Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Com homenagem a Ailton Krenak, FLIMA 2023 terá como tema “sonhar, imaginar, transformar”

Santo Antonio do Pinhal, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

É tempo de sonhar. De imaginar. E transformar. É o que propõe a 6ª edição da FLIMA – Festa Literária Internacional da Mantiqueira, que homenageia o escritor e ativista indígena Ailton Krenak entre os dias 12 e 15 de outubro, um feriado prolongado, em Santo Antônio do Pinhal (SP).

“A cosmovisão de algumas nações indígenas entende o sonho como fonte de conhecimento. Depois de sentir uma certa asfixia nos últimos anos, em que à emergência climática, somou-se a pandemia e a ascensão da extrema direita, hoje, mais do que nunca, é preciso voltar a sonhar para imaginar outros mundos possíveis”, afirma o jornalista Roberto Guimarães, idealizador e curador da FLIMA.

Para o curador, talvez a imagem mais poética, potente e inspiradora da obra de Krenak sejam os paraquedas coloridos que, em “Ideias para adiar o fim do mundo”, o autor sugere que sejam construídos com nossa capacidade crítica e criativa para aproveitar a queda, que é inevitável. “De que lugar se projetam os paraquedas? Do lugar onde são possíveis as visões e o sonho. Um outro lugar que a gente pode habitar além dessa terra dura: o lugar do sonho”, escreve Krenak. “É com essa inspiração que estamos construindo a programação do festival”, complementa Guimarães.

Ailton Krenak, autor homenageado

Mantendo a tradição de celebrar autores vivos e brasileiros, neste ano o homenageado é Ailton Krenak. Membro da Academia Mineira de Letras, ativista do movimento socioambiental, filósofo, poeta e escritor da etnia indígena crenaque, Krenak é doutor honoris causa pela Universidade Federal de Minas Gerais e recebeu a Ordem de Mérito Cultural da Presidência da República em 2015.

Seu pensamento original está em pequenos grandes livros que se tornaram clássicos instantâneos, como “Ideias para adiar o fim do mundo” (2019), “A Vida Não é Útil”(2020) e “Futuro Ancestral” (2022), publicados pela Companhia das Letras e lançados em mais de 10 países.

Considerado uma das maiores lideranças dos povos originários do Brasil, tendo, inclusive, reconhecimento internacional, Krenak exerceu um papel crucial como liderança no movimento da Conquista dos Direitos Indígenas na Constituinte de 1988.

Editais

Para selecionar atividades literárias e artísticas que vão compor a programação adulta e infanto-juvenil da FLIMA e Fliminha 2023, a festa segue com a proposta iniciada no último ano, de construir a curadoria horizontalmente. São dois editais, um com propostas de atividades para o público adulto e outro voltado para o público infanto-juvenil (Fliminha). As inscrições podem ser feitas até 4 de agosto.

Entre os critérios de seleção, estão relevância artística, originalidade, diálogo com o tema do festival e currículo do proponente. É possível sugerir mais de uma atividade, mas cada uma deve ser enviada em um formulário diferente. São aceitas propostas de pessoas residentes em todo território brasileiro.

Serão contempladas até 60 atividades para compor a programação do festival, sendo 30 por edital, e cada uma receberá  ajuda de custo de R$250. O resultado dos editais será divulgado no dia 31 de agosto pelas redes sociais da FLIMA. Os selecionados serão contatados via e-mail. Os editais podem ser acessados pelo link https://flima.net.br/editais-2023.

Sobre a FLIMA

A Festa Literária Internacional da Mantiqueira é um festival de literatura que, desde 2018, realiza atividades de difusão de literatura, formação de leitores e promoção do livro na região da Serra da Mantiqueira.

Com sede em Santo Antônio do Pinhal (SP), coração da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Mantiqueira, a FLIMA pensa a ocupação do território de maneira respeitosa, visando o desenvolvimento sustentável e inclusivo e valorizando a região.

Concebida e produzida localmente, celebra também a literatura viva, homenageando autores brasileiros vivos e promovendo encontros para refletir sobre as questões contemporâneas por meio da literatura, da arte e da educação ambiental.

