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Fundação SOS Mata Atlântica e Prefeitura de Itu inauguram Jardim de Chuva no Parque Ecológico do Taboão

Itu, por Kleber Patricio

Jardins de chuva são uma das soluções baseadas na natureza que utilizam a atividade biológica de plantas e microrganismos para remover os poluentes e aumentar a retenção e infiltração das águas pluviais, evitando alagamentos nos centros urbanos. Fotos: divulgação.

A Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com a Prefeitura de Itu e patrocínio da Ypê, realizou a instalação de um Jardim de Chuva no Parque Ecológico do Taboão, o primeiro em área pública no município. Também chamados de sistema de biorretenção, os jardins de chuva são uma solução baseada na natureza; isto é, uma infraestrutura que “imita” o comportamento da natureza para fornecer uma série de benefícios sustentáveis. Os jardins utilizam a atividade biológica de plantas e microrganismos para remover os poluentes das águas pluviais e contribuem para a retenção e infiltração das águas de chuva, evitando sobrecargas no sistema de drenagem e, consequentemente, inundações nos centros urbanos.

“É uma obra de engenharia sustentável que tem como objetivo criar um espaço altamente permeável estrategicamente posicionado para acomodar o escoamento das águas pluviais e assegurar sua impermeabilização. Além de contribuir para o valor ecológico, desempenha um papel significativo na melhoria estética e na preservação da biodiversidade local”, afirma Gustavo Veronesi, coordenador da causa Água Limpa da Fundação SOS Mata Atlântica.

O projeto considera a quantidade de água gerada em uma determinada área e a capacidade de permeabilidade do solo. Ele é realizado a partir da instalação de várias camadas: a mais profunda consiste em matacões (rachões), seguida por brita lavada. Mais próxima da superfície, são adicionados areia e substrato (terra) com cobertura vegetal (palha). É nessa última camada que são plantadas as espécies vegetais, que vão desempenhar papel essencial na drenagem do solo e na melhoria da qualidade da água.

Soluções baseadas na natureza recomendadas para empreendimentos localizados em áreas de mananciais – bacias de recarga, assim como em áreas sujeitas a inundações e/ou assoreamento de corpos d’água –, os jardins de chuva são abordagem de engenharia verde alinhada com o Plano Diretor municipal de Itu, aprovado em fevereiro de 2023. O jardim de chuvas foi inaugurado no dia 5 de outubro, com a realização de curso dirigido ao público geral.

Para Leonardo Tannous, da ÁguaV, responsável pelo projeto, é fundamental disseminar o conhecimento sobre os jardins de chuva e outras soluções baseadas na natureza como parte de um esforço coletivo para promover práticas sustentáveis. “Envolver a população nesse processo educacional é uma estratégia-chave para garantir que essas iniciativas ganhem aceitação e adesão. A conscientização sobre os benefícios dos jardins de chuva pode ser alcançada por meio de campanhas educativas, oficinas, seminários e ações comunitárias.

Além disso, parcerias entre governos locais, organizações não governamentais e a sociedade civil são essenciais para criar programas de incentivo e implementar políticas que incentivem a construção desses jardins em residências, escolas e espaços públicos”, afirma.

O resultado está aberto à visitação no Parque Ecológico do Taboão (av. Itu 400 Anos, 77, bairro Itu Novo Centro), em Itu (SP).

O jardim de chuva do Parque Ecológico do Taboão, parceria entre a SOS Mata Atlântica e a Prefeitura de Itu, teve projeto executivo, obra e curso realizados pela ÁguaV. Estão sendo produzidos um minidocumentário sobre o curso e um manual do jardim de chuva pelo Instituto Nova Água.

Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica | A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG ambiental brasileira que tem como missão inspirar a sociedade na defesa da Mata Atlântica. Atua na promoção de políticas públicas para a conservação do bioma mais ameaçado do Brasil por meio do monitoramento da floresta, produção de estudos, projetos demonstrativos, diálogo com setores públicos e privados, aprimoramento da legislação ambiental, comunicação e engajamento da sociedade.

