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Brasil
Romance arrebatador de Víktor Waewell, “Guerra dos Mil Povos: um épico durante a nossa maior revolta indígena” retrata de maneira fidedigna um momento crucial para a história brasileira, embora pouco conhecido pelo público. O épico é ambientado na chamada Confederação dos Tamoios, quando indígenas e portugueses se confrontaram por décadas em batalhas em plena Baía de Guanabara, no Estuário de Santos e nas matas ao redor da então Vila de São Paulo. O livro faz uma reconstituição dos acontecimentos a partir de profunda pesquisa documental e da avaliação de historiadores, assim como o título anterior do autor, “Novo Mundo em Chamas”, que alcançou o topo dos mais vendidos na Amazon e foi semifinalista do Oceanos 2021, um dos maiores prêmios de literatura em língua portuguesa.
O lançamento narra a história de Afonso, um guerreiro português que vendeu a armadura e vem ao Brasil em busca de paz. No entanto, logo após ouvir a tão esperada frase “Terra à vista!”, próximo à entrada da Baía de Guanabara, escuta estouros de canhão. Estava em curso uma batalha naval entre naus portuguesas e centenas de canoas indígenas, numa época anterior à fundação da cidade do Rio de Janeiro. Ali, acontecia a chamada Confederação dos Tamoios, uma guerra de grandes proporções entre os povos indígenas e os fidalgos escravistas.
No Brasil do século XVI, o protagonista viverá uma história de amor, lutas e tragédias ao lado de Aiyra, uma nativa que busca vingança contra os portugueses. Em paralelo, tramas de outros personagens se entrelaçam, como a de Sebastião, um templário que tenta enriquecer com o comércio escravista, e a de Heloísa, uma prostituta que decidiu nunca mais se deitar por dinheiro.
As histórias costumam ser sobre feitos grandiosos dos que procuram ser dignos de lembrança. Mas a motivação quase sempre é o temor do esquecimento ou da morte – que são a mesma coisa. Assim, na verdade, a maioria trilha o caminho do medo. Já os mais corajosos fazem o que precisa ser feito sem procurar crédito, por isso as suas histórias raramente são lembradas. Sem alarde, determinam o rumo dos acontecimentos. Esta é a ‘arte das mulheres’. Afonso foi pego de surpresa, pois não percebera ser Aiyra tão sábia. (“Guerra dos Mil Povos: um épico durante a nossa maior revolta indígena”, pág. 178)
O estilo único da narrativa traz uma experiência vívida como se o leitor estivesse nas cenas. Com características de escrita consolidadas desde “Novo Mundo em Chamas”, o escritor apresenta em “Guerra dos Mil Povos” um enredo recheado de amor e ódio, amizades e traições, além de pitadas de humor.
Ao final, o livro apresenta uma nota histórica sobre o processo de pesquisa do autor que atesta o rigor acadêmico dos fatos. Nas palavras da historiadora Náuplia Lopes, “Sem dúvida, um dos melhores romances históricos que já li. Muito bem pesquisado e fundamentado em vasta fundamentação histórica”. Também historiador, Gláucio Cerqueira endossa: “Tudo que um romance precisa ter, laureado por um fenomenal e incansável trabalho de pesquisa histórica”.
Ficha técnica
Título: Guerra dos Mil Povos
Autor: Víktor Waewell
ISBN: 978-65-00-83554-0
Páginas: 512
Preço: R$54,00 (físico) | R$24,90 (e-book)
Onde encontrar: Amazon.
Sobre o autor | Víktor Waewell é uma das novas vozes da literatura brasileira e tem foco em ficção histórica. Emprega rigor acadêmico no trabalho literário a partir de vasta pesquisa e revisão por historiadores. “Novo Mundo em Chamas”, romance de estreia do autor, tornou-se um best-seller e foi semifinalista do Oceanos 2021, um dos maiores prêmios literários de língua portuguesa. Guerra dos Mil Povos é o segundo lançamento do escritor e também tem como base um período importante da história brasileira.
Redes Sociais: Instagram | Facebook | Youtube | Site.
(Fonte: LC Agência de Comunicação)
No âmbito do projeto de galerias em rede, o Alê Espaço de Arte e a Galeria de Arte Imaginario, de Buenos Aires, realizam a exposição individual “Fragmentos Ressignificados”, do artista argentino Silvio Fischbein.
