Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
O Palácio Tangará, hotel conhecido por ser um refúgio cercado de natureza no coração de São Paulo, anuncia a residência de shows exclusivos do cantor Tony Gordon. As apresentações estão previstas para acontecer uma vez por mês, com as próximas datas sendo dia 27 de setembro e 25 de outubro. O cantor já é um antigo parceiro do hotel, tendo se apresentado para os hóspedes diversas vezes, sempre esgotando a capacidade do restaurante e encantando o público com sua voz inconfundível.
Com mais de 32 anos de carreira e aclamado em casas do Brasil e do mundo inteiro, o músico conhecido como “avô do jazz”, reúne em seu repertório músicas consagradas rearranjadas em seu estilo característico, que transita pelo Blues, Soul e Jazz. Em 2019, Tony Gordon consagrou-se vencedor da edição brasileira do programa The Voice, no qual apresentou sua versatilidade cantando desde clássicos dos Beatles, à composições nacionais de Roberto Carlos e Tim Maia. Diante do sucesso das performances ao vivo de Tony Gordon no cenário sofisticado do Palácio Tangará, o cantor torna-se residente do hotel, criando noites inesquecíveis para o público que tem o privilégio de assisti-lo pessoalmente.
Para aqueles que desejam aproveitar a apresentação de 25 de setembro combinando com uma pernoite no hotel, o Palácio Tangará preparou um pacote especial para duas pessoas, que inclui hospedagem nas acomodações luxuosas do hotel, café da manhã servido no restaurante Tangará Jean-Georges e jantar em três tempos no Pateo do Palácio para acompanhar o show. O pacote já está disponível para reserva com valores a partir de R$4.200, com possibilidade de parcelamento em até seis vezes. Para mais informações e reservas, basta acessar o site.
Sobre o Palácio Tangará | Com sua excepcional localização na capital financeira do Brasil, São Paulo, o Palácio Tangará abriu suas portas em 2017. Cercado pelo Parque Burle Marx, cujos jardins foram projetados pelo mundialmente reconhecido paisagista homônimo, o hotel oferece 141 espaçosos apartamentos, sendo 59 suítes, todos com vistas para a vegetação exuberante do parque. Premiado como ‘O Melhor Hotel Para Ir a Dois’ pela revista Prazeres da Mesa, e como o ‘Melhor Hotel do Brasil’, pela revista Condenast Traveller, o hotel tem sua gastronomia assinada pelo chef francês renomado mundialmente, Jean-Georges Vongerichten, com dois restaurantes: Tangará Jean-Georges e Pateo do Palácio. Já a área de lazer do hotel é composta por uma academia equipada com modernos aparelhos Technogym, o SPA Lancôme Absolue, primeiro spa da marca francesa na América Latina, além de piscinas interna e externa semi olímpicas e kids club com programação especial de atividades e brincadeiras aos finais de semana e feriados.
Serviço:
Palácio Tangará
Endereço: R. Dep. Laércio Corte, 1501 – Panamby, São Paulo – SP
Reservas: (11) 4904-4001
Instagram: @palaciotangara
Site.
(Fonte: Index Conectada)
A Galeria Marilia Razuk e Instituto de Visión realizam uma parceria inédita para participar do The Armory Show, que acontece de 8 a 10 de setembro de 2023 no Javits Center, em NYC, com dois artistas latino-americanos: o colombiano Abel Rodríguez e o brasileiro Zé Carlos Garcia.
A partir do desenho botânico de Abel Rodríguez – Mestre Mogage Guihu (Colômbia representado pelo Instituto de Visión) e das peças esculturais de Zé Carlos (Brasil, representado pela Galeria Marilia Razuk), o projeto busca traçar um horizonte transversal no qual as noções colonialistas de representação naturalista e paisagem são desestabilizadas. A Galeria Marilia Razuk participou pela primeira vez
da feira nova-iorquina, em 2005.
Atualmente, a Galeria Marilia Razuk abriga duas mostras solos, como “Pedrinha Miúda”, do artista visual Rodrigo Bueno, na Sala 01, com texto de Lilia Moritz Schwarcz e “Mausoléu Superficcional”, do Guerreiro do Divino Amor, na Sala 2. Ambas seguem em cartaz até 07 de outubro de 2023.
