Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
No dia 27 de outubro, o Paço das Artes inaugura a exposição “A verdade está no corpo”, trazendo obras de 42 artistas de diferentes origens, credos, gerações e formações. Os trabalhos expostos traçam um retrato da maneira como cada um vê o outro ou a si mesmo na contemporaneidade, friccionando diálogos. Com entrada gratuita, a mostra fica em cartaz até 7 de janeiro de 2024.
A exposição, que tem curadoria de Renato De Cara e um recorte que explora o corpo, traz mais de 100 obras emprestadas ao Paço das Artes, oriundas de coleções particulares, galerias e artistas. Serão apresentados pinturas, fotografias, videoartes, gravuras, elementos instalativos e alguns trabalhos escultóricos.
A curadoria procurou acessar pesquisas múltiplas para repensar gêneros e provocar empatia às diferenças. Fotógrafos de moda, pintores, escultores e artistas de várias gerações apresentam retratos que refletem a procura da diversidade e individualidade de cada um.
“Entre os mitos de Adão e Eva, esbarrando no legado da beleza grega e outros padrões normativos engessados, as vanguardas vêm rompendo com as formas acadêmicas de representação dos corpos. Cubismo e dada, para citarmos apenas dois dos mais provocadores movimentos de ruptura do século passado, hoje ainda fazem ecoar traços e formas daquilo que se investigou para entender o ser humano avançando para o futuro. As artes visuais não mais estão em busca do belo e a manifestação de uma idealizada beleza dos corpos e de uma natureza idílica caiu por terra, soçobrada nas questões mais importantes da contemporaneidade. Há em cada pessoa uma noção de beleza e de um mundo que se articula – a verdade de cada corpo.
O anseio pela perfeição foi suprido pelo consumo. Aos artistas coube repensar formas marcadas por inquietações de ordem social, política e ética, reivindicando lugares de fala até então silenciados, atualizando as questões da vida com luta. A política se manifesta no cotidiano, cada qual com um corpo não padronizado nem fixado em narrativas eróticas publicizadas”, pontua Renato De Cara, curador do Paço das Artes.
Serviço:
Exposição “A verdade está no corpo”
Local: Paço das Artes
Rua Albuquerque Lins, 1345 – Consolação, São Paulo (SP)
Abertura: 27 de outubro, às 17h
Duração: de 27 de outubro de 2023 a 07 de janeiro de 2024
Ingresso: gratuito
Classificação: 16 anos
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e Paço das Artes, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio institucional é das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence e TozziniFreire Advogados. O apoio de mídia é da JCDecaux e o apoio operacional da Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima e Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças.
(Fonte: Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo)
O Rio Negro atingiu no dia 16 de outubro o nível mais baixo já registrado na história, superando a seca de 2010, de acordo com dados do Porto de Manaus. Os efeitos da estiagem severa são sentidos pelas comunidades no entorno da capital amazonense. Santa Helena do Inglês e Saracá, polos vibrantes do turismo de base comunitária na região, enfrentam a dificuldade de acesso a itens básicos, como alimentos e água potável. No lugar dos típicos barcos, tratores estão sendo usados para o transporte de alimentos, em um trajeto de 20 minutos ou de quase uma hora a pé no sol escaldante.
Nessas comunidades ribeirinhas localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, distante cerca de 1h30 de Manaus, outro fator tem piorado a qualidade de vida dos moradores: a poluição da fumaça dos incêndios florestais, que têm aumentado nessa temporada. “Acho que essa seca tá pior que a de 2010, porque tá mais difícil pra sair e chegar nas comunidades. E naquela época não tinha fumaça”, afirma Sebastião Brito, presidente comunitário do Saracá.
Seca extrema obriga pousada comunitária a fechar as portas para a temporada
Os efeitos severos da seca também são sentidos nas fontes de renda dessas comunidades, que há mais de uma década trabalham uma alternativa econômica sustentável: o turismo de base comunitária. Em Santa Helena do Inglês, a pousada Vista do Rio Negro vai fechar as portas pelos próximos dois meses pela falta de condições de manter a logística e estrutura para receber novos turistas durante a estiagem. “A gente teve que desmarcar reservas e devolver dinheiro. Eu nunca tinha visto uma seca tão forte assim”, conta a gestora da pousada, Adriana de Siqueira, que lamenta o impacto no negócio, que aquece a economia local. “Algumas doações estão chegando (para a comunidade), mas a gente não queria viver de doação; a gente queria viver do nosso trabalho”.
