Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
No próximo dia 27 de julho, inicia-se a segunda edição da Mostra de Cinema Israelense, organizada numa parceria entre Sesc e Instituto Brasil-Israel (IBI), com apoio do Consulado Geral de Israel em São Paulo. Neste ano, a seleção de 10 filmes – entre curtas, médias e longas-metragens de ficção e documentários – traz um recorte curatorial específico: todos eles são dirigidos por mulheres, apresentando um olhar feminino e subjetivo sobre uma temática contemporânea a partir da perspectiva israelense, abarcando questões políticas, críticas sociais, utopias, vivências LGBTQIAP+, memória, tempo e família. A exibição dos filmes acontece até o dia 2 de agosto, na plataforma Sesc Digital, de forma gratuita para todo o país.
“Durante muitos anos, as mulheres desempenharam um papel secundário no cinema israelense, com pouca voz própria e limitadas principalmente a um olhar masculino, tendencioso e sexista. Somente recentemente o cinema israelense começou a criar novas formas de representação feminina, centradas em narrativas subjetivas complexas que se concentram na vida das mulheres israelenses e no que as torna tão distintas”, diz Morris Kachani, diretor-executivo do IBI. “Com o surgimento de cineastas mulheres, surgem também novas maneiras de usar o cinema como uma ferramenta de empoderamento”, acrescenta.
A abertura presencial acontece no dia 27, às 20h30, no CineSesc, com a exibição do filme “Kiss me Kosher” (2020, direção de Shirel Peleg), inédito no Brasil, baseado na história real de amor vivida pela diretora, que é israelense, e sua parceira alemã. O longa tem sido elogiado pela crítica em razão da forma com a qual aborda temas sensíveis de maneira cômica e sutil. A sessão é gratuita e os ingressos podem ser retirados a partir das 19h na bilheteria do cinema. Sujeito à lotação.
A programação da Mostra de Cinema Israelense de 2023 também traz um espaço especial de retrospectiva que homenageia a atriz e diretora Ronit Elkabetz, falecida precocemente em 2016. Durante duas décadas e meia, Ronit Elkabetz foi a primeira-dama do cinema israelense. O sucesso internacional de Elkabetz a incentivou a buscar sua verdadeira vocação, desenvolvida durante sua carreira como atriz: dirigir sua própria história. Ela e seu irmão Shlomi criaram uma trilogia semiautobiográfica baseada nas experiências matrimoniais de sua mãe.
A trilogia, que estará disponível durante a Mostra de Cinema Israelense, discute a opressão social vivida por mulheres em comunidades judaicas de origem marroquina e culmina com a vontade de Viviane (Ronit) de se separar e o tribunal rabínico não concedendo o divórcio.
A morte repentina de Elkabetz chocou a indústria cinematográfica israelense, que a considerava sua próxima estrela internacional. Uma série de atores e atrizes israelenses prestaram suas homenagens em uma cerimônia pública, demonstrando o impacto que a jovem imigrante de segunda geração marroquina havia causado no mundo do cinema.
Serviço :
Mostra de Cinema Israelense
De 27 de julho a 2 de agosto
Gratuito
Abertura: “Kiss me Kosher”, inédito no Brasil
Data: 27 de julho, quinta-feira
Cine Sesc – Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César
Horário: 19h (receptivo) e 20h30 (exibição)
Grátis. Retirada de ingresso a partir das 19h. Sujeito a lotação.
Sinopse: “Kiss Me Kosher” é um filme alemão-israelense dirigido e roteirizado por Shirel Peleg. A história é baseada na história de amor da vida real de Peleg e sua parceira e é o primeiro longa-metragem de Peleg como diretora. O filme é sobre uma mulher israelense chamada Shira (interpretada por Moran Rosenblat) e uma alemã chamada Maria (interpretada por LuiseWolfram), que por meio de um mal-entendido inicial ficam noivas para se casar em Jerusalém. A avó de Shira, Berta (interpretada por Rivka Michaeli), tenta impedir isso. Estas histórias de amor subversivas cruzam fronteiras e gerações. “Kiss Me Kosher” estreou nos cinemas alemães em 2020 e, desde então, tem se apresentado em vários festivais internacionais de cinema.
Ficha Técnica:
Direção: Shirel Peleg
Roteiro: Shirel Peleg
Produção: Christine Günther
Estrelando:
Moren Rosenblat
Luise Wolfram
Rivka Michaeli
Data de lançamento: 2020
Duração: 106 minutos
País: Alemanha/Israel
Idiomas: Hebraico, Árabe, Alemão e Inglês.
FILMES ON-LINE
The Other Widow (A Outra Viúva)
Sinopse: lla é uma figurinista que mantém um relacionamento de longa data com Assaf, um dramaturgo respeitado, mas casado. Quando Assaf morre inesperadamente, ela é a última a saber disso. Todos sabem que ela era amante de Assaf, mas ninguém imaginava que ela teria coragem de aparecer em sua casa ao lado dos outros enlutados. Durante o Shiva (sete dias de luto de acordo com a tradição judaica), Ella continua vindo todos os dias. Ela se aproxima cada vez mais de Natasha, a viúva de Assaf, e se aproxima intimamente de Dan, seu irmão, que a lembra de seu amante morto. Tudo termina abruptamente quando Natasha percebe quem é Ella.