Guerreiro foi selecionado como artista representante do Pavilhão Suíço na Bienal de Veneza em 2024, e o filme “O Milagre de Helvetia” – que teve duas exibições exclusivas na vernissage, fará parte do projeto que o artista exibirá na Bienal de Veneza.
(Fonte: Marmiroli Comunicação)
Martinho da Vila atua há mais de 50 anos no fortalecimento da cultura nacional, abraçando causas e temáticas sociais e fazendo música para todo mundo cantar, dançar e sambar. A honraria Mérito Cultural, que simboliza o reconhecimento da instituição a uma personalidade do meio artístico, será entregue em um show especial realizado em meio às comemorações de 75 anos da PUCRS, no dia 22 de novembro (quarta-feira), às 21h, no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch.
Os ingressos já podem ser adquiridos no site e aplicativo Guichê Web ou no Campus da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681 – Prédio 15, Saguão do Living 360º, em frente à PUCRS Store), de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14h às 19h.
O concerto “Negra Ópera”, inspirado no álbum que Martinho da Vila lançou em maio deste ano, promove a união de música popular e erudita com referências da cultura afro-brasileira e tratamento orquestral ao repertório. É baseado no livro “Ópera Negra”, escrito pelo artista a partir da obra Pelléas et Mélisande, de Debussy. Em estrutura, o show se assemelha a uma ópera: apresenta abertura instrumental e divisão em três atos. As músicas abordam questões como a negritude, os conflitos da vida na favela, as rodas de capoeira e os pontos de umbanda e candomblé.
A cada ano, o Mérito Cultural PUCRS é atribuído a uma personalidade do meio artístico cuja carreira seja marcada pela defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. O Mérito já homenageou Fernanda Montenegro (2018), Maria Bethânia (2019), Lima Duarte (2020), Alcione (2021) e Alceu Valença (2022).
Uma trajetória feita no compasso do samba
Martinho da Vila nasceu em Duas Barras, no Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. A partir de 1965, passou a se dedicar de corpo e alma à Escola de Samba Unidos de Vila Isabel: compôs grande parte dos sambas-enredo consagrados e colaborou para a criação de temas de inúmeros desfiles. Surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando apresentou o partido alto “Menina Moça”. No ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançou seu primeiro sucesso, o clássico “Casa de Bamba”, seguido de “O Pequeno Burguês”.
Nacionalmente conhecido como sambista, o artista é um legítimo representante da Música Popular Brasileira (MPB), com várias composições gravadas por cantores e cantoras de diversas vertentes musicais. Ao longo de sua trajetória, lançou mais de 20 livros, ultrapassou o marco de 50 álbuns e acumulou inúmeros prêmios e títulos, entre os quais figura agora o Mérito Cultural PUCRS 2023.
Serviço:
Mérito Cultural | Martinho da Vila: Concerto Negra Ópera
Data: 22 de novembro (quarta-feira)
Horário: 21h
Local: Salão de Atos da PUCRS
Ingressos: Site e aplicativo Guichê Web ou no Campus da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681 – Prédio 15, Saguão do Living 360º, em frente à PUCRS Store), de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14h às 19h.
(Fonte: PUC RS)
Celebrando dez anos de sua primeira edição, o projeto de arte urbana
Caos on Canvas chega em setembro ao Museu da Imagem e do Som – MIS. Com entrada gratuita, a exposição abre ao público na quarta-feira, dia 6 de setembro, e segue em cartaz no Museu até o dia 24 do mesmo mês.
Com edições anteriores ligadas às temáticas do surf e skate, Didu Losso, idealizador do projeto, elegeu desta vez o tema “Meio Ambiente e as Cidades” como fio condutor
para as intervenções sob fotografias. Dezoito artistas, brasileiros e estrangeiros, foram convidados para a empreitada de produzir arte sobre fotografias impressas em telas, captadas pelo renomado fotógrafo Lucas Lenci. As imagens, como um conjunto, passeiam por paisagens que propõem lugares de encontro entre o meio ambiente e as cidades no Brasil e mundo afora. Sobre as fotografias, bordados, acrílico, spray, plástico e muita tinta carregam ainda mais as cenas de sentido e convidam o espectador a refletir sobre os caminhos possíveis de convivência entre os dois meios – natural e inorgânico. Uma camada de realidade aumentada permite ainda que, direcionando a câmera do celular para a obra, o visitante possa ver a fotografia original, antes das intervenções.
