinta-feira
14h30m – Doudou e Seu Pai
16h30m – A Cidade Onde Envelheço
18h30m – O Flamingo
20h30m – Heleno.
Serviço:
II Mostra de Cinema China Brasil
Dias: 4, 5, 6 e 7 de dezembro
Local: Estação Net Rio
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo – Rio de Janeiro, RJ
Horários: a partir de 14h30
Entrada franca.
(Fonte: Agência Febre)
Vasto em terras cultiváveis, o Brasil tem um dos principais mercados agrícolas do mundo, inclusive, de produtos orgânicos. A oferta, no entanto, ainda é inferior à demanda, de acordo com dados analisados por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). A pesquisa, publicada no último dia 24 na revista científica “Desenvolvimento e Meio Ambiente” aponta, ainda, que há falhas no levantamento de dados referente ao cultivo de orgânicos no país.
O trabalho traçou um panorama sobre a produção e a demanda de orgânicos no Brasil a partir de dados do Censo Agropecuário de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e dados de consumo de pesquisas da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
As vendas de produtos orgânicos quadruplicaram entre 2003 e 2017 e tiveram um crescimento de 30% em 2020, movimentando cerca de R$5,8 bilhões, revela a pesquisa. O mercado brasileiro se abastece, também, de importações — o que demonstra que a produção de orgânicos não supre a demanda: há 953 certificações de orgânicos para produtos importados provenientes de 23 países, segundo dados do Mapa. Os alimentos vão desde produtos provenientes de espécies características de outros países, como amaranto, quinua, damasco e azeite de oliva, até alimentos também produzidos em território nacional, como amendoim, arroz, soja, tomate, milho e feijão.
O número de cadastros de produtores de orgânicos realizados via Mapa aumentou 75% entre 2017 e 2022. Estes números, no entanto, não devem ser comparados com os dados do IBGE, já que as metodologias são diferentes. “As informações do Mapa consideram o produtor orgânico, mas não o estabelecimento, enquanto o IBGE trabalha com estabelecimentos”, explica a pesquisadora Andréia Lourenço, da UFRGS, coautora do estudo.
As propriedades com agricultura orgânica correspondem a 1,28% do total no país e cerca de 30% estão concentradas na região Sudeste. Estimativas apontam que esse tipo de cultivo ocupa 0,6% das áreas agrícolas do país, com predomínio da produção vegetal em 36.689 estabelecimentos. Os outros 17.612 estabelecimentos dedicam-se à produção animal, enquanto uma parcela menor, de 10.389 estabelecimentos, tem produção animal e produção vegetal orgânicas. “Existe uma tendência de expansão da oferta, já que as áreas cultivadas podem ser maiores, mas há um descompasso em relação ao consumo”, explica Lourenço. Uma das hipóteses é de que uma parte dos orgânicos produzidos no país seja enviada para Europa e Estados Unidos, enquanto uma boa quantidade é destinada para a agroindústria.
A agrônoma destaca que as bases de dados utilizadas pelo estudo são limitadas. “Precisamos de ferramentas mais aprimoradas para ter um panorama mais preciso da cadeia produtiva de orgânicos do país”, avalia. O avanço na captação de informações pode favorecer a criação e a aplicação de políticas públicas para os produtores, além de mapear melhor onde está a demanda por esse tipo de produto e ampliar a sua oferta para o mercado consumidor interno.
(Fonte: Agência Bori)
Elemento emblemático da cultura japonesa, o chá verde quebra as barreiras do tempo e tem ganhado cada vez mais adeptos ao redor do mundo. A partir do dia 5 de dezembro, a Japan House São Paulo convida o público a mergulhar nesse universo na exposição “NIHONCHA: introdução ao chá japonês”, que tem entrada gratuita. Até 7 de abril de 2024, o segundo andar da instituição, localizada na Avenida Paulista, apresentará um panorama sobre a produção do chá japonês (também conhecido como nihoncha), destacando amostras das variedades do chá, espírito do cha no yu, que reside no chadō, utensílios tradicionais e contemporâneos desenhados por designers nipônicos, além de uma casa de chá projetada por artista contemporâneo. Por meio de uma programação paralela composta por demonstrações de chadô, degustação e seminários, os visitantes terão a oportunidade de compreender um pouco mais sobre o chá japonês e obter diversas ideias de como ele pode ser adotado no dia a dia.
