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Banda Hecto lança “Augusta, Angélica e Consolação” com feat de Tom Zé

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Marcelo Lader, Guilherme Gê e Tom Zé. Foto: Déa Moura

As ruas Augusta, Angélica e Consolação colecionam, nas suas sombras, histórias de milhares de pessoas que por ali passam todos os dias – amores, desilusões, desatinos, risos, lágrimas, saudades e maldades. Canção de Tom Zé, que faz uma homenagem ao samba e à cidade de São Paulo, lançada originalmente em 1973 no álbum “Todos os Olhos”, acaba de ganhar uma nova versão, agora bilíngue, com os acordes do rock/pop da banda Hecto, formada por Guilherme Gê e Marcelo Lader, e feat do próprio Tom Zé. A música ficará disponível nas plataformas dia 1º de agosto.

Após o sucesso de “Nada Será Como Antes” (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos) com a participação de Ney Matogrosso, a banda promete mais uma vez surpreender os fãs com essa nova interpretação. A faixa tem a percussão e o pandeiro certeiro de Marcos Suzano e a bateria elegante de Mario Fabre (Titãs). Além disso, Guilherme Gê emprestou sua expertise para gravar diversos instrumentos, enriquecendo ainda mais a sonoridade da faixa. Com a participação de Tom Zé e essa combinação de talentos, o lançamento de “Augusta, Angélica e Consolação” promete ser um destaque no cenário musical. “É uma honra dividir os vocais com o mestre Tom Zé, justamente numa obra prima dele, e contar com o acolhimento e a generosidade de sempre na hora de gravar. Vale ressaltar ainda que o nosso querido Tom nos deu liberdade para fazermos uma adaptação em inglês desta música, transformando em uma versão bilíngue”, comenta Gê.

Capa do Single. Crédito Déa Moura.

Com a palavra, Tom Zé: “A música está muito boa, aproveitando principalmente os elementos próprios do estilo. A Banda Hecto é muito eficiente e o Guilherme Gê canta muito bem. Estou muito satisfeito com a gravação, digna de vocês escutarem”.

A faixa começa com a voz retumbante de Tom Zé cantando os nomes das três famosas ruas de São Paulo de personalidades distintas. Zé canta a parte em português, enquanto Gê entra com as estrofes em inglês:

Augusta

Graças a Deus

Entre você e a Angélica

“I have found, consolation

You looked out for me

And gave me your hand”

Augusta (How I miss you)

Você era tão vaidosa (How I miss you, and I spent my money)

A Hecto é formada pelo cantor, produtor e instrumentista Guilherme Gê e o guitarrista Marcelo Lader – uma conexão entre Rio de Janeiro e Santa Catarina. Com quatro singles lançados nas plataformas digitais e cinco videoclipes (três deles assinados por Batman Zavareze), a banda Hecto se prepara para o lançamento de seu novo single, “Augusta, Angélica e Consolação”, de Tom Zé, com a participação especial do próprio cantor.

Augusta, Angélica e Consolação (Tom Zé)

Hecto feat. Tom Zé

Lançamento dia 1º/8

Link do Pré-save

Ficha Técnica:

Tom Zé – Voz

Guilherme Gê – Voz, vocais, piano, guitarras, baixo, teclados e programações

Marcelo Lader – Guitarra

Marcos Suzano – Pandeiro, ganzá e tamborim

Mario Fabre – Bateria

Engenheiro de gravação – Guilherme Gê (RJ) e Daniel Maia (SP)

Gravado em 2022 nos estúdios Udu Music Rio (RJ), Cia dos Técnicos (RJ) e estúdio Tom Zé (SP)

Produção musical, arranjo e mixagem – Guilherme Gê

Masterização – Ricardo Garcia

Banda Hecto nas redes:

United MastersLink

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Youtube.

(Fonte: Lupa Comunicação)

Pinacoteca apresenta maior exposição panorâmica já realizada sobre Marta Minujín no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Sofia Ungar. Marta Minujín em seu estúdio com elementos da instalação El Batacazo (2023) que será apresentada na Pinacoteca. Foto: divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo apresenta “Marta Minujín: Ao Vivo”, primeira mostra panorâmica no Brasil de uma das artistas latino-americanas mais relevantes da sua geração. A exposição tem curadoria de Ana Maria Maia e ocupa as sete salas do primeiro andar da Pinacoteca Luz, tendo como fio condutor a contribuição da artista para uma vanguarda que pensa a América Latina em termos micro e macro políticos.

