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Brasil
Mais uma atração lúdica e cultural ganha espaço em novembro no Instituto Ingo Hoffmann. As crianças do projeto Famílias em Ação Cultura receberão o espetáculo “Cadê, Cadê? Achou!”, produzido pelo grupo Mágicos Pirilampos. O evento ocorrerá nesta quinta-feira (30/11), às 17h, com o objetivo principal de levar entretenimento e para acolher todas as famílias que estão instaladas para acompanhar os tratamentos realizados no Centro Infantil Boldrini, hospital que cuida de crianças e jovens no combate ao câncer infantil e que é referência nos tratamentos, que está localizado em Campinas (SP).
O enredo da história tem início com as personagens Nana Buh e Beli Luh, que são incumbidas de buscar as crianças onde elas estiverem, ainda fora da sala reservada para a apresentação. Para uma maior ambientação, este primeiro contato é necessário, já que se cria confiança no momento em que as crianças se acomodam nos lugares da sala. A partir daí, as personagens passam a orientar as crianças à brincadeira de cobrir o rosto com as mãos ou com um lenço grande, no momento em que a boneca Beli Luh é escondida. Na sequência, Nana Buh e outras personagens passam a aparecer para auxiliar nas buscas. O espetáculo, além de divertir, cria uma atmosfera especial, pois com ternura e delicadeza, a história se constrói e termina com um momento de abraços entre personagens e o público presente.
O Instituto
O Instituto Ingo Hoffmann é uma entidade beneficente e sem fins lucrativos fundada em 2005 que tem como missão inicial proporcionar maior oportunidade de cura para crianças em tratamento de câncer por meio de uma parceria com o Centro Infantil Boldrini no projeto de moradia temporária denominado Casa de Apoio à Criança e à Família.
No total, são 30 chalés, divididos em 10 vilas, construídos em um terreno com mais de 6.000 metros quadrados localizado ao lado do edifício da Radioterapia do hospital. Além das acomodações, o local possui brinquedoteca, biblioteca, academia interna e externa, refeitório e lavanderia.
O objetivo da Casa da Criança e da Família é abrigar crianças em tratamento intensivo de câncer e seus acompanhantes, vindos de diversas regiões do Brasil e da América Latina para fazer tratamento no Centro Infantil Boldrini e que não têm condições de serem mantidas por suas famílias fora de suas casas.
Famílias do Instituto em Ação Cultura
Como forma de amenizar a complexidade da situação vivida durante o tratamento da doença, as famílias assistidas pelo Instituto contam com oficinas diárias envolvendo artes, literatura, contação de histórias, música e cinema, entre outras manifestações culturais.
A viabilidade do projeto, denominado Calendário de Atividades Socioculturais – Plano Bianual, se dá através da Lei de Incentivo à Cultura, programa do Ministério da Cultura, e tem como patrocinadores CI&T, DHL, ABL Antibióticos do Brasil, Usina São Domingos, Alibra, Matera e 2º Tabelião de Protesto de Campinas. Saiba mais sobre como doar pelo site.
Serviço:
“Cadê, Cadê? Achou!”, por Mágicos Pirilampos
Data: 30/11/2023, às 17h (horário de Brasília)
Local: Rua Márcia Mendes, 697, Barão Geraldo – Bosque das Palmeiras, Campinas-SP
Classificação Etária: Livre
Entrada Franca.
(Fonte: Gabriel Max Assessoria de Comunicação)
A Secretaria de Segurança Pública de Indaiatuba, município da Região Metropolitana de Campinas (SP), promove desde 2018 o projeto social Muay Thai Longe das Drogas. A prática da luta marcial ajuda no desenvolvimento do instinto da coletividade, disciplina, saúde, raciocínio e defesa pessoal. O objetivo é ofertar a atividade para crianças e jovens no horário noturno para, assim, protege-las das vulnerabilidades das ruas, como drogas e marginalidade.
