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Aromaterapia: o poder das plantas e óleos essenciais

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Juliana Wolf.

A Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC) informa que inscrições para o Curso Teórico e Prático de Aromaterapia: o poder das plantas e óleos essenciais poderão ser realizadas no período de 23 de agosto a 18 de setembro de 2023. As inscrições devem ser realizadas on-line por meio deste link.  Serão oferecidas 20 vagas.

O objetivo do curso é dar ao aluno conhecimento sobre fitoterapia e o uso de plantas para muitas aplicações medicinais.

A distribuição das vagas será feita por ordem de inscrição e a efetivação da matrícula realizada após o pagamento da taxa do curso via PIX.

Todo material utilizado no curso, tais como e-books eletrônicos e ingredientes, estão inclusos gratuitamente no curso. O valor total do investimento é de R$100,00.

Serviço:

Período de inscrição: de 23 de agosto a 18 de setembro de 2023

Local: on-line em https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSepfN3LqcmlTtD4hnFCyOGDonkSMSxIP8kqxrwuxxF4zjceKg/viewform?usp=pp_url

Dia e horário do Curso: 23 e 30 de setembro de 2023, sábado das 9h às 12h

Local do curso: FIEC – Av. Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3405 – Jd. Regina – Indaiatuba – SP.

Requisito para o curso: Ensino Fundamental Completo e idade mínima de 18 anos

Aula inaugural: 23 de setembro de 2023, às 9h, na FIEC.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Grande exposição “Evandro Teixeira, Chile, 1973” chega ao CCBB RJ

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Multidão no enterro do poeta Pablo Neruda, 1ª grande manifestação contra o regime fascista de Augusto Pinochet no Chile.

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro inaugura, no dia 30 de agosto, a exposição “Evandro Teixeira, Chile, 1973”, com cerca de 160 fotografias de um dos principais nomes do fotojornalismo brasileiro, o baiano radicado no Rio de Janeiro Evandro Teixeira (1935), que fez toda a sua carreira na imprensa carioca, onde atuou por quase seis décadas, sendo 47 anos no Jornal do Brasil. Com curadoria de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles, a mostra chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro depois de ter sido apresentada com enorme sucesso no IMS Paulista e integra a parceria firmada entre as duas instituições em 2022. A sede do IMS no Rio de Janeiro está fechada para reformas. A realização na cidade tem patrocínio do Banco do Brasil.

A exposição reúne importantes fotografias em preto e branco, com destaque para a cobertura internacional do golpe militar no Chile em 1973. No país andino, produziu imagens impactantes do Palácio De La Moneda bombardeado pelos militares, dos prisioneiros políticos no Estádio Nacional em Santiago e do enterro do poeta Pablo Neruda, sendo o único fotojornalista do mundo a registrar Neruda logo após sua morte.

Matilde Urrutia, viúva de Pablo Neruda, na Clínica Santa Maria ao lado do corpo do poeta. Santiago, Chile, 24/9/73. Foto: Evandro Teixeira/Acervo IMS.

Além dos registros feitos no Chile, a mostra traz imagens produzidas por Evandro durante a ditadura civil-militar brasileira, em um diálogo entre os contextos históricos dos dois países. Em monitores dispostos pelo espaço expositivo também são apresentados trechos de filmes que documentam o período, como “Setembro chileno”, de Bruno Moet, e “Brasil, relato de uma tortura”, de Haskell Wexler e Saul Landau. A mostra apresenta, ainda, livros, fac-símiles e outros objetos, como máquinas fotográficas e crachás de imprensa.

Chile, 1973

Evandro Teixeira viajou para o Chile em setembro de 1973, no dia seguinte ao golpe militar de 11/9, que levou à morte do presidente eleito Salvador Allende. O fotógrafo foi como correspondente do Jornal do Brasil, acompanhado pelo repórter Paulo Cesar de Araújo. Retido com dezenas de outros correspondentes internacionais na fronteira da Argentina com o Chile, fechada deliberadamente pela junta militar chilena, chegou a Santiago em 21/9. Sob a vigilância dos militares, a imprensa internacional circulava por uma cidade sitiada e ocupada pelas forças militares, com rígido toque de recolher. Além de contornar a censura local, Evandro precisava revelar as imagens rapidamente em um pequeno laboratório improvisado, que instalou no banheiro do seu hotel, e transmiti-las em seguida usando um aparelho de telefoto.

