Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A Terra Indígena Caititu, território do povo Apurinã, é um refúgio que estoca e absorve carbono da atmosfera em Lábrea, cidade do sul do Amazonas, que é a primeira no ranking das 50 cidades brasileiras que mais desmataram nos últimos quatro anos, segundo levantamento recente do MapBiomas. Próxima ao centro do município e cercada pelo desmatamento, o povo Apurinã implementou 37 unidades de Sistemas Agroflorestais (SAFs), distribuídas em 21 aldeias em seu território, somando uma área de 41,6 hectares, que estão em plena produção de frutos, feijões, tubérculos e outros alimentos.
Os SAFs são uma modalidade de plantio agroecológico que produz alimentos sem desmatar ou usar agrotóxicos. É uma iniciativa que contribui para a remoção de gases de efeito estufa da atmosfera e conserva ecossistemas, além de garantir segurança alimentar e geração de renda por meio da comercialização dos produtos e subprodutos obtidos. A implementação dos sistemas agroflorestais protagonizada pelo povo Apurinã é apoiada pelo projeto Raízes do Purus, realizado pela Operação Amazônia Nativa (OPAN), com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal.
O cultivo dos SAFs auxilia também na recuperação de espaços anteriormente exauridos e transforma o ambiente. “Os SAFs já têm contribuído de maneira significativa para melhorar a qualidade do solo, a microbiota, a sensação térmica e o fornecimento de alimentos saudáveis para as aldeias”, explica Valdeson Vilaça, indigenista da OPAN e responsável pelo apoio técnico e monitoramento dos SAFs junto ao povo Apurinã.
“A gente já plantava, mas o conhecimento e a experiência do SAF enriqueceu nosso plantio, passamos a plantar vários tipos de frutas e reflorestamos a natureza. O SAF veio para abrir os olhos da gente e enriquecer nossa mente”, relata Maria dos Anjos, conhecida na Terra Indígena Caititu como a “rainha dos SAFs”.
Combate às queimadas ilegais e articulação para a proteção dos SAFs
Com a chegada do período da estiagem na Amazônia, a preocupação com queimadas ilegais aumenta, já que os incêndios impactam diretamente os sistemas agroflorestais e a saúde de todos os indígenas e das demais populações que vivem no entorno.
Por isso, os Apurinã estão se articulando para a criação da 1º Brigada Indígena Voluntária Apurinã. Em um esforço conjunto entre a Associação de Produtores Indígenas da Terra Caititu (APITC), a OPAN e a Coordenação Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Médio Purus (CR – Médio Purus), os indígenas vêm realizando capacitações desde 2022 e este ano solicitaram ao Ibama/PrevFogo a aplicação da formação teórica e prática avançada para brigadistas. A solicitação está em tramitação e aguarda resposta do órgão. O trabalho do grupo formado por indígenas Apurinã e que já atua voluntariamente no combate a incêndios florestais na TI Caititu é essencial para a proteção dos SAFs.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)
O Guia para Empresas: Como Combater as Desigualdades no Brasil, elaborado pelo Instituto Ethos, reúne dez iniciativas efetivas para que as empresas no país exerçam papel de protagonismo no enfrentamento às desigualdades. As diretrizes estão em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030 da ONU) e outros compromissos e metas globais no âmbito do Pacto Nacional Pelo Combate às Desigualdades, iniciativa coletiva da qual o Instituto Ethos faz parte e que foi lançado no último dia 30 de agosto em evento no Congresso Nacional (DF). O Pacto, coordenado pela Rede ABCD – Ação Brasileira de Combate às Desigualdades – que reúne várias organizações da sociedade civil, sindicatos, entidades de classe, instâncias governamentais do Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal, e do Poder Judiciário – tem o objetivo de construir uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.
O Brasil possui desafios enormes no combate às desigualdades – por exemplo, a parcela 1% mais rica da população ganha 32,5 vezes mais do que a população mais pobre, segundo dados do IBGE (2022). Diante deste quadro, tornam-se urgentes ações estruturadas, tanto do setor público quanto do privado, que deem conta do enfrentamento às desigualdades do país.
