Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
O Cine Infância é um projeto cineclubista voltado para a infância. Com o patrocínio da Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022, ele irá circular por várias escolas públicas municipais da cidade com exibições gratuitas de curtas-metragens brasileiros até o final do ano. As sessões são seguidas de rodas de conversa planejadas especialmente para este público, com atividades artístico-culturais que estimulam o pensamento crítico sobre suas temáticas e a interação entre as crianças, de forma lúdica e descontraída.
Com curadoria e criação da produtora e cineasta Fernanda Teodoro Viana, o Cine Infância apresenta obras cinematográficas que abordam diferentes questões sociais, culturais, regionais, históricas, políticas e etnográficas. Todos os filmes integram o catálogo da tradicional Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis e foram selecionados priorizando, além das temáticas, recursos de acessibilidade, como audiodescrição e Libras. “A escolha levou em conta também obras que tivessem diferentes abordagens estéticas, como documentário, animação, ficção, e de localidades distintas. Há produções de São Paulo e Rio de Janeiro, bem como do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina”, comenta Fernanda.
Por lei, desde 2014, a exibição de filmes de produção nacional integrada à proposta pedagógica da escola é componente curricular complementar obrigatório. “Mais do que isso, o contato com filmes brasileiros na infância faz com que as crianças vejam sua cultura, realidade e contradições retratadas. Num país de ambientes culturais tão distintos devido à grande extensão territorial, o cinema brasileiro representa uma importante ferramenta para união cultural, justamente por meio dessa diversidade”, completa Fernanda.
Para a escolha das atividades relacionadas aos filmes e a forma de trabalhá-las com as crianças, o Cine Infância conta com a colaboração de Pâmela Raizia, pedagoga voluntária no projeto, arte-educadora, artista, poetisa e mestra em Artes da Cena.
“A ideia, ao final, é mostrar através dos exemplos concretos de cada sessão as possibilidades que a utilização de filmes pode acrescentar à dinâmica da sala de aula, pensando na tríade leitura-contextualização-fazer”, explica Pâmela. Esses três pilares são o ponto central da Abordagem Triangular, metodologia criada por Ana Mae Barbosa, professora, arte-educadora e pesquisadora brasileira que desempenhou papel fundamental no crescimento da arte-educação no país. “A leitura das obras de audiovisual se dá por meio de rodas de conversa e escuta, a contextualização aparece como uma forma de fazermos ambientação das crianças sobre o universo das obras propostas e, por fim, o fazer consiste na realização de alguma atividade que dialogue com a obra audiovisual escolhida”, complementa.
O percurso começou em junho, na EMEF Padre Emílio Miotti, no Jardim Santa Lúcia, região Sudoeste de Campinas, e já passou por mais três escolas públicas da cidade, envolvendo mais de 300 crianças. A partir de setembro, vão ocorrer sessões em mais quatro escolas e, como encerramento, haverá uma oficina de formação destinada aos professores da rede pública de Campinas/SP. Essa ação tem o objetivo de apresentar os resultados das exibições realizadas ao longo do ano e fornecer aos docentes informações sobre o uso de filmes em sala de aula. As professoras terão acesso a aspectos de curadoria, análise fílmica e estruturação de atividades cineclubistas e artístico-culturais, a fim de que possam desenvolver propostas semelhantes com seus alunos. A oficina será realizada em uma das escolas participantes, e todos os professores que participaram das sessões ao longo do ano poderão participar de modo gratuito.
O Cine Infância foi contemplado e patrocinado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022, pertencente à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas. O FICC tem como finalidade fomentar a produção artística local.
Fernanda Teodoro Viana
Fernanda Teodoro Viana é a produtora responsável pelas exibições do projeto Cine Infância. Ela possui formação acadêmica em Letras – Inglês/Literaturas pela UERJ e Cinema (UFSC), além de pós-graduações em Literatura Inglesa e Americana e em Direito do Entretenimento. Fernanda tem experiência na produção de curtas-metragens de ficção e documentários, bem como de mostras e festivais de cinema. Ela também está envolvida na área de exibição, distribuição e licenciamento de filmes e no desenvolvimento de projetos audiovisuais.