“Considero minha prática artística nômade pois transita por diferentes linguagens visuais: têxtil, cerâmica, audiovisual, instalação, videoarte, objeto, gráfica, entre outras. No entanto, os conceitos que permeiam o meu trabalho permanecem estáveis ao longo dos anos: a procura da justiça por igualdade nas diferenças. Uma igualdade que permita a coexistência pacífica e não hegemônica entre culturas e religiões. Para isso utilizo diversos suportes e materiais não convencionais, como lembrancinhas de festas, mapas e jornais publicados em diferentes alfabetos e idiomas. No meu atelier (e também fora dele), brinco, exploro e faço perguntas a mim mesmo. Por isso, considero os meus trabalhos lúdicos, sociais e críticos que se concluem apenas no encontro com o outro” – Silvio Fischbein
Silvio FISCHBEIN (Buenos Aires, 1949). Artista visual e diretor de cinema. Na década de 60, treinou com os professores Juan Battle Planas e Noé Nojechowicz. Recebeu os títulos de arquiteto, ano 1974 e urbanista, ano 1980, pela UBA. É professor e consultor da Universidade de Buenos Aires. Trabalhou como roteirista e diretor audiovisual e em 1984 ganhou o Prêmio George Meliès. Em 1965, realizou sua primeira exposição individual na Galeria Lirolay e, desde então, realizou 41 exposições individuais na Argentina e no exterior, participando de salões e exposições coletivas. Recebeu bolsas de estudo em diversas ocasiões dos governos do Canadá e da França. Foi agraciado com a bolsa da Fundação Pollock-Krasner (2015 e 2018). Em 2021 ganhou o Primeiro Prêmio na 26ª Bienal de Arte Têxtil. Publicou também dois livros: “Silvio Fischbein – Artista visual” (2015) e” Silvio Fischbein – Artista Visual II” (2019).
Serviço:
Exposição “Fragmentos Ressignificados” de Silvio Fischbein
Período expositivo: até 9/12/2023
Rua Califórnia, 706 – Brooklin – São Paulo (SP)
Entrada gratuita.
(Fonte: Marmiroli Comunicação)
O ano de 2022 marcou o encontro através das redes sociais do português João Morais mais conhecido como “O Gajo” e Ricardo Vignini, uma sintonia musical que cruzou continentes e rapidamente se transformou numa regular troca de ideias e na vontade de cruzar os dois mundos artísticos e culturais que caracterizam estes músicos. Somada à experiencia de mais de duas décadas dos dois músicos, as trocas de ideias via mundo digital começam a dar origem a um trabalho consistente, que decidem transformar num disco colaborativo intitulado “Terra Livre”.
“Terra Livre” é o território exploratório de Ricardo e João onde expandem os seus horizontes criativos sem fórmulas ou regras pré-definidas. Uma fusão de dois diferentes países e, ao mesmo tempo, com povos tão parecidos. Uma união singular faz de “Terra Livre” um grito pela Liberdade num mundo cheio de intolerâncias.
O resultado é um disco com nove faixas inéditas, abrindo com “Terra Livre”, seguida por “Corrosão”, uma alusão à banda Corrosion of Conformity, que marcou bastante a adolescência de Vignini, que ao ver um post do O Gajo contando que ele tinha ido a uma apresentação deles, fez alguns riff’s. Intitulando-os de “Corrosão”, mandou para ele e, para sua surpresa, o nome da primeira banda do Gajo era Corrosão Caótica.
O disco segue com “Albatroz”, o nome da maior ave marinha, que consegue viajar grandes distâncias atravessando continentes e oceanos. É essa travessia que liga a viola campaniça do O Gajo e a viola caipira de Ricardo Vignini “Seiva”, “Bandido”, é uma música que serve de trilha sonora para o dia-a-dia de quem não se sente totalmente em sintonia com a sociedade em geral. Para O Gajo, essa é uma experiência na primeira pessoa, não representa o crime nem os criminosos, mas uma comunidade que sobrevive à margem de alguns conceitos e convenções. Para ele, “Seremos sempre marginalizados em certa medida, mas isso só fortalece as convicções que transportamos e para um olhar mais convencional, seremos sempre os ‘Bandidos’; ‘Serpente’, ‘Magma’, ‘Rojão’ que remete aos festejos juninos do nordeste do Brasil e finalizando ‘Maria da Manta’, uma entidade malévola e assustadora do sono, um ser lendário do folclore português. Um digno retrato de como, enfim, a musicalidade luso-brasileira existe e se exibe inovador.