“O Guia para Empresas considera as várias nuances das desigualdades no Brasil. Há disparidades regionais e de acesso à infraestrutura, como a falta de saneamento ou a exclusão digital, que afetam a dignidade e a perspectiva de vida de milhões de brasileiros e brasileiras desde os primeiros anos de vida. Mas a disparidade mais implacável se mostra nos recortes raciais e de gênero. Para dar conta desse cenário, as ações do setor privado são fundamentais”, diz Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos.
As 10 iniciativas para empresas
O Guia para Empresas: Como Combater as Desigualdades no Brasil apresenta um conjunto de ações efetivas para que as empresas exerçam a responsabilidade social no enfrentamento das desigualdades multidimensionais. O documento traz, para cada uma das iniciativas, recomendações de como agir internamente na empresa e na sua cadeia de valor, além de oferecer diretrizes para que as empresas possam contribuir com políticas públicas de combate às desigualdades.
Conheça as 10 iniciativas:
1 – Promover o trabalho decente e gerar oportunidades e renda justa – A agenda de trabalho decente surge na sociedade como um dos caminhos para alcançar a justiça social e como estratégia de combate à pobreza e à fome.
*Exemplos de como as empresas podem agir neste tema: atuando em conformidade com a legislação trabalhista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT) e não buscando meios de burlá-la, desenvolvendo políticas de salários dignos, de transparência às remunerações e renda justa e equitativa gerando oportunidades, entre outras iniciativas.
2 – Promover a diversidade, equidade e inclusão – A sociedade brasileira é considerada uma das mais diversas do mundo, mas essa diversidade não está representada nos principais pilares da sociedade, como na liderança das empresas e em cargos políticos.
*Exemplos de como agir: desenvolvendo políticas de diversidade, equidade e inclusão que alcancem os recortes de raça/etnia, origem, idade, gênero, pessoas com deficiência e população LGBTI+, cuja premissa básica seja a equidade; desenvolvendo postura de combate ao racismo e outras formas de discriminação e violência, como machismo, homofobia e capacitismo contra pessoas com deficiência; desenvolvendo políticas antidiscriminatórias, que acolham denúncias e atuem de forma transparente na prevenção e na responsabilização de violações de direitos, entre outras iniciativas.
3 – Combater a fome e promover a segurança alimentar – Durante a pandemia houve um acréscimo momentâneo na mobilização das empresas em torno de ações filantrópicas para distribuição de alimentos, mas as práticas corporativas podem ser mais consistentes.
*Exemplos de como agir: gerando renda digna, por ter uma questão direta com acesso à alimentação, promovendo a educação para o consumo de alimentos e estimulando o fortalecimento da agricultura familiar (pequeno produtor), entre outras iniciativas.
4 – Prevenir e combater a corrupção, fraudes empresariais e promover a transparência corporativa – Requer ações coordenadas que envolvam, além da aplicação das leis sobre o tema, a conscientização da sociedade e o engajamento do setor empresarial.
*Exemplos de como agir: aderindo ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, fazendo parte de programas de fomento à integridade, integrando ações coletivas setoriais, desenvolvendo programas de integridade e conformidade dentro das empresas que se ampliem à sua cadeia de valor/produtiva, entre outras iniciativas.
5 – Promover a saúde e bem-estar – A promoção de um padrão de vida que garanta saúde e bem-estar à família é considerado um direito humano pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU).
*Exemplos de como agir: promovendo medidas de conciliação entre trabalho, família e vida pessoal, destinadas a proporcionar uma maior compatibilização entre as responsabilidades familiares e as responsabilidades laborais. São exemplos de medidas já adotadas por empresas: ampliação da licença maternidade, ampliação da licença paternidade com campanhas de conscientização sobre paternidade responsável, licenças parentais, auxílio-creche para trabalhadores e trabalhadoras, licenças para acompanhar filhos e filhas e outros familiares dependentes, flexibilidade de horário e outras acomodações para que seja cumprido o direito da criança à amamentação, entre outras iniciativas.
