Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Durante todo o mês de agosto, a Fundação Florestal, por meio do Programa Juçara, realizará o lanço de 10 toneladas de sementes de palmeira-juçara sem polpa ao longo de cinco Unidades de Conservação do Vale do Ribeira. Serão duas toneladas de sementes em 40 hectares de cada UC, sendo os parques estaduais Lagamar de Cananéia (PELC), Turístico do Alto Ribeira (Petar), Intervales (PEI), Nascentes do Paranapanema (Penap) e Carlos Botelho (PECB). Os lançamentos aéreos vão ser realizados com o uso de um drone e helicóptero, utilizando uma metodologia de repovoamento e lanço aéreo imitando, a chuva de sementes. As sementes foram adquiridas de agricultores do entorno da Unidade.
O Programa Juçara é uma iniciativa pioneira da Fundação Florestal em parceria com a Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (por meio do Programa Vale do Futuro) Itesp, universidades, prefeituras e sociedade civil. O programa oferece alternativa de renda e trabalho a pequenos agricultores e comunidades tradicionais nas regiões que se insere.
Entre 2021 e 2022, foram repovoados 620 hectares em Unidades de Conservação, sendo 20 polígonos em 11 Unidades de Conservação, em UCs do Vale do Ribeira e núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar, em um total de 31 toneladas de sementes. Para 2023, a previsão é de 22 toneladas de sementes, para lançamento em 440 hectares até o final do ano.
Será o primeiro lanço realizado no PELC, o segundo no Penap e no Petar e o terceiro em Intervales. Em cada dispersão de sementes, o Programa Juçara, junto à gestão das UCs, seleciona uma área de até 40 hectares, em um ou mais polígonos, para repovoamento. Os polígonos são pensados considerando as condições necessárias para a sobrevivência das sementes e, posteriormente, das palmeiras.
O método monitoramento utilizado para acompanhamento dos resultados dos lanços baseia-se no Protocolo de Monitoramento de Projetos de Restauração Ecológica, determinado pela Portaria 01/2015, da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais, com adaptações a palmeira juçara e realizados entre 6 e 10 meses após a dispersão. Também são realizados estudos de germinação amostral nas sementes adquiridas.
Além da questão ambiental, o programa procura modificar a cultura extrativista da palmeira-juçara ao desestimular o corte da árvore para a extração do palmito, oferecendo a opção de obter seu sustento por meio do cultivo e da venda da polpa de semente para o reflorestamento. A preservação da palmeira está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade local. Sua semente e seu fruto servem de alimento para mais de 68 espécies, entre aves e mamíferos. Tucanos, jacutingas, jacus, sabiás e arapongas são os principais responsáveis pela dispersão das sementes, enquanto cotias, antas, catetos e esquilos, dentre outros, se beneficiam das sementes e frutos.
Para mais informações sobre o programa, acesse https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/programas-e-campanhas/programa-jucara/.
Serviço:
Lanço de sementes de palmeira-juçara no Vale do Ribeira
Data: até 25 de agosto
Horário: a partir das 9h
Para mais informações sobre as Unidades, acesse https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/.
*Dependendo das condições climáticas, a operação poderá ser adiada.
(Fonte: Fundação Florestal)
Levar atendimento médico de qualidade para o coração da Floresta Amazônica. Foi com essa missão — transformar o acesso à saúde indígena brasileira — que surgiu, em 2015, a ONG Doutores da Amazônia, por iniciativa do dentista e indigenista Caio Machado. Um sonho que virou realidade e já impactou a vida de dezenas de milhares de pessoas. Afinal, sem saúde não há floresta em pé.
Para contar essa história e levar adiante uma mensagem sobre a importância de iniciativas em prol de populações em situação de vulnerabilidade, Caio Machado, em parceria com a jornalista Ana Augusta Rocha e com a fotógrafa Cassandra Cury, criou o projeto Levante e Lute, composto por um livro (a ser lançado no segundo semestre) e um projeto pedagógico com jovens do povo Kalapalos, no Xingu, que teve início em junho.