A mostra articula mais de cem obras de 1963 até o presente, reapresentando o icônico “El batacazo”, criado no contexto do Instituto Torcuato Di Tella em 1965, além de trabalhos como “Galeria Blanda” [Galeria Mole] (1973) e “La caída de los mitos universales” [A queda dos mitos universais] (1978-). Um inflável recebe o público nos primeiros dias da exposição no estacionamento da Pina Luz. A “Escultura de los deseos” [Escultura dos desejos] (2022) tem 15 metros de altura e foi um grande sucesso no Lollapalooza Argentino.

“Obelisco acostado”, 1978.

Marta Minujín se transformou em um grande fenômeno ainda nos primeiros anos de carreira, na década de 1960. Reconhecida internacionalmente como a pioneira do happening e da arte participativa, Minujín produz incansavelmente até os dias de hoje, transitando entre diversas linguagens, escalas, circuitos artísticos e sociais. Com seus óculos espelhados e a personalidade extravagante, a artista figura em capítulos importantes da história da arte, passando pelo novo realismo, pela pop art, pelos conceitualismos, pela arte pública pelos e multimeios.

“A exposição celebra a potência com que toda essa trajetória não só espelha, mas também intensifica as formas de vida. ‘Ao vivo’ é uma expressão que sinaliza vivacidade, presença de corpo e, de maneira ainda mais direta, denota um recurso de comunicação urgente no vocabulário da mídia de massa, plataforma discursiva e tecnológica que sempre atraiu a artista. Seja nas transmissões de rádio e TV na década de 1960 ou em seu canal de Instagram hoje, Marta cria arte como um pretexto para ela própria e para todas as pessoas poderem expressar-se com energia e liberdade”, conta a curadora.

Dos colchões aos monumentos

“Marta Minujín: Ao Vivo” passa por momentos cruciais da carreira da artista portenha, ainda que não siga uma linha cronológica. A exposição começa pelo conjunto de colchões, que inaugura seu statement criativo nos anos 1960, no âmbito do novo realismo. Retorcidos e pintados em tons vibrantes, o trabalho com colchões é resultado do interesse de Minujín de aproximar a arte das dinâmicas da vida, apropriando-se de materiais cotidianos e industriais. O público pode percorrer a galeria de tramas e colhões multicoloridos, com documentação de “La chambre d’amour” [O quarto do amor] (1963) e obras como “Eróticos en technicolor” [Eróticos em technicolor] (1964) ou “Freaking on fluo” [Pirando no fluorescente] (2010), além de visitar a “Galeria Blanda” [Galeria Mole] – instalação de 1973 feita com 200 colchões, recriada para a mostra da Pinacoteca. Formando um “cubo branco”, a antigaleria convida as pessoas visitantes a descansar ou brincar.

“Geometria blanda”,

Na terceira sala da exposição, a instalação histórica da artista, “El Batacazo”, foi também recriada especialmente para a Pinacoteca, 58 anos depois da apresentação no Instituto Di Tella de Buenos Aires, em 1965. Em consonância com um espírito de tempo de uma geração imersa no fenômeno de uma midiatização crescente, a partir das leituras de Marshall McLuhan, a artista mobilizaria estratégias participativas para se posicionar perante a indústria cultural. À época, quatro tipos de ícones midiáticos conduziam o visitante pela instalação, que passava por jogadores de rúgbi, subia escadas para encontrar playboys e cosmonautas e descia um escorregador para cair no rosto da atriz italiana Virna Lisi. Na Pinacoteca, os jogadores são agora de futebol do Brasil e da Argentina.

A pesquisa sobre o fenômeno social da comunicação e seu potencial disseminador resultou em diversos trabalhos, cuja documentação se concentra na quarta sala expositiva, em obras como “Simultaneidad en simultaneidad” [Simultaneidade em simultaneidade] (1966) e “Leyendo las noticias en el Río da Plata” [Lendo notícias no rio da Prata] (1965). No contexto político da década de 1970, a proliferação de ditaduras militares pela América Latina levou a práticas artísticas voltadas para a conscientização de uma realidade sociopolítica e para um projeto de integração entre os países da região. O trabalho mais emblemático da artista nesse sentido foi “Comunicando con tierra” (1976), remontado para esta exposição.