6 – Fortalecer o acesso à educação – Para pensar em estratégias de diversidade, equidade e inclusão, as empresas podem avaliar práticas que antecedem o mercado de trabalho, como incentivar e fortalecer os espaços educacionais.
*Exemplos de como agir: desenvolvendo programas de bolsas de estudo para estudantes de baixa renda e oportunidades de estágio para jovens em situação de vulnerabilidade social, garantindo acesso a experiências práticas e oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para as juventudes, estabelecendo parcerias com escolas, universidades, cursinhos populares e organizações não governamentais que trabalham com educação em comunidades de baixa renda, entre outras iniciativas.
7 – Promover a gestão responsável e transparente da cadeia de valor – Expandir a atuação da responsabilidade social e ambiental para a cadeia de valor multiplica o alcance e o potencial transformador das empresas.
*Exemplos de como agir: implementando o mapeamento de riscos em consonância com as legislações e marcos internacionais capazes de evidenciar potenciais riscos de violação de direitos e permitir a construção de diretrizes, políticas e práticas empresariais, desenvolvendo o pensamento de prevenção a todo e qualquer risco potencial na cadeia de valor, desenvolvendo a responsabilidade em casos de violações de direitos na cadeia de valor, contribuindo com processos de investigação e dando transparência às tomadas de decisões, entre outras iniciativas.
8 – Conservar os ecossistemas e combater o desmatamento – As empresas têm papel crucial na implementação e fortalecimento de práticas que visam a redução do desmatamento.
*Exemplos de como agir: estabelecendo compromissos de desmatamento ilegal zero nas cadeias de valor; investindo em práticas sustentáveis, estabelecendo parcerias com comunidades locais, povos indígenas e organizações da sociedade civil para promover o desenvolvimento sustentável em áreas de uso coletivo, entre outras iniciativas.
9 – Promover a justiça climática – Combater as desigualdades sociais deve levar em consideração o avanço da mudança do clima sobre as dinâmicas dos territórios.
*Exemplos de como agir: reduzindo o seu impacto de acordo com compromissos internacionais: Acordo de Paris e Acordo de Escazú, analisando os impactos da sua empresa, ou seja, o quanto sua empresa vem contribuindo para a acentuação da mudança do clima e das desigualdades sociais, como emissões de gases de efeito estufa, desmatamento ilegal na empresa e na cadeia de valor, supressão de biodiversidade e descarte incorreto de rejeitos; advogando junto a sua cadeia de valor para redução do impacto ambiental nos territórios em que sua empresa e fornecedores estão inseridos, entre outras iniciativas.
10 – Fortalecer a democracia no país – A defesa e o fortalecimento da democracia são de responsabilidade de todos os atores sociais.
*Exemplos de como agir: posicionando a importância e defesa da democracia como base social para a garantia dos direitos e da dignidade humana para todo mundo, colaborando com governos, organizações da sociedade civil e outras partes interessadas no enfrentamento de desafios sociais de maneira conjunta, entre outras iniciativas.
Para ter acesso ao Guia para Empresas: Como Combater as Desigualdades no Brasil na íntegra, clique aqui.
Sobre o Instituto Ethos | O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é a organização da sociedade civil brasileira pioneira na mobilização de empresas por uma atuação justa e responsável. O Ethos nasceu ASG (ESG), pois desde 1998, as pautas da responsabilidade social, da ética e da sustentabilidade guiam todas as suas atividades. O Instituto desenvolve indicadores para auxiliar as empresas a compreenderem a sua situação e os caminhos para se tornarem mais diversas, inclusivas e éticas. Com mais de 400 associadas, o Ethos realiza diversas atividades de advocacy colaborativo como a coordenação da Conferência Brasileira de Mudança do Clima ao lado das principais organizações do setor, além de desenvolver estudos que norteiam as práticas empresariais e políticas públicas, como o desenvolvimento do Perfil das 1100 maiores empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas (2023/2024).