“Terra Livre” foi gravado em São Paulo, Brasil no estúdio Bojo Elétrico e no Estúdio Toca do Gajo em Lisboa, Portugal, resultando em um disco com nove faixas assinadas por Ricardo Vignini e O Gajo.
Ficha técnica do álbum Terra Livre
Gravações em São Paulo: Estúdio Bojo Elétrico
Gravações em Lisboa: Estúdio Toca do Gajo
Mixagem e Masterização: Estúdio Bojo Elétrico
Capa: O Gajo
Lançamento Brasil/Álbum “Terra Livre”
Artistas: Ricardo Vignini e O Gajo
Data: 1º de dezembro de 2023 em todas as plataformas de música
Lançamento Portugal/Álbum “Terra Livre”
Artistas: Ricardo Vignini e O Gajo
Data: fevereiro de 2024
O álbum será lançado digitalmente e em formato Vinil pela Lusitanian Music Publishing e distribuído digitalmente pela Level Up Music. O lançamento e distribuição do formato CD ficará a cargo da Rastilho Records.
Show Terra Livre de Ricardo Vignini e O Gajo
No dia 7 de dezembro, ao vivo, estas duas violas exploradoras e fortes representantes da cultura tradicional nos seus países, nas mãos de O Gajo e do Ricardo Vignini, levam para o palco do Red Star Studios, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, toda a sua bagagem cultural, sua sonoridade característica e um repertório único reflexo da empatia musical que se tornou uma parceria inovadora.
Terra Livre de Ricardo Vignini e O Gajo
Red Star Studios
Rua Teodoro Sampaio, 512 – Pinheiros (400 metros da Estação Metrô Clínicas) – São Paulo (SP)
Tel. (11) 2364-8533
Capacidade: 90 pessoas
Quinta-feira, 7 de dezembro, às 20h
Ingressos R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)
Vendas online: Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/show-terra-livre-de-ricardo-vignini-e-o-gajo/2222026)
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 80 minutos
Local com acessibilidade
Estacionamento conveniado: Rua Teodoro Sampaio, 498
Preço: R$20,00
Ricardo Vignini
Ricardo Vignini é um violeiro diferenciado. Da raiz à antena o cara vai em todas. De Tião Carreiro a Jimi Hendrix, nada escapa a esse endiabrado operário das dez cordas. Sempre em busca da originalidade por meio de variadas abordagens e performances, Vignini leva a viola brasileira para passear pelo mundo, testando os limites e possibilidades do instrumento de um jeito que vai além do usual. É um violeiro que não se encontra muito facilmente por aí, mesmo numa cena como a atual, cheia de bons especialistas.
Proativo e inquieto, seus trabalhos são inúmeros e sempre originais. Entre várias empreitadas musicais de variadas matizes, Vignini manteve um duo acústico “de raiz” com o grande e saudoso mestre violeiro Índio Cachoeira, a quem produziu e com quem tocou pelo mundo afora, além de ministrar, por muitos anos, um curso de viola muito prestigiado, em SP. Também mantém com o violeiro mineiro Zé Helder, outro duo bastante original, o “Moda de Rock”, que traduz para viola o repertório de grandes ícones do rock como Hendrix, Led Zeppellin, Stones, Black Sabbath, Iron Maiden, Pink Floyd, Ramones e AC DC, com quem já dividiu o palco com grandes guitar heroes brasileiros, como Pepeu Gomes e Robertinho do Recife, entre outros. (Sem esquecer de vez em quando, mandar um pout-pourri de Tião Carreiro, “pro pessoal saber que, antes de tocar aquilo tem que saber tocar isso”).