A pousada, assim como outros empreendimentos turísticos na região do Rio Negro, foi implementada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) com recursos do Fundo Amazônia. O objetivo da fundação é estimular o desenvolvimento do turismo protagonizado pelas pessoas que vivem nas comunidades mantendo a floresta em pé e promovendo a prosperidade social.
Em Santa Helena do Inglês também funciona um projeto de energia solar. O sistema, que conta com 132 painéis solares, 54 baterias de lítio e 9 inversores híbridos, abastece as residências e propriedades privadas, igreja, centro comunitário, escola, fornece iluminação pública e atende as mais de 30 famílias que moram na comunidade, uma parceria da FAS com a Unicoba. Contudo, a seca do Rio Negro afeta igualmente a disponibilidade dos serviços estaduais e municipal de saúde e educação. “Os médicos não estão mais visitando as comunidades e as aulas estão suspensas”, diz Adriana.
Aliança Amazônia Clima leva ajuda emergencial a comunidades afetadas pela estiagem
Diante de uma temporada de estiagem sem precedentes, organizações da sociedade civil juntaram-se na iniciativa chamada Aliança Amazônia Clima. Facilitada pela Fundação Amazônia Sustentável, a aliança está mobilizando doações de itens de primeira necessidade e destinando às comunidades mais afetadas pela seca. No dia 13, a aliança realizou a entrega de cestas básicas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro que beneficiaram cerca de 150 pessoas nas comunidades Santa Helena do Inglês e Saracá. “A Aliança Amazônia Clima atendeu o pedido da Associação da RDS do Rio Negro, que representa os moradores da região, e levou 38 cestas básicas, que foram distribuídas para as famílias e regiões mais necessitadas mapeadas no território”, informa Valcleia Solidade, superintendente de Desenvolvimento Sustentável da FAS.
Valcleia conta que a missão de entrega dos donativos foi dificultada pelo baixo volume do Rio Negro e pela intensa camada de fumaça que cobriu o céu nos últimos dias em Manaus e região, mas o objetivo imediato foi alcançado. “Tivemos muita dificuldade de chegar, mas chegamos, e é importante dizer que a Aliança Amazônia Clima tem tudo para contribuir com o poder público e trazer um alento para as comunidades impactadas pela seca. É desafiador, é difícil, mas não é impossível, e esse é só o começo do trabalho que temos pela frente”, afirma a superintendente da FAS.
Como ajudar
A Aliança Amazônia Clima está arrecadando alimentos não perecíveis, água potável e valores financeiros para compra de itens de necessidade básica em apoio às comunidades afetadas pela seca extrema na região. As doações podem ser entregues na sede da FAS, localizada na Rua Álvaro Braga, 351, bairro Parque Dez, em Manaus (AM). As contribuições financeiras podem ser feitas por meio da chave PIX 03351359000188 – Fundação Amazônia Sustentável e pelo site bit.ly/doe-amazonia.
Desde o dia 1º de outubro, a FAS vem realizando campanhas para ajudar regiões e comunidades impactadas pela seca, como a vila de Nossa Senhora Nazaré do Arumã, em Beruri (AM), que foi atingida por um deslizamento de terra, e as comunidades Betel e Braga, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Lago do Piranha (AM). As doações arrecadadas até o momento ultrapassam os R$100 mil e foram convertidas na compra de cestas básicas, kits de higiene, galões de água mineral, materiais para construção de sistemas de captação e tratamento de água, entre outros itens.
(Fonte: Edelman)
Por Vinícius Zanatto e Patrícia Rosa — Todos os anos, o volume das águas do rio Solimões aumenta e diminui durante a enchente e a seca – o que, entre pesquisadores, é conhecido como pulso de inundação. Esse movimento impulsiona todas as atividades produtivas e as relações sociais dos povos indígenas e ribeirinhos que vivem nas áreas inundáveis de várzea na Amazônia.
Na região amazônica, é a partir da sazonalidade imposta pelo ambiente que são definidos os momentos de plantar, pescar, coletar e extrair madeira. As casas são construídas em palafitas ou flutuantes para se adaptarem às constantes cheias e secas.