Nas cinco primeiras edições da festa – duas presenciais, duas online e uma híbrida – foram realizadas mais de 300 atividades, com cerca de 50 mil participantes e convidados como Ana Maria Machado, Ana Maria Gonçalves, Conceição Evaristo, Daniel Munduruku, Eduardo Suplicy, Eliane Brum, José Eduardo Agualusa, Itamar Vieira Junior, Lilia Schwarcz, Luiz Ruffato, Maria Valéria Rezende, Marina Colasanti, Milton Hatoum, Paulo Lins e Xico Sá – além de dezenas de novos talentos e escritores com carreira consolidada.

A FLIMA 2023 será realizada de 12 e 15 de outubro, um feriado prolongado, em Santo Antônio do Pinhal (SP), cidade de 7.000 habitantes que se define como “encantadora por natureza”. Considerado o município mais preservado da APA da Serra da Mantiqueira, a cidade fica a 2 horas de carro de São Paulo, tem ampla rede hoteleira e variada oferta gastronômica. Em 2023, a FLIMA e a Fliminha contam com o apoio do ProAC Editais, do Governo do Estado de São Paulo.

Serviço – Acesse mais informações sobre a FLIMA no site: https://flima.net.br/.

(Fonte: Jéssica Balbino Assessoria de Imprensa)

13ª edição da ArtRio apresenta galerias confirmadas

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Imagem da ArtRio 2022. Foto: divulgação.

A ArtRio chega a sua 13ª edição e apresenta as primeiras galerias brasileiras e internacionais confirmadas em sua programação. Em 2023, a feira de arte, reconhecida como uma das mais relevantes do calendário do segmento, ocupará área 25% maior em relação ao ano anterior, focando em trazer mais conteúdo e área para os galeristas e visitantes. Seguindo o cenário global de discussão e atitudes focadas em sustentabilidade e conscientização sobre o tema, a feira terá uma série de ações voltadas para a redução de impacto.

A feira acontece entre os dias 13 e 17 de setembro, mas a ArtRio tem uma série de iniciativas e programação que acontecem ao logo do ano. Desde sua 1ª edição, em 2011, sua proposta sempre foi ter um calendário anual levando conhecimento e o contato com a arte a diferentes públicos, tanto incentivando a visitação de museus, galerias e instituições, como também realizando ações em espaços diversos. Com esse pensamento, a ArtRio estimula o mercado e promove debates sobre grandes temas, como também foca na acessibilidade, levando conhecimento a diferentes públicos.

Paisagem com borboletas e pássaros – Grauben do Monte Lima – Galeria Galatea.

“Chegamos em 2023 olhando para o futuro – e o que esperamos para nossa sociedade e nosso planeta. Através da arte e de nossas ações, queremos participar de forma eficaz e efetiva das mudanças e novas atitudes que serão necessárias. Os movimentos artísticos sempre desempenharam um importante papel com impulsionador de mudanças e também como agregador e entendo que a ArtRio tem posição importante ao dar visibilidade para essas questões”, posiciona Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

A organização já tem a confirmação da presença de mais de 100 colecionadores e curadores convidados, de fora do Rio de Janeiro, que estarão na feira, incluindo visitantes de países como Estados Unidos, Panamá, Suíça, Paraguai, Espanha, Peru, Dinamarca, França, Turquia, Bélgica e Itália. A programação inclui ainda visitas a museus e instituições, galerias, ateliês e coleções privadas.

O Comitê Curatorial da ArtRio 2023, responsável pela seleção das galerias participantes, é formado pelos galeristas Alexandre Roesler (Galeria Nara Roesler), Antonia Bergamin (diretora da Galeria Galatea), Filipe Masini e Eduardo Masini (Galeria Athena), Gustavo Rebello (Gustavo Rebello Arte), e Juliana Cintra (Silvia Cintra + Box 4).

“A gata Catherine” -Vicente do Rego Monteiro – Galeria Paulo Kuczynski.

As primeiras galerias selecionadas participam dos programas:

PANORAMA – Participam galerias com atuação estabelecida no mercado de arte moderna e contemporânea.

VISTA – Programa dedicado às galerias jovens com até 10 anos de existência, contando com projetos expositivos desenvolvidos exclusivamente para a feira.

