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Resiliência climática deve orientar desenvolvimento urbano, defende novo relatório

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Tales Ferretti/Unsplash.

Em novo relatório do Climate Crisis Advisory Group (CCAG) lançado na última quarta-feira (20), especialistas globais em mudança climática argumentam que a resiliência climática deve ser adotada como um princípio orientador em todo desenvolvimento urbano, dada a exposição extrema das cidades ao risco climático.

O estudo veio à tona na semana em que o Brasil enfrenta recordes históricos de temperaturas durante o inverno, com termômetros passando de 40 graus Celsius na maior parte do país — com exceção da região Sul, que sofre com chuvas e enchentes.

O Climate Crisis Advisory Group (CCAG) identifica três vertentes da resiliência climática e as principais áreas de foco da resiliência para ambos governos locais e nacionais: pessoas e meios de subsistência, economia e custos e cadeias de abastecimentos globais. Com relação às pessoas, o foco da resiliência estará nas localizações costeiras das cidades, na migração climática e no aumento da população urbana vulnerável em países mais pobres. Segundo o documento, a grande prioridade das estratégias de resiliência das cidades será proteger pessoas e meios de subsistência com envolvimento da comunidade local.

Neste cenário, o custo econômico será superior a tudo o que foi experimentado até agora, com sobrecarga de estruturas existentes. Aumentar a resiliência e prevenir perdas econômicas deve guiar o planejamento e desenvolvimento urbano em cidades mais ricas. O foco da resiliência, em terceiro lugar, deve estar nas cadeias de abastecimento globais que, no momento, são frágeis. Diante de eventos climáticos extremos múltiplos, em várias regiões do globo, será preciso fortalecer essa cadeia para evitar a escassez de produtos e alimentos em todo o mundo.

O relatório também aponta que, embora as cidades “antigas” e “novas” enfrentem frequentemente riscos climáticos semelhantes, suas preocupações diferem. As cidades antigas, muitas vezes na Europa ou na América do Norte, visam proteger o que já existe de estrutura, com perdas econômicas e danos como sua principal preocupação. Em contraste, em novos centros urbanos, em rápida expansão em países em desenvolvimento da Ásia, como Dhaka, em Bangladesh, muitas infraestruturas necessárias para a resiliência climática ainda precisam ser construídas. Assim, essas cidades enfrentam desafios mais dinâmicos e difíceis de navegar.

Neste contexto, as cidades brasileiras também precisam criar suas próprias estratégias de resiliência. “As mudanças climáticas estão intensificando o risco de inundações, secas e deslizamentos de terra, que terão efeitos devastadores em todo o Brasil. De acordo com o Banco Mundial, estes choques poderão levar até três milhões de pessoas à pobreza extrema já em 2030. No entanto, o processo de reforço da resiliência climática e de preservação do crescimento econômico deve ser equitativo e justo”, comenta o pesquisador Gustavo Alves Luedemann, membro do CCAG.

A maioria da população mundial vive em cidades – e, apesar de ocupar apenas 2% da superfície mundial, os centros urbanos representam mais de dois terços do consumo global de energia. O relatório argumenta que focar na redução de emissões de gases de efeito estufa nas cidades pode mudar a trajetória das emissões globais e evitar o pior cenário de aumento de temperatura. Ele cita três grandes pontos para chegar a uma cidade resiliente, com baixa emissão de carbono: finanças, coordenação e planejamento.

Os especialistas apontam a existência de uma lacuna atual no financiamento climático que se estima ser superior a 630 mil milhões de dólares por ano. O financiamento privado tem um papel claro a desempenhar na condução da mudança nas cidades para emissões líquidas zero à medida que provavelmente proporcionará entre 80 a 90% do investimento total na transição nas próximas décadas. Apesar disso, o documento salienta que a maior parte do investimento privado continua a fluir para ativos com alto teor de carbono. Falhas de regulação e de mercado também fazem com que exista um desalinhamento de interesses entre financiadores, governos e sociedade com relação ao enfrentamento da crise climática. É preciso reverter esse processo e promover o investimento em cidades habitáveis com emissões líquidas zero.

Para isso, será preciso uma forte integração entre as múltiplas partes interessadas com consistência e coerência na formulação de políticas, planos e regulamentos. Essa coordenação, segundo o relatório, está lado a lado com um planejamento de longo prazo, com regulamentos de construção de resiliência climática em cidades e orientações específicas.