Sob a curadoria da diretora cultural da JHSP, Natasha Barzaghi Geenen e cocuradoria de Gabriela Bacelar, a exposição ainda traz de maneira inédita ao Brasil a primeira construção feita em madeira de impressão 3D do mundo, a casa de chá Tsuginote Teahouse, projetada pelo arquiteto japonês Kei Atsumi e arquiteto francês Nicholas Préaud. Suas mais de 900 peças são feitas a partir de madeira de descarte e se fixam a partir de encaixes inspirados na arquitetura tradicional japonesa, permitindo que a construção se sustente sem uso de cola, pregos ou parafusos.
A mostra destaca também a cerimônia do chá, (chadō ou caminho do chá), uma tradição milenar que une arte, artesanato, arquitetura, paisagismo, filosofia, culinária, caligrafia, poesia, entre outros elementos. Dela, se origina a filosofia do “ichigo ichie” (que significa “cada momento ou encontro é único e valioso”), que representa o espírito do omotenashi – a hospitalidade japonesa – herdada até os dias de hoje no universo da cerimônia. Nessa parte da mostra, será apresentado a estética japonesa e o universo do wabi sabi por meio de utensílios tradicionais que compõem a cerimônia, fornecidos pelo Centro Chado Urasenke do Brasil, que representa oficialmente a sua sede matriz Urasenke Foundation no Brasil, uma das principais escolas de chá do Japão.
“O nihoncha é um elemento que representa a cultura japonesa e faz parte do cotidiano: o ato de preparar e servir o chá representa um cuidado com o visitante que é recebido, uma pausa para que o tempo seja apreciado com calma, um momento de contemplação ou de convivência social. Além da importância desse elemento para a compreensão de tantos aspectos da cultura japonesa tradicional que se mantêm atuais, é usado também na culinária e na indústria de cosméticos, tendo estudos que apontam inclusive diversos benefícios em seu consumo. Nada mais apropriado, portanto, que apresentá-lo como a estrela de uma exposição da Japan House São Paulo”, explica Natasha.
O chá japonês (nihoncha)
Quando foi introduzido no Japão pelos monges budistas há 1.200 anos, a apreciação do chá era uma atividade limitada às classes mais altas da sociedade, mas aos poucos, foi sendo consumido pela população em geral tornando-se parte do cotidiano do país. Prova disso são os inúmeros modelos de chaleiras, xícaras e demais itens criados por designers e disponíveis no mercado, como por exemplo a chaleira elétrica i-PoT da Zojirushi Corporation, presente na mostra. Projetada para se adaptar até ao cotidiano dos mais idosos, ela envia um alerta para o familiar ou contato de emergência ao passar 24 horas sem ser acionada. “Nossa intenção ao trazê-la é justamente evidenciar como o chá está presente nesse dia a dia a ponto das pessoas se preocuparem se alguém passar um dia sem ligar a chaleira”, comenta a curadora.
O chá verde japonês (nihoncha) é servido sem açúcar ou adoçante para acompanhar a culinária nipônica, ajudando a realçar o sabor dos ingredientes ou para proporcionar sensação de frescor ao paladar após a refeição. Sua cor característica é extraída naturalmente da planta Camellia sinensis. A primeira seção da exposição se dedica a explorar como o cultivo das folhas de Camellia Sinensis demanda muito empenho e atenção dos agricultores, uma vez que a produção dos chás com mais umami – palavra que designa o quinto gosto do paladar humano – varia conforme o local de plantio, irrigação, exposição ao sol, poda, a forma de cultivo, época da colheita e o método de processamento. Inclusive, a Camellia Sinensis estará presente em uma instalação botânica dentro da mostra.
O chá japonês é produzido de forma distinta do chá chinês ou do chá inglês: após a colheita, as folhas de chá ainda frescas são submetidas ao vapor para evitar a oxidação. Esse processo único cria aroma, sabor e cor particular do chá japonês. Depois, as folhas são enroladas e secas. Na segunda etapa de finalização, as folhas são peneiradas e cortadas. Depois, cada fabricante usa seu próprio método de secagem para realçar ainda mais o aroma e sabor do chá – esse processo é tão importante que é mantido em segredo pelas empresas.