Na região do Médio Solimões, a pesca é uma das principais atividades econômicas e fonte alimentar para a população. O período mais propício para pescar é quando o rio está secando, e lagos e paranãs ficam represados, facilitando a captura de espécies como Tambaqui (Colossoma macropomum), Pirarucu (Arapaima gigas) e Aruanã (Osteoglossum bicirrhosum). Mas, em secas severas, como a atual, toda a cadeia produtiva sofre impacto negativo.
Apesar de a seca facilitar a pesca, a logística para o escoamento da produção é prejudicada, já que o acesso aos lagos é dificultado, exigindo o transporte dos peixes em canoas ou por terra para o armazenamento nos barcos que ficam distante das áreas. O processo implica em gastos maiores com combustível e gelo, prolongando a duração da atividade. Assim, aumentam as despesas individuais de pescadores e pescadoras, afetando diretamente seus ganhos finais.
Além disso, algumas áreas ficam isoladas, sem acesso para barcos e pescadores, levando ao cancelamento da pesca ou ao atraso na atividade. Para evitar a interrupção das atividades pesqueiras, coletivos de pescadores, pesquisadores e assessorias técnicas têm dialogado com as autoridades ambientais a fim de alterar o período de defeso do pirarucu em 2023. Se poderia, assim, minimizar perdas econômicas e mitigar os impactos sociais negativos da estiagem extrema para mais de 300 comunidades de 22 municípios do estado do Amazonas.
Os processos naturais também sofrem alterações durante períodos de estiagem prolongada ou extrema, afetando o ciclo reprodutivo de diversas espécies de peixes. Nesse período, os animais estão chocando ovos ou em estágio muito jovem, tornando-os mais vulneráveis à predação e mudanças ambientais. Recentemente, observou-se a mortandade de diversas espécies aquáticas que ficam expostas a predadores, como jacarés, que consomem grandes quantidades de peixes adultos e alevinos.
A mortalidade também é causada pela falta de oxigenação e altas temperaturas da água, o que impede os peixes de respirarem e os leva à morte. Esses fatores resultam na diminuição da população local afetando a reprodução nos anos seguintes à estiagem, o que compromete os estoques de pesqueiros e a economia local.
É interessante que o poder público se envolva na questão da mortalidade dos animais, promovendo pesquisas e monitoramentos constantes das espécies. Uma alternativa relevante seria investir no monitoramento de desembarque pesqueiro nas principais cidades da calha do rio Amazonas. Tal iniciativa auxilia na regulação do uso dos recursos naturais subsidiando com informações não só sobre a quantidade e tamanho de peixes capturados, mas também sobre o estado de conservação de diversas espécies de grande importância econômica, contribuindo, assim, na tomada de decisão e nas políticas públicas para o setor pesqueiro.
Sobre os autores:
Vinícius Zanatto é geógrafo e pesquisador no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM-OS/MCTI), vinculado ao grupo de pesquisa em Territorialidades e Governança Socioambiental na Amazônia.
Patrícia Rosa é Doutora em Antropologia e pesquisadora titular no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM-OS/MCTI), líder do grupo de pesquisa em Territorialidades e Governança Socioambiental na Amazônia.
(Fonte: Agência Bori)
Doces ou Travessuras? Esta será a resposta do 1º Festival de Doces Temáticos de Halloween, que acontece em 28 e 29 de outubro, das 12 às 20h, no Club Homs São Paulo.
Com entrada grátis e promovido pela Art Shine, o evento, que acontece juntamente com o Mercado das Bruxas, terá muitas opções de guloseimas assustadoras e deliciosas e promoverá um final de semana completo de diversões, aprendizado, momentos felizes e compras para adultos e crianças.
Além da parte gastronômica, o Mercado das Bruxas ainda contará com muitas experiências e atrações do mundo bruxo, tais como oraculistas, expositores, shows de danças e palestras.
O 1º Festival de Doces Temáticos de Halloween e o Mercado das Bruxas acontecerão no Club Homs, localizado na Av. Paulista 735, das 12h às 20h. Mais informações nas páginas oficiais do evento no Instagram e Facebook.