O financiamento, o planejamento e a coordenação devem apontar todos na mesma direção: promover o clima resiliência nas cidades, reduzindo as emissões nas construções de prédios e estabelecendo políticas verdes de transporte público e tráfego. “Os governos também devem estabelecer caminhos e códigos obrigatórios para alcançar carbono zero para edifícios novos e antigos o mais rápido possível possível”, orientam os especialistas.

O relatório faz parte de uma série de análises feitas de forma independente pelo CCAG – e divulgadas, em primeira mão, para jornalistas brasileiros pela Agência Bori (veja relatórios anteriores aqui e aqui). O CCAG reúne 15 especialistas do clima de 10 países diferentes, com a missão de impactar na tomada de decisão sobre a crise climática.

(Fonte: Agência Bori)

Festival literário em São Sebastião reúne dezenas de atrações gratuitas

São Sebastião, por Kleber Patricio

Ailton Krenak, escritor e liderança indígena (foto: divulgação), a compositora e cantora Tulipa Ruiz (foto: Nino Andres Biasizzo) e o slammer e poeta Lucas Afonso (foto: Tiggaz) são algumas das atrações do festival literário que movimentará São Sebastião (SP). Fotos: divulgação.

O FLI – Festival Literário que desde 2013 acontece na região do Vale do Ribeira – expande seus horizontes e agora, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Sebastião, realiza edição especial na cidade mais antiga do litoral norte. A edição especial do FLI & São Sebastião Literária acontece no dia 7 de outubro, das 13h às 23h, no Complexo Turístico da Rua da Praia.

Localizado no Centro Histórico de São Sebastião, o espaço será o epicentro do encontro entre diversas vozes, saberes, escritos e memórias. Também acessível em Libras, o Festival irá promover reflexões, debates e diálogos sobre cultura, literatura, território e identidades, shows, manifestações tradicionais, troca e lançamento de livros de livros, atividades de formação para professores de escolas públicas e muito mais.

O FLI é uma ação realizada pelo Programa Oficinas Culturais por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis. Nesta edição, o evento conta com a correalização da Prefeitura Municipal de São Sebastião por meio da Fundass – Fundação Educacional e Cultural de São Sebastião Deodato Sant’Anna, além da parceira do SP Leituras e SisEB.

Fique por dentro da agenda do FLI & São Sebastião Literária – Edição Especial:

7 de outubro

Poesia

Com a participação de artistas renomados e coletivos locais, dentre as atrações literárias terá o momento do FLISARAU, a partir das 18h20, comandado pelo MC, poeta e slammer Lucas Afonso, da periferia da zona leste de São Paulo, campeão do Slam Brasil e representante brasileiro em uma das edições da Copa do Mundo de Poesias na França.

O FLISARAU contará com as participações de coletivos de poesias, de rima e musicais do litoral norte paulista; entre eles, o A ESTTG (A Estratégia), banda sebastianense, Coral da Aldeia Rio Silveira, grupo cultural da reserva indígena localizada entre as cidades de São Sebastião e Bertioga, e Batalha do Verso, roda de rimas mais antiga do litoral norte (Boiçucanga). Para aqueles que desejam participar, haverá um microfone aberto e com inscrições disponíveis 1 hora antes do início da atividade.

Encerrando a noite, a partir das 22h, a cantora e compositora Tulipa Ruiz, aclamada como uma das vozes mais marcantes de sua geração, dividirá o palco com as cantoras e compositoras Juçara Marçal e Assucena. Com direção musical de Gustavo Ruiz, este show inédito promete oferecer uma experiência única formada por sucessos individuais de cada artista, além da cantautora Tulipa revisitar o próprio som de mais de uma década.

Teatro

Durante o dia, apresentações cênicas movimentam o festival literário. É o caso do Circo Navegador com o palhaço Surubim, que encanta a plateia com a ingenuidade no espetáculo circense “Om Co Tô? Quem Co Sô? Prom Co Vô?”, às 13h40. O personagem passa por situações de tensão, emoção e muita graça, se equilibrando entre o deboche e a elegância.

Às 16h terá a contação de histórias Parindo Cabaças, com o núcleo de pesquisa e criação de narrativas pretas Agbalá Conta. A história narra a dupla de guardiãs, pequenas cabaças mágicas levadas em uma caminhada pelo espaço. O público escolhe uma pequena cabaça que é aberta com música e magia.

