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Seca extrema na Amazônia: como o desmatamento altera o regime de chuvas

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto do rio Abacate, no Amazonas, durante seca em outubro de 2023. Foto: Divulgação/Acervo Grupo Mauá.

Por Aline Lopes, Michelle Pazin, Maria Teresa Piedade, Layon Demarchi, Gisele Mori, Giuliette Mano e Jochen Schöngart — Os eventos climáticos extremos vêm sendo um desafio nas últimas décadas para a Amazônia, um dos biomas mais importantes para a regulação do clima global. A seca que observamos nestas últimas semanas na região é, em parte, resultado das mudanças climáticas e afeta, principalmente, organismos aquáticos e populações humanas das áreas alagáveis.

O aumento da temperatura na Amazônia que compromete o regime de chuvas, ocasionando a seca, está relacionado a fenômenos climáticos como o El Niño, que aumenta as temperaturas superficiais dos oceanos. A seca é ainda agravada pela diminuição da cobertura da Floresta Amazônica devido ao desmatamento e às queimadas. Quanto menos árvores para fazer o processo de evapotranspiração, que é a geração de vapor de água para a atmosfera, menos chuva teremos e mais elevadas serão as temperaturas e o calor experimentado na região.

Os eventos extremos têm afetado as florestas alagáveis da Amazônia – também chamados de igapós e várzeas –, ecossistemas únicos e importantes para a biodiversidade local. No seu curso normal, as florestas estão ligadas aos ciclos naturais de inundação dos rios, sendo que suas árvores são adaptadas para sobreviver a inundações e a secas. Como os níveis de água estão bem mais baixos do que o esperado na estação seca, os solos das florestas alagadas, antes submersos durante a maior parte do ano, estão com uma exposição prolongada.

Muitas espécies de peixes, insetos, mamíferos aquáticos e outros animais adaptados aos ciclos naturais de inundação da região enfrentam desafios para sobreviver às consequências dos eventos climáticos extremos. A seca extrema do lago Tefé, no Amazonas, levou a uma redução nos níveis de oxigênio e a um aumento de temperatura da água – que ultrapassou 39ºC –, o que provocou a morte de mais de 140 botos-vermelhos e tucuxis, além de peixes.

As secas extremas trazem consequências desastrosas para a Amazônia. Como o principal meio de transporte da região são os rios, quando eles secam, municípios e comunidades inteiras ficam isoladas. Há escassez de água potável, de abastecimento de alimentos e falta de acesso a serviços básicos de saúde e educação. Além disso, a erosão dos solos na várzea coloca a vida e os bens das populações ribeirinhas em risco.

Diante deste cenário, é urgente que a comunidade internacional e os governos locais encontrem soluções para minimizar os efeitos dos eventos extremos em comunidades ribeirinhas e povos indígenas. Para além de medidas momentâneas, é preciso combater o desmatamento da floresta amazônica, restaurar as áreas degradadas, fortalecer o desenvolvimento sustentável e investir de forma contínua em educação e ciência. Somente assim será possível, em longo prazo, conservar a biodiversidade e manter os múltiplos serviços ecossistêmicos que garantem a sobrevivência das comunidades tradicionais e indígenas nesses ambientes vulneráveis.

Sobre os autores:

Aline Lopes é pesquisadora do grupo de pesquisa Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas (MAUA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), e docente do Programa de Pós-graduação em Tecnologias Limpas da Unicesumar.

Michelle Gil Guterres Pazin é pesquisadora do MAUA/INPA e do grupo de pesquisa Mamíferos Aquáticos Amazônicos (GPMAA), do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

Maria Teresa Fernandez Piedade é coordenadora do MAUA/INPA.

Layon Oreste Demarchi é pesquisador do MAUA/INPA.

Giuliette Barbosa Mano é pesquisadora do MAUA/INPA.

Gisele Biem Mori é pesquisadora do MAUA/INPA.

Jochen Schöngart é pesquisador do MAUA/ INPA.

(Fonte: Agência Bori)

Família Acolhedora: serviço de lar temporário para crianças e adolescentes completa um ano em Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Até o momento, quatro crianças e adolescentes já foram acolhidas por famílias acolhedoras. Fotos: divulgação.

O Serviço de Família Acolhedora está completando um ano de trabalho em Indaiatuba. Para celebrar o primeiro aniversário, a Secretaria de Assistência Social divulgou um balanço das atividades na manhã da última terça-feira (17). Ao todo, 88 famílias se cadastraram, mas apenas seis foram habilitadas por meio da seleção do Serviço, que tem por objetivo oferecer um lar temporário para crianças e adolescentes afastados de suas famílias por medidas judiciais. Até o momento, quatro crianças estão em acolhimento.