A exposição traz ainda amostras das nove variedades do chá japonês fornecidas pela empresa Yamamotoyama. Cada variedade, todas originárias da mesma planta, possuem características no seu processamento que confere sabores distintos. Serão apresentados: Gyokuro (considerado o chá verde de qualidade mais alta devido à alta concentração de umami); Kabusecha (variação em que a plantação fica coberta por um período mais curto do que o tipo anterior); Sencha (o mais comum no Japão); Houjicha (obtido pela torra do Sensha em fogo alto); Genmaicha (fruto da mistura de arroz torrado com o Sencha); Mushisei-tamaryokucha (suas folhas vaporizadas não são moldadas de forma retilínea, conferindo um formato mais arredondado); Kamairisei-tamaryokucha (similar ao Mushisei, porém suas folhas são torradas); o Tencha (único chá que não tem a sua folha moldada, utilizado como matéria prima do matcha) e, por fim, o mais conhecido ao redor do mundo, o Matcha (pó feito a partir do Tencha, utilizado também na cerimônia do chá).
Como forma de estender a experiência do público para além da exposição, a JHSP promoverá uma série de atividades paralelas durante todo o período expositivo, como oficinas de preparo de chá japonês, edições de cerimônias do chá e palestras sobre os efeitos do chá. Além disso, será oferecido também workshop em colaboração com a JETRO e abChá (Associação Brasileira do Chá), voltados para empresas. Dentro do programa JHSP Acessível, a exposição “NIHONCHA: introdução ao chá japonês” ainda conta com recursos táteis, audiodescrição e Libras.
Serviço:
Exposição “NIHONCHA: introdução ao chá japonês”
Período: 4 de dezembro de 2023 a 7 de abril de 2024
Local: Japan House São Paulo, 2º andar – Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais): https://agendamento.japanhousesp.com.br/
Cooperação: Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca, Centro de Chado Urasenke do Brasil, Japan Tea Central Public Interest Incorporated Association, NPO Nihoncha Instructor Association e Yamamotoyama Co., Ltd.
Sobre a Japan House São Paulo (JHSP) | A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de trinta exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de dois milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações; e pelo Bureau Veritas com o selo SafeGuard – certificação de excelência nas medidas de segurança sanitária contra a Pandemia de Covid-19.
Confira as mídias sociais da Japan House São Paulo:
Site: https://www.japanhousesp.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/japanhousesp
Twitter: https://www.twitter.com/japanhousesp
YouTube: https://www.youtube.com/japanhousesp
Facebook: https://www.facebook.com/japanhousesp
LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/japanhousesp.
(Fonte: Suporte Comunicação)
O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) conquistou uma verba de R$3,9 milhões a fundo perdido, aprovado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), implementando dois projetos estratégicos para investir no combate as perdas de água tratada na rede de distribuição, por meio da setorização de duas regiões, a Central e o Jardim Morada do Sol.
O Contrato foi assinado com o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro); com isso, a obra chega na 5ª Fase, implantada na região Central de Indaiatuba e engloba a setorização do Jardim Morada do Sol. Vale ressaltar que as obras são realizadas com verba a fundo perdido, ou seja, sem a necessidade de reembolso ao órgão estadual.
Dos R$3,9 milhões, a setorização do Centro equivale a R$1.998.458,51 via Fehidro e de R$1.757.575,83 de contrapartida do SAAE. Para setorização no Jardim Morada do Sol, o valor repassado pelo Fehidro é de R$1.922.449,52 e a contrapartida do SAAE o valor é de R$627.386,20. Após o processo licitatório esses valores devem ficar menores.
Setorização
A setorização é uma ferramenta importante no combate às perdas que consiste na instalação de macromedidores, registros, válvulas redutoras de pressão (VRP) e outras ações e possibilita o controle de pressão e o monitoramento das vazões na rede de distribuição por meio da limitação das zonas de influência da cidade, permitindo a localização com maior facilidade dos vazamentos e possibilitando a melhor análise para tomada de decisões, reduzindo custos e minimizando os transtornos à população. A cidade é dividida em 23 setores e os programas em andamento irão fechar cinco setores (4, 10, 11, 18 e 19).