“O Projeto Pedagógico consiste em incentivar esses jovens a produzirem documentação em vídeo sobre sua história, cultura e os movimentos que se envolvem atualmente”, explica Ana Augusta Rocha, sócia da Auana Editora, responsável pelos textos e edição do livro e pela direção do projeto pedagógico Levante e Lute. Ela conta que, para registrarem essas histórias, os alunos ganharam celulares, tripés e equipamentos de iluminação e captação de som.
Nessa primeira viagem, que aconteceu em junho, a equipe de São Paulo – Cristina Carvalho, pedagoga, Veronica Monachini, antropóloga e pedagoga, Cassandra Cury, fotógrafa, e Ana Augusta Rocha, jornalista – teve a mediação de um tradutor, já que na aldeia se fala o Kalapalo, uma língua da família Karib.
Ao final do projeto, haverá o encontro virtual dos alunos da Escola Estadual Indígena Central Aiha do povo Kalapalo, no Xingu, com os alunos da EMEF do CEU Uirapuru, de São Paulo, em que será promovido um intercâmbio cultural. “É uma oportunidade para trazer reflexões sobre os diferentes modos de existência, reconhecer diferentes identidades e percepções de mundo, perceber as transformações que ocorrem pela interação entre diferentes grupos sociais e, sobretudo, compreender a importância de valorizar suas culturas, recuperar suas memórias para restabelecer pertencimentos”, explica Ana Augusta.
O livro será lançado no segundo semestre e é um grande ensaio fotográfico de missões dos Doutores da Amazônia que a fotógrafa Cassandra Cury acompanhou ao longo de quatro anos. Ele traça um panorama da atuação dos profissionais de saúde e do intenso e valioso convívio com os indígenas e ribeirinhos. As fotos estabelecem, ao longo das 160 páginas, um rico diálogo com o texto, um depoimento de Caio sobre as experiências destes anos à frente do projeto.
Além de ser um valioso registro do trabalho dos Doutores da Amazônia, o livro é uma grande celebração do encontro entre diferentes culturas, que integram seus saberes em nome do bem comum. Doutores e pajés, médicos e raizeiros, o objetivo de todos é o mesmo: melhorar a vida, o bem estar e buscar a felicidade dos povos da floresta.
“Sempre acreditei que nós, profissionais de saúde, temos a obrigação de ajudar todos aqueles que não têm acesso adequado a tratamentos e cuidados médicos”, afirma Caio. E os Doutores da Amazônia não poupam esforços nesse sentido: mais de 600 voluntários atuaram, desde 2015, nos oito estados da Amazônia Legal. Os números impressionam: mais de 54 mil procedimentos odontológicos, 44 mil procedimentos médicos e 186 mil medicamentos doados.
A importância desse tipo de iniciativa ficou ainda mais evidente durante a emergência global causada pelo Covid-19: mais de 80 mil indígenas e ribeirinhos foram beneficiados com doações para o enfrentamento da pandemia por meio do projeto. Com as perspectivas futuras marcadas pelo avanço da crise climática, é fundamental que o auxílio às populações em situação vulnerável seja constantemente ampliado e reforçado.
O trabalho de outra organização foi fundamental para que Caio criasse o projeto. Ele atuou no Napra – Núcleo de Apoio às Populações Ribeirinhas da Amazônia, uma rede de voluntários que levava assistência odontológica a lugares remotos da floresta. “Ali eu tive a oportunidade de conhecer a região do Baixo Madeira exercendo a minha profissão em prol de uma população carente”, diz. “Esse projeto me inspirou a criar uma ONG, que hoje é a Doutores da Amazônia”.
O livro traz um vasto panorama visual do trabalho dos profissionais de saúde no atendimento a diferentes populações indígenas e ribeirinhas da Amazônia ao longo de quatro anos. Este foi o período em que a fotógrafa, cinegrafista, ativista e indigenista Cassandra Cury acompanhou os Doutores da Amazônia em diferentes missões.