A última contação de histórias será às 20h20 com a poeta Lavinia de Matos, que apresentará “Ondas do Mar”. Trata-se de uma homenagem ao encontro com Seu Manoel Francisco Ferro, pescador sebastianense com uma linda história de vida.

Autógrafos e conversas com escritores

Com o objetivo de apresentar novos escritores e autores renomados da região, haverá o FLI entrevista, com a autora Janaina de Figueiredo, sebastianense finalista do Prêmio Jabuti 2022 com “Formigável” (Aletria, 2021). O bate-papo será direcionado pelos autores Raquel Matsushita e Junião com mediação de Isabel Galvanese, jornalista e editora, a partir das 14h40. A abordagem será em torno do livro “Formigável” e o universo da literatura infantil, com destaque para a questão da representatividade.

Das 15h às 20h30 será a vez da Sessão de autógrafos: autores do litoral norte. O público terá oportunidade de conhecer a diversidade da escrita dos escritores da região e comprar os livros de diferentes linguagens e gêneros literários. Esta atração também está disponível a escritores que irão lançar ou querem ampliar a divulgação das obras autorais no festival, com inscrição aberta neste link até 28 de setembro, com as regras listadas.

Já a atividade Distorcer Raízes: Histórias de tempo e deslocamento contará com a presença de quatro autoras de diferentes gêneros literários: Eda Nagayama, atriz e escritora, Helena Silvestre, escritora e editora, Isabel Lagedo, poeta e arte-educadora, e Nicia Guerriero, fotógrafa e escritora. A conversa será mediada por Daniela Outi, jornalista e editora, abordando sobre a relação com o tempo, o território e a influência que o deslocamento exerce nas obras e processos das escritoras. O encontro será das 17h às 18h20, com a sessão de autógrafos no final.

O evento proporcionará ao público a oportunidade de participar da Sessão de autógrafos e lançamento do livro “Futuro e memória: escrevivências do Litoral Norte”, fruto das oficinas de escrita criativa que aconteceram nos municípios de São Sebastião, Ilhabela, Bertioga, Ubatuba e Caraguatatuba neste ano. A atriz e escritora Eda Nagayama, a escritora Helena Silvestre, a poeta e artista educadora Isabel Lagedo e autores da coletânea estarão presentes. O evento ocorrerá das 19h20 às 20h30 e exemplares do livro serão distribuídos gratuitamente.

Finalizando as entrevistas, às 20h30, o FLI & São Sebastião Literária – Edição Especial recebe Ailton Krenak, liderança indígena, Doutor Honoris Causa pela UFRJ e autor de livros como “Ideias para adiar o fim do mundo” e “Futuro ancestral”. O escritor e ativista socioambiental vai conversar com o público, com Neide Palumbo, contadora de histórias, e Cristine Takuá, educadora da Aldeia Rio Silveira. A mediação é feita por Viviane Luiz, escritora e professora do Quilombo Ivaporunduva (Vale do Ribeira).

Oficina | O FLI também se atenta às formações para a escrita e oralidades criativas realizando essas atividades nos últimos anos. Na passagem por São Sebastião, a Oficina de caderno de sonhos e intenções, aplicada por artesãs da Papel do Quintal em 7/10, das 17h às 19h, oferecerá recursos de encadernação artesanal e colagens aos participantes que buscam desenvolver o próprio caderno de registro das vontades e planos como ferramentas de bem viver. A inscrição é feita no local a partir das 16h e possui 20 vagas.

Olhar Pedagógico | A formação Para contar histórias, beba poesia, voltada para professores da rede pública municipal e estadual de ensino de São Sebastião, está programada para o dia 6 de outubro, sexta-feira, das 9h às 11h e 15h às 17h. No Teatro Municipal de São Sebastião, Débora Kikuti, arte-educadora com quase 30 anos de trajetória, compartilhará experiências e proposição de jogos lúdicos por meio das práticas de escuta e de narração.

A programação completa do FLI & São Sebastião Literária – Edição Especial está no site do programa Oficinas Culturais, com detalhes dos convidados (as), informações sobre a retirada de ingressos e links para as inscrições – clique aqui.

Serviço:

Local: Complexo Turístico da Rua da Praia (Centro Histórico)

Endereço: Av. Dr. Altino Arantes, 308 – Centro – São Sebastião/SP

FLI & São Sebastião Literária – Edição Especial

7/10 – sábado

Confira a programação completa aqui.

(Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo)

Espetáculo “Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery” atualiza clássico de Plínio Marcos com entregadores e universitários periféricos

São Paulo, por Kleber Patricio

Escrita em 1966, a peça “Dois Perdidos numa Noite Suja”, de Plínio Marcos, aborda a precariedade no mundo do trabalho e as práticas de destituição da vida. Em montagem dirigida por José Fernando Peixoto de Azevedo, essa temática é atualizada a partir de uma perspectiva inter-racial. O espetáculo estreia no Teatro Aliança Francesa em uma temporada que vai até 26 de novembro de 2023, com sessões aos sábados, às 20h30 e, aos domingos, às 18h30. Os ingressos custam R$60 (inteira) e R$30 (meia). Com Michel Pereira e Lucas Rosário, “Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery” mantém o texto de Plínio Marcos na íntegra. Entretanto, os personagens que eram carregadores de caminhão no original se transformaram em entregadores delivery nesta nova proposta.

Além disso, na história dirigida por José Fernando, Tonho é um jovem negro e Paco, um jovem branco. Ambos são da periferia e vivem em uma residência estudantil, pois estão lutando para se manter na universidade. “Queríamos atualizar a peça sem alterar o texto. Foi quando o Michel teve a ideia de transformá-los em entregadores. Essa precarização total da vida acaba se revelando um desdobramento daquilo que já aparece no texto de Plínio”, comenta o encenador.

A mistura desses dois universos, verificável hoje na vida universitária pós-cotas, em que permanência e acolhimento são demandas que emergem num contexto ainda inóspito, dão a ver o tom e a fisionomia de um país em que as promessas de mobilidade social revelam o seu fundo falso no cotidiano. “Durante a pandemia, ficávamos reclusos nas nossas casas enquanto os entregadores trabalhavam pesado. Muitas matérias foram escritas com essa temática e resolvemos explorar isso na montagem. Há diversas referências, como o livro ‘Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0’ (2020), do sociólogo Ricardo Antunes”, conta Michel.

Sobre a encenação

Toda a ação acontece dentro de um quarto, que é o espaço habitado pelos protagonistas. No cenário está presente uma cama, que se converte em um objeto de disputa muito importante. Ao mesmo tempo, existe a presença da câmera como um instrumento complementar à narrativa. Desta vez, o trânsito, entre imagens captadas ao vivo e gravadas, desdobra outros aspectos da linguagem cinematográfica em jogo – marca registrada de Azevedo.

O espetáculo é permeado por uma forte sensação de claustrofobia. Tonho e Paco vivem de maneira miserável e lutam diariamente pela sobrevivência. A convivência deles naquele ambiente minúsculo ganha contornos violentos, potencializados por questões relativas ao convívio inter-racial. “Pode-se dizer que Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery é uma continuidade ao trabalho que desenvolvi em Ensaio sobre o Terror. Isso porque as duas peças discutem a dessolidarização entre brancos pobres e negros pobres. E quando colocamos esses dois jovens periféricos morando juntos em uma situação de igualdade, o que deveria se tornar uma aliança transforma-se em ressentimento e disputa”, detalha o diretor.

A peça de Plínio Marcos foi escrita com inspiração no conto “O Terror de Roma”, de Alberto Moravia. A filiação aponta já para um duplo movimento: um realismo, em chave crítica, depurado em linguagem, de um lado, e a intuição sobre a violência como uma instância de terror, de outro. Esses elementos também dialogam com a pesquisa desenvolvida por Azevedo.

Sinopse | Tonho, um jovem negro, e Paco, um jovem branco, são da periferia e dividem uma residência estudantil. Eles têm um cotidiano ambivalente, entre a chegada na universidade e a dificuldade de permanência. Os dois ganham a vida como entregadores delivery. A mistura insuspeitada desses dois universos, verificável já hoje na vida universitária pós-cotas, dá o tom e a fisionomia de um país no qual as promessas de mobilidade social revelam o seu fundo falso no cotidiano supressivo. Mais sobre.