O Serviço, que existe em todo Brasil e é instituído em Indaiatuba pela lei municipal 7.754, tem como objetivo oferecer proteção integral a crianças e adolescentes que necessitam de afastamento temporário da família de origem por medida de proteção. Durante o período, a equipe técnica atua também com os familiares para preparar o possível retorno à convivência familiar.

Família Acolhedora é acompanhada pelo poder público, entidade e poder judiciário.

Para gerenciar e aplicar o Serviço, a Secretaria de Assistência Social realizou chamamento público que teve como vencedora a Associação Beneficente ABID. À Secretaria cabe a responsabilidade de fiscalizar e acompanhar a entidade conveniada com os beneficiários, enquanto o Poder Judiciário é responsável pelo encaminhamento das crianças e adolescentes.

As famílias interessadas em oferecer acolhimento familiar devem preencher uma série de requisitos e participar de uma seleção, mas o primeiro passo é demonstrar interesse por meio deste link. Na página, estão as informações necessárias e o formulário para preenchimento.

Após o pré-cadastro, a ABID realiza entrevistas, capacitações e aplicadas outras ferramentas psicossociais. Podem se inscrever homens e mulheres maiores de 30 anos, com rede de apoio familiar, que estejam fora do Cadastro Nacional para Adoção. Devem ter a concordância dos outros membros da família na participação, residir em Indaiatuba há mais de dois anos e ter disponibilidade de tempo, entre outros requisitos sociais. A Família Acolhedora receberá uma ajuda de custo no valor de um salário mínimo a um salário mínimo e meio para a manutenção da criança, que pode permanecer até no máximo 18 meses no mesmo lar.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Museu Republicano terá oficina de pintura sobre as obras de Miguelzinho Dutra

Itu, por Kleber Patricio

Oficina de pintura “Aquarelando Miguelzinho Dutra” acontece no sábado (21) das 14h às 17h e participação é gratuita. Foto: divulgação.

No próximo sábado, dia 21, o Serviço Educativo do Museu Republicano de Itu oferece mais uma atividade especialmente dedicada às crianças. Para difundir a obra de um dos mais relevantes artistas ituanos do século 19 pertencente ao acervo da instituição, das 14h às 17h será realizada a oficina de pintura “Aquarelando Miguelzinho Dutra” e a participação é gratuita.

“As aquarelas de Miguelzinho Dutra são consideradas uma das mais importantes fontes de documentação iconográfica do estado de São Paulo no século 19. Ele é o responsável pelos registros mais antigos de Itu, que ajudam a contar parte da história da cidade e do Brasil”, diz a Profa. Dra. Maria Aparecida de Menezes Borrego, supervisora do Museu Republicano.

Para mais informações sobre como as crianças podem participar da atividade, os responsáveis podem entrar em contato com a instituição por telefone (11 4023-0241 menu 3) ou enviando mensagem para o e-mail edu.mrci@usp.br.

História do Museu Republicano

O Museu Republicano “Convenção de Itu” foi inaugurado pelo então presidente do Estado de São Paulo, Washington Luis Pereira de Sousa, a 18 de abril de 1923 e, desde então, subordinou-se administrativamente ao Museu Paulista que, em 1934, tornou-se Instituto complementar da recém-criada Universidade de São Paulo e a ela se integrou em 1963.

É uma instituição científica, cultural e educacional, especializada no campo da História e da Cultura Material da sociedade brasileira com ênfase no período entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, tendo como núcleo central de estudos o período de configuração do regime republicano no Brasil.

Encontra-se instalado em sobrado histórico em Itu erguido nas décadas iniciais do século XIX, e que se tornou residência da família Almeida Prado. Foi nesse local que se realizou, em 18 de abril de 1873, uma reunião de políticos e proprietários de fazendas de café para discutir as circunstâncias do país e que, posteriormente, se transformou na famosa Convenção Republicana de Itu, marco originário da campanha republicana e da fundação do Partido Republicano Paulista.

(Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada)

Helio de La Peña lança livro com Adão Iturrusgarai

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Capa do livro. Fotos: divulgação.

O humorista Helio de La Peña – consagrado por integrar o saudoso Casseta & Planeta – une forças com o cartunista Adão Iturrusgarai – autor de tiras diárias de sucesso como “Aline” – para o lançamento do livro “Aventuras de um Pijamão”. A noite de autógrafos acontece no dia 31 de outubro, às 19h, na Livraria Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro.

Publicada em parceria pelas editoras Almedina Brasil e Banca do Minhoca, a coletânea de charges e crônicas faz rir ao esmiuçar temas como casamento, solteirice e sexo (ou a falta dele). Na casa dos 60, casados e felizes com suas escolhas de vida (será?), os autores disparam suas metralhadoras de piadas contra a pegação, a não-monogamia e outras “vulgaridades” da modernidade.

