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Circuito Litoral Norte de São Paulo destaca 10 atrações para se conectar com a natureza nessa primavera

Litoral Norte de SP, por Kleber Patricio

O Circuito Litoral Norte de São Paulo, que integra as cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, oferece uma variedade de experiências encantadoras para os amantes da natureza durante a primavera. A região, considerada uma joia natural do Brasil, revela suas riquezas naturais de maneira extraordinária nesta estação, das praias paradisíacas às ilhas, cachoeiras e reservas ecológicas. Ou seja, os visitantes podem se aventurar em trilhas exuberantes, explorar uma biodiversidade única de Mata Atlântica preservada e ainda desfrutar de roteiros que combinam o melhor da cultura e gastronomia caiçara. Pensando nisso, o consórcio turístico separou dez atrações imperdíveis para os turistas que planejam fazer um roteiro pelas cinco cidades nos próximos meses. Descubra:

Bertioga

A Trilha de Guaratuba, em Bertioga. Foto: Raphael Campos.

A Trilha de Guaratuba, que sai da Boraceia, tem quatro quilômetros de extensão e nível médio de dificuldade. Passando por regiões de restinga alta e baixa, além de mata de encosta e travessia do ribeirão Perequê-Mirim, é um passeio perfeito para os apaixonados por ecoturismo. No total, a atividade dura cerca de seis horas e exige agendamento prévio.

E, ainda entre os roteiros de ecoturismo para a estação, o percurso de canoagem pelo rio Jaguareguava também merece destaque. Com águas tranquilas e cristalinas, além de pequenos bolsões de areia para parada, a paisagem do lugar permite integração total à natureza. “O litoral norte já se consolidou como um dos destinos turísticos mais desejados do Brasil. Estamos preparados para oferecer aos nossos visitantes, experiências inesquecíveis no turismo de sol e praia, no ecoturismo e no turismo cultural”, destaca o secretário de Turismo de Bertioga, Ney Carlos da Rocha.

Caraguatatuba

O Parque Estadual da Serra do Mar, em Caraguatatuba. Foto: Ken Chu.

Localizado na região Sul da cidade, o bairro Poço da Anta é um dos destaques entre os pontos turísticos rurais de Caraguatatuba. Ali, os praticantes de cicloturismo e amantes da natureza podem fazer trilhas de até 16 km, chegando até a ponte da cachoeira do bairro de mesmo. Um lugar ideal para um banho de rio refrescante.

O Parque Estadual da Serra do Mar é ideal para se integrar à natureza em Caraguatatuba. Ali, é possível fazer trilhas de até 3,5 km, avistando animais silvestres como cotias, tamanduás, tucanos e esquilos. O lugar também abriga a Cachoeira da Pedra Redonda, uma boa alternativa para se refrescar durante os dias de calor da primavera.

“A primavera e o verão prometem aquecer a temperatura e a previsão é que tenhamos estações menos chuvosas. Isso por si só já favorece e muito o turismo no litoral, mas além disso, a gestão vem investindo fortemente em infraestrutura, eventos e em preparar o trade para que nosso turista tenha as melhores experiências em nossa cidade. Caraguá, feliz em te ver”, afirma a secretária de Turismo de Caraguatatuba, Maria Fernanda Galter Reis.

Ilhabela

A Praia de Castelhanos, em Ilhabela. Foto: Lailson Santos.

Um programa imperdível é a visita às trilhas da cidade; seja para conhecer algumas das dezenas de cachoeiras de Ilhabela, seja para a observação de fauna ou para a prática do montanhismo. Um dos destaques, é a trilha acessível do Parque Municipal das Cachoeiras, onde o visitante pode solicitar o uso da cadeira anfíbia ao orientador de visitantes do parque e tomar um banho de cachoeira.