Entre as imagens produzidas nesse período, o registro mais importante feito pelo fotógrafo, que ele mesmo considera um dos marcos de sua carreira, foi a da morte e enterro do poeta Pablo Neruda. Um dia depois de chegar a Santiago, Evandro soube pela esposa de um diplomata que Neruda estava hospitalizado em uma clínica da cidade. O fotógrafo foi até o local, mas não conseguiu registrar o escritor, que morreu na noite daquele mesmo dia. Na manhã seguinte, retornou à clínica, já ciente da morte, e conseguiu acesso ao interior do edifício por uma entrada lateral, chegando ao local onde Neruda estava, em uma maca no corredor, sendo velado por sua viúva, Matilde Urrutia. Em entrevista para o site do IMS, o fotógrafo relembra o episódio: “Estou lá, rondando o hospital, e de repente abre uma porta lateral, olho, tiro a Leica, sempre deixo preparada para dois metros, o que der, deu. Entro, Neruda está na maca, dona Matilde, sua mulher, sentada com o irmão dela”.

Repressão policial na Candelária durante a missa de 7º dia do estudante Edson Luís, RJ, 4/4/68.

Evandro fez a foto e, em seguida, pediu permissão para a viúva, lembrando que havia fotografado Neruda anteriormente em um encontro com o escritor Jorge Amado no Brasil. Matilde não só permitiu que ele fizesse os registros, como pediu para acompanhá-la até a residência do casal, La Chascona, onde o corpo seria velado. “Dentro da clínica fiz a maca, fiz várias fotos, apavorado. Eu olhava em volta, pensava naquele mundo de fotógrafos em Santiago e dizia pra mim mesmo: não, não é possível, só eu aqui, só eu?”, relembra. Evandro registrou naquele dia e no seguinte detalhadamente todas as etapas do velório e enterro do poeta, que contou com grande participação popular e se tornou o primeiro grande ato contra o governo de Pinochet.

Evandro foi, assim, o único fotojornalista a registrar Neruda ainda na clínica, logo após seu falecimento, que hoje, de acordo com estudos recém-publicados, parece ter sido causado por envenenamento. O curador Sergio Burgi comenta a importância dessa série de imagens, principal destaque da exposição: “Esta é uma documentação excepcional e em grande parte ainda inédita, oriunda da obstinação e audácia de um fotojornalista brasileiro que conseguiu penetrar incógnito no hospital onde se encontrava o corpo do poeta que admirava e conhecera no Brasil”.

A exposição também traz imagens que Evandro realizou no Estádio Nacional do Chile, local onde o governo encarcerou e torturou inúmeros presos políticos. Os correspondentes foram levados pelos próprios militares para fotografar o local, em uma iniciativa oficial que visava encobrir as violações de direitos humanos que aconteciam ali. Ainda assim, Evandro e outros colegas conseguiram driblar o cerco e registrar tanto a chegada não planejada pelos militares de novos presos políticos ao estádio como também penetrar no subsolo do local, onde jovens estudantes foram fotografados sendo conduzidos para áreas internas. Junto aos registros do Estádio Nacional, há também imagens que mostram a violência militar em Santiago, como a foto do Palácio De La Moneda bombardeado.

Ditadura militar brasileira

Passeata dos Cem Mil na Cinelândia, RJ, 26/6/1968. Foto: Evandro Teixeira/Acervo IMS.

Em outro núcleo, a mostra apresenta fotos feitas por Evandro durante a ditadura brasileira e que hoje fazem parte do imaginário sobre o período. Entre elas, estão a da Tomada do Forte de Copacabana, feita exatamente no dia 1º de abril de 1964, as imagens das manifestações contrárias ao governo, em 1968, como a da Passeata dos Cem Mil, vetada pelos censores da época por registrar a faixa “Abaixo a ditadura, povo no poder”, ou ainda a foto na qual Evandro registra a queda de um motociclista da FAB, em 1965. Junto aos registros, há uma cronologia da carreira do fotógrafo, além de depoimentos em vídeo em que relembra momentos marcantes de sua trajetória.