O diretor | José Fernando Peixoto de Azevedo (São Paulo, SP, 1974), Doutor em filosofia pela USP, é pesquisador, dramaturgo e diretor de teatro e filmes, além de professor da Escola de Arte Dramática (EAD) e do Programa de pós-graduação em artes cênicas, ambos da Escola de Comunicações e Artes da USP, onde também colaborou no Curso Superior do Audiovisual do departamento de Cinema, Rádio e Televisão. Fundou, em 1997, o Teatro dos Narradores, onde realizou, entre outros espetáculos, “Cidade vodu” (2016) e “Cidade fim, cidade coro, cidade reverso” (2011). Também colabora como diretor e dramaturgo no grupo Os Crespos. Dirigiu recentemente “Um inimigo do povo” (2022), “As mãos sujas” (2019) e “Navalha na carne negra” (2018). Publicou “Eu, um crioulo” (editora n-1, 2018) e organizou “Próximo ato: teatro de grupo” (Itaú Cultural, 2011), com Antônio Araújo e Maria Tendlau. É autor de artigos e peças em revistas e livros no Brasil, EUA, Alemanha e Espanha. Tem desenvolvido trabalhos também em Berlim. É coordenador da coleção Encruzilhada da editora Cobogó. Desde agosto de 2023, é diretor do Teatro da Universidade de São Paulo.

Atores:

Michel Pereira é um ator mineiro residente em São Paulo. Iniciou sua formação em 2013 no Globe-SP, coordenado por Ulysses Cruz. Cursou também, em 2017, o NAC – Núcleo de Artes Cênicas, dirigido por Lee Taylor. Em 2018, integrou o Núcleo de Artes Cênicas do SESI SP sob coordenação de Miriam Rinaldi. Formou-se, em 2023, na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD-ECA/USP). É palhaço, com técnica e aprendizado desenvolvidos no estúdio Oito Nova Dança, com Cristiane Paoli Quito. O artista está no elenco das séries “Chuva Negra” e “A Mesa”, ambas do Canal Brasil e disponíveis no Globoplay. Recentemente, gravou o longa-metragem “Passagrana”, com direção de Ravel Cabral, e a série “Sutura”, para o Star Plus.

Lucas Rosário é formado em Artes Cênicas no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, de Tatuí-SP (2011/2013). Em 2014, em Lençóis Paulista, criou o Grupo Tertúlia Teatro, atuando na peça “Quando as Máquinas Param”, de Plínio Marcos. Em 2016, em São Paulo, integrou o espetáculo “O Desconhecido” e iniciou seus estudos no NAC – Núcleo de Artes Cênicas, atuando no espetáculo “Doc.Eremitas” (2016/2017), com direção de Lee Taylor. Atualmente, cursa interpretação na EAD – Escola de Arte Dramática e Letras/Inglês na FFLCH – faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, ambos na USP – Universidade de São Paulo.

Músicos em cena:

Mariê Olops é atriz e performer, além de ser pesquisadora do corpo e de vertentes sonoras na dança cênica, na dança cultural, na arte circense e no teatro. Em 2022, passa a integrar o coletivo Teatro da Matilha, compondo o elenco de dois espetáculos encenados em 2023: “Foda-se eu” e “Insolação”. Em junho desse mesmo ano estreia “Rito qualquer para qualquer coisa”, com direção de Tadzio Veiga, no Sesc Pompeia, uma parceria do eixo Fugaz  com o Teatro da Matilha. Realiza sua pesquisa sonora como DJ e compositora a partir dos estímulos pulsantes no corpo das intérpretes. Usa como base da investigação o funk e a cena eletrônica do techno paulista como pontos de convergência do seu som.

Mateus de Jesus atuou no Teatro do Kaos (2016/2018), em Cubatão. Já participou do coletivo Esquadrilha Marginalia, de teatro de rua, que ocupou o espaço Galpão Cultural (2016/2020). Estudou Humor na SP Escola de Teatro e atualmente cursa a Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP). Como músico, integrou a banda marcial de Cubatão, o programa BEC e o Conservatório Municipal de Cubatão, transitando entre o canto coral e o trompete.

FICHA TÉCNICA

Espaço cênico, dispositivo de imagem e direção geral: José Fernando Peixoto de Azevedo

Atuação: Michel Pereira e Lucas Rosário

Músicos em cena: Mateus Jesus e Mariê Olops

Operador de câmera: Nycholas Alves

Operador de imagem: Diego Roberto

Assistente de direção: Thaina Muniz

Desenho de Luz: Denilson Marques

Cenotecnia: Zito Rodrigues e Nilton Ruiz

Assessoria de imprensa: Canal Aberto

Produção executiva: Michel Pereira

Produção: Corpo Rastreado – Anderson Vieira.