O projeto é coordenado pelo guarda civil de Classe Distinta Sandro Monteiro e pelos guardas civis de Primeira Classe Edneide e Henrique Junior. Os professores são funcionários públicos na área de segurança capacitados para ministrar aulas de lutas marciais e educação física.
Para participar, o responsável deve comparecer ao núcleo esportivo mais próximo da residência com a criança ou adolescente para realizar uma aula. Caso haja interesse em continuar, as orientações serão passadas pelo instrutor. É necessário estar matriculado em instituição de ensino, ter bom aproveitamento escolar, disciplina familiar e escolar e manter ficha cadastral de avaliação de desempenho atualizada.
Atualmente, o Muay Thai Longe das Drogas atende 65 crianças e adolescentes na faixa etária dos 5 aos 17 anos. As aulas acontecem nos espaços cedidos pela Secretaria de Esportes, com toda infraestrutura – no Complexo Esportivo do Campo Bonito, às segundas, quartas e sextas, das 19h às 21h e, no Complexo Esportivo Cecap, às terças e quintas, das 19h às 21h.
Polos Muay Thai Longe das Drogas:
Complexo Esportivo Cecap – R. Sd. João Carlos de Oliveira Júnior, 1587 – Jardim Nely
Complexo Esportivo do Pq. Campo Bonito – Av. Ottilia Ferraz de Camargo, 733 – Campo Bonito.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
A exposição “Tornar-se ORLAN”, que está em cartaz no Sesc Avenida Paulista, é a primeira mostra individual da artista francesa ORLAN em toda América do Sul e percorre as seis décadas de carreira da artista francesa, privilegiando mais de 60 trabalhos de uma produção atenta às questões latentes e tecnologias disponíveis de cada época. Nesta primeira mostra no Brasil, ela traz a ORLANoide (2018/2023), robô criada por meio da biohacking (técnica que usa tanto a tecnologia quanto a biologia para formar humanos capazes de elevar seu desempenho corporal ao nível máximo), que convida o espectador a seguir as etapas de elaboração desta humanoide – autorretrato em escultura animada de ORLAN –, para entrar nos bastidores de sua fabricação: da modelagem à inteligência artificial. Veja o vídeo da ORLANoide: https://www.youtube.com/watch?v=ctvisjNMhYU.
A robô fala, canta, criando um espetáculo visual real e um deep learning theater (deep learning – ou aprendizagem profunda – baseia-se em um conjunto de algoritmos relacionados ao machine learning e suas aplicações no mundo real são cada vez mais tangíveis). Adaptada para a exposição no Sesc São Paulo, a ORLANoide utiliza tecnologias ainda mais atuais que vão possibilitar ao público interagir com a artista em português, além do inglês e francês. O público pode interromper esse processo aproximando-se do microfone, pressionando o botão e mantendo-o pressionado pelo tempo necessário para fazer sua pergunta. Ao soltar o botão, a ORLANoide registrará a pergunta e responderá.
Com radical poética voltada ao feminino, a partir de uma perspectiva feminista, um dos nomes pioneiros da performance traz ao Sesc Avenida Paulista uma exposição, com curadoria de Alain Quemin e Ana Paula Simioni, que inclui fotografias, vídeos e esculturas, desde performances seminais, como “Corpos-esculturas”, da década de1960, até ORLANoide, uma robô da artista constituída por Inteligência Artificial que poderá interagir com o público em português, inglês e francês.
“Estimular a consciência crítica por meio da fruição artística representa, para o Sesc, instância fundamental de sua atuação educativa. Parte integrante dessa proposta, a investigação acerca da dimensão simbólica da corporeidade é tarefa fundamental para a viabilização de corpos, tanto individuais quanto sociais, efetivamente diversos”, destaca Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. A exposição é realizada com o apoio da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français.
Exposição Ana Mendieta: “Silhueta em Fogo” e “terra abrecaminhos” – Ana Mendieta, Creek, 1974, Super-8mm film
O projeto, com curadoria geral de Daniela Labra, curadoria adjunta de Hilda de Paulo e assistência de Maíra de Freitas, resulta na primeira exposição abrangente de filmes, escultura e fotografias realizada na América Latina de Ana Mendieta (Havana, 1948–Nova York, 1985) “Silhueta em Fogo” e na coletiva “terra abrecaminhos”, com 30 artistas contemporâneas de gerações diferentes em diálogo com a obra da artista.