Como se não fosse pouco, Vignini ainda coloca, há muitos anos, suas dez cordas canhotas a serviço do Matuto Moderno, banda que veste vários gêneros “matutos”, como a catira e a folia de reis, com arranjos de alto impacto, chegados ao pop, inclusive com o uso da viola eletrificada e outros babados. Aliás, é com a viola elétrica, ou “viola-guitarra” (nome que, para muitos do meio, já seria, por si só, um sacrilégio), que Vignini performa, no formato “power trio”, o ótimo “Sessões Elétricas Para Um Novo Tempo”, um dos três CDs que ele produziu na pandemia, até agora. Os outros foram “Cubo” e “Reviola”, onde eu tenho a alegria de ter uma parceria com ele, a música “Moedão”, que não é a primeira porque, além disso tudo, Ricardo Vignini ainda compôs a música original e dividiu comigo a direção musical do curta-metragem “Toca Pra Diabo”, de 2013, escrito por mim e dirigido por João Velho. No meio disso tudo ainda grava com bastante gente, incluindo Lenine. E a coisa não para por aí, a discografia completa do sujeito ainda conta com vários trabalhos, seja com o Moda, o Matuto ou solos, como “Na Zoada do Arame”, “Rebento” e “Viola de Lata”. Para concluir vale dizer que, apesar de ser um estilista dedicado a evoluir um único instrumento, Ricardo Vignini é, na verdade, um artista múltiplo porque nas suas mãos a viola tem sete vidas. E vale por sete instrumentos. (Juca Filho, set/21)
É proprietário do selo Folguedo, dedicado exclusivamente à música de viola. https://ricardovignini.com.br/.
O GAJO
Nasceu em Lisboa na primavera de 2016 pelas mãos de João Morais com o intuito de ligar a sua música à terra que o viu nascer, Portugal. É assim que surge a relação com a Viola Campaniça, um instrumento de raiz tradicional que faz parte da história centenária e cultural portuguesa.
É na região rural do Alentejo que João Morais conhece a Viola Campaniça, mas a que traz para a cidade de Lisboa ganha novas tonalidades. Afasta-se da linguagem mais tradicional explorando caminhos mais contemporâneos e mantendo intacta a sua Portugalidade.
Em 2017, chega a gravação do primeiro disco, “Longe do Chão”; em 2019, é a vez das “4 Estações do GAJO”, um disco quadripartido em 4 EPs dedicados a 4 estações de comboio de Lisboa. Em 2021, chega “Subterrâneos” em formato trio com a colaboração de 2 conceituados músicos da cena Jazz Portuguesa (Carlos Barretto no contrabaixo e José Salgueiro (percussão). https://ogajo.net/sobre/.
Siga os músicos nas redes:
Ricardo Vignini
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O Gajo
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Instagram: https://www.instagram.com/_ogajo_/
Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/6r2U39qyLT3oQ6gSTmSLai?si=EkrG8CwJT-KEcYwH9WRUuA&nd=1.
(Fonte: Graciela Binaghi Assessoria de Imprensa)
Em 2022, a bailarina, coreógrafa e empreendedora Flávia Tápias começou um projeto na nova sede do Espaço que leva seu sobrenome, na Barra da Tijuca. A ideia era fazer algo diferente e, assim, dar chance de escolha a pessoas que são cerceadas dos seus sonhos. Sair do lugar comum era necessário. E foi o que aconteceu. Inspirada em trazer novas oportunidades às crianças de comunidades, junto com o Instituto Cultural Vale, criou o Engenho das Artes, que acontece no Centro Cultural Espaço Tápias e há mais de um ano tem se dedicado a abrir as portas das artes para quem não teria essa chance.
Reconhecida dentro e fora do Brasil, Flávia se diz privilegiada por abrir este caminho com esse projeto que, aos sábados, recebe em média 35 crianças de baixa renda (muitos vêm de outro município) para terem aulas gratuitas de teatro, dança e música no Espaço Tápias. Cada participante ganha em dinheiro uma ajuda de custo para a passagem e o lanche por dia de aula. E o sonho vira realidade. No fim do ano, haverá duas montagens no palco para que esses jovens possam vivenciar essa experiência: o infantil “Hoje tem História” e o adulto “O Inspetor”.
Com direção teatral da professora Viviana Rocha, as apresentações das crianças e adolescentes terão duração de 50 minutos cada uma e serão uma mistura de dança, teatro e música e linguagens trabalhadas pelos professores do Espaço durante o ano. As exibições acontecerão em sequência, em dois horários, no dia 25 de novembro, sábado, às 13h e às 15h, no Centro Cultural Espaço Tápias, com entrada gratuita. “É uma alegria poder acompanhar o crescimento dos alunos nas aulas de teatro. A cada ano percebo um entendimento e domínio maior deles do que é estar em cena e a importância do artista no mundo”, ressalta a professora de teatro Viviana Rocha.