Serviço:

Dois Perdidos numa Noite Suja – Delivery

Até 26 de novembro aos sábados, às 20h30 e, aos domingos, às 18h30

Teatro Aliança Francesa – Rua Gen. Jardim, 182 – Vila Buarque – São Paulo (SP)

Ingressos: R$60 (inteira), R$30 (meia) e R$20 (lista amiga)

Classificação indicativa sugerida: 16 anos

Duração: 90 minutos

Lotação: 50 lugares

Acessibilidade: elevador.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Secretaria de Justiça e Cidadania entrega restauração de prédio histórico em Espírito Santo do Pinhal

Espírito Santo do Pinhal, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/SJC-SP.

A Secretaria da Justiça e Cidadania entregou as obras de restauro do Museu e Biblioteca Municipal Dr. Abelardo Vergueiro César, em Santo Antônio do Pinhal. A cerimônia marcou a conclusão das obras, iniciadas em 2020, que contaram com investimento de R$870 mil. Deste total, a maior parte, cerca de R$800 mil, vieram de recursos do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (FID) vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo. O restante foi investido pelo Município como contrapartida.

Inaugurado em 1943, o museu tem importante acervo da memória do período da em que a sociedade era impulsionada pela cultura do café. A reforma recuperou o edifício de forma integral – desde a colocação de pisos até o forro, impermeabilização, tratamento das e do forro, até o tratamento de madeiras revestimento das paredes e fachada. O trabalho foi realizado para preservar a construção original, mas também agregou acessibilidade, garantindo a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida.

O FID tem como objetivo gerir os recursos destinados à reparação dos danos ao meio ambiente, aos bens de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ao consumidor, ao contribuinte, às pessoas com deficiência, ao idoso, à saúde pública, à habitação e urbanismo e à cidadania, bem como a qualquer outro interesse difuso ou coletivo no território do Estado.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Com cinco Patrimônios da Unesco, Panamá espera receber 20% a mais de turistas em relação ao ano passado

Panamá, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação/Promtur Panamá.

No Panamá, a preservação do patrimônio cultural e natural é de primordial importância para o país, que coloca a investigação científica, a conservação e a exploração na vanguarda da sua identidade. Com cinco Patrimônios Mundiais da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), incluindo o Casco Antiguo, que comemora este ano o 20º aniversário de sua nomeação, o Panamá é o destino ideal para viajantes que buscam mergulhar mais fundo e vivenciar momentos de transformação.

O Fundo de Promoção Turística do Panamá (Promtur), entidade líder no marketing de destinos, revelou os resultados das ações realizadas durante o primeiro semestre de 2023, marcando uma tendência positiva na recuperação do turismo como indústria fundamental para o país. Nesse sentido, Fernando Fondevila, CEO da Promtur Panamá, destacou que esperam atingir a meta de gerar um benefício econômico de US$1,8 bilhões de dólares. A administradora da Autoridade de Turismo do Panamá (ATP), Denise Guillén, indicou que até o final deste ano pretendem receber 2,3 milhões de turistas – um aumento em relação ao ano passado, 2022, quando foram recebidos 1,9 milhões. Os visitantes têm utilizado suas viagens principalmente para lazer, destacando a atração que o Panamá exerce como destino turístico. “Mantivemos um firme compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, criando um futuro em que o turismo não só enriquece as nossas vidas, mas também cuida e respeita o nosso património natural e cultural”, afirma Denise.

Ao visitar o Panamá Viejo hoje, é possível deparar-se com vários edifícios icônicos; entre eles, destaca-se a torre da catedral, o edifício mais alto do local. Esta foi também a primeira estrutura construída pelos espanhóis ao estabelecer a cidade, juntamente com a Plaza Mayor, que foi o centro da atividade social, econômica, religiosa, política e cultural da cidade durante o período colonial e onde é possível aprender sobre as estruturas do sítio arqueológico e em todas as suas fases: pré-hispânica, colonial e moderna.

Confira abaixo um verdadeiro guia de viagem com patrimônios da Unesco no Panamá, incluindo detalhes adicionais e as principais recomendações para garantir o itinerário mais impactante.

CULTURAL

Patrimônio Arqueológico do Panamá Viejo e Distrito Histórico do Panamá (foto acima)

Comemorando o 20º aniversário de sua inscrição como patrimônio da Unesco, o bairro remonta a 1673 e apresenta praças vibrantes e ruas pitorescas de tijolos cercadas por edifícios coloridos.