Mendieta foi para aos Estados Unidos em 1961 e em 1980 visitou Cuba pela primeira vez, indo sete vezes à terra natal de sua família até 1983, como única artista autorizada a fazer exposições na ilha, apesar do passaporte e nacionalidade estadunidenses. “Ana é considerada um nome fundamental na arte contemporânea do final do século XX por seu trabalho vital, transcultural, visceral, performático, atemporal, intrinsicamente político”, destaca Labra.
“Ana Mendieta: Silhueta em Fogo” traz um recorte da produção multimídia da artista com obras concebidas entre 1972 e 1983. A exposição histórica, conforme a curadora, evidencia o pioneirismo de Mendieta em investigar a arte relacionando corpo, feminilidade arquetípica, ancestralidade, cura, ecologia e performatividade. Segundo Labra ainda, a sua poética visual se materializa em diferentes suportes estéticos sendo original e contundente; a artista experimentou diferentes temas em linguagens como Super-8, fotografia, esculturas em areia, madeira e pedras, desenhos, intervenções na natureza e ações em espaços quase domésticos. “Obras como a série ‘Untitled (Facial hair transplant)’, de 1972/1997, mostram Ana Mendieta em situações que brincam com questões de gênero e documentação, enquanto outras registram suas intervenções corporais na terra, também filmadas”, conclui a curadora.
A mostra reúne obras icônicas, especialmente filmes realizados entre 1973 e 1981 e fotografias de caráter performativo, além de uma proposição escultórica. São apresentados 21 filmes em Super 8, 16 mm e Betacam restaurados e digitalizados, incluindo uma cópia inédita de “Black Angel”, com lançamento mundial na exposição. Também se apresentam 13 conjuntos de fotografias que mostram a evolução de suas pesquisas desde a fase inicial na Universidade de Iowa às imagens em preto e branco de grandes formatos e a silhueta de velas incandescentes “Ñañigo Burial”.
Sobre Ana Mendieta
Ana faleceu em setembro de 1985. Por um tempo, antes e após seu falecimento, ela foi identificada principalmente como um nome de destaque no contexto de artistas latinas em Nova York. Recebeu a primeira retrospectiva póstuma em 1987 no New Museum, também em Nova York, mas será nos anos 1990 que receberá mais retrospectivas institucionais, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, além do México. Nos anos 2000, Mendieta terá sua obra catalogada, estudada minuciosamente por curadores e historiadores, os quais lhe dedicaram extensos livros. Hoje, sua produção estética é amplamente estudada em muitos campos da arte e da cultura, embora no Brasil ela ainda seja pouco exibida e lida.
Daniela Labra aponta que ainda assim, Ana Mendieta é uma influência artística contundente e reconhecida para muitas pessoas de diferentes gerações que já acessaram sua obra. Esta retrospectiva apresenta um recorte da linguagem visual e de fronteira da artista, exploradora singular de diversas mídias e cosmogonias, conectada tanto a temáticas contemporâneas e políticas de seu tempo quanto com culturas de eras ancestrais. “Compartilhamos, neste evento, uma parte de seu gesto enérgico para quem sua arte foi existência, o meio com o qual ela reestabeleceu os laços que a uniam com o Universo”.
terra abrecaminhos
Simultaneamente, a mostra histórica de Ana Mendieta se desdobra na coletiva “terra abrecaminhos”. A exposição parte de uma abordagem ancorada no feminismo decolonial que aproxima a obra de 30 artistas que se auto identificam enquanto mulheres cisgêneras, mulheres trans, travestis e pessoas não-binárias com aspectos arquetípicos, culturais, políticos e espirituais da obra de Ana Mendieta em suas implicações feministas. A curadoria convidou artistas de diferentes gerações, filhas da diáspora mestiza e de fronteira, alinhadas ao pensamento da filósofa chicana Gloria Anzaldúa. Os trabalhos apresentam-se em diferentes suportes, incluindo performances ao vivo, cujas proposições estéticas e políticas encontram muitos pontos de contato com os gestos performativos de Ana Mendieta. Diversas autoras embasam o discurso conceitual de terra abrecaminhos, entre as quais, Gloria Anzaldúa, Cherríe Moraga, Audre Lorde e bell hooks.