Outra ótima opção é se aventurar em um passeio off-road rumo à Praia dos Castelhanos. Este passeio corta o Parque Estadual de Ilhabela numa estrada de terra de 15km imersa na Mata Atlântica, chegando a uma das praias mais lindas do Brasil. Sem dúvida, uma ótima opção para estar perto do mar, conhecer a cultura caiçara e desfrutar da gastronomia local.

“Ilhabela vem trabalhando bastante o turismo de experiências, oferecendo aos turistas motivos para frequentar a cidade durante todo o ano. A qualidade de nossa oferta, somada aos feriados que teremos até novembro, nos deixa bastante animados. Estar em Ilhabela durante a primavera nesse momento em que a vida na floresta se renova e a beleza das paisagens se intensifica é um verdadeiro privilégio”, comenta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Harry Finger.

São Sebastião

A Cachoeira Ribeirão de Itu, em São Sebastião. Foto: Rogerio Cassimiro.

Entre as praias de Maresias e Paúba, a Trilha Maresias–Paúba tem dois quilômetros e proporciona diversos visuais panorâmicos do lugar. Na paisagem, mar, faixas de areia, costões rochosos e muito verde. Curta e com fácil acesso, a também chamada Trilha dos Mirantes é um passeio ideal para quem busca contato com a natureza, mas sem muito esforço onde se pode conferir ambas as praias de cima.

Já a Trilha Ribeirão de Itu percorre o complexo de mesmo nome, situado em Boiçucanga, no Núcleo São Sebastião do Parque Estadual da Serra do Mar, e é formado por três cachoeiras. Com nível moderado, o percurso segue entre rio e mata, levando até as quedas da Hidromassagem (900 metros), da Pedra Lisa (um quilômetro) e Samambaiaçu (1,2 quilômetro). Durante a trilha, além de mergulhar nas águas cristalinas das cachoeiras, é possível observar a rica biodiversidade da Mata Atlântica.

“São Sebastião é um destino encantador durante essa estação do ano e recebe muitos turistas, mesmo sendo uma época de baixa temporada. Nossas praias, como Maresias, Toque-Toque Grande e Juquehy, tornam-se destinos perfeitos para quem busca relaxar, praticar esportes aquáticos ou simplesmente contemplar um lindo pôr do sol. É um destino plural, com diversas atrações naturais, trilhas, eventos culturais e rica gastronomia. Estamos ansiosos para receber turistas de todas as partes do Brasil e do mundo, que escolhem São Sebastião como seu refúgio de primavera”, ressalta a secretária de Turismo de São Sebastião, Adriana Augusto Balbo.

Ubatuba

A Ilha das Couves, em Ubatuba. Foto: Divulgação/Setur Ubatuba.

Passando pelo mirante da Praia da Figueira e pelas praias da Lagoa, Ponta Aguda e Praia Mansa, a Trilha da Praia da Lagoa de Ubatuba tem duração de aproximadamente 4 horas com parada para banho de mar, banho na lagoa e visita às ruínas da antiga fazenda São Pedro de Alcântara. O percurso tem nível fácil para médio, em forma de circuito saindo e chegando no ponto de saída.

Já a Ilha das Couves, um dos atrativos mais conhecidos da cidade, está sob uma normativa que limita o tempo de permanência, quantidade de visitantes e somente embarcação cadastrada pode desembarcar. Saindo da cidade, há lanchas e escunas cadastradas para desembarcar na ilha. O lugar tem rica vida marinha que atrai mergulhadores de todo o país e, na faixa de areia de 60 metros, é possível aproveitar o sol e a beleza da vegetação nativa.

“A primavera no Litoral Norte é uma época em que a natureza desperta e as flores começam a desabrochar, as árvores a brotar folhas verdes e as paisagens ficam mais bonitas. Muitos destinos ao redor do mundo se esforçam para atrair visitantes durante esta estação; por isso, dentre as belezas naturais de Ubatuba, elencamos duas atividades que são muito procuradas pelos turistas nesta época do ano, como a Ilha das Couves e a trilha da Praia da Lagoa. Ficamos muito felizes em receber os turistas também nesta época do ano, que é o pontapé inicial para a alta temporada”, acrescenta o secretário Adjunto de Turismo de Ubatuba, Thiago Ramos.