Membro da Câmara Temática do Audiovisual de Campinas, que produz a Mostra Amilar Alves em Campinas desde 2018, também é membro do ICINE (Fórum do Cinema do Interior Paulista).
Em 2022, lançou o documentário de curta-metragem “Haitianas”, vencedor do Prêmio Estímulo à Produção de Curtas, no qual atuou no roteiro, direção e produção.
Sua experiência com atividade cineclubista inclui o projeto Cine Resista em Campinas/SP, voltado à exibição de documentários brasileiros, com participação de artistas de diversas modalidades para promover a cultura local e a diversidade cultural de Campinas. Com o Cine Infância, já aconteceram atividades em Campinas, que foram pausadas durante a pandemia. A circulação por escolas de Campinas; portanto, marca a retomada do projeto em sua configuração original. Para acompanhar a agenda e as novidades do Cine Infância, o canal do Instagram é @cineinfancia.
(Fonte: A2N Comunicação)
Sete talentosos artistas plásticos da região de São José dos Campos (SP) se uniram em prol de uma boa causa: a exposição “Luminosidade”, que fica em cartaz para visitação na Galeria Poente de 13 de setembro a 5 de outubro. Parte da arrecadação com a venda das obras será destinada ao GAIA (Grupo de Apoio ao Indivíduo com Autismo). A Galeria fica na Avenida Anchieta, 1.564, no Jardim Esplanada.
A exposição é aberta ao público e reúne 20 obras em aquarela de renomados artistas: Diana Gerbelli, Clélia Maluf, Vana Campos, Alcimar Sousa Lima, Luís Carlos Santos, Quinho Miranda e Fabio Sapede, com curadoria de Claudia Paranhos.
A iniciativa surgiu com o objetivo de apoiar o GAIA, instituição que soma mais de 18 anos de uma linda história em São José. “Decidimos abraçar essa causa por estar totalmente alinhada ao nosso propósito de levar a arte até as pessoas. Podemos promover o bem por meio da arte e isso é maravilhoso”, ressalta o idealizador da Galeria Poente, Paulo Henrique Rosa.
O vernissage da exposição “Luminosidade” está marcado para o dia 12 de setembro, às 19h. A visitação acontece a partir do dia seguinte (13) e segue até 5 de outubro. Horários: de quarta a sexta-feira, das 14h às 19h; e aos sábados, das 13h às 17h.
Sobre o GAIA
O Grupo de Apoio ao Indivíduo com Autismo (GAIA) é uma associação civil sem fins lucrativos fundada em 2005 por pais de adolescentes e jovens com o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) como resposta à situação de exclusão social das pessoas que vivem na condição do TEA localizado no Urbanova, em São José dos Campos. A atuação do GAIA é fundamenta em quatro polos de ação: assistência, educação, saúde e difusão cultural. Tem como estratégia criar condições favoráveis para viabilizar o desenvolvimento do indivíduo com Transtorno do Espectro do Autismo, no que diz respeito às suas habilidades pessoais, subjetivas, cognitivas e sociais e otimizar a sua relação com o mundo. Informações pelo telefone (12)3911-2868 ou @gaiasjcampos (Insta).
Serviço:
Exposição Luminosidade (em prol do GAIA)
Data da visitação: de 13 de setembro a 5 de outubro
Vernissage/Abertura: 12 de setembro, às 19h
Local: Galeria Poente, à Avenida Anchieta, 1.564, no Jardim Esplanada, em São José dos Campos (SP)
Horário da visitação: de quarta a sexta-feira, das 14h às 19h e, aos sábados, das 13h às 17h
Informações: (12) 99124-4992 ou @galeriapoente (Insta).