“Em 2013 aconteceu um encontro, que foi de muita força e ricas trocas com um pajé do povo guarani. A partir daí, mergulhei em uma nova caminhada, de total entrega ao registro profundo da vida e cultura dos povos originários do nosso país. Em 2016 passei a focar mais no povo huni kuin da Amazônia acreana e, desde 2019, registro os povos do Xingu e Rondônia, por conta do trabalho que realizo junto aos Doutores da Amazônia, que cuidam da saúde indígena no Alto Xingu, na terra dos Paiter Suruí e dos vários povos que vivem em terras distantes às margens dos rios Mamoré e Guaporé na Amazônia rondoniense. Todas essas experiências estão compartilhadas em Levante e Lute”, conta Cassandra.
Sobre Levante e Lute | Levante e Lute é um projeto Cultural inspirado na ONG Doutores da Amazônia, liderada pelo Dr. Caio Machado, que há 15 anos tomou para si a missão de levar saúde de primeira qualidade para os povos mais distantes, povos das florestas – indígenas e ribeirinhos da região Amazônica. Essa história dará origem ao livro “Levante e Lute”, que traz um grande ensaio fotográfico de Cassandra Cury. O livro engloba uma ação educativa entre adolescentes de São Paulo e do Xingu MT e fala sobre o encontro entre as culturas, entre os doutores e os pajés, entre os médicos e os raizeiros, além de mostrar como os povos das florestas – indígenas e ribeirinhos – recebem os cuidados para a saúde e integram esses cuidados vindos de fora, com a sua sabedoria, que vem de séculos e séculos de uso das plantas da floresta e do mundo espiritual.
(Fonte: 2Pró Comunicação)
A Bienal Sesc de Dança 2023 está com inscrições abertas para as residências artísticas e apresentações das performances “Barricada”, coordenada pelo bailarino e coreógrafo Marcelo Evelin e Plataforma Demolition; e “Ka’adela”, com a Plataforma Ka’adela. As atividades são gratuitas, com vagas limitadas e abertas a artistas e não artistas. A seleção será feita mediante envio de carta de interesse para o e-mail formativas.bienal@sescsp.org.br até 28 de agosto colocando no assunto do e-mail o título da atividade. Acompanhe a seguir o descritivo de cada trabalho e inscreva-se.
Barricada
Por meio desta residência artística, o bailarino e coreógrafo Marcelo Evelin reúne pessoas interessadas em participar da recriação de sua performance “Barricada”. Durante seis dias, Marcelo e os artistas Bruno Moreno e Marcio Nonato conduzem os participantes nas práticas que alicerçam o trabalho. Nele, um conjunto de corpos encadeados se articula e desarticula em cena, propondo pensar a proximidade como forma de resistência e estratégia de defesa e o ato de estar juntos como posição política.
A imersão é aberta a artistas e não artistas, com ou sem experiência anterior em dança, que se interessem por corpo, política e coletividade. Os participantes devem estar dispostos a serem tocados exaustivamente pelos outros e a participar de todo o período da residência e das apresentações.
Minibio
Marcelo Evelin é bailarino, coreógrafo e pesquisador. Leciona na Escola Superior de Artes de Amsterdã (Holanda) e é doutor honoris causa pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Bruno Moreno é artista residente do Campo Arte Contemporânea. Suas criações oscilam entre a instalação, a performance e o vídeo.
Marcio Nonato é performer, iluminador, educador e gestor. Tem encontros, atravessamentos e processos como potências de seu interesse artístico.
Ka’adela – Ação Coletiva de Contra-ataque
Ao longo de cinco dias, os artistas da Plataforma Ka’adela partilham seus principais elementos de criação nesta residência artística. A partir dos eixos centrais com os quais o grupo trabalha, como a ocupação do espaço urbano, a coralidade (coro sem heróis, com figuras anônimas) e o mascaramento de si e dos monumentos, o encontro propõem a criação e a apresentação, durante a Bienal, da performance “Ka’adela – Ação coletiva de contra-ataque”.