Para conhecer as principais experiências do Litoral Norte, acesse circuitolitoralnorte.tur.br/experiencias. Consulte um receptivo local para garantir a qualidade e ter informações de cada passeio em circuitolitoralnorte.tur.br/guiageral.

(Fonte: Assimptur)

Circo Graffiti, após 15 anos, apresenta “Bossa Nova Cabaret Bar” no Teatro do Sesi SP

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Ary Brandi.

Depois de um hiato de quinze anos, o grupo paulistano Circo Graffiti estreia “Bossa Nova Cabaret Bar”, uma comédia de variedades com números musicais que trazem histórias livremente inspiradas em personagens, fatos e canções da Bossa Nova. A temporada segue até 4 de fevereiro de 2024 no Teatro do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp (Av. Paulista, 1313, São Paulo, SP). Os ingressos são gratuitos.

No elenco estão Rosi Campos, Helen Helene, Rachel Ripani, Luciano Schwab, Conrado Caputo, Danilo Martho, Diego Gazin, Efraim Ribeiro, Flávia Teixeira, João Pedro Attuy, Larissa Garcia, Naiara de Castro e Paloma Rodrigues. A ideia é misturar gerações de atores, com suas diferentes características e experiências, para falar de amor e de música.

O texto e a direção geral são de dois fundadores do Circo Graffiti, Helen Helene e Pedro Paulo Bogossian, que criaram um espetáculo de quadros que se passa em um bar com cenas inspiradas em canções do período inicial da Bossa Nova – principalmente entre o final de 1958 e 1963, justamente os anos que marcam os primeiros álbuns de João Gilberto. Cada cena traz um elemento teatral, circense ou de cabaré, misturando a linguagem sofisticada da bossa nova com o escracho, a poesia, as cores e a alegria do carnaval e se comunicando com públicos de diferentes idades e situações de vida.

Como é característico no trabalho do grupo, “Bossa Nova Cabaret Bar” traz o estilo de décadas de atuação do Circo Graffiti: ênfase na comédia musical, o texto inédito e muita música com arranjos inéditos. No caso do novo espetáculo, foi criada uma carnavalização da Bossa Nova sob o filtro do humor e do lirismo.

“Bossa Nova Cabaret Bar” é uma comédia musical cujo tema central, é claro, a Bossa Nova. A ação acontece no fictício espaço do “Copacabana Cabaret Bar”, em cenário criado por Attilio Martiñs, onde uma trupe de comediantes, atores e cantores faz um show sobre a Bossa Nova. Em cena, a banda formada por piano (Pedro Paulo Bogossian), Contrabaixo (Giullia Assmann), Bateria (Rodrigo Mardegan), Percussão (Jesum Biasin), Sax e Flauta (Ana Eliza Colomar) compõem este cenário, que traz ainda referências dos bares que revelaram muitos dos músicos da Bossa Nova, como uma paisagem básica do bairro carioca de Ipanema.

Cenário e figurino, assim como o texto, não buscam ser um documentário da época, mas trazer referências que fazem o espectador identificar o movimento. Por se tratar de uma comédia de quadros, cada um deles muitas vezes têm a sua estética, às vezes um pouco circense, um pouco clownesca, que também fazem parte da linguagem do grupo. É uma mistura desses elementos todos – a atmosfera de cabaret dos anos 1930, a música dos anos 1960, o trabalho do clown e do teatro de revista. “Nosso maior objetivo é o entretenimento do público através desse formato particular que é a marca registrada dos nossos espetáculos”, adianta Helen Helene. São vários episódios encadeados como uma revista musical e inspirados em shows de cabaré europeu e no teatro brasileiro. As músicas e os fatos desta época compõem o tema de cada cena formando o arco dramático. “A gente ri, se emociona e compartilha com prazer cada momento dessa viagem que é a cara do Brasil”, conta.