“No desenho arquitetônico para o Sesc Pompeia, a exposição ‘Ana Mendieta: Silhueta em Fogo” se encerra com as águas do Atlântico negro do filme ‘Ochún’ (1981), em conversa com as águas doces que irrigam ‘terra abrecaminhos’, que enraíza saberes feministas localizados pela régua da experiência de cada pessoa propositora de imagens, formando encruzilhadas, traços que recortam territórios sem comprimi-los e abrindo passagens para que a vida transborde sobre a pele do mundo. A imagem dos transbordamentos se volta também para a própria”, destacam as curadoras Hilda de Paulo e Maíra Freitas.
Segundo as curadoras, a coletiva foi pensada a partir das “inflexões críticas decoloniais dentro das teorias feministas, colocando em relevo a circularidade das contra narrativas que retornam às ancestralidades para recompor a imagem do presente, abrindo respiros na terra com as intrincadas movimentações de artistas dentro dos feminismos e suas pontes por solidariedades amorosas entre pessoas. ‘terra abrecaminhos’ reverencia o corpo, este que se produz enquanto se preenche de significação, este que é, nos termos de Gloria Anzaldúa e Cherríe Moraga, teoria na carne em gesto de fazer artístico”, afirmam.
Serviço:
Exposição “Tornar-se ORLAN”
Sesc Paulista: Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo (SP)
Horários de visitação: até o dia 28 de janeiro de 2024 – terça a sexta, das 10h às 21h30.; sábados, das 10h às 19h30 e, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Classificação etária: 14 anos
Onde: Arte I – 5º andar
Recursos de acessibilidade: Mapa e objetos táteis, piso tátil, libras e audiodescrição
Gratuito – Aberto ao público
Visita Educativo: “Tornar-se ORLAN”
Horários de visitação: até 28 de janeiro de 2024 – terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, das 10h às 19h30, e, domingos e feriados, das 10h às 18h30
Classificação etária: 14 anos
Onde: Galeria Arte I – 6º andar
Gratuito – Agendamento de visitas educativas para grupos: expo.avenidapaulista@sescsp.org.br.
Exposições “Ana Mendieta: Silhueta em Fogo” e “terra abrecaminhos”
Visitação até 21 de janeiro de 2024.
Terça a sábado, das 10h às 21h
Domingo e feriados, das 10h às 18h
Grátis. Livre
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP
Sem estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia.
(Fonte: Pool de Comunicação)
O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand anuncia uma nova etapa da itinerância da exposição “Histórias afro-atlânticas”. Dedicada às histórias e narrativas afro-atlânticas desde o século 17, a mostra, originalmente idealizada e apresentada pelo MASP em 2018, está em cartaz no Dallas Museum of Art – DMA, em Dallas, até 11 de fevereiro de 2024. A exposição foi considerada a melhor de 2018 pelo The New York Times e já passou pelo MFAH – Museum of Fine Arts, em Houston, de outubro de 2021 a janeiro de 2022, pela National Gallery of Art, em Washington, de abril a julho de 2022, e pelo LACMA – Los Angeles County Museum of Art, em Los Angeles, de dezembro de 2022 a setembro de 2023.
A versão apresentada em Dallas reúne cerca de 100 obras de arte e documentos desenvolvidos na África, nas Américas, no Caribe e na Europa. A mostra traz uma série de diálogos que reexaminam as histórias de escravidão, resiliência e lutas pela libertação. A curadoria do conjunto apresentado no DMA é coordenada por Katherine Brodbeck, curadora sênior de arte contemporânea – Hoffman Family, e Ade Omotosho, curador assistente de arte contemporânea – Nancy and Tim Hanley.