(Fonte: Texteria)
No dia 18 de setembro acontecerá um Ato Solene e o lançamento do livro “A Nova Ordem Luiz Gushiken”. O Ato começará às 18 horas no Auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Dez anos se passaram desde o falecimento de Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do primeiro governo do presidente Lula, mas suas ideias continuam muito presentes entre os militantes mais antigos do Partido dos Trabalhadores (PT), que ele ajudou a fundar e presidiu. Ideias que inspirarão, certamente, os novos quadros dirigentes e militantes que compõem o PT de hoje.
O livro recupera a trajetória de Gushiken pelos olhos e memórias daqueles que conviveram com ele. Um grupo de 67 autores – entre eles o próprio Lula – revisitou as lembranças para contar as histórias de Gushiken. Foi organizado pela jornalista Fernanda Otero, ex-assessora de Luiz Gushiken que atualmente vive na Irlanda, onde coordena o Núcleo do PT no país. Uma versão em audiobook está sendo organizada e será o primeiro lançamento da Editora da Fundação Perseu Abramo no formato.
Luiz Gushiken foi presidente do Sindicato dos Bancários do estado de São Paulo e coordenou em 1985 uma das maiores greves da categoria registradas até hoje. Ele presidiu o PT e coordenou a campanha do presidente Lula em 1989. Gushiken também esteve entre os coordenadores da vitoriosa campanha de Luis Inácio Lula da Silva à presidência em 2002. Depois, assumiu o cargo de Ministro Chefe da Secom. Faleceu aos 63 anos em 2013, no dia 13 de setembro.
No livro constam ainda uma carta que ele deixou ao Presidente Lula e um de seus textos, uma tese sobre uma nova ordem mundial para a governabilidade do planeta. Estão presentes no livro os seguintes autores e autoras: Adacir Reis, Alencar Ferreira, Alexandre Maimoni, Aloizio Mercadante, Analu Camargo, Ana Júlia Carepa, Antonio Lassance, Ari Galvão, Arlindo Chinaglia, Avelino Ganzer, Betão Moschkovich, Carlos Abicalil, Catarina Gushiken, Clodoaldo Jurado, Cristovam Buarque, Dilma Rousseff, Eduardo Matarazzo Suplicy, Emerson Menin, Erika Kokay, Esdras Martins (pelas imagens), Eugênio Bucci, Fernando dos Santos Ferreira, Fernando Morais, Frei Betto, Gentil Gonçales Filho, Gilmar Carneiro, Ideli Salvatti, Jacy Afonso, João Vaccari, Jorge Perez, José Carlos Alonso, Jose Carlos Fernandes Costa, José Dirceu, José Eduardo Martins Cardozo, Jose Genoino, Jose Jorge de Moraes, Jose Luiz Frare, Juber Kanashiro, Julio Turra, Lúcia Mathias, Luiz Azevedo, Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Dulci, Manoel de Melo dos Santos (Manézinho), Marcel Juviniano Barros, Marcelo Antunes Martins, Maria Laura, Marcos Palácio, Monica Giora, Oswaldo Laranjeira, Otaviano Pereira, Paulo Rogério Nunes, Raquel Kacelnikas, Renato Rovai, Ricardo Berzoini, Roberto Vomero Monaco, Rui Falcão, Selma Rocha, Sergio Lirio, Sergio Rosa, Teresa Ribeiro, Tirso Marçal, Tin Urbinatti, Toni Cotrim, Vagner Freitas, Valter Passarinho e Washington Araújo.
Está previsto o lançamento do livro também em Indaiatuba, no interior de São Paulo, onde morava Luiz Gushiken, no próximo mês de outubro, em data a ser anunciada.
Serviço:
Ato Solene de lançamento do livro “A Nova Ordem Luiz Gushiken”
Iniciativa da Liderança do PT na Alesp
Data: 18/9/2023 | a partir das 18h
Local: Auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa de São Paulo – Palácio 9 de Julho – Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Moema, São Paulo (SP).