(Fonte: Pensata Comunicação)

A importância de escovar os dentes dos pets

Campinas, por Kleber Patricio

A tutora Juliana Bonetto varia o acessório, escova de dentes ou dedeira, conforme a melhor adaptação do animal. Foto: Arquivo pessoal.

A necessidade da escovação diária da dentição dos pets vai muito além do incômodo ao tutor do mau hálito do animal. Uma gengivite, uma cárie ou a dor que o cão ou gato venham a sentir sem que o humano perceba faz o bichinho sofrer e pode até mudar de personalidade. A saúde bucal dos amados amigos de quatro patas deve ser uma preocupação vital para garantir seu bem-estar e qualidade de vida. As veterinárias especializadas Daniela Formaggio e Clarisse Moreira Teixeira, do Hospital Veterinário Taquaral de Campinas, destacam que a importância da prevenção, tratamento adequado e higienização regular evita problemas bucais que podem afetar a saúde geral dos animais de estimação.

Assim como em seres humanos, a prevenção desempenha um papel crucial na manutenção da saúde bucal de cães e gatos. As veterinárias recomendam iniciar uma rotina de cuidados bucais desde cedo, idealmente quando são filhotes. Isso ajuda os animais a se acostumarem com a manipulação da boca e a escovação dos dentes. A dica das especialistas é fazer da escovação uma experiência positiva, recompensando o filhote com carinho e petiscos após cada sessão.

“Comece aos poucos, com deslocação suave, muito carinho e gestos de brincadeira. Vá ampliando a área da escovação e os movimentos a cada dia, até que ele se habitue e toda a dentição, enfim, seja abrangida. Esse deve ser um momento de dedicação ao pet”, ensina Clarice, especializada em saúde oral veterinária.

Mesmo adotado já adulto, o cãozinho Fidel foi acostumado a fazer a higiene bucal diariamente. Foto: Arquivo pessoal.

Daniela complementa: “Esse ritual diário é uma demonstração de amor ao seu pet e não pode ser feito às pressas”, lembra a médica especializada em felinos, oncologia e anestesiologia veterinária.

Problemas bucais não tratados podem levar a sérias complicações de saúde em cães e gatos. Além do mau hálito, condições como gengivite, periodontite e infecções dentárias podem afetar órgãos vitais, como coração e rins, devido à disseminação de bactérias por meio da corrente sanguínea. Portanto, o cuidado bucal não se limita apenas à boca, mas influencia a saúde geral do animal.

Como deve ser feita a higienização

A escovação regular dos dentes é a maneira mais eficaz de prevenir problemas bucais em cães e gatos. Use uma escova de dentes e pasta de dente específicas para animais de estimação, pois as pastas de dente humanas podem ser tóxicas para eles. Dra. Clarice enfatiza que se o animal tiver algum tipo de alergia à pasta disponível nos petshops, o produto pode ser manipulado em farmácias veterinárias e isentos de sabores ou fragrâncias.

Além disso, existem produtos mastigáveis e brinquedos projetados para ajudar a limpar os dentes dos animais. Mas somente eles não completam a higienização. Consulte sempre um veterinário para escolher o melhor método para o seu pet levando em consideração sua idade, raça e necessidades específicas.

Daniela Formaggio durante atendimento a felino no Hospital Veterinário Taquaral (HVT). Foto: Matheus Campos.

Cliente do HVT há 15 anos, a fisioterapeuta Juliana Bonetto ama animais e tem vários em casa. Depois de uma vivência marcante de um cãozinho que estava à beira da morte por apresentar diversos problemas de saúde, a equipe veterinária, que já tinha tratado e medicado diversos sintomas, alertou a tutora sobre a última tentativa, que seria anestesiar o pet para fazer uma profunda higienização bucal. Sem outra saída, Juliana apostou na expertise das especialistas e recorreu ao procedimento para tentar prolongar-lhe a vida. “Dias depois da cirurgia, inacreditavelmente ele foi melhorando e teve de volta a alegria que dor lhe tinha roubado. Foi um ensinamento pra mim e nunca mais deixei de cuidar da higiene bucal dos meus animais”, conta.