“Histórias afro-atlânticas” no MASP teve curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, Lilia Schwarcz, curadora adjunta para histórias, Ayrson Heráclito e Hélio Menezes, curadores convidados, e Tomás Toledo, curador-chefe do MASP durante o período. Naquele ano a coletiva reuniu, em iniciativa inédita, duas das principais instituições culturais de São Paulo — o MASP e o Instituto Tomie Ohtake — para apresentar cerca de 400 obras de 210 artistas provenientes do acervo do MASP e de instituições e coleções nacionais e internacionais. A mostra se organizou em torno de núcleos temáticos; sendo eles “Mapas e margens”, “Cotidianos”, “Ritos e ritmos”, “Retratos”, “Modernismos afro-atlânticos” e “Rotas e transes: Áfricas, Jamaica e Bahia”. Em cada núcleo, foram friccionados diferentes movimentos artísticos, geografias, temporalidades e materialidades. Ao término da exposição, foram contabilizados 180 mil visitantes no MASP.
Serviço:
Afro-Atlantic Histories
Concebida originalmente pelo MASP, a exposição é coorganizada pelo MASP e pelo Museum of Fine Arts, Houston, em colaboração com a National Gallery of Art, Washington, D.C.
No MASP e no Instituto Tomie Ohtake, a exposição teve curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, Lilia Schwarcz, curadora adjunta para histórias, Ayrson Heráclito e Hélio Menezes, curadores convidados, e Tomás Toledo, curador-chefe, MASP durante o período.
A itinerância no Museum of Fine Arts, Houston e na National Gallery of Art, Washington, D.C, teve curadoria de Kanitra Fletcher, curadora associada de Arte Afro-Americana e Afro-Diaspórica da National Gallery of Art, Washington, D.C.
A mostra no Dallas Museum of Art tem coordenação curatorial de Katherine Brodbeck, curadora sênior de arte contemporânea – Hoffman Family, e Ade Omotosho, curador assistente de arte contemporânea – Nancy e Tim Hanley.
Data: até 11/2/2024
Local: DMA – Dallas Museum of Art, em Dallas
Endereço: 1717 North Harwood, Dallas, Texas 75201
Horário: terça, quarta, quinta, sábado e domingo, das 11 às 17h, sexta, das 11 às 21h; segunda fechado.
Ingressos aqui.
(Fonte: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand)
“Afeto – Uma história de amor (violenta e difusa) entre mulheres quebradas”, novo trabalho da DeSúbito Cia, traz dramaturgia de Carla Zanini, vencedora do edital da 9ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo. A trama é marcada pelo encontro inusitado de três mulheres desconhecidas, unidas pela raiva, pela solidão e pelo desamparo. A peça segue em cartaz até dia 10 de dezembro no Centro Cultural São Paulo. Confira a programação completa abaixo.
A peça é parte de uma trilogia escrita por Carla, cujos textos, em comum, trazem como protagonistas mulheres de alguma forma marcadas pela violência: seja institucional, política ou de gênero. “Afeto”, o primeiro texto a ser montado – os outros dois têm previsão de chegarem aos palcos no próximo ano – conta a história de Úrsula, uma viúva excêntrica, que confunde Aisha com sua enteada desaparecida. As duas assumem esses papéis fingindo ser quem não são: madrasta e enteada. Quando a gata de Úrsula some, elas acabam entrando no apartamento de Bete, uma senhora que parece esconder algum segredo.
“A gente vai compreendendo as complexidades das mulheres ao longo da peça, a dramaturgia vai se revelando aos poucos”, diz Carla Zanini, que também assina a codireção do trabalho, ao lado de Angélica Di Paula.
A partir desses encontros inusitados, a história se desdobra também por caminhos inesperados, unindo suspense e humor. “Quando li pela primeira vez o texto, eu ri muito, mas também fiquei angustiada”, revela Angélica.