(Fonte: Analítica Comunicação)
O espetáculo “Amal Piano Duo”, um concerto internacional de pianos promovido pela PUCRS Cultura e a Branco Produções, será no dia 21 de setembro e está com ingressos à venda no site e aplicativo da Guichê Web ou no Campus PUCRS (Av. Ipiranga, 6681 – Saguão do Living 360° – Prédio 15 – em frente à PUCRS Store), de segunda a sexta, das 9h às 13h e das 14h às 19h.
Formado em 2008 pelo pianista israelense Yaron Kohlberg e pelo pianista palestino Bishara Haroni, o duo estreou na Opera House, em Oslo, oferecendo não só um excelente resultado musical, mas também uma mensagem de paz e amizade, presente já na escolha do nome. Amal, em árabe, significa esperança. Buscando uma combinação de música clássica e world music em seu repertório, Bishara e Yaron têm recebido ótimas críticas ao redor do mundo. Já realizaram dezenas de concertos em grandes palcos, como no Concert Hall (Genebra, Suíça), Metropolitan Museum (Nova Iorque, EUA), Kimmel Center (Philadelphia, EUA), Asahi Hall (Toquio, Japão), Beijing Concert Hall (Pequim, China), Beethoven Hall (Bonn, Alemanha), Teatro Colon (Buenos Aires, Argentina) e Sala São Paulo (São Paulo, Brasil), além de uma apresentação para o Papa no Vaticano. Recentemente, compuseram uma peça combinando os hinos nacionais de Israel e da Palestina. Em Porto Alegre, o espetáculo será no dia 21 de setembro, às 21h, no Salão de Atos da PUCRS.
Yaron Kohlberg é um dos principais pianistas israelenses e, desde 2018, é presidente da Cleveland International Piano Competition. Apresentou-se em grandes salas de concerto de mais de quarenta países, como no Carnegie Hall, em Nova Iorque, no Kremlin, em Moscou, no Hall da Cidade Proibida, em Pequim, entre outras. Também tocou no Parlamento israelense e na residência do presidente israelense. Graduou-se, com distinção, na Escola de Música Buchmann-Mehta, da Universidade de Tel Aviv.
Bishara Haroni é pianista nascido em Nazaré e graduado pela Academia de Música e Dança de Hanover, na Alemanha. É fundador e diretor do Bestival, festival internacional que reúne performances de música clássica árabe, judaica e tradicional. Com vinte e quatro anos, apresentou-se no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Ao longo de sua trajetória, já tocou com algumas das mais importantes orquestras do mundo, como London Philharmonic, Valencia Symphony Orchestra, Stuttgart Chamber Orchestra e Israeli Philharmonic.
Serviço:
Amal Piano Duo
Data: 21 de setembro (quinta-feira)
Horário: 21h
Local: Salão de Atos da PUCRS
Ingressos: Site e aplicativo da Guichê Web ou no Prédio 5 da PUCRS (no térreo, ao lado do Banco do Brasil), de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14h às 19h
Valor dos Ingressos:
Plateia Baixa R$320,00
Plateia Alta R$270,00
Mezanino R$150,00
Estacionamento: Tarifa especial de R$25,00 no Campus da PUCRS no dia do espetáculo pelo link: https://reserva.parebem.com.br/estacionamento/estacionamento-puc-rs usando o código promocional: CONCERTO. O valor é válido apenas para compra antecipada pelo site. No dia do evento o valor será por hora, conforme a tabela.
(Fonte: PUCRS)
A Casa Valduga, marca do Grupo Famiglia Valduga, apresenta ao mercado a grappa em nova identidade visual. As duas versões do destilado – Grappas Barricada e Cristal – estão com garrafa e rótulos renovados, que reforçam ainda mais a exclusividade e a elegância destes produtos.
A Grappa Cristal, que tem coloração límpida, cristalina e brilhante, é elaborada por meio da destilação natural de uvas finas cultivadas no Vale dos Vinhedos e selecionadas manualmente. O processo lento e artesanal é realizado em alambiques de cobre Pot Still, conferindo intensidade e particularidade ao aroma e ao sabor. Com paladar potente e harmônico, apresenta longa persistência e evidencia delicado retrogosto frutado, assim como no aroma, que além de fino e delicado, conta com notas de frutas e flores. Com garrafa e roupagem imponentes, o rótulo carrega mesma coloração prateada do destilado.