O que serviu de norte para a pesquisa musical foi o período áureo da Bossa Nova – entre 1958 e 1963. Essas canções geraram cenas e serviram de apoio de cenas que foram criadas independentemente da música. “De certo modo, nosso trabalho entende que a nossa comédia é gerada por alguns princípios que são o deslocamento, muitas vezes de época, de lugar. Então as canções vão receber um tratamento carnavalizado para compor essa nossa comédia”, conta Pedro Paulo Bogossian, diretor musical do espetáculo. Nenhuma canção aparece exatamente como ela foi gravada; elas receberam arranjos e instrumentações que muitas vezes dão aquele toque diferente. “Eu acredito que essas composições da bossa equilibram e revelam um modo de cantar brasileiro que foge dos cantores com as grandes vozes, o que causou na época um impacto muito grande e que segue até hoje. Na Bossa, se equilibram os instrumentos com a voz, um estilo de harmonia, ao mesmo tempo em que ela mistura ritmos como samba, jazz, e até um  toque de clássico”, completa Bogossian. Para retornar aos palcos em uma temporada longa (e gratuita), o Grupo escolheu como tema revalorizar a música brasileira. “A gente se considera um pouco herdeiro desse modo de fazer teatro, um teatro que passa pelas mudanças da sociedade, de como fazer comédia a partir desses elementos da revista”, diz Bogossian.

Isso resultou num projeto que é popular, falar do Brasil, da importância da música popular brasileira também para o mundo, como é a Bossa Nova. Também falar do hibridismo que vai fundar este estilo musical – que traz em sua formação o samba, o jazz e a coloquialidade de uma paisagem de uma determinada época, mas que vai se transformando também ao longo dos anos e está aí até hoje. “Também pensamos em trabalhar com atores mais jovens exatamente para haver essa troca sobre como fazer uma comédia musical nos dias de hoje e como esses atores jovens pensam no que seria como fazer uma comédia nesse estilo hoje”, conclui o artista.

Sobre o Teatro do Sesi-SP

 

O Teatro do Sesi-SP, do Centro Cultural Fiesp, um importante equipamento cultural de São Paulo, completa este ano 60 anos de atividades. Oferece ao seu público uma programação diversa, contundente e gratuita alinhada com os aspectos sociais e artísticos da contemporaneidade.

Com curadoria da equipe do Sesi-SP, os espetáculos apresentados, assim como toda a programação cultural da instituição, são captados por meio dos editais de chamamento lançados periodicamente, onde são selecionados projetos artísticos de todo o território nacional.

Em “Bossa Nova Cabaret Bar”, o Sesi-SP traz mais uma vez para o seu palco o genuíno teatro musical brasileiro, um resgate à nossa memória afetiva. É um agradável passeio ao universo da música popular brasileira, datada na memória de todos os que acompanharam este movimento artístico.

Sobre o Grupo Circo Grafitti

Formado pelas atrizes Rosi Campos, Helen Helene e pelo diretor musical Pedro Paulo Bogossian, o Circo Grafitti estreou em 1989 o espetáculo “Você Vai Ver O Que Você Vai Ver”, de Raymond Queneau, arrebatando 17 prêmios, inclusive o de melhor espetáculo representando o Brasil no exterior.

De lá para cá, a companhia lançou os espetáculos “Almanaque Brasil”, de Noemi Marinho (1993), “Ifigônia” (1994), “O Gato Preto” (2002), “Alô, Alô, Terezinha!” (2004) e uma variação deste musical, um remix, chamado “De Pernas Pro Ar!” (2006), que seguiu em viagem por diversas cidades. Todas as montagens ganharam muitos prêmios e indicações ao longo da trajetória do grupo.