ARTRIO 2023 – PANORAMA

A Gentil Carioca – Rio de Janeiro | Acervo Galeria de Arte – Salvador | Almeida & Dale Galeria de Arte – São Paulo | Amparo 60 – Recife | Anita Schwartz Galeria de Arte – Rio de Janeiro | Athena – Rio de Janeiro | Aura – São Paulo | Bordallo Pinheiro – Portugal | Carbono Galeria – São Paulo | Casa Triângulo – São Paulo | Cassia Bomeny Galeria – Rio de Janeiro | Dan Galeria – São Paulo | Danielian – Rio de Janeiro | Fólio – São Paulo | Fortes D’Aloia & Gabriel – São Paulo/Rio de Janeiro | Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea – Rio de Janeiro | Galatea – São Paulo | Galeria de Arte Ipanema – Rio de Janeiro | Galeria Estação – São Paulo | Galeria Francisco Fino – Lisboa (Portugal) | Galeria Lume – São Paulo | Galeria MaPa – São Paulo | Galeria Marco Zero – Recife | Galeria Marilia Razuk – Rio de Janeiro | Galeria Mario Cohen – São Paulo | Galeria Movimento – Rio de Janeiro | Galeria Murilo Castro – Belo Horizonte | Galeria Raquel Arnaud – São Paulo | Galería Sur – Punta del Este (Uruguai) | Galleria Continua – San Gimignano (Itália)/Roma (Itália)/Pequim (China)/Boissy-le-Châtel (França)/Havana (Cuba)/Jumeira (Dubai)/Paris (França)/São Paulo | Gustavo Rebello Arte – Rio de Janeiro | Hilda Araujo Escritório de Arte – Rio de Janeiro | Inox | Galeria Radiante – Rio de Janeiro | Janaina Torres Galeria – São Paulo | Lemos de Sá Galeria – Belo Horizonte | Luis Maluf Galeria de Arte – São Paulo | Matias Brotas Arte Contemporânea – Vitória | Mendes Wood DM – São Paulo | Mercedes Viegas Arte Contemporânea – Rio de Janeiro | Millan – São Paulo |  Mul.ti.plo – Rio de Janeiro | Nara Roesler – São Paulo/Rio de Janeiro/Nova York (EUA) | Paulo Kuczynski Escritório de Arte – São Paulo | Piero Atchugarry Gallery – Miami (EUA) | Pinakotheke – Rio de Janeiro/São Paulo/Fortaleza | Portas Vilaseca Galeria – Rio de Janeiro | Rodrigo Ratton – Belo Horizonte | Silvia Cintra + Box 4 – Rio de Janeiro | Simões de Assis – Curitiba/São Paulo | Steiner – São Paulo | Vermelho – São Paulo | Zipper Galeria – São Paulo.

ARTRIO 2023 – VISTA

ArteFASAM – Belo Horizonte | Carcará – São Paulo | Gisela Projects – Nova York (EUA) | Jackie Shor Projects – São Paulo | Martha Pagy Escritório de Arte – Rio de Janeiro | Sergio Gonçalves – Rio de Janeiro.

“Ato Falho 2” -Marcelo Cidade – Galeria Vermelho.

No primeiro dia da feira, serão apresentados os vencedores do Prêmio FOCO. A ArtRio 2023 terá ainda o programa SOLO, com galerias trazendo projetos desenvolvidos por um único artista, e o EXPANSÃO, que foca na valorização e apoio às instituições que desenvolvem trabalhos utilizando a arte como inclusão social.

Para a área externa, o arquiteto Pedro Évora vai desenvolver uma edificação para abrigar o espaço de palestras e debates, novos Programas de arte, área de convivência, bares e food trucks.

A Artrio 2023 é apresentada pelo Instituto Cultural Vale e pela PRIO, com patrocínio da Beck’s. A feira tem o apoio das marcas Aliansce Sonae + bR Malls, Rio Galeão e Alta Diagnósticos. Apoio Institucional de IBMEC | Instituto Iduqs, Paco Rabanne, Bombay, Sauer e AlaMaster. Hotéis Windsor, com o Miramar Hotel, é a rede oficial do evento e o Shopping Leblon é o shopping oficial.