O trabalho nasce do desejo do coletivo de ocupar as ruas e seus monumentos com pessoas interessadas em realizar a ação junto a eles. É um convite para olhar a cidade como um grande museu de arte colonial a céu aberto e, a partir disso, contra-atacar seus símbolos no campo das artes da presença.
Minibio
Plataforma Ka’adela é um coletivo que realiza pesquisas e experimentações em performance. Seu principal dispositivo cênico-performativo é a ocupação de monumentos coloniais como modo de questionar as imagens e as memórias que ocupam as cidades.
Serviço:
De 17 a 22/9
Residência artística “Barricada”
De 17 a 22/9. Domingo a sexta, das 14h às 18h, na Sala dos Toninhos – Estação Cultura. (Av. Francisco Teodoro, 1050, Vila Industrial)
Apresentação da performance nos dias 21 e 22/9, quinta e sexta, às 19h, na Estação Cultura
Para pessoas a partir de 18 anos.
Inscrições limitadas por seleção. Interessados: enviar carta de interesse no e-mail formativas.bienal@sescsp.org.br até 28/8, colocando “Barricada” no título do e-mail.
Grátis.
De 15 a 19/9
Residência artística “Ka’adela”
De 15 a 19/9. Sexta a terça, às 14h, no MIS – Museu da Imagem e do Som de Campinas (Rua Regente Feijó, 859 – Centro)
Apresentação da performance nos dias 20 e 21/9, quarta e quinta, às 16h30, no Monumento à Mãe Preta/ Igreja São Benedito (Rua Cônego Cipião, 772 – Centro)
Para pessoas a partir de 18 anos
Inscrições limitadas por seleção. Interessados: enviar carta de interesse no e-mail formativas.bienal@sescsp.org.br até 28/8, colocando “Ka’adela” no título do e-mail.
Grátis.
(Fonte: Assessoria de Imprensa | Sesc Campinas)
O novo álbum de Carminho, “Portuguesa”, fala sobre a identidade tanto do fado quanto da própria artista. A escolha do título resume a forma como a cantora olha para a poesia, para a palavra, para a língua portuguesa, como ela se percebe enquanto mulher, enquanto artista e, consequentemente, deságua na forma como lida e se doa ao fado. É nessa busca pelas palavras, pelas pessoas e por si mesma, que ela continua a praticá-lo diariamente.
Não por acaso, a primeira música, “O quarto (fado pagem)”, composição de Alfredo Marceneiro com letra da artista, representa essa busca por suas raízes e pelas origens do fado, estilo musical escolhido por Carminho – ou que a escolheu – ainda na infância. Com apenas 12 anos, Carminho cantou pela primeira vez no palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e ali descobriu pertencer ao fado. “Os meus amigos não entendiam por qual motivo eu cantava fado, mas foi graças a ele que pude criar uma identidade, onde fui ganhando confiança e assumindo quem eu sou”, conta a cantora. Dessa construção contínua, que envolve o velho e o novo, o tradicional e o contemporâneo, foi criado “Portuguesa”, sexto disco da fadista, que está em turnê mundial e aporta em águas brasileiras dia 26 de agosto, passando por cinco cidades: São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Ilhabela. O primeiro show da turnê, na Sala São Paulo, contará com os acordes sinfônicos da Orquestra Jazz Sinfônica e participação do cantor Silva.
Essa identidade que permeia suas músicas atravessa fronteiras geográficas e familiares. Filha da conceituada fadista Teresa Siqueira, Carminho nasceu no meio das guitarras e das vozes do fado e, ao longo da vida, criou uma profunda relação com a música brasileira, que já lhe rendeu grandes amizades e parcerias com nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Marisa Monte e Milton Nascimento, um álbum inteiro cantando Tom Jobim. “Algumas das minhas maiores referências são sem dúvida a minha mãe, as também fadistas Beatriz da Conceição e Amália Rodrigues, mas também outros artistas fora do fado, como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, Chico Buarque, Lou Reed, Leonard Cohen, os Beatles e Queen”, comenta.