Em paralelo, nestes quase 25 anos de estrada, seus integrantes estiveram em projetos artísticos diversos. Rosi Campos atuou em teatro, cinema e televisão. Helen Helene esteve em “Assembleia de Mulheres”, de Aristófanes, no SESI e em “Toda Nudez Será Castigada”, ambas dirigidas por Moacir Góes. Pedro Paulo Bogossian participou das montagens de diversos grupos paulistanos, tendo recebido o prêmio Shell em 2000 por “Filhos do Brasil”, espetáculo de Regina Galdino.

O trabalho do grupo se caracteriza por montagens de comédias musicais inéditas apoiadas em pesquisa e composição de textos e canções. Seus integrantes se valem da comicidade e do lirismo, mirando-se na tradição do teatro musical brasileiro do início do século XX. Seus espetáculos são marcados pela ausência da quarta parede, abertos a improvisos de momento, com humor refinado e perspicaz. Ao longo do tempo, seus integrantes aprimoraram suas potencialidades também como diretores, autores e produtores na área teatral.

Sinopse | “Bossa Nova Cabaret Bar” é uma comédia de variedades retratada em formato de um show, no fictício Copacabana Cabaret Bar, conduzido por uma trupe de comediantes cantores. Livremente inspirado em fatos, personagens e músicas da Bossa Nova, o espetáculo apresenta as canções emblemáticas do movimento em forma de números de mágica, quadro de bonecos, números de cortina com vedetes, paródias e números de plateia, bem como variadas performances musicais com o rearranjo das composições. Com o selo de qualidade do grupo Circo Grafitti, o espetáculo busca, além de entreter e divertir por meio de um humor refinado, cumprir a função social de mostrar ao público uma comédia musical brasileira, seja por seu conteúdo temático, estilo ou construção composicional em oposição a fórmulas importadas de entretenimento cultural.

FICHA TÉCNICA

Texto e Direção Geral: Helen Helene e Pedro Paulo Bogossian

Direção de atores: Helen Helene

Direção Musical: Pedro Paulo Bogossian

Elenco: Rosi Campos, Helen Helene, Rachel Ripani, Luciano Schwab, Conrado Caputo, Danilo Martho, Diego Gazin, Efraim Ribeiro, Flávia Teixeira, João Pedro Attuy, Larissa Garcia, Naiara de Castro, Paloma Rodrigues

Músicos: Pedro Paulo Bogossian – Piano, Ana Eliza Colomar – Sax / Flauta, Giullia Assmann – Contrabaixo, Jesum Biasin – Percussão, Rodrigo Mardegan – Bateria, Assistência de Direção: Sandra Mantovani, Assistência de Direção Musical: Pedro Ascaleta,

Visualidades

Cenografia e Figurinos: Attilio Martiñs, Visagismo: Anderson Bueno, Adereços de Cenário e Figurino: Sidnei Caria, Design de Bonecos: Sidnei Caria e Fotografia: Ary Brandi

Corpo

Direção de movimento e coreografia: JC Violla; Assistência de coreografia: Nelly Guedes

Preparação e tradução de LIBRAS: Mirian Caxilé

Iluminação

Design de Luz: Guilherme Bonfanti

Assistência e Operação de Luz: Francisco Turbiani

Operação de Seguidor: Lays Ventura

Sonorização

Design de Som: Luciano Manson e Gabriel Bocutti

Operador de Mesa: Gilbel Silva

Microfonista: Adriana Lima

Técnicos de Palco

Coordenador de Palco: Flávio Rodriguez

Camareiros: Ana Lúcia Arruda e Wellington Oliveira

Contrarregras: Flores Ayra e Sérgio Sasso

Roadie: Roupa Nova

Comunicação: Assessoria de Comunicação: Canal Aberto – Márcia Marques, Carol Zeferino e Daniele Valério

Produção: Direção de Planejamento e Produção: Fá Almeida, Coordenação de Produção: Karina Cardoso, Produção Executiva: Daniel Aureliano, Assistência de Produção: Eduardo Barros,

Assessoria Jurídica: F&R Advogados e Realização: Grupo Circo Grafitti e Diorama Casa de Produção.