O evento tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura. A realização da ArtRio é da BEX Produções e co-produção da Dream Factory.

ARTRIO 2023

Data: 14 a 17 de setembro (quinta-feira a domingo)

Preview – 13 de setembro (quarta-feira)

Venda de ingressos: a partir de 1º de agosto no site

Ingressos: R$80/R$40

Horário:

13 de setembro – Preview das 13h às 21h

14 a 16 de setembro – das 13h às 21h

17 de setembro – das 12h às 20h

Local: Marina da Glória – Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória

Estacionamento no local, sujeito a lotação

Metrô: Estação Glória

#artrio #artrio2023 #compartilhearte.

(Fonte: FleishmanHillard)

Promoção de atividade econômica e combate à ilegalidade são soluções para proteção das Florestas Públicas Não Destinadas

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto: Raimundo Teixeira estevesbae/Pixabay.

Grandes alvos de grilagem e da maior parte do desmatamento da Amazônia, as Florestas Públicas Não Destinadas podem ser protegidas e usadas de maneira responsável, a partir da promoção de atividades econômicas, da atenção aos povos tradicionais, da retirada das FPND do Cadastro Ambiental Rural e com o controle de atividades ilegais. Essas são as conclusões do IV Fórum de Soluções, evento que aconteceu em Manaus organizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e que reuniu especialistas, pesquisadores e representantes de instituições públicas e privadas com o objetivo de formular recomendações em prol da conservação da Amazônia.

Floresta Pública Não Destinada é a área que ainda não foi alocada para uma categoria prevista em lei, como unidade de conservação, terra indígena, área militar ou dentro de uma autarquia. Isso as deixa de fora da tutela de um órgão responsável e, com isso, muito vulneráveis a atividades ilegais. As FPND são hoje cerca de 13% da Amazônia Legal e ocupam 62,9 milhões de hectares, conforme consta no Cadastro Nacional de Florestas Públicas.

Alterações no Cadastro Ambiental Rural

O ponto mais importante discutido no evento foi a situação do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural. “Estão usando um sistema oficial para grilar terrenos, com o registro irregular de florestas que são públicas como propriedade privadas. Fazendo um estudo com base nos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, observamos que 32% do desmatamento entre 2019 e 2022 foi em FPND e 47% desta atividade criminosa ocorreu nas áreas que alguém registrou como sendo propriedade privada no CAR. Não podemos ignorar que 41% das áreas desmatadas têm mais de 100 hectares, o que revela a natureza de grandes investimentos por trás desse desmatamento”, apresentou Julia Niero Costa, Analista de Geotecnologias do Imaflora.

Dessa forma, é imprescindível retirar da base do CAR cerca de 18,6 milhões de hectares de florestas públicas não destinadas no país, o equivalente a 30% do total, e que estão registrados no sistema. Também é necessário cancelar os cadastros de áreas que estiverem em sobreposição com Florestas Públicas Não Destinadas que estão no estágio de identificação do Tipo B, ou seja, possuem dominialidade pública, mas ainda não foram destinadas à utilização pela sociedade, por usuários de serviços ou bens públicos ou por beneficiários diretos de atividades públicas. Mudanças no sistema não serão eficientes sem a devida fiscalização do poder público.

Promoção de uma atividade econômica

Em apresentação no Fórum, Cláudia Azevedo-Ramos, professora e pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos na Universidade Federal do Pará, destacou que destinar as florestas públicas pode reduzir em 30% o desmatamento na região. Nesse sentido, promover a proteção, justiça social e uso florestal sustentável por meio do incentivo, valorização e reconhecimento de atividades econômicas de populações tradicionais extrativistas é um caminho necessário. Para promover a legalidade florestal, é preciso licenciar as atividades produtivas, estabelecendo critérios que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

Para os especialistas presentes no debate, o Brasil não pode desperdiçar o grande potencial de atrair investimentos e transformar a conservação da Amazônia em desenvolvimento por meio de parcerias público-privadas. Para isso, uma das estratégias recomendadas é a realização de manejo sustentável da floresta, a concessão de FPND para projetos de carbono de conservação REDD+ e de restauração.