De coloração amarelo dourado e um sutil reflexo âmbar, a Grappa Barricada, por sua vez, traz rótulo dourado. Igualmente elaborada com uvas finas e destilação natural, a diferença fica por conta da segunda etapa deste desenvolvimento, que é o envelhecimento em barricas de carvalho durante 10 anos garantindo características ímpares e paladar único. No sabor, este destilado é sedoso e macio, com perfeito equilíbrio e longa persistência. O aroma, que é delicado e rico em especiarias, ainda traz notas tostadas provenientes da passagem pelas barricas de carvalho, etapa fina e delicada.
Ambas as versões têm 200ml e teor alcoólico de 38%, sendo indicadas para consumo como aperitivo ou digestivo. Graças aos cartuchos exclusivos, ainda são ótimos itens presenteáveis. Os rótulos estão disponíveis no e-commerce de Famiglia Valduga e nas lojas especializadas de todo o Brasil.
Sobre a Casa Valduga | Localizada no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), a Casa Valduga é reconhecida mundialmente por seu padrão de excelência e pela tradição na elaboração de vinhos e espumantes. Posicionada entre as dez principais vinícolas do País, também foi uma das pioneiras no desenvolvimento do enoturismo com a criação do Complexo Enoturístico Casa Valduga. O portfólio de vinhos da marca Casa Valduga é composto pelos rótulos Luiz Valduga, Storia Merlot e Villa-Lobos Cabernet Sauvignon, Terroir e Terroir Exclusivo, Origem, Naturelle, que também tem vinhos e espumantes, assim como a Arte, complementados pelos clássicos Nature Sur Lie, Maria Valduga e os icônicos 130 e Premivm. Para mais informações, acesse: www.casavalduga.com.br.
Sobre o Grupo Famiglia Valduga
Reconhecido mundialmente por seu padrão de excelência e sua expertise em inovação, o grupo Famiglia Valduga é composto pelas empresas Casa Valduga, Domno Wines, Ponto Nero, Casa Madeira, Brewine Leopoldina e Vinotage.
Casa Valduga é a vinícola que está entre as 10 principais do país e conta com a maior cave de espumantes da América Latina; Domno Wines, importadora que se dedica a trazer com exclusividade para o Brasil os rótulos mais consagrados do mundo; Ponto Nero, marca de espumantes reconhecida pelo seu DNA inovador a partir de rótulos com designers modernos e combinações únicas no mercado. A Ponto Nero conta ainda com a submarca Becas, vinhos frisantes em lata que permitem degustações saborosas, descomplicadas e em doses na medida certa.
Casa Madeira, por sua vez, disponibiliza sucos de uva kosher, orgânico, integral e enriquecido com fibras – sem adição de conservantes, açúcar ou água –, sucos varietais, chás, geleias, antepastos e creme balsâmico, entre outros produtos gourmets; Brewine Leopoldina é a empresa que elabora cervejas especiais, transformando-as em experiências únicas, percorrendo o caminho perfeito entre os mundos enológico e cervejeiro. Por fim, Vinotage é a marca de cosméticos e bem-estar do grupo, responsável pela formulação de produtos diferenciados graças à sua base com o óleo extraído da uva.
A sede do grupo fica em Bento Gonçalves (RS), no Vale dos Vinhedos, local onde a Família Valduga instalou-se quando chegou ao Brasil.
(Fonte: Agência Pub)
Prestes a completar 40 anos, a Galeria Simões de Assis acompanha as transformações do mundo contemporâneo, entendendo que a arte é o contato entre aquilo que foi, é e será, sendo capaz de atravessar todos os tempos. Com olhar voltado à arte moderna e contemporânea, especialmente para a produção latino-americana, a Simões de Assis, dirigida pelas duas gerações da família de nome homônimo à casa, consolida sua atuação em São Paulo com a nova sede, situada no número 2.050 da Alameda Lorena, no Jardim Paulista.