Bossa Nova Cabaret Bar, do Grupo Circo Graffiti

Até 4 de fevereiro de 2024, de quinta a sábado, 20h; domingos, às 19h

Local: Teatro do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp

Endereço: Avenida Paulista, 1313 – Jardins, São Paulo/SP

Ingressos: gratuitos e liberados toda segunda-feira, a partir das 8h. Podem ser reservados no site www.sesisp.org.br/eventos

Duração: 100 minutos

Classificação indicativa:  12 anos

Acessibilidade: Sessões com Libras e Audiodescrição em 29/10, 26/11, 3/12 e 28/1.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Galeria Lume inaugura “Sobre Muros”, individual do fotógrafo Julio Bittencourt

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Julio Bittencourt.

Com a queda do Muro de Berlim, marcando de vez o fim da Guerra Fria, pintou-se no mundo a imagem de uma sociedade menos dividida, um só povo – chegavam ao fim as barreiras que nos separavam. Contudo, ao ajustarmos nosso foco de percepção podemos ver que, mais do que nunca, estamos cercados de barreiras, talvez agora mais sociais do que físicas, porém tão robustas quanto o antigo muro de concreto. Na exposição “Sobre Muros”, a ser inaugurada sábado, 21 de outubro, na Galeria Lume, o fotógrafo Julio Bittencourt apresenta obras que abordam as diversas formas que esses muros se constroem no cotidiano. A qualidade tangível de um muro já não é mais sua característica mais marcante. Os muros estão ao nosso redor, em tudo que vemos e vivemos, física ou virtualmente.

As paredes, tanto reais como virtuais ou psíquicas, tentam oferecer o que Heidegger chamou de “uma imagem tranquilizadora do mundo”, no qual todos devem existir segundo um modelo, uma integração sócio-psíquica única. Assim, em várias situações, a exclusão decorre sobretudo dos conflitos de identidade e da violência que eles podem envolver. Os muros explicitam uma realidade do mundo reduzida a uma clara distinção entre “nós” e “os outros “, entre dentro e fora, entre amigo e inimigo. Entre o lado bom e o lado ruim da parede, entre conhecido e desconhecido, entre rico e pobre, entre seguro e arriscado, entre desejado e indesejável. Nesse sentido, a parede marca a assimetria, materializa a diferença e o desequilíbrio produzidos por uma separação muitas vezes desejada e sofrida. Mas seria possível uma sociedade cujos muros de fato deixem de existir? Até mesmo o artista cria algumas paredes ao tentar simplificar o mundo enquadrando-o, como fazemos na fotografia.

Em sua terceira individual na Galeria Lume, mais uma vez colocando em questão temas caros à forma como convivemos em sociedade, Bittencourt expõe – em paredes – os muros incomuns que registra durante sua produção, de pontas de lança usadas nos topos dos portões ou o do muro da virtualidade da imagem, a rostos famosos que ilustram as cédulas do que talvez seja o maior dos muros do mundo em que vivemos: o dinheiro. Ao adentrar as salas da galeria, o visitante percebe o que o que se ignora ou finge desperceber: estamos cercados.

Sobre o artista Julio Bittencourt – São Paulo, 1980 | Vive e trabalha em Paris, França.

Julio Bittencourt nasceu em 1980 no Brasil e cresceu entre São Paulo e Nova York. Seus projetos foram exibidos em galerias e museus de diversos países e seus trabalhos publicados em veículos como Foam Magazine, GEO, TIME, The Wall Street Journal, Courrier International, C Photo, The Guardian, The New Yorker, Esquire, Financial Times, Los Angeles Times e Leica World Magazine, entre muitos outros. É autor de três livros: “Em uma janela do Prédio Prestes Maia 911”, “Ramos” e “Mar Morto”. Atualmente vive e trabalha em Paris.