Atenção aos povos tradicionais

Para uma atuação consistente de conservação das Florestas Públicas Não Destinadas é fundamental que o protagonismo de povos tradicionais seja reconhecido e o direito à posse de terra seja garantido para a população que já ocupa esse território. Como recomendação, os especialistas participantes no IV Fórum de Soluções destacam a necessidade de investir em estudos dos territórios e avaliações de uso da terra, a fim de compreender no cenário atual quem está ocupando as áreas de FPND e qual finalidade estão empregando.

Entre as questões apresentadas que precisam ganhar visibilidade está a legislação fundiária brasileira, cuja aplicação não atende às especificidades dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs).

Controle de atividades ilegais

As tensões territoriais vêm se intensificando na região amazônica também por questões associadas a desmatamento, tráfico de drogas e atuação de organizações criminosas. Infere-se que também há um financiamento do desmatamento por parte desses grupos, uma vez que desbastar grandes áreas tem um custo muito elevado.

As áreas de Florestas Públicas Não Destinadas atraem o interesse também pela localização por vezes próxima a rotas de escoamento de produção, o que acirra a disputa territorial e evidencia a necessidade de fiscalização das atividades nesses territórios. A essa altura, é fundamental a investida em campanhas de combate ao crime organizado, inclusive pelo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), garantindo a destinação de recursos para o monitoramento dessas práticas predatórias.

“O diálogo e o compartilhamento de conhecimentos e perspectivas são essenciais para lidar com os desafios que enfrentam nossas florestas hoje e para construir um futuro mais sustentável e o Fórum promoveu mais uma vez debates ricos. Saímos do encontro com mais clareza das ações necessárias para mudar esse cenário”, conclui Leonardo Sobral, gerente florestal do Imaflora.

Sobre o Imaflora

O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora – é uma associação civil sem fins lucrativos criada em 1995 que nasceu sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica associada a boas práticas de manejo e a uma gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora acredita que a certificação socioambiental é uma das ferramentas que respondem a parte desse desafio com forte poder indutor do desenvolvimento local, sustentável, nos setores florestal e agrícola. Dessa maneira, o Instituto busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola, colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer, de fato, a diferença nas regiões em que atua, criando ali modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em outros municípios, regiões ou biomas do País. Mais informações: https://www.imaflora.org/.

(Fonte: Agência Profile)

Hemonúcleo de Sorocaba é beneficiado por mutirão de doações

Sorocaba, por Kleber Patricio

Imagem: Big_Heart/Pixabay.

A Starrett, fabricantes de serras, ferramentas e instrumentos de medição com sede em Itu (SP), promoveu um mutirão de doação de sangue no dia 15 de julho na Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), em Sorocaba. A ação faz parte de uma campanha interna de conscientização sobre a importância da doação de sangue. Ao todo, 34 colaboradores participaram do voluntariado.

“O Comitê de Saúde da empresa organizou essa ação com o intuito de fortalecer esse ato de cidadania entre os funcionários e, ao mesmo tempo, contribuir com a sociedade e com o pilar social do ESG e com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 – isto é, saúde e bem-estar, ajudando a abastecer os estoques de sangue da Colsan”, explica a assistente social da Starrett, Ivana de Barros. A profissional conta ainda que o Comitê de Saúde Starrett, denominado LifeStarr, tem por objetivo estar atento às questões que envolvam a saúde física e emocional de seus funcionários, além de aspectos da sociedade.

“Nesta campanha tivemos muitos tiveram a oportunidade de realizar a primeira doação, quebrando tabus e perdendo o medo de fazer a doação. Entendemos que somos agentes dessa conscientização de que todos estamos no mesmo planeta e podemos colaborar uns com os outros, transformando a sociedade de forma positiva, saindo daquele modo individual para o modo coletivo e sustentável.”

A assistente social da Starrett, Ivana de Barros. Foto: divulgação/Starrett.

Pela primeira vez doando sangue, Rafael Sampaio, operador de produção da Célula de Serra de Fita Bimetal, diz que sempre teve vontade de doar, mas nunca teve oportunidade e aproveitou a campanha da empresa. “Eu acho essa ação realizada pela Starrett muito legal devido à conscientização os colaboradores em fazer a doação de sangue. Falta informação, no geral, para as pessoas saberem o quanto é importante a doação de sangue e o quanto ajuda”.