Caminhe pela Avenida A, a rua que vai da Plaza Herrera à Plaza de Francia, para desfrutar de boutiques e lojas de artesanato.

Visite a praça principal, Plaza Mayor, e faça uma parada na Catedral Metropolitana da Cidade do Panamá para descobrir a história religiosa.

Desfrute de vistas do horizonte da cidade e da baía no Paseo Esteban Huertas.

Visite o Museu do Canal do Panamá para saber mais sobre o famoso canal e o Museu Mola para apreciar a história do artesanato panamenho.

O Distrito Histórico também está no centro do cenário gastronômico da Cidade do Panamá, que foi apelidada de Cidade Criativa da Unesco em Gastronomia desde 2017. Desfrute de excelentes restaurantes e outras iguarias panamenhas, como degustação de Café Geisha, degustação de rum e o processo artesanal de fabricação de chocolate a partir de grãos de cacau locais.

Fortificações no lado caribenho do Panamá: Portobelo-San Lorenzo 

Localizadas ao longo da costa da província de Colón, estão quatro fortalezas, incluindo Portobelo e San Lorenzo, que foram desenvolvidas pelo Império Espanhol em grande parte entre os séculos XVII e XVIII para proteger as rotas comerciais. Restam fortes suficientes para permitir que os visitantes imaginem visualmente como teria sido a vida naquela época.

Experimente vistas deslumbrantes das águas azul-turquesa do Caribe ao entrar no Canal do Panamá.

Transporte-se de volta aos séculos 17 e 18 e imagine a cena: piratas de coração negro, militares leais e o toque metálico do confronto de espadas.

Experimente a arte e as danças tradicionais do Congo, uma cultura declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco.

NATURAL 

Parque Nacional Coiba e sua Zona Especial de Proteção Marinha

O Parque Nacional Coiba é um dos 50 Patrimônios Mundiais Marinhos da Unesco e protege 38 ilhas menores e as áreas marinhas circundantes no Golfo de Chiriqui. A floresta tropical úmida do Pacífico de Coiba mantém níveis excepcionalmente elevados de animais, aves e plantas endémicas devido à evolução contínua de novas espécies.

Mergulhe no Recife Bahia Damas, o maior recife da costa oeste do continente americano; ou para os entusiastas do surf, pegue ondas incríveis na costa.

Experimente a vida entre os gigantes do oceano fazendo um passeio para avistar baleias e golfinhos.

Caminhe pela floresta tropical intocada da ilha e observe mais de 147 espécies de aves, incluindo o Coiba Spinetail, encontrado apenas na ilha, bem como macacos, crocodilos e iguanas.

Parque Nacional de Darién

A maior área protegida do Panamá, abrangendo 574 hectares ao longo do sudeste, o Parque Nacional Darien é uma Reserva da Biosfera e o foco de muitos esforços de conservação no Panamá. Lar de uma variedade de habitats que promovem uma rica biodiversidade contendo vida selvagem notável, incluindo florestas tropicais, cadeias de montanhas, pântanos, costas e muito mais.

Visite Santa Cruz de Cana. Outrora uma cidade mineira onde os espanhóis descobriram ouro em 1665, é hoje uma das áreas ao ar livre mais puras do Panamá, sendo um dos principais locais do país para observação de aves, os viajantes verão coloridas araras, saíras, manaquins, águias e beija-flores.

Do outro lado do Cerro Pirre fica a Estação Pirre – um destino para caminhadas dentro da grande selva. Traga seu próprio equipamento de acampamento para desfrutar de estar no centro da natureza exuberante e da abundância de vida selvagem, como pica-paus, macacos, micos e preguiças.

Reservas Talamanca Range-La Amistad/Parque Nacional La Amistad 

Com a maior parte da terra coberta por florestas tropicais abrangendo a paisagem montanhosa acidentada, o Parque Nacional La Amistad é o lar de uma incrível variedade de espécies, incluindo mais de 10 mil plantas com flores, 215 espécies de mamíferos, 600 espécies de aves, 250 espécies de répteis e anfíbios e 115 espécies de peixes de água doce foram documentadas.

Caminhe pelas inúmeras trilhas com um guia de caminhada para ver grandes felinos, como pumas, onças, margays e jaguatiricas, bem como preguiças, macacos e a anta, ameaçada de extinção, além de 600 outras espécies de aves.

Desfrute de vistas panorâmicas do vulcão Baru, o ponto mais alto do Panamá.

(Fonte: Sherlock Communications)