(Fonte: Fernanda Otero)
Já pensou em realizar uma expedição em que você tenha contato direto com a vida, cultura, saberes, medicinas tradicionais e outros aspectos de um determinado povo indígena brasileiro? O etnoturismo é uma das principais opções de turismo sustentável e de impacto, não só para quem o realiza, mas também para os moradores da região, que recebem os grupos e obtêm uma fonte de renda extremamente significativa. A expedição também desperta a preocupação socioambiental, preservando a biodiversidade local, o modo de vida e saberes ancestrais.
As aldeias indígenas que atuam com este tipo de prática oferecem serviços de estadia, alimentação, diversas oficinas e vivências que aproximam os visitantes de seu modo de vida, realizando um intercâmbio entre pessoas que muitas vezes têm rotinas radicalmente diferentes do apresentado, o que potencializa as trocas realizadas. A venda de artesanato movimenta a economia local e traz inúmeros benefícios para as famílias.
Moradores de Unidades de Conservação e Terras Indígenas, cada vez mais pressionados por forças de desmatamento, atividades garimpeiras ou até mesmo pelo avanço das cidades, precisam, continuamente, atuar na mobilização, conscientização e divulgação de acontecimentos do seu dia a dia para que sigam como os guardiões dos nossos biomas. E é aí, mais uma vez, que vivenciar experiências em tais locais gera impactos positivos para seus moradores que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), detêm cerca de 11% do território brasileiro.
“O turismo sustentável na aldeia Shanenawa tem trazido muito aprendizado, conhecimento e ajuda financeira para dar oportunidade de pessoas realizarem cursos, graduações e capacitações fora da aldeia e, posteriormente, para que sejam aplicados dentro dela. É uma experiência de grande importância e que vem trazendo uma contribuição no fortalecimento sustentável. O turismo vem ajudando nas dificuldades que temos, inclusive está contribuindo com a faculdade das minhas duas filhas. Isso tem sido uma porta aberta para vender nossos artesanatos, mostrar nossa cultura e provar que não somos menos do que qualquer outra cultura ou povo brasileiro. Nunca na nossa história havíamos tido essa oportunidade”, destaca o Cacique Teka Shanenawa, do povo Shanenawa do Acre.
Quando realizado de forma responsável e com cuidados socioambientais, o turismo é também uma ação de resistência, pois aproxima a população não indígena dos povos originários, de sua cultura, espiritualidade e saberes ancestrais, valorizando-os, ajudando a protegê-los e quebrando preconceitos ou estereótipos, além de ajudar a manter as terras nas mãos de seus donos originais e provando seu uso sustentável.
Boas práticas ao imergir em terras indígenas
Após conhecer e entender o que o etnoturismo oferece e suas implicações, é hora de saber como imergir numa cultura que pode ser impactante e bastante diferente das vivências em centros urbanos. Há algumas dicas, que tendem a facilitar a chegada a esses locais. Um dos principais pontos é que o território a ser visitado necessita de maior atenção com aspectos básicos. Confira:
Regras: Terras indígenas possuem algumas regras específicas, como não consumir bebida alcoólica, não fazer barulho excessivo para não perturbar a fauna, não marcar nomes ou sinais em árvores, pedras, placas ou qualquer outro bem natural ou do parque e deixar pedras, conchas, flores e todos os outros itens no local.
Registros: Vídeos e fotos são bem-vindos, mas acompanhados de bom senso. Não tire fotos de crianças desacompanhadas ou sem seu consentimento, assim como pessoas com corpos expostos ou em situações que possam gerar constrangimento.
Pesquise: Conhecer uma aldeia indígena, mesmo que dentro de seu país, é um aprendizado e provoca choque cultural. Busque aprender sobre aquela comunidade antes da visita e dê preferência para palavras e termos apropriados. Como maneira de reforçar a pauta indígena, com boas formas de comunicação, a Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (APIB) disponibilizou um conteúdo informativo.