Sobre a Galeria Lume

A Galeria Lume foi fundada em 2011 com a proposta de fomentar o desenvolvimento de processos criativos contemporâneos ao lado de seus artistas e curadores convidados. Dirigida por Paulo Kassab Jr. e Victoria Zuffo, a Lume se dedica a romper fronteiras entre diferentes disciplinas e linguagens, através de um modelo único e audacioso que reforça o papel de São Paulo como um hub cultural e cidade em franca efervescência criativa.

A galeria representa um seleto grupo de artistas estabelecidos e emergentes, dedicada à introdução da arte em todas as suas mídias, voltados para a audiência nacional e internacional, por meio de um programa de exposições plural e associado a ideias que inspiram e impulsionam a discussão do espírito de época. Foca-se também no diálogo entre a produção de seus artistas e instituições, museus e coleções de relevância. A presença ativa e orgânica da galeria no circuito resulta na difusão de suas propostas entre as mais importantes feiras de arte da atualidade, além de integrar e acompanhar também feiras alternativas. A galeria aposta na produção de publicações de seus artistas e realização de material para pesquisa e registro. Da mesma forma, a Lume se disponibiliza como espaço de reflexão e discussão. Recebe palestras, performances, seminários e apresentações artísticas de natureza diversa.

Serviço:

Sobre Muros

Texto crítico: Paulo Kassab Jr.

Local: Galeria Lume

Abertura: 21 de outubro, sábado, das 11h às 17h

Período expositivo: 21 de outubro de 2023 a 25 de novembro de 2023

Horário de visitação: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 15h

Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo – SP

Entrada gratuita

Informações para o público: tel.: 55 (11) 4883-0351

e-mail: contato@galerialume.com

www.instagram.com/galerialume/

www.facebook.com/GaleriaLume

www.galerialume.com/.

(Fonte: Galeria Lume)

Exposição “Estupefaciente” de Shirley Cipullo busca desvendar impactos da Internet na saúde mental da juventude

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A artista visual Shirley Cipullo apresenta na Casa das Caldeiras, em São Paulo, a exposição “Estupefaciente”. Provocativa e instigante, a mostra é uma imersão no mundo tóxico que a internet pode se tornar quando utilizada de maneira excessiva, especialmente por crianças e adolescentes. A mostra ocorre até 29 de outubro, de quinta a domingo.

Ao explorar os efeitos da era digital em nosso cotidiano, Shirley desvenda os fios intrincados da web trazendo à tona discussões sobre a aceleração do tempo e o distanciamento das relações fora do “mundo real”. A exposição é uma chamada à reflexão sobre os impactos nocivos e muitas vezes inadvertidos que a internet pode ter em nossa saúde mental.

Para criar esta exposição, a artista se aprofundou em estudos, leituras, documentários e palestras, além de consultar instituições médicas, pediátricas e psicanalíticas com o objetivo de trazer à tona as evidências sobre os desafios que a era digital impõe à saúde mental. Como resultado, traz uma coleção de obras utilizando materiais diversos como tinta, tecidos, cordas, barbantes e fios de internet.

Por meio de QR codes, os  visitantes têm a oportunidade de ouvir explicações em forma de áudio gravados pela própria artista sobre as obras expostas. Além disso, a mostra contará com visitas guiadas às quintas e sextas-feiras das 17h às 21h e, aos sábados e domingos, das 15h às 19h. Para participar basta agendar pelo e-mail atelieshirleycipullo@gmail.com.

Exposição Estupefaciente

Data: até 29 de outubro – quinta a domingo

Horário: quintas e sextas-feiras, das 17h às 21h; sábados e domingos, das 15h às 19h

Local: Casa das Caldeiras. Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 2000 – Água Branca, São Paulo (SP)

Visitas guiadas:

Quintas e sextas-feiras: 17h às 21h; sábados e domingos: 15h às 19h – Agendar pelo e-mail: atelieshirleycipullo@gmail.com

Para mais informações: (11) 99562-7630 | Instagram | e-mail: atelieshirleycipullo@gmail.com

Sobre Shirley Cipullo | É artista visual, ítalo-hispânica, descendente de imigrantes, com mais de 15 anos de carreira. Nascida no Brasil, teve seu primeiro contato com o fazer artístico em 2004. Desde então, passa a trabalhar com esculturas fazendo uso de diversos materiais como argila, bronze, resina, mármore, pintura em telas e instalações onde ousa experimentar novos materiais como fios, tecidos, redes, colagens e cordas.