O engenheiro Allan Viola adotou o Fidel já adulto e se esmera em cuidar do seu pet de forma admirável. Também cliente do Hospital Veterinário Taquaral há quatro anos, Viola obedece fielmente às recomendações das veterinárias. Ele seguiu as orientações das especialistas de como iniciar a escovação mesmo sendo Fidel já adulto e hoje o hábito da higienização bucal é um momento de alegria e união entre os dois.

A veterinária Daniela resume: “Quem ama, cuida”.

Serviço:

Hospital Veterinário Taquaral – Campinas SP

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Endereço: Av. Heitor Penteado, 311, Taquaral (em frente ao portão 6 da Lagoa) – Campinas, SP

Funcionamento: 24 horas, sete dias por semana

Telefones: (19) 3255-3899 / WhatsApp: (19) 99256-5500.

(Fonte: Antonia Maria Zogaeb Assessoria de Imprensa)

Exposição “Constelações Sensoriais & Cartografias Visuais” reúne obras de 14 artistas na Unibes Cultural

São Paulo, por Kleber Patricio

“Polifonia Cromática” – Isabela Castro.

A Unibes Cultural abre suas portas para a exposição “Constelações Sensoriais & Cartografias Visuais”, a partir do dia 19 de outubro de 2023 (quinta-feira), das 18 às 21h, em Pinheiros. A mostra apresenta obras de 14 artistas visuais que compõem o recentemente estruturado Oito Coletivo (Aline Mac Cord, Angela Fernandes, Greicy Khafif, Isabela Castro, Julia Mota, Magna Sperb, Maiana Nussbacher, Maria Claudia Curimbaba, Orlando Facioli, Pedro Orlando, Rafa Diås, Renata Barreto, Rossana Jardim e Simone Höfling). A mostra segue em cartaz até o dia 19 de novembro de 2023.

A curadoria ficou sob responsabilidade do crítico e professor Andrés I. M.Hernández. “Ao me confrontar com as pesquisas dos artistas visuais do grupo, fiquei impressionado com a qualidade das pesquisas realizadas. Isso me fez aceitar o desafio de, em parceria com eles, organizar esta exposição. Nas pluralidades de modalidades artísticas contemporâneas que os artistas exploram e transportam para manifestos visuais com insistentes potencialidades artísticas e visuais, fica patente o urgente comprometimento individual, desde a arte, com questões sociais, assim como a com a atitude crítica para solucioná-las”, afirma.

As obras presentes na exposição vão além da estética visual, abraçando uma imensa variedade de estímulos sensoriais e explorando diferentes formas de assimilação pelo público. Os questionamentos que surgem a partir delas provocam reflexões sobre questões sociais e humanas. O resultado são obras que convidam a percepção ativa do espectador, fundindo-se com o ambiente arquitetônico único da Unibes Cultural.

“Pulsação” – Ângela Fernandes.

“Constelações Sensoriais & Cartografias Visuais” é uma experiência artística que transcende as normas tradicionais, provocando subjetividades além das convenções. As obras de arte abordam e questionam temas recorrentes da vida contemporânea, explorando essências e contradições a partir do fazer artístico de cada membro do grupo.

A exposição é uma oportunidade para sentir e refletir. À medida que os espectadores se aproximam, as sensações se intensificam, criando uma experiência inesquecível. Uma chance de ser parte de um diálogo visual e sensorial.

Performance “No Pelo” | Na abertura, acontece a performance “No Pelo”, do artista Pedro Orlando (como MC do Vale), às 19h. Por meio da exploração de uma indumentária feita com couro, o performer faz um paralelo entre movimentos e poses de dança ancestrais e clássicos com movimentos do mundo contemporâneo. Passa por poses de esculturas gregas ao movimento de funk carioca, um panorama do que é considerada a pose sexualizada.

Asa 3 – Rossana Jardim.

Sobre a Unibes Cultural | A Unibes Cultural iniciou as atividades em agosto de 2015 como resultado de estudos realizados nos anos anteriores pela Unibes (União Brasileiro Israelita do Bem Estar Social) a fim de definir uma nova proposta para a cidade de São Paulo: pensar a cultura como vetor de desenvolvimento social, assim como a educação, a saúde, a geração de renda e as outras atividades exercidas pela instituição há mais de cem anos.