“A ação foi excelente e vai ajudar muitas vidas. As empresas precisam ter essa conscientização do quanto elas conseguem promover a sociedade com ações internas como esta. A Starrett tem essa preocupação com a comunidade; então, o que a equipe puder participar e auxiliar o próximo, estaremos sempre dispostos a isto. É tranquilo, é rápido, é seguro, doar sangue é doar vida”, ressalta a analista de exportação Larissa Calmona.

(Fonte: Attuale Comunicação)

Seis em cada dez brasileiros não praticam atividade física no tempo livre, aponta pesquisa

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: arek adeoye/Unsplash.

Seis entre dez brasileiros adultos não seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 150 minutos semanais de prática de atividades físicas no tempo livre. Entre os idosos, a partir de 65 anos, essa taxa aumenta para sete em cada dez. O levantamento, feito por pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com instituições dos Estados Unidos e Noruega, está publicado na edição de sexta (11) da revista “Epidemiologia e Serviços de Saúde”.

O artigo apontou que cerca de 60% das pessoas são inativas fisicamente, ou seja, não praticam nenhuma atividade física. Entre os idosos com 65 anos ou mais, quase 4% pratica alguma atividade de fortalecimento muscular. Cerca de um quarto (26%) dos adultos é fisicamente ativo e o restante (14%) é insuficientemente ativo. A análise usou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, feita pelo Ministério da Saúde com uma amostra de 88.513 participantes. Esse levantamento utiliza a mesma metodologia do Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou seja, é representativa da população brasileira.

Com base nos dados da PNS, os cientistas avaliaram a porcentagem de brasileiros que segue as recomendações da OMS de praticar atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida ou andar de bicicleta, e de fortalecimento muscular, como musculação, Pilates ou yoga. Segundo a organização, 150 minutos semanais destas práticas podem contribuir para a redução da mortalidade por doenças metabólicas, cardiovasculares e alguns tipos de câncer (como mama, endométrio e próstata), além de contribuir também para o controle de peso, redução da ansiedade e outros problemas de saúde mental.

Além de não praticar as atividades recomendadas no tempo livre, um terço da população tem uma rotina sedentária: passa seis horas ou mais por dia sentada usando celulares, tablets, computadores ou na frente da televisão. “Ficar muito tempo parado traz muitos prejuízos para a saúde”, avalia Arão Oliveira, epidemiologista e aluno de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, primeiro autor do artigo. “Existem dados robustos sobre benefícios para a saúde como a prevenção de doenças crônicas e redução de mortalidade precoce para quem cumpre as recomendações de atividades físicas da OMS”, aponta o pesquisador.

Oliveira ressalta que, por causa da pandemia, a prática de atividade física tenha caído ainda mais na população brasileira. “É uma observação com base em algumas pesquisas online, sem amostras representativas da população, mas que mostraram que as pessoas fizeram ainda menos atividade física, o que pode impactar até mesmo na mortalidade de maneira geral, não só relacionada à Covid-19, mas também por doenças crônicas”, diz o epidemiologista.

Mesmo quando a pessoa tem um trabalho fisicamente ativo, é importante se exercitar no tempo livre. “A modalidade de atividade física que tem mais evidências de benefícios para a saúde é aquela praticada no tempo livre”, diz. Na análise, Oliveira e seus colegas observaram que mulheres são ainda mais inativas do que homens. Entre a população feminina, 63% é fisicamente inativa, enquanto na população masculina, 56% não se exercita. “Isso acontece, possivelmente, por questões socioculturais relacionadas ao trabalho, afazeres domésticos e à maternidade”, pontua.

No artigo, os pesquisadores apontam que é preciso investir em ações e programas de educação na atenção primária de saúde, promovendo e prescrevendo atividades físicas nas comunidades, cidades e municípios. “Esses programas precisam ser subsidiados”, diz Oliveira. Em um estudo multicêntrico, publicado por pesquisadores de instituições do Brasil e Estados Unidos, em 2014, apenas 40% de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país apresentavam programas de promoção de atividades físicas.

(Fonte: Agência Bori – pesquisa indexada no Scielo)