A quinta sala da mostra se volta para trabalhos que usam frutas e vegetais nativos para representar recursos definidores de uma identidade nacional, como a fotoperformance “El pago de la deuda externa argentina con maíz” [O pagamento da dívida externa com milho] (1985) e “Arte agrícola en acción” [Arte agrícola em ação] (1978-1979). Outro caminho que Minujín adotou para intervir no imaginário político nacional foi a atuação no espaço público: para a Bienal Latino-Americana de São Paulo, em 1978, a artista levou a obra “El obelisco acostado” [O obelisco tombado], emulando a viagem do famoso monumento da praça da República, em Buenos Aires, para o pavilhão da Bienal, “transferindo o mito de um país ao outro”. Agora, o obelisco argentino, recostado e reconfigurado, ocupa a sexta sala expositiva da Pina Luz. A instalação antecipava características do que viria a ser a série “La caída de los mitos universales” [A caída dos mitos universais], que compreende trabalhos como “El obelisco de pan dulce” [O obelisco de pão doce] (1979) e “El Partenón de libros” [O paternon de livros] (1983), documentados na galeria.

“Obelisco Acostado”, 1978.

A mostra termina com uma das videoinstalações mais recentes da artista, “Implosión!” [Implosão!] (2021). A nova versão da obra promove a imersão em um cubo musical multicolorido. O projeto parte da animação de fotografias de detalhes de um colchão histórico e reflete a percepção da artista de que a contemporaneidade é como uma bateria de estímulos sensoriais. A circularidade da obra permite vislumbrar os sessenta anos de carreira de Marta Minujín em toda a sua persistência e repertório.

“Marta Minujín: Ao Vivo” é uma exposição patrocinada pela Vivo, na cota Platinum, Mattos Filho, na cota Ouro, Ternium, na cota Prata, Iguatemi São Paulo e Ageo, na cota Bronze.

Sobre a artista | Nascida em Buenos Aires, em 1943, Marta Minujín, ainda hoje em franca atividade, alcançou grande consagração na Argentina e internacionalmente. Ao longo da carreira, a artista tornou-se a embaixadora do movimento pop na Argentina, o que envolveu interpretar essas vertentes internacionais com referências portenhas. Embora tenha se identificado com o rótulo, sua produção possui um caráter multidisciplinar, combinando aspectos da arte pop com o happening e a arte conceitual. A despeito dos preconceitos de gênero, Minujín transitou entre ambientes criativos e intelectuais em grandes capitais artísticas do mundo, presente em capítulos importantes da história da arte desde a segunda metade do século XX.

Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Serviço:

Marta Minujín: Ao Vivo

Período: 29/7/2023 a 28/1/2024

Curadoria: Ana Maria Maia

Pinacoteca Luz (1º andar)

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados – R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios – válido somente para o dia marcado no ingresso

Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h).

(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)

Marcelo Toledo Piza ganha destaque atuando em novelas e séries da Rede Globo e SBT

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Natural da capital paulista, Marcelo Toledo Piza precisou logo cedo deixar a metrópole por uma cidade interiorana que oferecesse uma melhor qualidade de vida. Indaiatuba foi o local escolhido. Trocar os prédios pelas chácaras foi uma ótima escolha para que ele, fugindo da poluição, pudesse respirar um ar mais puro, melhorando os problemas respiratórios que o acompanhavam desde o seu nascimento.

Criança de fácil aprendizado e de ótimo relacionamento, Marcelo logo se enturmou e fez muitos amigos na escola que leva até os dias atuais. Aliás, foi junto de seus amigos da escola, quando, aos 15 anos de idade, participou de um festival de teatro em Indaiatuba e teve sua primeira oportunidade atuando em um palco para o público. Marcelo sempre foi apaixonado por cinema e todas as quartas-feiras (era dia de promoção) ia até o shopping e ficava das 14h até às 23h nas salas assistindo filmes.

Marcelo sempre foi muito querido entre os amigos – um deles, aliás, o indicou para uma renomada agência de modelos. Com sua habilidade em interpretar e fazer todos os tipos de cena, passou a fazer parte do casting da Elite. Na própria agência começou como modelo fotográfico, mas logo começou a interpretar e atuar em peças e filmes publicitários. Cacau Show, NuBank, McDonald’s, Claro, Mizuno, Track&Field e ASICS, entre outras, foram algumas das marcas com que Marcelo já trabalhou.

Obcecado em aprender, o rapaz sempre seguiu estudando. Depois de concluir o ensino fundamental, em 2012 recebeu o diploma por sua formação em marketing. Em 2014, se formou como ator na renomada Escola de Atores Wolf Maya. Em 2016, realizou curso para interpretação de cinema por Fernando Leal. Além de atuar, outra grande paixão de Marcelo é a apicultura, especialização que também adquiriu em 2018. A partir de então, deu o start para que a sua carreira como ator decolasse.