Segundo Flávia, o Brasil é um celeiro de bailarinos, em que há um caminho aberto para investir em dança profissional. Assim, proporcionar acesso a quem não tem condições financeiras adequadas é fundamental. “Esta é uma grande conquista para nós, muitos não teriam condições de estarem ali se não fosse essa ajuda e assim estamos conseguindo dar uma continuidade na formação desses jovens. Eu acredito que tudo é possível, com trabalho e estudo em qualquer lugar do mundo. Hoje existem muitos projetos sociais onde jovens podem começar a educação artística. Tenho muito orgulho de ter fundado um centro cultural em um formato de coletivo artístico e de ter organizado o Engenho das Artes”, diz.
Sobre as peças:
Hoje tem história (infantil) | Duas crianças antes de dormir resolvem ler uma história, mas as imaginações não param e inventam novas versões para os contos clássicos: “A bela adormecida”, “Cinderela” e “Cachinhos Dourados e os 3 ursos”.
O inspetor (adulto) | A peça foi escrita por Nicolai Gógol em 1836, mas continua muito atual, pois aborda temas como a hipocrisia na administração pública, suborno e abuso de poder. Mas tudo tratado de uma forma leve e bem-humorada. Para se divertir e refletir.
Ficha Técnica:
Direção Geral Projeto: Giselle Tápias e Flávia Tápias
Direção teatral: Viviana Rocha
Direção de movimento e coreografia: Jorge Tavares
Direção Musical: André Novaes
Coordenação: Thyago Thomaz
Iluminação: Erick Santos.
Serviço:
Hoje tem História e O Inspetor
Data: 25 de novembro de 2023
Horários: 11h e 13h
Local: Centro Cultural Espaço Tápias
Classificação etária: Livre
Entrada gratuita
Projeto Engenho das Artes
Centro Cultural Espaço Tápias
Av. Armando Lombardi, 175 – 2º andar – Rio de Janeiro (RJ)
contato@espacotapias.com.br – (21) 97279-9684.
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)
A exposição “O novo e o sobrevivente – O caso Raphael Galvez” – uma realização Arte132 Galeria e Instituto Luciano Momesso – entra em cartaz a partir de 25 de novembro traçando os caminhos percorridos pelo artista entre as décadas de 1940 e 1990 ao estabelecer diálogos entre os movimentos moderno e contemporâneo. A mostra, idealizada por Orandi Momesso e Telmo Porto, conta com textos críticos de Tadeu Chiarelli e Mayra Laudanna, pesquisadora autora do livro “Raphael Galvez 1907–1998”, da Momesso Edições de Arte.
A seleção de obras proporciona uma observação profunda, questionando o mito do progresso ininterrupto em sua pintura ao mesmo tempo em que enfatiza a relevância dos elementos que compõem o vocabulário formal de Raphael Galvez. Neste, é possível identificar elementos que remetem tanto à prática estabelecida, como à crescente tendência não figurativa que ganhava força no Brasil naquela época. O artista não apenas se posiciona entre esses dois espectros opostos da construção pictórica, mas também os coloca em diálogo direto.
A pintura de Raphael perpassa diversas fases e revisita o passado e o presente, como uma ânsia de apreender o leque de referências que colecionava. A década inicial, em 1940, é de frutífera produção entorno da paisagem urbana paulista ainda em formação e é notável o saber construtivo italiano que Galvez adere neste período, com tons baixos e cores soturnas.
Já na década de 1950, as transformações no circuito da arte brasileira, com as criações do Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e a primeira Bienal de São Paulo em 1951, desencadearam uma revolução nas produções até então figurativas de Galvez. As possibilidades do não figurativo contaminam seu olhar ao ponto de fazê-lo abraçar os desafios formais de seu tempo, o que marca uma inflexão em sua produção. “A visitação a acervos de todos os lugares e períodos, pessoalmente ou via consulta ao próprio banco de imagens, permitirá a Galvez engendrar um vocabulário formal e iconográfico repleto de soluções que, quando se levam em consideração suas paisagens de início de carreira, pareceriam impensáveis”, afirma Chiarelli.
Ainda segundo Chiarelli, “sua produção, em algumas ocasiões, assumirá um vocabulário radicalmente não figurativo, mesmo preservando em cada uma dessas pinturas elementos presumivelmente autorais, sobreviventes a todas as transformações surgidas com os novos desafios que a arte do seu tempo lhe provoca”.