Para Sergio Burgi, o conjunto de imagens reforça a importância da prática diária do fotojornalismo como ferramenta de fiscalização do poder e preservação da memória: “A obra de Evandro Teixeira é expressão plena deste compromisso do fotojornalismo com o testemunho direto da realidade e com a liberdade de expressão e criação, essenciais tanto em nosso passado recente como ainda hoje. Passadas cinco décadas, suas imagens sobre as ditaduras militares no Chile e no Brasil reafirmam claramente a importância da democracia e do respeito absoluto ao estado de direito e à cidadania. São imagens que claramente desnudam o autoritarismo e permanecem denunciando, ainda nos dias de hoje, de forma clara e cristalina, os riscos das aventuras golpistas”.

A mostra também contribui para a reflexão sobre a extensa obra de Evandro Teixeira, profissional comprometido, sobretudo, com seu ofício, como revelam suas palavras: “Minha aventura pessoal identifica-se com a aventura vivida pelo mundo. Não tenho méritos para isso, sou um homem manejando uma câmera. Quando bem operada, é um fósforo aceso na escuridão. Ilumina fatos nem sempre muito compreensíveis. Oferece lampejos, revela dores do impasse do mundo. E desperta nos homens o desejo de destruir esse impasse.”

Catálogo | A mostra será acompanhada de um catálogo, que trará, além das fotografias presentes na mostra, textos da cientista política, socióloga e professora Maria Hermínia Tavares de Almeida, do escritor Alejandro Chacoff e do curador da exposição, Sergio Burgi, e uma cronologia organizada pela pesquisadora Andrea Wanderley.

Retrato de Evandro Teixeira por Andre Arruda – RJ, 2013.

Sobre o artista | Baiano nascido em 1935, Evandro saiu de Irajuba para fotografar o Brasil. Em quase 70 anos de atividade, 47 deles no Jornal do Brasil, registrou o golpe militar de 1964 e as manifestações estudantis de 1968, o golpe no Chile em 1973 e o enterro do poeta chileno Pablo Neruda. Eternizou em imagens icônicas Pelé e Ayrton Senna, documentou fome e pobreza, mas também carnaval e festas populares. Política, esporte, moda, comportamento, nada escapou às suas lentes. É dono ainda de uma produção autoral importante, na qual se destaca o projeto sobre Canudos.

Sobre o CCBB RJ

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de quarta a segunda, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB está instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível, nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Em 33 anos de atuação, foram mais de 3 mil projetos oferecidos ao público, e, desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. O prédio dispõe de três teatros, duas salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 250 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes Banco do Brasil.

Serviço:

Evandro Teixeira, Chile, 1973

Abertura: 30 de agosto de 2023, às 9h

Exposição: até 13 de novembro de 2023

Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Informações: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br

Funcionamento: de quarta a domingo, das 9h às 20h

Fechado às terças-feiras

Classificação indicativa: 14 anos

Entrada franca, com ingressos disponíveis na bilheteria física ou pelo site do CCBB – bb.com.br/cultura.

Curadoria: Sergio Burgi

Assistência de curadoria: Alessandra Coutinho Campos

Pesquisa biográfica e documental: Andrea Wanderley

Pesquisa e organização do acervo: Alexandre Delarue, com colaboração de Laura Nicida.

Produção: Tisara Arte Produções Ltda.

Patrocínio: Banco do Brasil

Realização: IMS e CCBB.

(Fonte: Midiarte Comunicação)

Parque Ecológico de Indaiatuba recebe espetáculo “Derico Music Truck”

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Arte: divulgação/PMI.

Indaiatuba, município da Região Metropolitana de Campinas, recebe no próximo dia 26 de agosto o “Derico Music Truck”. Na ocasião, o Duo Sciotti apresentará uma coletânea com sucessos de artistas nacionais e internacionais. O show acontecerá no Parque Ecológico, localizado na Alça Nilson Cardoso de Carvalho, a partir das 16h. O evento é de realização do Governo Federal via Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo Federal, e conta com o apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

O projeto traz um caminhão equipado com palco para realização do show que está em turnê em todo o interior paulista. O repertório conterá canções dos artistas Lulu Santos, Tim Maia, Roberto Carlo, João Bosco, Milton Nascimento, Ivete Sangalo, Chitãozinho & Xororó e variados gêneros musicais. As musicas internacionais  incluem Phil Collins, Michael Jackson, Eric Clapton, Elton John e Beatles, todos na linguagem instrumental.