Sobre o Oito Coletivo | O grupo formado em 2023 reúne 14 artistas com diferentes propostas visuais, sendo eles artistas visuais Aline Mac Cord, Angela Fernandes, Greicy Khafif, Isabela Castro, Julia Mota, Magna Sperb, Maiana Nussbacher, Maria Claudia Curimbaba, Orlando Facioli, Pedro Orlando, Rafa Diås, Renata Barreto, Rossana Jardim e Simone Hö̈fling.

Serviço:

Exposição “Constela̧ões Sensoriais & Cartografias Visuais”

Curadoria: Andrés I. M. Hernández

Artistas visuais: Aline Mac Cord, Angela Fernandes, Greicy Khafif, Isabela Castro, Julia Mota, Magna Sperb, Maiana Nussbacher, Maria Claudia Curimbaba, Orlando Facioli, Pedro Orlando, Rafa Diås, Renata Barreto, Rossana Jardim e Simone Höfling

Abertura: 19 de outubro de 2023 (quinta-feira), das 18 às 21h

Performance “No Pelo”, do artista visual Pedro Orlando (conhecido como MC do Vale): 19 de outubro de 2023 (quinta-feira) às 19h

Visitação: 19 de outubro a 19 de novembro de 2023 quarta a sábado, 12h às 19h; domingos, 12h às 18h

local: Unibes Cultural

Rua Oscar Freire, 2500 – Pinheiros – São Paulo – SP

Metrô: lado da estação Sumaré (linha 2 – Verde)

Valor: gratuito

Faixa etária: livre

Redes sociais:

Andrés I. M.Hernández @inocente1212 | Unibes Cultural @unibescultural | Aline Mac Cord @aline.maccord | Angela Fernandes @angelafernandes.atelier | Greicy Khafif @greicykhafif | Isabela Castro @isabelacastroo | Julia Mota @juliaaaamota | Magna Sperb @magnasperb.art | Maiana Nussbacher @maiananussbacher | Maria Claudia Curimbaba @maria_claudia_curimbaba | Orlando Facioli @orlandoacioli_art | Pedro Orlando @pedroorlandovale | Rafa Diås @rafaiasromero | Renata Barreto @renatabarreto_studio | Rossana Jardim @rossanajardim9 | Simone Höfling @simonehofling.

(Fonte: Marmiroli Comunicação)

Carnegie Hall aplaude de pé A Grande Noite Bossa Nova

Nova York, por Kleber Patricio

Carlinhos Brown, Carol Biazin, Alaíde Costa, Celeste, Seu Jorge e Menescal levaram ao Carnegie Hall os grandes clássicos da bossa. Fotos: Leandro Justen.

Mais de 60 anos depois, Nova York voltou a render suas homenagens à bossa nova. A batida diferente encantou o público que foi no último dia 8 ao Carnegie Hall conferir A Grande Noite – Bossa Nova, apresentação única reunindo Seu Jorge e Daniel Jobim com um elenco especial de artistas convidados. No palco, eles receberam Alaíde Costa, Roberto Menescal, Carlinhos Brown, Celeste e Carol Biazin, que interpretaram grandes clássicos do gênero. O show reuniu diferentes gerações de músicos em um tributo à apresentação histórica da bossa em 1962, no mesmo Stern Auditorium, que revelou ao mundo nomes como Tom Jobim, João Gilberto e Sérgio Mendes. Ao final, mais de 2.800 pessoas aplaudiram de pé a celebração da música brasileira.

O show teve Serginho Groisman (do programa “Altas Horas”) como mestre de cerimônias. Ele chamou ao palco Seu Jorge e Daniel Jobim, que abriram a noite com “Chega de Saudade”, “Samba de Uma Nota Só” e “Samba do Avião”. Ao piano, Daniel lembrou Tom Jobim em canções que imortalizaram a bossa. “É uma honra tocar na mesma casa que recebeu meu avô e tantos artistas geniais”, disse. Na sequência, Carlinhos Brown trouxe uma intepretação muito pessoal de “Aos pés da Santa Cruz” em homenagem a João Gilberto e introduziu “Ararinha”, de sua autoria. “Eu nasci em 1962, um ano luminoso para a bossa nova. Essa nova batida tornou-se parte da nossa identidade, um passaporte que abriu caminhos para o Brasil no exterior. Um Brasil que fala aos corações do mundo através da bossa”, destacou.