Carminho veio ao Brasil pela primeira vez aos 19 anos e desde então vem criando uma relação de pertencimento com o país, com o povo e com a língua, que lhe é comum. “Cantar no Brasil para mim é cantar em casa, eu sinto-me em casa, sinto-me recebida. Tenho muitos amigos, tenho lugares aonde vou porque já são meus de alguma maneira, também fazem parte da minha rotina e isso faz com que nós consigamos construir um universo nosso, onde não nos sentimos só visitantes, sentimo-nos parte. E é isso que eu sinto porque a língua nos abraça. Mas, sobretudo, porque tenho um olhar curioso e apaixonado pelo fado e por aquilo que tem acontecido com os meus concertos nas várias cidades por onde tenho passado. Fico muito orgulhosa e feliz.”
Mais recentemente, a fadista fez, em parceria com Marcelo Camelo, a música “Levo o meu barco no mar”, para o disco Portuguesa. “Marcelo Camelo é um dos compositores da língua portuguesa que eu mais admiro e que tive o privilégio de poder partilhar vários momentos de composição e de procura por uma canção. Na verdade, esta canção foi ele quem me enviou, porque sentiu que seria para mim. A construção do repertório tem a ver também com o gosto, com a linguagem, com o imaginário, não necessariamente precisa ser um fado tradicional na sua estrutura mais técnica. Há muitas canções que são fados reais e para mim esta é um grande fado, não só pela forma como foi produzida, mas sobretudo pela essência que ela já tinha. Essência de superação e de persistência”, define a cantora.
“No canto escuro da noite /No seio desta madrugada
Sou esta canção e mais nada / Encontro um caminho pra ir
Levo o meu barco no mar”
(Trecho de “Levo o meu barco no mar”)
Para a artista, a música é um hino transatlântico, que conecta continentes e é no caminho entre esses portos que ela tem interesse. Esse olhar para estilos musicais diferentes do fado fez com que ela adotasse novas referências no seu repertório, criando uma identidade única, que se comunica com diferentes gerações. “Acredito que a geração atual acaba acompanhando algo antigo através do que está sendo feito agora. Penso ser uma ponte, não o destino. Espero que a partir de mim os jovens passem a conhecer o que veio antes, o fado tradicional”, explica Carminho.
Portuguesa conta com 14 composições, várias com letras e músicas suas, entre outros autores. A compositora e intérprete assume a produção do álbum bem como a composição de fados tradicionais originais. Usa poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, David Mourão-Ferreira ou Manuel Alegre, mas também de Marcelo Camelo, Luísa Sobral, Joana Espadinha e Rita Vian. O trabalho gráfico foi realizado por Giovanni Bianco. “Tive a grande alegria de perceber que, na verdade, a maioria dessas canções foram escritas por mulheres, tenho muita admiração por todas elas”, comenta a artista.
Datas da turnê no Brasil:
26/8 – São Paulo – Sala São Paulo – Orquestra Jazz Sinfônica e participação do Silva (ingressos esgotados)
30/8 – Porto Alegre – Teatro Bourbon Country
31/8 – Rio de Janeiro – Vivo Rio
1/9 – Belo Horizonte – Sesc palladium
2/9 – Ilhabela (SP) – Teatro Vermelhos.
Faixas do álbum “Portuguesa”
1 – “O quarto” (fado Pagem) | Letra: Carminho | Música: Alfredo Marceneiro
2 – “As flores” (fado Flores) | Letra e Música: Carminho |
3 – “As fontes” (fado Sophia) | Letra: Sophia de Mello Breyner Andresen | Música: Carminho
4 – “Praias desertas” | Letra e Música: Carminho
5 – “Marcha de alcântara de 1969” | Letra: José da Silva Nunes | Música: Jorge d’Ávila
6 – “Fado é amor” | Letra e Música: Joaquim Frederico de Brito
7 – “Palma” | Letra: David Mourão-Ferreira | Música: Carminho
8 – “Simplesmente ser” | Letra e Música: Rita Vian
9 – “É preciso saber porque se é triste” (fado Soneto) | Letra: Manuel Alegre | Música: Carminho
10 – “Sentas-te a meu lado” | Letra e Música: Luísa Sobral
11 – “Ficar” | Letra e Música: Joana Espadinha
12 – “Pedra solta” | Letra: António Campos | Música: Carminho
13 – “Levo o meu barco no mar” | Letra e Música: Marcelo Camelo
14 – “Meu amor marinheiro” | Letra: António Campos | Música: Joaquim Pimentel.