Formado por Derico Sciotti e Sérgio Sciotti, o Duo Sciotti foi criado em 1982 para pequenas apresentações em festas e convenções. Com o sucesso e reconhecimento do público, abriu espaço para shows em teatros e casas noturnas em todo o país. Depois de gravar seu 1º CD ao vivo em 2001, soma oito álbuns lançados. Ao todo, são 41 anos de parceria musical.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Sesc Santana recebe a pianista Eudóxia de Barros

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Katia Hatiya.

A intérprete Eudóxia de Barros traz todo seu talento e amor à música brasileira ao palco do Sesc Santana. No dia 23 de agosto, quarta-feira, às 15h, o público poderá apreciar as extensas virtudes desta pianista que transita com vigor e destreza entre as composições brasileiras e a europeias.

O show integra o programa de trabalho social com idosos realizado pelo Sesc SP; portanto, o ingresso é gratuito para pessoas acima de 60 anos, que podem retirá-lo presencialmente em qualquer unidade da rede Sesc . Para as demais faixas etárias, os ingressos estão disponíveis para venda no aplicativo Credencial Sesc SP, na CDR Central de Relacionamento Digital e presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc.

Eudóxia de Barros nasceu em São Paulo, em 1937. Estudou piano com vários professores renomados no Brasil, França, Estados Unidos e Alemanha, aperfeiçoando-se ao longo dos anos. É também presidente do Centro de Música Brasileira em São Paulo e ocupa uma cadeira na Academia Brasileira de Música.

Serviço:

Dia 23/8 – quarta, às 15h

Sesc Santana – Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Jd. São Paulo – São Paulo (SP)

Local: Teatro – 330 lugares – Livre

Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia), R$12,00 (credencial plena) e grátis para pessoas acima de 60 anos

Duração: 90 minutos

Acesso para pessoas com deficiência – estacionamento

Estacionamento – R$12,00 a primeira hora e R$3,00 a hora adicional – desconto para credenciados

Paraciclo: gratuito (obs.: é necessária a utilização travas de seguranças) – 19 vagas

Para informações sobre outras programações, acesse o portal Sesc SP.

(Fonte: Sesc SP)

Theatro Municipal de São Paulo comemora 112 anos com a apresentação de três óperas e programação repleta de diversidade musical

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Rafael Salvador.

O Theatro Municipal de São Paulo, palco paulistano das principais óperas dos últimos tempos, celebra seus 112 anos de existência com nada menos que três óperas: todas elas consideradas recentes, feitas nos séculos XX e XXI. As récitas contam com a participação de diversos corpos artísticos da casa em espetáculos que mesclam o minimalismo e tecnologia, promovendo o protagonismo feminino em um novo momento para criação dos textos das óperas, mas sem deixar de homenagear a tradição.

A primeira ópera, inédita, é “Tristão/Isolda”. Com música e libreto escritos por duas brasileiras, Clarice Assad (música) e Márcia Zanelatto (libreto), será encenada nos dias 15/9 (sexta-feira), 17/9 (domingo), 19/9 (terça-feira), 20/9 (quarta-feira), 22/9 (sexta-feira) e 23/9 (sábado), com direção musical de Alessandro Sangiorgi, que rege a Orquestra Sinfônica Municipal, e direção cênica de Guilherme Leme. Participa ainda o Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira.

Nesta versão do mito medieval celta, o cenário é uma região de fronteira dos tempos atuais, na qual um grupo de refugiados estão numa espécie de não-lugar, impossibilitados de cruzar a fronteira para um novo território ou retornarem a seu país de origem. Ali, onde o tempo parece não passar, Isolda chega a um campo de refugiados para resgatar a mãe e acaba se envolvendo no deslocamento de todo um grupo à colônia em que vive seu marido e seu sobrinho Tristão, enfrentando inúmeros desafios.