Para marcar a abertura, a galeria inaugurou no dia 2 de setembro a exposição “The Speed of Grace”, uma coletiva assinada pelo curador e crítico cultural ganês-americano Larry Ossei-Mensah.
A mostra reúne colagens, pinturas, esculturas, técnica mista – obras em sua maioria inéditas – dos artistas Amoako Boafo (Gana), Anthony Akinbola (EUA), April Bey (Bahamas), Bony Ramirez (República Dominicana), Deborah Roberts (EUA), Derrick Adams (EUA), Emanoel Araújo (Brasil), Hank Willis Thomas (EUA), Larissa de Souza (Brasil), Ludovic Nkoth (Camarões), Mestre Didi (Brasil), Serge Attukwei Clottey (Gana), Tunji Adeniyi-Jones (Inglaterra), Zandile Tshabalala (África do Sul) e Zéh Palito (Brasil).
Em sua essência, “The Speed of Grace” celebra a audácia dos artistas participantes, que utilizam destemidamente suas práticas artísticas como plataformas para desafiar as estruturas de poder existentes, questionar as normas sociais e capacitar as comunidades negras e pardas. A exposição serve não apenas como um discurso intercultural, mas também como um diálogo intergeracional destacando uma variedade de artistas, desde mestres de seu ofício até artistas emergentes na vanguarda. Ossei-Mensah se esforça para criar uma exposição que pareça um ensopado curatorial, convidando o espectador a refletir sobre como esses artistas que representam comunidades variadas sempre inovaram e estiveram na vanguarda da expansão de nossa compreensão da arte contemporânea.
Do uso de “durags” por Anthony Akinbola para criar suas pinturas vibrantes e texturizadas ao uso de fibras de palma e miçangas de Mestre Didi para criar esculturas magistrais até o uso de sherpa, jacquard e brocado de April Bey para criar uma instalação visualmente atraente, a exposição apresenta uma variedade de estratégias e abordagens artísticas. “Por meio das variadas práticas artísticas apresentadas nesta exposição, esses artistas visionários inspiram o diálogo, a introspecção e o poder da expressão artística que se infiltra na diáspora há gerações. Ao centrar as narrativas, ideias, curiosidades e preocupações das comunidades negras e pardas de todo o mundo, esses artistas formam uma constelação de perspectivas culturais que expressam visualmente a riqueza e o ‘sabor’ que fornecem às nossas sociedades passadas, presentes e futuras”, diz Ossei-Mensah.
April Bey, comenta que “o Brasil foi a última nação do mundo ocidental a abolir a escravidão e havia importado cerca de quatro milhões de escravos da África. Sou de ascendência africana – tenho sangue afro-americano e caribenho. O trabalho que estou exibindo retrata imagens que centralizam a negritude em outro mundo”.
Inspirando-se em suas raízes originárias, cada artista traz uma abordagem única para sua produção artística, entrelaçando memória, folclore e história. São obras que buscam ser uma ponte diaspórica para o Brasil, criando uma vibrante tapeçaria de narrativas e descobertas culturais.
A pintura “The 400 Colors of A Pearl/Los 400 Colores De Una Perla”, de Bony Ramirez, é um dos trabalhos que trazem a cultura caribenha. “Motivos como as conchas como parte da anatomia da figura realmente enfatizam a conexão com o Caribe e seu fundo colorido. A escultura ‘Siempre En Guardia’ é um touro abstrato simplificado, que incorpora a estética da arquitetura caribenha, juntamente com meu estilo característico”, conta o artista.
Ao iniciar conversas, evocar a introspecção e ativar a consciência social do público, o objetivo de “The Speed of Grace” é transcender os limites de raça, classe e gênero. Estreando em solo brasileiro, Tunji Adeniyi-Jones comenta que “esta é a primeira vez que participo de uma exposição no Brasil e estou muito animado devido aos extensos laços e conexões históricas que o país tem com a África Ocidental”.