Na trama, as três mulheres sofreram algum tipo de violência: Úrsula perdeu a mulher em um assassinato homofóbico; Aisha foi dopada e abusada em um bar; Bete sofreu nas mãos do marido. Essas informações vão sendo construídas ao longo do texto e mostram a união das três em torno de sentimentos comuns. “Esse texto fala sobre as diferentes formas de lidar com o trauma e a constante busca de como existir depois que o ódio toma conta. Acompanhamos como a fúria nas mulheres pode se esconder de diferentes formas através de lugares não óbvios. Esses sentimentos movimentam as ações polêmicas e libertárias dessas mulheres”, apontam as diretoras.
Dramaturgia – trilogia | “Raiva, Afeto e Coragem” é a trilogia escrita por Carla Zanini para a DeSubito Cia, da qual a dramaturga é cofundadora. Algumas reflexões fundamentais têm permeado suas escolhas e também estão presentes nesses trabalhos: a escolha de temas como tentativas de lidar com as violências que nos cercam, seja por questões políticas, familiares, de gênero, de saúde mental, entre tantas outras; a partir de situações privadas falar sobre uma experiência pública e coletiva, do jogo intenso e constante de contradições sociais, políticas e afetivas; personagens mulheres cujas histórias procuram enfrentar as regras com as ferramentas que possuem, mesmo que estejam “aprisionadas” dentro de um espaço ou colapsadas em seus gestos, desejos e atitudes extremadas.
DeSúbito Cia | O grupo nasceu em 2015 na cidade de São Paulo com atores egressos da Escola de Arte Dramática ECA-USP para a criação de um espaço de parcerias, intercâmbios e produções artísticas, realização de peças com dramaturgia própria, de autores contemporâneos e uma pesquisa voltada sobretudo para novas formas de escritas e criações cênicas. Entre os espetáculos realizados, estão “Casa e Nuvem Branca”, de Rafael Augusto, direção de Ricardo Henrique (2015); “Você Só Precisa Saber da Piscina”, de Carla Zanini, direção de Tel Lenna (2017); “Coisas que você pode dizer em voz alta”, de Ricardo Inhan, direção de Ricardo Henrique (2019), e “Selvagem”, de Mike Bartlett, direção de Susana Ribeiro (2023). E os próximos são parte da trilogia escrita por Carla Zanini: Afeto, Raiva e Coragem.
Sinopse | A peça conta a história de três mulheres desconhecidas que acabam se unindo pela falta, pela raiva e pela solidão. Úrsula, uma viúva excêntrica, confunde Aisha, uma mulher que acabou de ser abusada em um bar, com sua enteada desaparecida e as duas constroem uma relação fingindo ser quem elas não são. Quando a gata de Úrsula some, elas iniciam uma busca que termina no apartamento de Bete, uma senhora que parece esconder algum segredo.
Ficha técnica
Dramaturgia: Carla Zanini
Direção: Angélica Di Paula e Carla Zanini
Elenco: Agnes Zuliani (Úrsula), Maria Fanchin (Aisha), e Teka Romualdo (Bete)
Participação: Ricardo Henrique
Figurino: Muca Rangel
Sonoplastia: Mini Lamers
Iluminação e operação: Maíra do Nascimento
Design Gráfico: Angela Ribeiro
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques
Assistência de produção: Julia Calegari – Ventania Cultural
Produção: Mariana Novais – Ventania Cultural
Idealização: DeSúbito Cia
Esta obra foi premiada pelo edital da 9a Mostra de dramaturgia em pequenos formatos cênicos do Centro Cultural São Paulo.
Serviço:
Afeto – Uma história de amor (violenta e difusa) entre mulheres quebradas
Temporada: até 10 de dezembro de 2023
Dias e horários: quinta, sexta e sábado, às 20h e, domingo, às 19h
Local: Centro Cultural São Paulo – CCSP – Sala Jardel Filho
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo – SP
Valores: Grátis – retirada de ingressos a partir de 1h antes da apresentação
Classificação indicativa: 14 anos | Duração: 90 min.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)