Nas mesmas noites acontece, em formato double bill, a apresentação de “Ainadamar”, ópera composta em 2003 pelo argentino Osvaldo Golijov, com libreto do norte-americano David Henry Hwang, que conta a história da atriz catalã Margarita Xirgu (1888–1969), exilada da Espanha pela ditadura franquista e naturalizada uruguaia. No derradeiro dia de sua vida, em Montevidéu, Xirgu relembra a amizade com o dramaturgo e poeta Federico García Lorca, fuzilado durante a Guerra Civil Espanhola. Ainadamar, em árabe, significa fonte de lágrimas e é também o nome do lugar em que ocorreu a execução do poeta, em Granada, na Espanha. A regência da Orquestra Sinfônica Municipal e a direção musical também são de Alessandro Sangiorgi. O espetáculo tem a direção cênica de Ronaldo Zero e participação do Coro Lírico Municipal, com regência de Mário Zaccaro. A classificação indicativa é 12 anos.

Já a terceira ópera integra o projeto Ópera Fora da Caixa, que leva montagens para fora dos espaços cênicos habituais. “De Hoje para Amanhã (Von Haute Auf Morgen)”, de autoria do austríaco Arnold Schoenberg e libreto de Max Blonda, pseudônimo de sua então esposa Greta Kolisch, será encenada nos dias 21, 22 e 23 (quinta, sexta e sábado), e 27, 28 e 19 de setembro (quarta, quinta e sexta), sempre às 21h. O espetáculo, que será encenado na cúpula do Theatro Municipal, é antecedido pela apresentação dos DJS Fractal Mood, duo composto pelos produtores Guilherme Picorelli e Henrique D’Marte, que trarão um set de techno house, a partir das 19h. Os ingressos vão de R$25 (meia) a R$50 (inteira), a classificação indicativa é 16 anos e a duração, 80 minutos sem intervalo.

Com concepção da Associação SÙ de Cultura e Educação, a ópera tem direção musical e a regência dos músicos da Orquestra Experimental de Repertório é de Marcos Arakaki. A direção cênica é do italiano radicado no Brasil Alvise Camozzi. Na história, a quebra constante de paradigmas também no âmbito do comportamento e costumes relacionado a relações conjugais, tabus sexuais e a moralidade vigente acabam sendo discutidas juntamente aos padrões artístico-musicais. Comicidade e crítica convivem na história, que conta a volta de uma festa de O Marido e A Esposa. Eles comentam neste itinerário sobre duas pessoas que lá encontraram, O Cantor e A Amiga. Provocativamente, insinuam que flertes cruzados aconteceram durante a noite. O jogo chega ao ápice quando A Amiga e O Cantor aparecem na casa do Marido e da Esposa propondo uma diversão a quatro.

Mais que um aniversário, uma celebração da diversidade artística. Outras linguagens como projetos de sucesso já reconhecidos da casa também farão parte dessa festa. É o caso do projeto trimestral Rima Falada, que visa democratizar e ampliar o acesso de importantes nomes do hip hop nacional ao Theatro. O Salão Nobre da casa recebe no dia 2 de setembro, às 17h, em sua terceira edição do ano, a artista Brisa de La Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow. Artista transdisciplinar atua como cantora, produtora musical, performer e pesquisadora, misturando o rap com cantos ancestrais, jazz, eletrônico e neo-soul. A mediação é de Kailany Gomes. O espetáculo é gratuito, a entrada é livre. A duração é de 60 minutos.

As cordas de Brahms e Piazzolla também serão destaque na Sala do Conservatório da Praça das Artes, durante o mês de aniversário. O Trio Astor se apresenta no domingo, dia 3 de setembro, às 11h. O trio é formado por Edgar Leite, no violino, Alberto Kanji, no violoncelo e Cecília Moita no piano. No repertório, “As Quatro Estações Portenhas”, de Astor Piazolla e Oblivion. A segunda parte do concerto contrasta com a música europeia de Brahms em “Brahms Trio Nº 1 Op. 8 em Si Maior”. O projeto foi selecionado por meio de Chamamento Artístico Interno do Complexo Theatro Municipal de São Paulo. Os ingressos custam R$32 (inteira) e R$16. A classificação é livre e a duração total é de 60 minutos.