Helio de la Peña.

Autointitulados “dinossauros, machos, héteros e cis”, Peña e Iturrusgarai investigam com muito humor porque as pessoas ainda optam pelo matrimônio ao mesmo tempo em que não desejam voltar ao status de solteiro. Uma reflexão descarada sobre como o cotidiano a dois é difícil, mas com a certeza de que viver sozinho é muito pior.

Sinopse | “Sou um dinossauro. Um homem macho hétero CIS alfa tarja preta casado; porém, respeitador das vontades alheias, temente a Deus – mesmo sendo ateu – e, principalmente, à minha patroa. Apesar de tudo isso, não tenho como negar: ainda me reúno com meus amigos, muitos deles cancelados nas redes antissociais. Vivem na clandestinidade, calados, sem acesso a qualquer tipo de teclado, exceto a suas máquinas de escrever sem wi-fi, Bluetooth ou cabo USB. […] Em outras ocasiões, gravei histórias com o celular. Juntei com memórias pessoais, troquei nomes para manter o anonimato de todos, apimentei tudo com boas mentiras e reuni neste livro. Só um frequentador da sala sabia dessa trama diabólica: Adão Iturrusgarai. Quando mostrei a coleção, ele se identificou e fez uma seleção dos melhores – ou piores, a depender do ponto de vista do leitor, leitora ou mesmo leitore – cartuns que dialogassem com os textos e… voilà! Aqui estão nossas aventuras. Faça bom proveito. Mas mantenha este exemplar longe das crianças e dos advogados.”

Onde encontrar: Almedina Brasil, Banca do Minhoca, Amazon.

Serviço:

Noite de autógrafos do livro “Aventuras de um Pijamão”

31/10 (terça-feira), às 19h

Livraria da Travessa – R. Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema, Rio de Janeiro – RJ

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

PAS Schaefer apresenta exposição “Voadores” na Alma da Rua

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

O que você faria se tivesse mais coragem? Voar é um feito improvável para o ser humano. Mas não para os sonhadores de alma e olhos vibrantes, aventureiros, corajosos, paraquedistas, pilotos, voadores livres, viajantes, amantes do ar e aprendizes de passarinho. Esta é uma proposta para você deixar a imaginação ir longe já que o céu não é mais o limite. Enfrente seus medos, olhe pra fora e para dentro e se jogue.

Pas Schaefer tem se dedicado integralmente ao elemento ar. Paraquedismo, parapente, asa delta, viagens ao redor do mundo e práticas de respiração transformaram sua vida. As obras surreais do artista são baseadas em experiências e aventuras no meio da natureza. Pas acredita que, mais que um estilo de pintura, o estilo de vida é ainda mais importante.

Pas Schaefer por Pas Schaefer: Sempre fui o mais medroso de 40 amigos, até que um dia, no Playcenter, depois de desistir inúmeras vezes na entrada dos brinquedos, uma menina bem menor e mais nova do que eu também ficou parada sem entrar. Perguntei: “Você tem medo também?” Ela disse: “Não. Não tenho altura”. Decidi então tomar coragem. Enfrentar meus medos um a um e fui em todos os brinquedos. Atravessei o sudeste brasileiro sozinho pela mata e sem dinheiro, por 30 dias. Viajei diferentes países sem nenhum dinheiro. Fui instrutor de rapel, escalei, andei de skate. Surfei, fiz tirolesa, pêndulo, me tornei piloto de parapente, saltei de altas pedras, explorei cavernas, saltei de balão.

Pas Schafer acredita que é possível melhorar o mundo por meio da criatividade, artes e ciências com ações que respeitem, descubram e valorizem a natureza e que sejam, sobretudo, leves e divertidas. Estudou Licenciatura em Ciências Naturais na USP, integrou por 6 anos a Global Shapers Community do Fórum Econômico Mundial (comunidade de líderes em projetos de alto impacto social). Espalhou seus trabalhos por 18 países entre América, Europa e Ásia. Fez residência artística em Paris (2011) e Berlim (2015) Expôs na 4º Bienal Internacional de Graffiti Fine Arts, no Memorial da América Latina. Foi sócio fundador da Artroom Ponder70 Teve como clientes o chefe número 1 do mundo Massimo Bottura, Alianz Partners, pintou o castelo de Alexandra Forbes & Pierre Lurton e fez a curadoria artística do Reffetório Gastromotiva ao lado de Vik Muniz e Jr.

Serviço: Alma da Rua – Rua Gonçalo Afonso, 96 – Vila Madalena – São Paulo (SP). Voadores: de 28/10 a 30/11, das 11h às 18h. Fechada às terças-feiras.

(Fonte: Assessoria de Imprensa Alma da Rua)