Derrick Adams também comenta: “Expor no Brasil significa uma oportunidade empolgante para que um público novo e vibrante se envolva com meu trabalho. Essas peças tratam principalmente de identidade e estou interessado em saber como isso se traduz nesse novo local”.
Ciente de que a arte é também aquilo que se produz a partir dos tantos encontros, a Simões de Assis conseguiu, ao longo dessas quase quatro décadas, a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Dois artistas do núcleo representado, Ayrson Heráclito e Emanoel Araújo, marcam presença na 35ª Bienal de São Paulo, que abriu no dia 6 de setembro no Pavilhão da Bienal no Parque Ibirapuera.
Com o novo espaço aberto em São Paulo, a galeria celebra a consolidação de sua atuação no estado e segue um planejamento de ampliação de suas atividades. “A Simões de Assis nasceu em 1984 em Curitiba e se especializou na preservação e difusão do espólio de importantes artistas, como Cícero Dias e Niobe Xandó, por exemplo. Ampliamos muito nossa atuação ao longo desse tempo. Estamos há cinco anos em São Paulo e, em 2022, expandimos para mais uma região, com o Balneário Camboriú. Nossa atuação vai ao encontro das necessidades do mundo atual, seguimos nos transformando a fim de difundir as vozes dos artistas que representamos e de ampliar o alcance do mercado de arte brasileiro”, afirma Guilherme Simões de Assis, diretor da galeria e responsável pelas operações de São Paulo.
O novo espaço da Simões de Assis em São Paulo foi projetado pelo Arquea, escritório curitibano. A galeria fica aberta ao público de segunda a sexta, 10h às 19h e, sábado, das 10h às 15h.
Sobre Larry Ossei-Mensah | Larry Ossei-Mensah (Bronx, NY) é um curador e crítico cultural ganês-americano que usa a arte e a cultura contemporâneas como um fórum para redefinir a maneira como vemos a nós mesmos e o mundo ao nosso redor. Ossei-Mensah organizou exposições, conversas e programas em espaços comerciais e sem fins lucrativos em todo o mundo apresentando artistas como Firelei Baez, Steve McQueen, Amoako Boafo, Catherine Opie, Nick Cave, Cheryl Pope, Guadalupe Maravilla, Ebony G. Patterson, Judy Chicago, Allison Janae Hamilton, Zeh Palito e Stanley Whitney, entre outros. Os espaços globais com os quais Ossei-Mensah colaborou em exposições incluem espaços como o MOAD, em São Francisco, o Contemporary Museum, em Houston, MOCAD, MASS MoCA, Metropolitan Museum of Manila, LUCE Gallery Ben Brown Fine Arts, em Hong Kong e Londres, MCA Denver e a 7ª Bienal de Atenas, na Grécia, da qual foi cocurador com o OSMK Social Club. Nascido no Bronx, Ossei-Mensah foi cofundador da Artnoir, uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover a igualdade racial no mundo da arte, centralizando criativos, curadores, colecionadores e comunidades de cor. “The Speed of Grace” é a primeira exposição de Ossei-Mensah no Brasil.
Serviço:
Abertura do novo espaço da Simões de Assis em São Paulo
Exposição: The Speed of Grace, com Amoako Boafo, Anthony Akinbola, April Bey, Bony Ramirez, Deborah Roberts, Derrick Adams, Emanoel Araujo, Hank Willis Thomas, Larissa de Souza, Ludovic Nkoth, Mestre Didi, Serge Attukwei Clottey, Tunji Adeniyi-Jones, Zandile Tshabalala, Zéh Palito
Curadoria: Larry Ossei-Mensah
Abertura: 2 de setembro, sábado, das 10h às 19h – período expositivo: 2 de setembro a 21 de outubro de 2023
Funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 15h. Fechado aos domingos.
Local: Simões de Assis | Alameda Lorena, 2050 – Jardim Paulista – São Paulo (SP)
Mais informações: www.simoesdeassis.com | @simoesdeassis_.
(Fonte: Marrese Assessoria)