EXPEDIÇÕES EM TERRAS INDÍGENAS
Há diversas maneiras de conhecer aldeias indígenas de forma sustentável e com experiências realmente imersivas, evitando o turismo predatório, superficial e estereotipado. A Vivalá, organização especializada em turismo sustentável no Brasil, possui três expedições criadas em parceria com povos indígenas brasileiros nas terras indígenas Katukina Kaxinawá, no Acre, Kariri Xocó, no Alagoas, e Tenondé Porã, em São Paulo, nos biomas da Amazônia e Mata Atlântica.
Terra Indígena Katukina Kaxinawá, Acre
No coração da maior floresta do mundo – a Amazônia – e dentro de um dos estados com a maior diversidade de povos indígenas do Brasil, se encontra a Aldeia Shanenawa, do povo Shanenawa, conhecido como povo do pássaro azul. Neste lugar repleto de fauna e flora, com tradições muito preservadas e grande acolhimento de seus moradores, a vivência atrai viajantes do mundo inteiro que buscam uma profunda conexão com a natureza e consigo mesmo, além de aprendizados e novas formas de ver o mundo.
“Essa viagem foi uma das experiências mais profundas da minha vida, onde pude viver intensamente a cultura do povo Shanenawa. É uma experiência interna e externa, onde renasci para tudo aquilo que importa e de que talvez eu estivesse desconectada por conta de tanto ruído que a cidade traz. Vivi um processo de cura emocional e psicológica muito importante também. Externamente, viver o dia a dia, o contato com a floresta, trocar conversas, ingerir alimentos orgânicos, brincar com as crianças, tomar banho de açude e consagrar as medicinas indígenas com tanto cuidado e respeito foi um marco pra mim. E mudou tudo. Fazer essa viagem é saber que nada mais na vida será como antes (e que bom). O povo Shanenawa virou família pra mim”, destaca Gabriela Sevilla, que realizou uma expedição para a Amazônia.
Com oito saídas exclusivas ao longo do ano e 20 vagas disponíveis em cada uma, as expedições partem de Rio Branco, capital do Acre, e tem valores de investimento a partir de R$5.225 para 8 dias de vivência, incluindo as hospedagens, transportes, alimentação, oficinas, vivências como banhos ritualísticos de ervas e de argila, pintura corporal, consagração de medicinas da floresta (ayahuasca – chamado de Uni pelos Shanenawa – rapé, sananga, kambo), visita à agrofloresta, plantio de árvores, muita música e danças tradicionais, seguro, guias e facilitadores.
Terra Indígena Kariri-Xocó, Alagoas
Outra forma de adentrar territórios indígenas de maneira consciente, autorizada e profunda é no encontro da Caatinga com a Mata Atlântica às margens do Rio São Francisco e na divisa de Alagoas com Sergipe, onde habita o povo Kariri-Xocó. A expedição é repleta de muita natureza e saberes ancestrais. Grande parte das vivências acontece no espaço cultural criado pela comunidade, inclusive o ritual do Toré – uma consagração de medicinas tradicionais da floresta, como a Jurema e o rapé –, banhos ritualísticos, oficina de ervas, danças, músicas e navegação com mergulho no Velho Chico.
Um dos desenvolvedores do roteiro, Guilherme Cipullo, da Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil, destaca o sentimento de ser acolhido por esse povo. “Desde o primeiro momento com o povo Kariri-Xocó, senti uma alegria imensa. Foram dias de paz e contato com a natureza, onde pude desacelerar o ritmo corrido do dia a dia e me sentir plenamente presente e conectado a algo maior. As cerimônias e oficinas são sempre acompanhadas da música tradicional (o Toré), a comida é ótima e o banho no Velho Chico é uma limpeza de corpo, mente e espírito”.
As duas primeiras expedições, nos feriados de setembro e outubro de 2023, já estão com todas as vagas vendidas, sendo que o roteiro de estreia foi esgotado em 24h. Com saídas de Aracaju (SE) e valor a partir de R$2.500, a Vivalá realizará mais duas expedições este ano, nos feriados de Dia dos Finados e réveillon, ambas com menos de dez vagas disponíveis.