Uma das precursoras da bossa, Alaíde Costa, 87 anos, foi a mais aplaudida da noite.

A grande surpresa da noite foi a cantora paranaense Carol Biazin, 26 anos, que interpretou “Samba de Verão” e “O Barquinho”, ao lado do veterano Roberto Menescal. “Sou profundamente grata pela chance de celebrar um gênero que levou a nossa cultura ao mundo. Sou fascinada pelos acordes e melodias da bossa. Ela sempre fez parte da minha vida e carrego muitas referências para minha carreira”, lembrou.

Menescal, 85 anos, subiu ao palco emocionado pelo fato de ser o único artista da noite a ter se apresentado no show histórico de 1962. “O Barquinho”, de sua autoria e de Ronaldo Bôscoli, voltou a fazer história no Carnegie. Os versos “O barquinho vai / A tardinha cai…” embalaram a plateia, que respondeu em uníssono. Ao violão, Menescal também fez duetos com os demais artistas convidados para o show. “Foi tão bom que já estou animado para o show dos próximos 60 anos”, brincou.

O compositor e violonista acompanhou Seu Jorge em “A Felicidade” e depois recebeu Alaíde Costa em um momento marcante da apresentação. Uma das precursoras da bossa, Alaíde, 87 anos, foi a mais aplaudida da noite. Ela tinha ficado de fora do grupo de artistas convidados para o show de 1962. Desta vez, pôde concretizar o sonho de cantar no Carnegie, apresentando “Sabe Você” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes) e “Demais” (Tom Jobim). Para ela, foi a reparação de uma injustiça histórica.

Ao piano, Daniel Jobim lembrou o avô Tom Jobim em canções que imortalizaram a bossa.

Seu Jorge e Daniel voltaram ao palco para apresentar “Dindi” e “Retrato em Branco e Preto”, de Tom Jobim (a primeira em parceria com Aloysio de Olivera; a segunda, com Chico Buarque). A cantora britânica Celeste, revelação da soul music e do R&B – fez uma releitura tocante de “How Insensitive” (“Insensatez”), outro clássico do maestro, acompanhada de Menescal ao violão. “Ela cantou tão bonito. Fiquei arrepiado por dentro, que coisa maravilhosa”, elogiou Seu Jorge.

A noite terminou com Seu Jorge e Daniel emendando mais uma sequência de clássicos de Tom Jobim, como “Águas de Março”, “Wave” e “Corcovado”. Mas o público queria mais. O bis veio com “Desafinado”. Depois o elenco todo voltou ao palco para se despedir com “Garota de Ipanema”.

A Grande Noite Bossa Nova foi idealizada pelo cantor e compositor Max Viana, também diretor artístico do show. O empresário Fabio Almeida, sócio da Join Entretenimento (responsável pela realização do evento), se diz orgulhoso por reunir um time especial de artistas para a Grande Noite. “Foi muito gratificante ver a cultura brasileira em um lugar de tanta visibilidade e importância. O retorno desse evento não é apenas para os artistas que estavam ali no Carnegie, mas para todos os que batalham pela música brasileira. A Join se coloca nesse papel. Muitos outros projetos com essa relevância virão no futuro próximo, unindo gerações da música que interagem com essa harmonia e respeito pela nossa cultura”, garantiu.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Livros: “A música e os músicos em Tempos de Intolerância: o Holocauto”

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro.

Depois de dez anos de pesquisa, será lançado este mês, em três capitais – São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro –, o livro “A música e os músicos em Tempos de Intolerância: o Holocausto” (Editora Rio Books), da historiadora Silvia Lerner. A publicação, inédita, primeira do gênero no Brasil, aborda a música produzida durante o período do Holocausto nos guetos, campos de concentração, campos de extermínio e também nas florestas onde os guerrilheiros judeus se escondiam.