Serviço:
1º Festival De Doces Temáticos de Halloween e Mercado das Bruxas
Quando: dias 28 e 29 de outubro (sábado e domingo)
Horário: das 12h às 20h
Local: Club Homs
Endereço: Avenida Paulista, 735 – Bela Vista – São Paulo (SP)
Entrada: Gratuita
Transporte público: 300 metros da estação Brigadeiro do Metrô (Linha 2 -Verde) – dezenas de linhas de ônibus disponíveis no local
Estacionamento: várias opções pagas na região
Informações: https://www.instagram.com/mercadodasbruxas/ e https://www.facebook.com/people/Mercado-das-Bruxas.
(Fonte: Estrela Comunicação)
A primeira exposição individual do artista visual Estevan Davi, sob o título “A Queda do Primeiro Sol”, acontece 9 de novembro de 2023, das 16h às 22h, em uma casa no Jardim Paulistano, em São Paulo. Com organização da Radar e curadoria de Victor Uchôa, o evento propõe um mergulho na jornada pessoal e criativa do artista, explorando uma narrativa que transcende fronteiras religiosas e culturais.
A mostra apresenta uma coleção única e inédita, de cerca de 40 obras, formada por pinturas a óleo, esculturas e instalações, todas criadas a partir de um material central na pesquisa teórica e prática do artista: o concreto.
Este material, conhecido por sua durabilidade e resistência ao longo dos séculos, evoca objetos encontrados em sítios arqueológicos, fazendo-nos questionar se o concreto será um símbolo futuro da nossa era em escavações. Concreto, a “Pedra do século XXI”? O material que contará às futuras gerações a história do momento em que vivemos? Esta é uma das várias questões trazidas por Estevan nesta primeira individual, na qual o artista explora temas que abrangem culturas ancestrais ao mesmo tempo em que se aprofunda em suas próprias raízes religiosas buscando por uma compreensão mais ampla do mundo.
As pinturas expostas fazem referência a um período denominado pelo próprio artista como “pré-humanidade e selvageria”. Suas telas exibem paisagens que evocam atmosfera e gravidade próprias, convidando o público a explorar um mundo desconhecido e misterioso. O cerne de seus maiores trabalhos são os “Agricultores Celestes”, seres imateriais e energéticos que, de acordo com a narrativa do artista, semearam a vida na Terra. Esses personagens enigmáticos são retratados em cenas do cotidiano, envolvidos em atividades como observação, colheita e plantio.
Suas imagens trazem uma sensação de conexão entre a humanidade e as forças que moldaram nosso mundo. “A Queda do Primeiro Sol” busca explorar a jornada de Estevan Davi à medida em que este se afasta das restrições de sua criação cristã e se aventura em territórios culturais e espirituais diversos. A exposição convida os espectadores a refletirem sobre a durabilidade do concreto em comparação com a efemeridade da existência humana e a conexão entre o passado, o presente e o futuro.
Sobre o artista | Estevan Davi nasceu em São Paulo, em 1999, onde vive e produz.
Participou da coletiva “Passe” (2023). Em 2019, iniciou Artes Visuais na FAAP. Cursou design em Auckland e Wellington, Nova Zelândia, de 2017 a 2018, onde também realizou murais. Em 2014 teve seu primeiro contato com a arte urbana, onde começou a realizar graffitis e murais na cidade de São Paulo até o início de sua produção de ateliê, em 2019, assim focando mais em suas pinturas e esculturas
Sobre a Radar | A Radar, mostra itinerante de arte foi idealizada por um trio de artistas plásticas e empresárias da área das artes – Daniela Junqueira Schiller, Flávia Renault e Mariana Porto – que se propõe a fazer mostras em escala maiores contemplado um maior número de artistas e também exposições individuais e projetos menores ao longo do ano. A primeira mostra aconteceu no Ateliê 284, em março/2022, a segunda numa casa do jardim Guedala, em março/02023 e, a terceira, está agendada para fevereiro/2024, todas em São Paulo.
Serviço:
Mostra “A Queda do primeiro Sol”, de Estevan Davi
Realização: Radar
Curadoria e Texto: Victor Uchôa
Discotecagem: Jorge Du Peixe
Período: até 9 de novembro de 2023 (quarta-feira a sábado, 11h-18h; outros dias, mediante agendamento)
Onde: Rua Marechal Bitencourt, 443 – Jardim Paulistano – São Paulo – SP
Ingresso: gratuito e livre
Redes sociais:
Estevan Davi: @_estevandavi
Radar: @radar_arte
Victor Uchôa: @victoruchoa_
Jorge Du Peixe: @jorgedupeixe.
(Fonte: Marmiroli omunicação)