Sobre o artista
Raphael Galvez passou grande parte da sua vida dividido entre as pinturas, desenhos e esculturas que realizava por puro prazer e as esculturas tumulares e projetos para monumentos, que lhe rendiam o sustento próprio e de seus irmãos.
Acolhido pelo Grupo Santa Helena, associação de artistas fundada em 1934, Galvez foi parceiro de ateliê de Mário Zanini. O pintor construiu sua obra a partir dessa experiência, que o levou a aplicar-se em intermináveis sessões de modelo vivo e a observar com curiosidade as variadas manifestações artísticas realizadas pela cidade.
Em meados dos anos 1950, seu trabalho foi integrado a duas mostras panorâmicas: “50 anos de paisagem brasileira”, apresentada no Museu de Arte Moderna por Sérgio Milliet, e “Exposição do Retrato Moderno”, montada no Parque Ibirapuera. Neste momento, suas obras foram exibidas junto não apenas às do Santa Helena, mas às dos modernistas – o que marca um inequívoco reconhecimento de seu trabalho pelo circuito e pela crítica.
A partir da década de 1960, Galvez passa a viver em prolongado recolhimento, com exceção para depoimentos sobre seus contemporâneos e participação em mostras dedicadas aos anos de 1940.
O artista ganhou uma série de exposições próprias retrospectivas. A mais extensa delas, que contou com a curadoria da historiadora Vera D’Horta, ocorreu em 1999, no ano seguinte ao de sua morte, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Sobre Tadeu Chiarelli
Tadeu Chiarelli é professor sênior ECA USP. Dirigiu o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e Pinacoteca de São Paulo. Formado em Artes Visuais pela ECA, Chiarelli participou de aulas de Walter Zanini durante sua graduação. Seu orientador na dissertação de mestrado foi Teixeira Coelho, cujo tema foram as críticas de Monteiro Lobato à arte modernista no Brasil. Sua tese de doutoramento centrou-se na atuação de Mário de Andrade como crítico de arte sob orientação de Annateresa Fabris.
Entre 1996 e 2000 foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. Chiarelli atuou neste museu tanto em cargos administrativos quanto curatoriais. Entre 2010 e 2014, foi diretor do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP. De 2015 a 2017, também foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Entre 2007 a 2010, foi chefe do Departamento de Artes Plásticas da ECA. Coordenou o Centro de Estudos Arte&Fotografia (2004) e o Grupo de Estudos em Crítica de Arte e Curadoria (2005–2013), ambos no Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP.
Sobre Mayra Laudanna
Mayra Laudanna é professora aposentada do Instituto de Estudos Brasileiros-USP e autora, entre outros livros, de La dialectique Maria Bonomi. Neuchâtel: Éditions du Griffon, 2016; Alex Flemming. SP: Editora WMF Martins Fontes, 2016; Marcello Grassmann. SP: Sesi-SP Editora, 2013; Ernesto de Fiori. SP: Edusp, 2003; Raphael Galvez 1907-1998. SP: Momesso Edições de Arte, 1997″.
Sobre a Arte132 Galeria
Fundada em 2021, por Telmo Porto, o compromisso da Galeria Arte132 é o de alargar as fronteiras da História da Arte Brasileira por meio do diálogo crítico e fundamentado sobre personagens e obras que merecem o devido reconhecimento. Atuante nas artes, Telmo tinha também vocação para a educação e a Arte132 é a junção desses dois universos. Nas suas palavras, “pretendemos reincluir nomes no cenário das galerias e instituições, sempre com orientação curatorial e escolhas motivadas, revisando narrativas históricas ou produções atualmente pouco presentes no mercado de arte”.
Dessa forma, a Arte132 nasce com o propósito de reaproximar o público de artistas do final do século XIX e início do século XX, mas não só. Ao longo de sua trajetória, a Galeria vem promovendo exposições embasadas em pesquisas cuidadosamente elaboradas, além de fomentar a arte contemporânea com mostras que trazem à luz artistas relevantes, cumprindo, assim, com a sua diretriz de ser um ponto de conexão entre os vários tempos.
Serviço:
“O novo e o sobrevivente – O caso Raphael Galvez”
Local: Arte132 Galeria
Endereço: Avenida Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP
Abertura: 25/11/2023 | das 11h às 17h
Período expositivo: 25/11/2023 a 17/2/2024
Visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h; sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)