Retomando uma parceria que foi um grande sucesso, o Coletivo Ateliê Vivo, coletivo artístico transdisciplinar independente de práticas manuais têxteis e vestuário, retorna para residência no Theatro, dessa vez com o projeto Repertório das Mãos, que ocupa o vão da Praça das Artes nas quartas-feiras entre 6/9 e 25/10, sempre às 14h. Nos encontros semanais de 180 minutos de duração, as integrantes do coletivo investigam junto aos participantes, por meio de linhas, retalhos, desenhos e agulhas, nossos mundos interiores. Os ingressos são gratuitos e os encontros são livres para todos os públicos. O projeto é contemplado pelo edital de Residência Artística e Mediação Cultural do Complexo do Theatro Municipal e é coordenado pelo Núcleo de Educação.

No dia 9 de setembro, sábado, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório se apresenta na Sala São Paulo, sob a regência de Richard Kojima, participando da série de concertos matinais da casa. No programa, “Três Movimentos para Orquestra Sinfônica”, do próprio regente, abertura do “Festival Acadêmico Op. 80”, de Johannes Brahms, e a “Sinfonia n.5”, de Beethoven. Os ingressos estarão disponíveis no site da Sala São Paulo, a classificação indicativa é livre e o concerto tem duração de 60 minutos.

Para os amantes de piano, no domingo, 10 de setembro, a sala de espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo recebe a segunda edição do Festival Chopin, às 11h, com a participação do espanhol Martin Garcia Garcia, terceiro colocado do Concurso Chopin em 2021. No programa, “4 Mazurkas Op. 33” (10′), “Prelúdios Op. 28” (9′) e “Sonata Op. 35 in B flat minor” (22′), de Chopin, e “Sonata No. 3 in F minor Op. 5” (36′), de Johannes Brahms. Os ingressos vão de R$42 (meia) a R$84 e o concerto, com duração de 97 minutos, é livre para todos os públicos. O Festival tem o patrocínio da Casa Sanguszko da Cultura Polonesa e parceria com o Theatro Municipal de São Paulo e o Narodowy Instytut Fryderyka Chopina em Varsóvia.

Nos dias 14, 21 e 28 de setembro, sempre às quintas-feiras, às 14h às 17h, a artista da dança Laila Padovan apresenta o projeto “Pele: Entre o Corpo, a Rua e o Theatro”, no qual convida os participantes a se engajarem em ações performativas pelos espaços internos do Theatro Municipal e pelas ruas de seu entorno a fim de investigar as relações entre o corpo e as paisagens cotidianas e o dentro e o fora. O projeto conta ainda com a participação de Adriane de Luca, Maju Kaiser e Victor Isidro e integra o núcleo de educação. Foi contemplado pelo Edital de Residência Artística e Mediação Cultural, é gratuito e aberto a interessados em geral, com ou sem experiência artística em dança. A duração é de 180 minutos e há 30 vagas disponíveis.

Ainda como parte das comemorações dos 112 anos do Teatro Municipal, nos dias 14 e 16 de setembro, a gerência de Formação, Acervo e Memória realiza o 1º Encontro Ópera Presente | Futuro, com encontros e rodas de conversa sobre a importância da criação de novas óperas e as relações entre o gênero e a sociedade contemporânea: repensar diálogos possíveis, processos de criação e o papel dos profissionais neles envolvidos. O projeto conta com a coordenação do jornalista João Luiz Sampaio e da dramaturgista Ligiana Costa.

O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo também reserva concertos especiais para esse mês de aniversário. Um dos corpos artísticos da casa criado por Mário de Andrade, então chamado de Quarteto Haydn, eles se apresentam no dia 14 de setembro, quinta-feira, com o concerto “Moderna Tradição”, com as obras de Beethoven “Quarteto Op. 18, nº 5” e “Quarteto Op. 59, “Razumovsky”, nº 1”. O programa tem duração total de 70 minutos, a classificação é livre e os ingressos custam R$32.

Os ritmos brasileiros mais ligados ao universo popular também não ficaram de fora da programação musical. O projeto Samba de Sexta volta no dia 15 de setembro, sexta-feira, às 19h, na Praça das Artes, entrada pelo Boulevard São João. Dessa vez, com o Samba da Revoada, um coletivo composto por oito músicos do Bixiga, que trazem em seu repertório estilos como partido alto, ijexá, maxixe e samba enredo, surpreendendo o público com uma seleção que vai de clássicos, passa por lados B e chega a composições autorais. O Samba da Revoada já recebeu artistas como Noca da Portela e Liniker. A entrada é gratuita, a classificação etária é livre e o show tem 90 minutos de duração.