(Fonte: Camila Barbosa Comunicação)

Como a seca na Amazônia afeta a segurança alimentar da região

Amazônia, por Kleber Patricio

Seca em outubro de 2023 no Rio Negro, no Amazonas. Foto: Prefeitura de Manaus.

Por Gabriel Costa Borba — Na Amazônia, estima-se que a pesca produza em média 173 mil toneladas de peixe por ano, gerando cerca de 389 milhões de reais. A região é considerada uma das maiores do mundo em consumo de peixe, que varia de 135 a 292 kg per capita ao ano, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Esse contexto de pesca abundante está em risco por causa da seca dos rios da região.

A captura de peixe é fortemente dependente das flutuações no nível de água, com períodos de águas baixas e altas que regulam a disponibilidade de alimento e abrigo para os peixes nos rios amazônicos. Esses rios estão em risco devido ao impacto de atividades humanas – ao alterar as flutuações no nível de água e o padrão de chuvas, os eventos climáticos extremos geram drásticas consequências para a pesca.

Além de rios com menos água, temos, no atual contexto, péssimas condições hídricas, como temperatura elevada e falta de oxigênio, o que resulta em uma maior mortalidade natural de peixes. Com menos peixes disponíveis, a própria segurança alimentar de populações locais se vê ameaçada.

O interessante de se observar é que ainda não temos total conhecimento sobre os prejuízos gerados pelos cenários de seca deste mês na pesca da região. A resposta das populações de peixe sob efeito de flutuações no nível de água leva um tempo, ou seja, os impactos da frequência e intensidade de eventos extremos nas últimas décadas só serão mapeados, totalmente, mais para a frente.

As espécies disponíveis para a captura no momento estiveram sob influência das flutuações no nível de água de anos anteriores. Por exemplo, o jaraqui, peixe emblemático da região amazônica que é capturado hoje, levou, em média, dois anos para atingir um tamanho corporal para ser pescado. Se os anos anteriores foram adequados para a espécie, com disponibilidade de alimento e abrigo, esse jaraqui sobreviveu e se desenvolveu, sendo capturado para fins comerciais.

Há, no entanto, uma percepção geral nas comunidades tradicionais indígenas e não indígenas da Amazônia de que houve uma diminuição na captura de espécies e uma redução do tamanho de peixes de interesse comercial nos últimos anos. Para elas, a pesca é fonte de subsistência importante, gerando renda e alimento.

O contexto se torna ainda mais drástico num país que não tem monitoramento oficial de desembarque pesqueiro na Amazônia desde o ano de 2011. O monitoramento tem o objetivo de conhecer quais são as comunidades pesqueiras que utilizam o acesso próximo ao porto para desembarque da sua produção, gerar informações e dados estatísticos sobre o desembarque pesqueiro e gerar análises dos possíveis impactos dos eventos climáticos extremos na pesca. A falta de dados afeta a capacidade de resposta de comunidades e a tomada de decisões políticas para preservar a pesca na região em tempos de eventos climáticos extremos.

Para enfrentar essa situação, é preciso criar planos de manejo da pesca adequados ao contexto de crise climática, unindo conhecimento tradicional e científico sobre a atividade e as flutuações no nível de água. Só assim se poderá minimizar os graves danos às populações locais que comercializam peixes e veem, agora, sua subsistência ameaçada.

Sobre o autor: Gabriel Costa Borba é doutorando em Fish and Wildlife Conservation na Virginia Tech e mestre em Ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

(Fonte: Agência Bori)