A montagem ganha peso extra pelo projeto expográfico, que evolui o conceito da exposição, anteriormente de pintura sobre fotografia para um novo momento, com uma grande instalação, composta por 18 fotografias expostas dentro de esculturas de metal que se assemelham a minicontainers, juntamente com quatro painéis inspirados também em portas de containers. À base de metais, os materiais ajudam a compor a percepção de contraponto entre o orgânico e industrial, ao mesmo tempo em que circundam sem interferir na percepção das obras.
A terceira edição da exposição foi inaugurada em setembro de 2022 na Casa das Rosas (SP), seguiu para o Espaço Expressa em parceria com a Secretaria de Cultura de Jundiaí, passou pelo FAMA Museu em Itu e fechou o ciclo da itinerância pelo interior do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Cultura de Sorocaba. Agora, realiza seu gran finale no MIS (que já havia recebido a segunda edição do projeto no ano de 2016).
“Caos On Canvas traz no cerne as premissas de ser coletivo, instigante e radical. O que antes era por meio dos esportes, agora aprofundamos o diálogo para jogar luz
no tema das cidades e suas interferências no meio ambiente”, explica Didu Losso, idealizador, curador e também um dos artistas do projeto. “Dentro disso, nada mais natural que o time de artistas convidados também seja diverso, de variados suportes e linguagens, de diferentes lugares do globo, incluindo um coletivo de artistas com deficiência visual da Associação Laramara”, detalha. São eles: Guto Lacaz, Gilberto Salvador, California Locos (Coletivo Californiano: John Van Hamersveld, Dave Tourjé e Nano Nobrega), Sandra Lapage, Tommy D Los Angeles, Alessandra Rehder, Anna Guilhermina Baglioni, Fabio Haben, Paulo Pitombo & Ricardo Agapê (Coletivo Laramara), Felipe Innocente, Fernanda Eva, Karl Limbeck, Neno Ramos, Skinny Dog, Regina “Ziza”Elias, Tché Ruggi e William Baglione.
Por fim, o cineasta Antônio Frugiuele se une a Didu Losso para comandar um documentário com imagens e entrevistas sobre o processo de criação, produção, exibição e viagens do projeto. O filme será lançado dia 19 de setembro, no Auditório MIS, também com entrada gratuita.
Sobre o projeto
Inspirado na teoria do caos, Didu Losso criou o Caos on Canvas em 2011, que é muito mais que uma exposição de arte – uma vez que também promove ações sociais, como a criação do “Beco da Fepa”, em Jundiaí em 2019, uma iniciativa de revitalização da entrada da comunidade Fepasa juntamente com o Supermercado Tauste, Prefeitura e SESC da cidade.
A ideia da mostra é provocar artistas a criarem obras em fotografias impressas em canvas, ou seja, com a base de uma tela já iniciada, buscando misturar linguagens – artes plásticas e fotografia – e artistas de diversos estilos, especialmente buscando trazer para as telas a arte não usual a este suporte, como de grafiteiros, estilistas e tatuadores. As duas primeiras edições tiveram a temática de esportes radicais: a primeira em 2012, com o skate, e a segunda em 2016, com o surf. Ambas receberam fotografias dos maiores nomes do esporte retratados, como Gabriel Medina, Bob Burnquist, Christian Hosoi, Adriano de Sousa, Tony Alva, entre outros, além de grandes nomes da arte, como o mestre da pintura japonesa Kaoru Ito, o lendário tatuador Maurício Teodoro, o artista visual e líder da banda Rancid Tim Armstrong, um dos mais conceituados artistas de bordado dos Estados Unidos, Tul Jutargate, e os artistas com deficiência visual da Associação Laramara, entre outros.
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas
de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O MIS tem como mantenedora a empresa B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John
Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group e Telium.
Serviço:
CAOS ON CANVAS
Abertura: 6 de setembro, 19h (evento aberto ao público)
Período: 7 a 24 de setembro de 2023
Horário: terças a sextas, 10h às 19h; sábados, 10h às 20h; domingos e feriados, 10h às 18h
Ingresso: gratuito
Classificação: Livre
Local: Foyer Auditório MIS – térreo | Museu da Imagem e do Som: Avenida Europa, 158, São Paulo-SP.