Os lançamentos serão realizados no dia 17 de outubro, às 19h, na Livraria da Vila, no Shopping Higienópolis, em São Paulo; no dia 22 de outubro, às 9h, no Museu do Holocausto de Curitiba, e no dia 23 de outubro, às 19h, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro.

“A música, assim como outras atividades culturais, visava a ocupar as pessoas daquele ‘mundo’. Por não terem acesso às armas, acabaram se refugiando no mundo das artes como forma de manter sua integridade física e moral, como forma de resistência psicológica”, afirma a autora Silvia Lerner.

Com 375 páginas, o livro faz parte do amplo estudo de Silvia Lerner sobre a cultura durante o Holocausto. O atual livro chega às livrarias dois anos depois do sucesso da publicação “Arte em Tempos de Intolerância: Theresienstadt” (2021), primeiro livro da série, no qual a historiadora abordou as artes visuais produzidas no único campo cultural do período.

Neste novo livro, no entanto, a autora fala sobre a música produzida em diversos guetos e campos. Ao longo de nove capítulos, com uma linguagem envolvente, a autora vai contextualizando o período historicamente, seguindo uma ordem cronológica e enumerando os locais onde as músicas eram produzidas. Todas as canções apresentadas no livro, escritas originalmente em iídiche ou alemão, foram traduzidas para o português pela autora. Para ouvi-las no original, o livro possui QR Codes fazendo o leitor mergulhar no universo musical daquela época.

De que se tem conhecimento, foram produzidas cerca de 300 músicas pelos judeus durante o Holocausto, em cerca de 30 locais.  Destas, a autora selecionou 31 para traduzir ou transliterar, contextualizando o espaço concentracionário onde ela foi produzida, o que aconteceu com seus autores, entre outras informações reveladas ao longo do livro. Até hoje, nenhuma dessas canções havia sido traduzida e tampouco havia sido feita uma pesquisa tão ampla sobre o tema.

O livro traz músicas que vão desde canções de ninar até músicas em ritmos variados, incluindo também as orquestras e os hinos dos campos de concentração, algo que era incentivado pelos líderes nazistas. No entanto, todas elas trazem, em comum, a melancolia. “Os temas das canções se referem à vida diária nos guetos e campos, apesar da condição depressiva dos prisioneiros, retratando seus medos e suas esperanças”, conta a autora, que completa: “não há músicas que evoquem tempos de normalidade, temas como amor e casamento, alegria com as crianças, alegria no trabalho e no estudo humor ou felicidade. A palavra saudade se tornou uma constante nessas músicas”, conta Silvia Lerner.

Durante a pesquisa, a autora se surpreendeu com a descoberta de diversas músicas em ritmo de tango, gênero musical surgido no início do século XX. “Os nazistas aceitavam o tango, por ser uma música de submissão, na qual o homem conduz a mulher na dança. Já o jazz, não era aceito por ser a música dos negros”, conta.

A historiadora e escritora Silvia Lerner. Foto: divulgação.

Sobre a autora | Silvia Rosa Nossek Lerner é brasileira, filha de pais sobreviventes do Holocausto. Professora especializada em estudos sobre o Holocausto, com graduação em Direito, História e Pedagogia, Pós-graduada em História do Século XX e mestrado em Psicanálise, Sociedade e Cultura. Tem vários artigos publicados e é autora dos livros “Liberdade de escolher como morrer: Resistência armada de judeus no Holocausto” (Imprimatur, 2015), “A música como memória de um drama: o Holocausto (Garamond, 2017), e “Arte em Tempos de Intolerância: Theresienstadt” (Rio Books, 2021).

Serviço:

Lançamento do livro “A música e os músicos em Tempos de Intolerância: o Holocausto” (Rio Books), de Silvia Lerner

São Paulo – 17 de outubro de 2023, às 19h, na Livraria da Vila, no Shopping Higienópolis

Curitiba – 22 de outubro de 2023, às 9h, no Museu do Holocausto de Curitiba

Rio de Janeiro – 23 de outubro de 2023, às 19h, Livraria da Travessa, Shopping Leblon

Preço: R$98,50

375 páginas

Formato: 23cmX23cm

Venda on-line com preço promocional de R$79,00: www.riobooks.com.br.

(Fonte: Midiarte Comunicação)