Em 2014, esteve em cartaz no Teatro Nair Bello com a peça “Romeu e Julieta”. Na televisão, Marcelo começou participando em 2018 da série “(Des) Encontros” no canal Sony. No ano seguinte, teve grande destaque atuando na peça teatral “Hotel Tennesse”. Depois atuou em “Passaporte para a Liberdade”, uma produção do Globoplay com a Sony. Neste trabalho, teve o privilégio de ser dirigido por Jayme Monjardim e de ter contracenado com Rodrigo Lombardi e Sophie Charlotte.

Recentemente, Marcelo trabalhou na novela “A Infância de Romeu & Julieta” do SBT em parceria com a Amazon Prime. No set, contracenou com a atriz Bianca Rinaldi e com o ator Miguel Ângelo. Durante as gravações, recebia dicas valiosas de Guilherme Santana, que foi um dos grandes professores e entusiastas de sua carreira.

Entre suas principais influências artísticas, Marcelo admira o trabalho de Daniel Day Lewis, Marlon Brando, Al Pacino, Robert De Niro e Meryl Streep pela capacidade incrível de fazerem personagens distintos em cada filme e pela profundidade das atuações. O ator Timothée Chalamet é outra grande inspiração de Marcelo por interpretar em vários idiomas diferentes.

Focado, dedicado e apaixonado pela arte, Marcelo Toledo Piza segue desbravando novos horizontes. Muitos sonhos ainda por se realizar e muitos objetivos ainda para se alcançar aguardam ansiosamente o futuro deste talentoso e promissor ator.

Para saber mais sobre o artista, acesse https://www.instagram.com/marcelo.piza/.

(Fonte: Estrategic Assessoria e Comunicação)

Turismo sustentável: práticas e destinos que se preocupam com o meio ambiente ganham força entre viajantes

São Paulo, por Kleber Patricio

Ao escolher destinos e práticas que promovem a sustentabilidade, os turistas estão contribuindo para a preservação do meio ambiente. Foto: jcomp/Freepik.

O turismo sustentável está se tornando cada vez mais fundamental para boa parte dos viajantes. Sendo uma das tendências verificadas no pós-pandemia, a preocupação com o meio ambiente passou a ser levada em conta na hora de planejar uma viagem. Segundo estudo da Allianz Partners, 50% dos entrevistados disseram que estão mais sensíveis ao impacto ambiental em suas viagens.

Os turistas agora buscam destinos com políticas e práticas favoráveis ao meio-ambiente, além de se preocuparem com os meios de transporte utilizados. Os adeptos das “viagens verdes” preferem viajar por meios de transporte que poluem menos e por distâncias menores.

Em outra pesquisa recente da Allianz Partners com viajantes de vários países, foi observado que mais de 56% planejam mudar a forma com que viajam para reduzir o impacto no meio ambiente. Além disso, a redução da pegada de carbono, que é a medida para calcular a emissão de gases na atmosfera, aparece como um fator importante para muitos na hora de planejar a viagem. De acordo com o estudo, 53% estão dispostos a gastar mais com transporte e acomodação para reduzir a pegada de carbono.

Muitos estão dispostos a optar por meios de transporte mais sustentáveis – como trens, bicicletas e caminhadas – sempre que possível. Consumidores já pensam em viagens mais lentas com meio de transportes alternativos, que são mais sustentáveis em comparação a viagens aéreas. Além disso, há um interesse crescente em hospedagens eco friendly, que utilizem fontes de energia renovável, pratiquem a reciclagem e tenham políticas de redução de desperdício.

Diante dessas mudanças de comportamento e expectativas dos turistas, alguns destinos ao redor do mundo estão respondendo de forma positiva, implementando políticas e práticas sustentáveis. O próprio setor de turismo começou a olhar para essas iniciativas como investimento para seus negócios, pensando em um diferencial que pode agregar valor. Além disso, é preciso proteger a natureza e a cultura local para manter o turismo e ampliar oportunidades para o futuro.