(Fonte: Secretaria da Cultura, Economia Criativa do Estado de São Paulo)
Em 1986, foi realizada a primeira exposição póstuma de Hélio Oiticica (1937–1980), organizada pelo Projeto HO, na época coordenado por Lygia Pape, Luciano Figueiredo e Wally Salomão. Para essa mostra, que se chamava “O q faço é música” e foi realizada na Galeria de Arte São Paulo, o projeto produziu edições únicas das icônicas obras “Relevo Espacial, 1959/1986” e “Parangolé P4 Capa 1, 1964/1986”, para arrecadar fundos para a organização, catalogação e conservação das obras e documentos deixados pelo artista. Desde então, essas obras permaneceram em uma coleção particular e agora voltam a público, depois de 37 anos, sendo o ponto de partida para a exposição “O que há de música em você”, que será inaugurada no dia 12 de setembro, na Galeria Athena, no Rio de Janeiro, com curadoria de Fernanda Lopes.
Icônicas para o desenvolvimento do pensamento de Oiticica, as duas obras são de grande importância – o Parangolé, inclusive, foi vestido por Caetano Veloso na época de sua criação. Partindo delas, e da célebre frase de Hélio Oiticica: “O q faço é música”, a exposição apresentará um diálogo com fotografias, vídeos, objetos e performances de outros 20 artistas, entre modernos e contemporâneos, como Alexander Calder, Aluísio Carvão, Andro de Silva, Atelier Sanitário, Ayla Tavares, Celeida Tostes, Ernesto Neto, Felipe Abdala, Felippe Moraes, Flavio de Carvalho, Frederico Filippi, Gustavo Prado, Hélio Oiticica, Hugo Houayek, Leda Catunda, Manuel Messias, Marcelo Cidade, Rafael Alonso, Raquel Versieux, Sonia Andrade, Tunga e Vanderlei Lopes.
Os diálogos vão se dar de diversas formas, seja por um aspecto mais literal da ideia de música, de movimento, seja pela questão da cor e por discussões levantadas por Oiticica naquele momento que continuam atuais. “A ideia geral é tentar pensar, como pano de fundo, como o Hélio traz questões da passagem para o contemporâneo que continuam sendo debatidas e que estão vivas até hoje de diferentes maneiras”, afirma a curadora Fernanda Lopes.
A relação de Hélio Oiticica com o samba e com a Estação Primeira de Mangueira é bastante conhecida, mas a curadora também quer ampliar essa questão. “Quando Hélio fala de música, ele não está se referindo só ao samba, mas também ao rock, que é o que ele vai encontrar quando chega em Nova York. Para ele, são ideias de música libertárias, pois dança-se sozinho, sem coreografia, são apostas no improviso, no delírio. Acho que a partir disso é possível fazer um paralelo com a discussão de arte, repensando seu lugar, seus limites, suas definições e repensando também a própria ideia e o papel da arte”, afirma a curadora.
OBRAS EM EXPOSIÇÃO
Diversas relações são criadas na exposição. Obras que fazem referência mais direta ao samba, como a pintura “Duas Mulatas” (1966), de Flávio de Carvalho, e a obra de Manuel Messias, estarão na mostra. “São referências mais literais, de artistas que tinham no samba um lugar de ação, não uma ilustração”, conta a curadora.
Ampliando a questão musical, chega-se ao movimento, à movimentação dos corpos, que está sempre associado à música. Na exposição, essas relações são criadas, por exemplo, com os trabalhos de Aloísio Carvão e Celeida Tostes. Composto por uma caixa branca contendo círculos não uniformes, separados por tons diferentes, que vão do amarelo ao vermelho, a obra “Aquário II” (1967), de Aloísio Carvão, dialoga com o trabalho de Oiticica não só por ter a cor como guia, mas também pela ideia de movimento. “Esta obra, de certa forma, também tem algo rítmico ou uma possibilidade de reconhecer isso nessas peças, uma vez que depende do vento ou de outra situação que aconteça no espaço para que as peças se movimentem”, diz Fernanda Lopes. Desta mesma forma, o trabalho de Celeida Tostes, composto por cerca de 60 peças em cerâmica, com formatos circulares vazados no meio, com variações de cores em tons terrosos, sugere um ritmo pela organização modular.