Terra Indígena Tenondé-Porã, São Paulo
Para quem busca uma vivência mais curta, mas também muito significativa, a boa notícia é que existem roteiros acessíveis e próximos da capital mais populosa do país. A expedição para a terra indígena Tenondé-Porã é perfeita para conhecer os hábitos, a luta por autonomia e a resistência do povo Guarani.
A terra indígena Tenondé Porã tem uma extensão aproximada de 16 mil hectares, abrangendo cerca de 10% da totalidade da cidade de São Paulo e de outros três municípios. É possível caminhar pelas exuberantes trilhas do território e vivenciar o nhanderekó (modo de ser) do povo originário que vive e resiste nas fronteiras da maior metrópole do Brasil. A experiência pode ser realizada em um único dia e é excelente para quem está na capital paulista e quer ter uma vivência junto à natureza, mergulhando nos seus saberes ancestrais.
Os roteiros acontecem quatro vezes ao mês, tendo opções de Turismo de Base Comunitária (TBC) com foco na cultura local ou de aventura, em uma trilha de 8,5 km entre as aldeias Kalipety e Yrechakã. Localizada a 55 km do centro de São Paulo, as vivências de cerca de 12 horas contam com transporte saindo da capital, com valores a partir de R$ 250 por pessoa. As Expedições de estreia acontecem nos dias 16 e 17 de setembro e 7 e 8 de outubro, com 30 vagas disponíveis em cada uma.
Além das expedições citadas acima, muitos projetos são realizados com crianças e adolescentes por meio do Vivalá Educação, que impacta na formação das futuras gerações brasileiras, com estudo dos dentro dos biomas brasileiros e em conexão com comunidades tradicionais, como os povos indígenas.
Independente da expedição ou da comunidade indígena escolhida para se aprofundar em uma nova cultura e estilo de vida, é importante que o viajante esteja completamente aberto, de alma e coração. “As comunidades tradicionais, de forma geral, e os povos indígenas, em particular, são os verdadeiros donos de nossas terras e os maiores guardiões de nossos biomas e biodiversidade. Ao se conectar com a sabedoria ancestral dos povos originários, observamos que os viajantes são transformados de diferentes formas: quebram preconceitos, renovam as energias e encontram extremo bem-estar no contato direto com a natureza. Além disso, aprendem a história do país através de uma perspectiva diferente, desta vez, na visão dos povos originários. Com isso, repensam o que aprenderam, tanto sobre sua relação com a natureza quanto sua própria vida. Essas vivências são muito especiais e realmente transformam a gente”, explica Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá.
A floresta e os saberes ancestrais podem nos revelar e nos levar para diversos momentos e sensações. Toda forma de turismo possui e gera impactos, sejam eles positivos ou negativos, por isso, busque por empresas de turismo sustentável e que tenham uma verdadeira preocupação com todos os envolvidos: os viajantes, as comunidades e o planeta.
Sobre a Vivalá
Referência em Turismo Sustentável do Brasil, atua com ESG desde 2016 e realiza expedições profundas em áreas protegidas e regiões metropolitanas brasileiras, sempre unindo a preservação ambiental dos biomas do país à troca cultural com comunidades tradicionais indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e entre diversos grupos sociais.
A Vivalá recebeu 13 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais importantes em sua trajetória, sendo convidada para compor a rede Young Leaders of America do Departamento de Estado Americano, premiada dois anos consecutivos como uma das organizações mais sustentáveis do Brasil pela ONU, Organização Mundial do Turismo e Braztoa, além de ter sido escolhida pela Embratur, Fundação Grupo Boticário, Aceleradora 100+ da Ambev e PPA, e iniciativa global da Yunus & Youth para fazer parte de seus programas de aceleração para negócios de impacto socioambiental.