Com a crescente demanda por turismo sustentável, é evidente que os viajantes estão se tornando agentes de mudança positiva. Ao escolher destinos e práticas que promovem a sustentabilidade, os turistas estão contribuindo para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento de comunidades locais. Esse novo jeito comprometido com o meio-ambiente não é apenas uma tendência passageira, mas sim uma abordagem fundamental para garantir a atividade turística a médio e longo prazo, preservando o ambiente e culturas locais que qualificam os destinos turísticos. Mas não é apenas o consumidor que deve fazer esse movimento.  É preciso um movimento de indústria e governos para guiar a tendência, reduzir o impacto ambiental e impulsionar as viagens sustentáveis, beneficiando pessoas e comunidades pelo mundo.

(Fonte: Rafael Costa, gerente de E-commerce Sênior na Allianz Partners Brasil e LatAm)

Articulações para a temporada 2023 da pesca de pirarucu no Amazonas mostram otimismo

Amazônia, por Kleber Patricio

Povo Deni no manejo sustentável de pirarucu. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress.

Durante a reunião anual do Coletivo do Pirarucu – um grupo formado por diversas organizações e lideranças comunitárias que trabalham com o manejo do pirarucu em unidades de conservação, terras indígenas e áreas de acordo de pesca no Amazonas – foram discutidos os preparativos para a temporada da pesca em 2023. Este coletivo engloba áreas que produzem cerca de 50% do total de pirarucu oriundo de pesca manejada do Amazonas. O evento on-line foi realizado em julho e reuniu mais de 50 pessoas representando 18 organizações, entre associações comunitárias, organizações não governamentais de apoio direto na assessoria técnica e órgãos de governo.

Apesar das limitações de acesso à internet, o encontro contou com a sólida participação de lideranças de comunidades manejadoras. A Associação do Povo Deni do Rio Xeruã (Aspodex) e a Associação Indígena do Povo das Águas (AIPA), representando o povo Deni e o povo Paumari, respectivamente, integram o Coletivo e participaram ativamente da reunião.

Durante o encontro, a Aspodex expressou as suas articulações de parceria com os grupos de manejo vizinhos do Médio Juruá. Já a AIPA, aproveitou a presença de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para enfatizar a necessidade que as ações de fiscalização nas Terras Indígenas sejam retomadas para apoiar a proteção territorial contra explorações ilegais e predatórias.

Previsões para a temporada da pesca em 2023

Povo Paumari no manejo sustentável de pirarucu. Foto: Adriano Gambarini/OPAN.

Durante a reunião, foi apresentado o levantamento dos números previstos para a pesca de 2023 no Amazonas. Até novembro, segundo dados do Ibama, estima-se que serão pescados 78.223 pirarucus. Destes, 34.589 peixes somente na área de atuação do Coletivo, envolvendo diretamente mais de 3.000 pessoas em diversas comunidades manejadoras do estado.

Com o apoio do projeto Raízes do Purus, realizado pela OPAN com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, os povos indígenas Paumari e Deni têm se dedicado de forma constante e progressiva ao fortalecimento de processos relacionados ao manejo sustentável de pirarucu, resultando em avanços significativos.

Somente nas terras indígenas do povo Paumari, a estimativa da AIPA é que sejam pescados 650 pirarucus até outubro deste ano, envolvendo diretamente cerca de 100 pessoas na atividade. Já na Terra Indígena Deni, a estimativa da Aspodex é que 150 pirarucus sejam pescados este ano, com a participação de mais de 200 pessoas.

A Aspodex e a AIPA integram o arranjo comercial Gosto da Amazônia, articulado pelo Coletivo e coordenado pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc). Essa iniciativa tem como objetivo principal garantir uma remuneração mais justa às comunidades que realizam o manejo do peixe, ao mesmo tempo em que desencoraja a atuação de atravessadores e exploradores, promovendo assim um comércio baseado em princípios de equidade e solidariedade.

Preços justos impulsionam a conservação e o comércio solidário do pirarucu

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress.

O levantamento feito pelo Coletivo trouxe também um mapeamento dos acordos comerciais para a venda do pirarucu manejado, bem como os preços praticados em cada região, que variam entre R$5,00 e R$10,00 por kg do pirarucu pagos diretamente aos grupos de manejo. Adevaldo Dias, presidente do Memorial Chico Mendes e assessor da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), organização que lidera o arranjo comercial coletivo Gosto da Amazônia, fala sobre o preço pago pela Asproc aos manejadores. “O trabalho feito pela associação acaba atuando como um regulador de preços de mercado, pois ao pagar melhor as comunidades manejadoras pelo peixe manejado, inibe a ação dos atravessadores e exploradores e fortalece o comércio justo e solidário”, avalia.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)