(Fonte: Lupa Comunicação)
Guerreiro do Divino Amor (1983) apresenta “Mausoléu Superficcional”, exposição individual na Sala 2 da Galeria Marilia Razuk, de 19 de agosto a 7 de outubro de 2023. A mostra reúne quatro filmes do projeto Superficções, no qual cada um tem um determinado local como protagonista: “SuperRio”, de 2015 (Rio de Janeiro), “Supercomplexo Metropolitano Expandido”, 2018 (São Paulo), “Cristalização de Brasília”, de 2019 (Brasília) e “O Mundo Mineral”, de 2020 (Minas Gerais).
Guerreiro do Divino Amor foi selecionado como artista representante do Pavilhão Suíço na Bienal de Veneza em 2024, e o filme “O Milagre de Helvetia” fará parte do projeto que o artista exibirá na Bienal de Veneza.
O artista – que trabalha com videoarte, instalações e publicações – desenvolve há quase 20 anos o projeto Atlas Superficcional Mundial, um panorama que por ora conta com seis capítulos, sendo que o primeiro, referente a Bruxelas, cidade onde o artista se formou em arquitetura, e os quatro capítulos seguintes, citados acima, serão expostos em “Mausoléu Superficcional”. As Superficções de Guerreiro exploram temáticas complexas da nossa sociedade contemporânea por meio de filmes com ares de ficção científica, cheios de efeitos especiais, com tom apocalíptico e cores vibrantes. Imagens reais atreladas a personalidades conhecidas escancaram a realidade de problemas sociais envolvendo política, capitalismo, religião e racismo. A pergunta que fica é: não seriam, portanto, as Superficções uma super-realidade?
Minibio
Guerreiro do Divino Amor (Genebra 1983, vive e trabalha no Rio de Janeiro) é mestre em arquitetura. Seu trabalho investiga as Superficções, forças ocultas que interferem na construção do território e do imaginário coletivo, construindo um universo de ficção científica a partir de fragmentos de realidade. Sua pesquisa toma forma de filmes, publicações, objetos e instalações de grande escala.
Foi vencedor do prêmio PIPA 2019 e da bolsa-prêmio do DAAD Artists-in-Berlin (Berliner Künstlerprogramm) em 2021-2022, finalista do Prêmio Swiss Art em 2008 e 2017. Em 2022, realizou a exposição individual retrospectiva “Superctional Sanctuaries” no Centre d’Art Contemporaine em Genebra e representará a Suíça na próxima Bienal de Veneza, em 2024. Guerreiro do Divino Amor participou de exposições na Fundação Iberê Camargo, na Pinacoteca de São Paulo, no MAR, no CAC de Vilnius (Lituânia) e do Arte Pará 2018, entre outras. Foi residente na FAAP Lutetia e no Pivô-Pesquisa em São Paulo, na CAL em Brasília, e participou do Bolsa Pampulha 2019. Seus filmes foram exibidos e premiados em várias mostras e festivais nacionais e internacionais.
Serviço:
Guerreiro do Divino Amor
Exposição: 19/8/23 – 7/10/23
Local: Galeria Marilia Razuk – Sala 2
Rua Jerônimo da Veiga, 62 – Itaim Bibi, São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: segunda a sexta, 10h30 – 19h; sábado, 11h-16h
Entrada gratuita
https://www.galeriamariliarazuk.com.br
www.instagram.com/galeriamariliarazuk/.
(Fonte: Marmiroli Comunicação)