Ainda na ideia de movimento, está o trabalho “Escultura mole”, dos anos 1970, de Alexandre Calder, feito em tecelagem, com uma espécie de rede, que, além de resgatar a história, por ser um elemento característico do Brasil e América Latina, remete à ideia de movimento.
Na exposição, as questões sobre música serão ampliadas, e a curadora quis trazer outros aspectos, como a dimensão social do samba. “Não é só um estilo musical, existe um confronto de alguma maneira, não é só entretenimento, mas também um lugar de disputa”, afirma. Dentro deste pensamento, estará na exposição um tacape (arma indígena), de Tunga.
Além disso, alguns trabalhos apostam ou se valem de um desconforto, que esteve presente na figura do Hélio. Por exemplo, quando ele fez exposição na White Chapel, em Londres, em 1969, muita gente adorou o fato de ele ter colocado areia de praia no chão, mas outras pessoas se incomodaram de terem que tirar o sapato, assim como houve críticas na imprensa. Remetendo a isso, estão os trabalho de Andro de Silva, com palhaços chorando, uma grande pintura de Rafael Alonso, medindo 1,30 x 1,70, que traz uma imagem incômoda para a vista, e três vídeos de “Sem título”, de Sonia Andrade, que causam apreensão – em um deles ela está com a mão aberta em uma superfície com um prego entre cada dedo, tentando não errar a direção do martelo; em outro, ela depila os pelos de partes do corpo, como da sobrancelha, e no terceiro, aperta um fio em parte do rosto.
SOBRE O PROJETO HO
Em 1981, os irmãos de Hélio Oiticica, Cesar e Claudio, diante da urgência do desafio de guardar, preservar, estudar e difundir a sua obra, formularam o Projeto Hélio Oiticica, uma associação sem fins lucrativos com esses objetivos. Contando com a construção inicial de companheiros e amigos de Hélio, com os quais se formaram um conselho e uma coordenação e, com fundos provenientes da venda de obras de terceiros pertencentes ao acervo da família, instalou-se o Projeto HO.
Os membros do Projeto, apesar de trabalhando sem remuneração e durante suas horas de lazer, conseguiram uma série crescente de realizações, entre as quais merecem destaque a publicação do livro de textos “Aspiro ao grande labirinto” e as exposições retrospectivas realizadas em Rotterdam, Paris, Barcelona, Lisboa e Minneapolis com a edição dos respectivos catálogos. Além disso, houve a participação em 16 exposições no Brasil, sendo 10 coletivas e seis individuais e 12 exposições no exterior, sendo 11 coletivas e uma individual.
Em 1996, foi inaugurado o Centro de Arte Hélio Oiticica com a grande retrospectiva que tinha percorrido a Europa e os Estados Unidos. No período que se seguiu, o acervo participou de 39 exposições no Brasil, 11 individuais e 28 coletivas, e de 51 exposições no exterior, sendo 9 individuais e 42 coletivas.
SALA CASA
No mesmo dia também será inaugurada a exposição “Jonas Arrabal – Ensaio sobre uma duna”, com trabalhos inéditos em diversas mídias reunidos em conjunto, como uma grande instalação pensada especialmente para ocupar a Sala Casa da Galeria Athena. Bronze, sal, chumbo, betume e resíduos orgânicos são alguns exemplos de materiais utilizados pelo artista nos últimos anos, traduzidos aqui entre objetos e desenhos. Em sua pesquisa poética há um interesse particular sobre o tempo e a memória, numa aproximação com a ecologia, meio ambiente e a história, propondo uma reflexão sobre a transformação constante das coisas, dos lugares e como isso nos afeta e nos permite novas percepções. “Em seus trabalhos há uma operação que transita entre a invisibilidade e a visibilidade, transições e apagamentos concretos (conscientes ou não) numa aproximação com elementos da natureza, opondo materiais industriais com orgânicos, propondo novas mutações”, diz a curadora Fernanda Lopes.
Serviço:
Exposição “O que há de música em você”, na Galeria Athena
Abertura: 12 de setembro de 2023, das 18h às 22h
Exposição: até 10 de novembro de 2023
Galeria Athena
Rua Estácio Coimbra, 50 – Botafogo – Rio de Janeiro, Brasil
Telefone: (21) 2513.0703
De terça a sexta-feira, das 11h às 19h; sábados, das 12h às 17h.
(Fonte: Midiarte Comunicação)