As ações são realizadas com intuito de reduzir os índices de perdas de água do município para garantir a regularidade e qualidade na distribuição de água potável, obter um sistema de abastecimento eficiente e identificar os volumes anuais de vazamentos nos sistemas. Isso coloca em prática as soluções e ações constantes do Plano Diretor de Combate às Perdas de Água em Indaiatuba, que, executadas reduzem as perdas de água na cidade.
Região Central
O primeiro projeto, de número de contrato Fehidro 213.2023.PCJ, orçado em R$3.756.032,34, visa a execução da quinta e última fase da setorização na área central de Indaiatuba. A licitação, já aberta sob a modalidade Concorrência, envolve intervenções em três setores estratégicos para aumentar a eficiência operacional das redes de água.
O Saae, comprometido com a redução de perdas no sistema de abastecimento, destaca que desde a implantação do Plano Diretor de Controle de Perdas de Água, o município está em processo de setorização. Uma análise ampla da situação atual da setorização é importante para validar os setores propostos e verificar a estanqueidade, movimentos um controle mais eficiente das perdas de água.
Morada do Sol
O segundo projeto, que será implantado no Jardim Morada do Sol, apresenta um orçamento de R$2.549.835,72, com previsão de abertura de licitação para o final de janeiro ou início de fevereiro de 2024. A proposta inclui intervenções em dois setores estratégicos para aumentar a eficiência operacional das redes de água.
O superintendente do SAAE, engenheiro Pedro Claudio Salla, destaca os avanços na modernização do sistema de abastecimento como resultado da gestão eficaz e da obtenção de recursos por meio de projetos bem elaborados pela equipe técnica. Essas iniciativas não apenas fortalecem a eficiência operacional do SAAE, mas também possibilitam uma abordagem mais proativa na identificação e reparo de vazamentos, contribuindo assim para a redução das perdas no sistema de abastecimento de água.
(Fonte: SAAE Indaiatuba)
A Fundação Getulio Vargas lança o Prêmio FGV de Responsabilidade Social com o objetivo de selecionar boas práticas voltadas para a melhoria da qualidade de vida das populações urbanas, em especial aquelas vulneráveis. Serão contempladas ações em quatro eixos temáticos: projetos voltados para educação e cultura, saúde e saneamento; sustentabilidade e pesquisas acadêmicas aplicadas ligadas à segurança pública. As propostas selecionadas serão avaliadas quanto a aspectos referentes a impacto e geração de emprego e renda, replicabilidade, inovação e equidade. A ordem de colocação dos vencedores será decidida de acordo com esses critérios.
O prêmio é uma iniciativa do Fórum Permanente de Responsabilidade Social da Fundação Getulio Vargas. Buscando contribuir para a superação de vulnerabilidades sociais e ambientais, o prêmio é uma oportunidade para jogar luz sobre experiências bem sucedidas em prol do desenvolvimento sustentável e social. Visa ainda multiplicar essas ações exemplares para outras entidades públicas, privadas e, em especial, do Terceiro Setor, em seu sentido o mais amplo possível.
O público-alvo da iniciativa são instituições e organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, gestores sociais e pesquisadores poderão apresentar ações realizadas no âmbito das quatro categorias que são alvos da iniciativa. Serão selecionados três projetos ganhadores, classificados em primeiro, segundo e terceiro colocados. A premiação obedecerá aos seguintes valores: R$50 mil para o 1º colocado; R$30 mil para o 2º colocado e R$20 mil para o 3º colocado. Para a categoria pesquisa aplicada, o prêmio é de R$15 mil.
A inscrição pode ser por meio do preenchimento do respectivo formulário online do tipo de inscrição que se pretende concorrer (Projeto ou Pesquisa Aplicada), disponível no site da premiação. Após realizada a inscrição, os proponentes receberão um e-mail de confirmação da inscrição. Cada proponente poderá inscrever quantos trabalhos quiser, mas será selecionado e premiado apenas um trabalho de cada candidato.
O Prêmio FGV de Responsabilidade Social tem o apoio da Aegea e da Globo.
Prêmio FGV de Responsabilidade Social
Inscrições: até 1º de março de 2024
Site para inscrições.
(Fonte: Insight Comunicação)