Sucesso no ano de 2022, a parceria entre Theatro Municipal e Câmara Brasileira do Livro volta com o projeto Encontro com Autores, que aproxima público e escritores em um espaço voltado ao intercâmbio de ideias e que acontece sempre às quintas-feiras, às 19h, no Salão Nobre. O primeiro encontro acontece no dia 21 de setembro e trará a atriz, poeta e pesquisadora Luiza Romão. Autora do livro vencedor do Jabuti do Ano passado nas categorias Melhor Livro e Melhor Livro de Poesia e semifinalista do Prêmio Oceanos, “Também Guardamos Pedras Aqui” (Editora Nós, 2021). Os encontros são gratuitos, por ordem de chegada, e a duração é de 90 minutos.

Padovan também será responsável pela segunda residência artística Da Rua ao Theatro, uma performance itinerante que acontece nos dias 24 e 25 de setembro, entre 11h30 e 14h30, como consequência de seu trabalho nas quintas-feiras. Nela, o espectador é convidado a realizar uma trajetória que se inicia nas ruas e que irá adentrar os espaços internos do Theatro Municipal. A participação é livre, sem necessidade de retirada de ingressos e o início é no andar térreo do Sesc 24 de maio.

Ainda na seara dos ritmos brasileiros, a residência artística “Sala de Reboco”, com o Bando de Régia, será realizada no Saguão do Theatro Municipal com uma série de concertos didáticos que acontecem sempre às terças-feiras de setembro, às 14h30, contando a história do forró, ritmo associado à diáspora da população nordestina para o sudeste. Nela, serão apresentados resultados de pesquisas no acervo, nas quais a presença da música nordestina no Theatro Municipal foi investigada. Já no dia 26/9, De onde vem o baião? investiga o panorama dos ritmos e histórias do início do século XX até Luiz Gonzaga. O evento é gratuito, os ingressos são distribuídos por ordem de chegada até o limite de 100 participantes, a duração é de 120 minutos e a classificação, livre.

No final do mês, a dança toma conta do palco do Theatro com o espetáculo “Abayomi – Uma Agricultora!”, dia 26 de setembro, terça-feira, às 20h. Trabalho da Ayodele Cia. de Dança em dois atos, ele apresenta a história de uma mãe e uma filha (Djene-ba e Abayomi) na África do Oeste que, abaladas e inconformadas por uma morte ocorrida em família, são obrigadas a deixar a aldeia onde vivem, partindo para o exílio. A Cia Ayodele, por meio do trabalho do professor de balé Milton Kennedy, que assina direção, concepção e dramaturgia, busca em sua trajetória trazer corpos negros para o centro do palco, como protagonistas. O espetáculo tem 160 minutos, a faixa etária é livre e os ingressos são gratuitos.

Dia 28 de setembro, às 20h, na Sala do Conservatório da Praça das Artes, o Quarteto de Cordas da Cidade, composto por Betina Stegmann e Nelson Rios no violino, Marcelo Jaffé na viola e Rafael Cesário no violoncelo, apresentam “O que Se Falava na Câmara”, programa que apresenta as obras “Quinteto em Lá Maior” (10′), de Johann Christian Bach, “Introdução” e “Polonesa”, de Franz Clement e “La Pellegrina”, de Tarquinio Merula. O programa tem um total de 60 minutos, é livre e o preço do ingresso é R$32 (inteira).

Para os amantes dos mestres pianistas russos Stravinsky e Shostakovich, o mês se encerra com dois concertos imperdíveis, sob a regência de um dos mais importantes maestros gregos da atualidade: Myron Michailidis, com a participação da Orquestra Sinfônica Municipal, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal. Na sexta-feira, 29 de setembro, às 20h e no sábado, 30 de setembro, às 17h, Michailidis rege um concerto com a suíte “Pulcinella”, de Ígor Stravinsky, e “Sinfonia nº 5 em ré menor”, op. 47, de Dmitri Shostakovich. Os ingressos vão de R$12 a R$64 e a classificação é livre para todos os públicos. A duração do concerto, com intervalo, é de 95 minutos.

(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)