Até o primeiro semestre de 2023, a Vivalá já realizou 180 expedições com 1.900 viajantes, somando 8.700 horas de voluntariado em suas viagens de volunturismo, além de ter injetado mais de R$1,9 milhão em economias locais através da compra de serviços de base comunitária. Mais informações, acesse www.vivala.com.br.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)
O Homo neanderthalensis foi uma espécie de hominídeo cujos primeiros fósseis foram descobertos em agosto de 1856 em cavernas do Vale de Neander (de onde se origina o nome), na Alemanha. Durante sua existência, os neandertais e os Homo sapiens mantiveram relações, gerando até filhos híbridos. Com o passar das gerações, mesmo depois da extinção dessa espécie, parte do seu DNA se integrou ao genoma humano, influenciando, inclusive, características fenotípicas como comportamentos, medos e fisiologia dos seres humanos modernos.
Pessoas com ancestrais nativos da Europa e Ásia, os continentes onde os neandertais habitaram, apresentam de 1 a 4% de DNA neandertal em seu genoma. Apesar de ser uma proporção pequena comparada ao total do DNA, alguns fragmentos do DNA neandertal estão presentes em mais de 60% da região, o que significa que nunca houve tanto DNA neandertal na Terra como agora, considerando o tamanho da população atual.
De acordo com alguns cientistas, O DNA neandertal pode influenciar características genéticas como tom de pele, cor do cabelo, altura, padrões de sono e sistema imunológico, entre outras. Agora, portanto, é possível ter conhecimento de algumas características herdadas desses ancestrais por meio de um painel genético exclusivo desenvolvido pela Genera. Os clientes que já fizeram o teste genético do laboratório podem realizar um upgrade com o painel “DNA das Cavernas”, onde será possível descobrir detalhes de características específicas herdadas dos neandertais. Essa é a primeira vez na América Latina que um laboratório de genômica traz visibilidade para o DNA de outra espécie de seres humanos. “Esse painel é uma ferramenta inovadora que oferece a possibilidade de aproximação com o passado distante de cada indivíduo, revelando os traços genéticos que compartilhamos com os antigos neandertais. É uma oportunidade única de entender alguns traços da nossa herança genética e como ela está entrelaçada com a história da humanidade” ,afirma Ricardo di Lazzaro, mestre em genética e cofundador da Genera.
Ao adquirir o novo painel, qualquer pessoa poderá ter acesso a informações de partes de seu DNA que foram herdadas dos neandertais e que influenciam sua vida, como senso de direção, medo de altura, caspa, comportamento de acumulação, medo de falar em público, irritação ao sentir fome, transpiração durante exercícios físicos e estrias. De acordo com um estudo inédito do laboratório Genera, a partir de uma base de mais de 200 mil clientes que fizeram os testes genéticos, 98% dos brasileiros possuem DNA neandertal. Cada brasileiro, porém, tem uma média de 2,5% desse DNA em seu genoma. Já argentinos e uruguaios contam com uma média de 2,8% e 2,69%, respectivamente.
Esses avanços e recursos tecnológicos da genômica permitem enriquecer o conhecimento sobre a evolução humana e proporcionam insights valiosos sobre adaptações evolutivas, predisposição a doenças e variações genéticas dos antepassados que moldaram a diversidade humana até os dias atuais.
Sobre Genera | Criada por Ricardo di Lazzaro e André Chinchio, a Genera é o primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal que realiza testes de ancestralidade, saúde e bem-estar no Brasil e que atua no mercado desde 2010 com foco em inovação. Por meio de uma técnica chamada microarray, a Genera faz uma leitura do DNA de cada pessoa, com o objetivo de oferecer caminhos mais acessíveis para o autoconhecimento e que auxiliam na busca por uma vida mais saudável. Com um crescimento significativo no Brasil, o laboratório ampliou suas atividades para Argentina, Uruguai e Chile. Em 2020, Ricardo di Lazzaro foi um dos nomes premiados no “Inovadores com menos de 35 anos na América Latina 2020”, prêmio que consiste em recompensar os 35 jovens mais inovadores com menos de 35 anos de idade da América Latina promovido pelo MIT Technology Review, edição em espanhol da revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
(Fonte: Ketchum)