Ficha Técnica:
Direção: Maayan Rypp
Roteiro: Anat Gafni e Maayan Rypp
Produção: Ayelet Kait, Amir Harel, Christophe Audeguis
Estrelando:
Dana Ivgy
Ania Bukstein
Itamar Rotschild
Data de lançamento: 2022
Duração: 83 minutos
País: Israel/França
Idiomas: Hebraico.
The Red Cow (A Vaca Vermelha)
Sinopse: Benni (Avigail Kovari) é uma jovem de 17 anos que mora com seu pai, Yehoshua (Gal Toren) em Silwan, um assentamento ilegal em Jerusalém Oriental. Quando nasce uma novilha vermelha, Yehoshua vê isso como um sinal da vinda do Terceiro Templo. Benni é encarregado de cuidar da novilha. Quando ela se apaixona por Yael (Moran Rosenblatt), uma professora, a já delicada relação entre Benni e Yehoshua começa a ruir. À medida que as tensões aumentam, Benni está determinada a garantir um futuro para ela e Yael.
Ficha Técnica:
Direção: Tsivia Barkai Yacov
Roteiro: Tsivia Barkai Yacov
Produção: Itai
Estrelando:
Avigail Kovari
Gal Toren
Moran Rosenblatt
Data de lançamento: 2018
Duração: 91 minutos
País: Israel
Idiomas: Hebraico.
HolyHolocaust
Sinopse: Um obscuro segredo familiar do passado é revelado inesperadamente e abre um abismo entre duas amigas íntimas: Jennifer, uma alemã negra, descobre que é neta de um notório comandante nazista e sua vida vira de cabeça para baixo, enquanto Noa, uma israelense branca, está fazendo o que pode para evitar que sua vida mude. Dirigido por Noa Berman-Herzberg e Osi Wald, a animação trafega por intersecionalidades identitárias na paisagem de constantes conflitos da sociedade israelense.
Ficha Técnica:
Direção: Noa Berman-Herzberg e Osi Wald
Roteiro: Noa Berman-Herzberg
Produção: Osi Wald
Data de lançamento: 2021
Duração: 17 minutos
País: Israel
Idiomas: Inglês.
Nafkot (Anseio)
Sinopse: Repleto de imagens deslumbrantes, “Nafkot – Anseio” é um olhar fascinante sobre uma comunidade judaica da Etiópia, que vive isolada, através da perspectiva de uma antropóloga e ativista israelense. Ela espera que seu trabalho ajude a preservar a identidade e as tradições dessa comunidade e assim auxiliar em sua sobrevivência em meio às muitas mudanças que ocorrem no mundo ao seu redor. Durante sua viagem pela comunidade, a diretora faz diversas visitas a locais históricos, incluindo a primeira sinagoga oculta, e participa de algumas cerimônias tradicionais.
Ficha Técnica:
Direção: Malka Shabtay
Roteiro: Malka Shabtay
Data de lançamento: 2022
Duração: 70 minutos
País: Israel
Idiomas: Inglês/Hebraico.
Four Hours a Day (Quatro Horas por Dia)
Sinopse: “Quatro Horas por Dia” é a extraordinária e ainda não contada história de jovens mães no movimento kibbutziano em Israel. Baseado no livro bestseller de Orian Chaplin, segue um fenômeno que afeta milhares de mães e os seus filhos até aos dias de hoje. Os bebés e crianças que, de acordo a ideologia dos kibutzim, viviam em casas especialmente montadas para eles. Diariamente, a mãe recebia seus filhos por 4 horas, uma vez que trabalhava como todos. O documentário expõe, pela primeira vez, marcas deixadas nos corações das mães e dos seus filhos. Mães que falam com grande dor e franqueza sobre anos de angústia, ofuscando o que deveriam ter sido relações e emoções naturais, mas que muitas vezes causaram desconexão e angústia. Como é que estas mães se sentem hoje em relação ao que passaram há anos? Foram capazes de ultrapassar a intensidade do sofrimento emocional?
Ficha Técnica:
Direção: Ayelet Dekel
Roteiro: Orian Chaplin, Ayelet Dekel
Data de lançamento: 2022
Duração: 56 minutos
País: Israel
Idiomas: Hebraico.
Espaço Ronit Elkabetz
To Take a Wife (E você tomou uma mulher)
Sinopse: Na Israel de 1979, uma jovem mulher tenta criar três filhos observando as tradições marroquinas da sua família mesmo estando em constante conflito com o que acha correto e querendo se divorciar de seu marido. A tradição familiar fortalecida pelos seus irmãos tenta lhe convencer a não fazer isso, deixando para trás qualquer noção de amor e liberdade. As tensões crescem ao longo do filme ao ponto de Viviane quebrar todas as tradições.
Ficha Técnica:
Direção: Ronit e Shlomi Elkabetz
Roteiro: Ronit e Shlomi Elkabetz
Produção: Eric Cohen, Jean-Philippe Reza, Marek Rozenbaum, Itai Tamir
Estrelando:
Ronit Elkabetz
Simon Abkarian
Gilbert Melki
Data de lançamento: 2005
Duração: 99 minutos
País: Israel e França
Idiomas: Hebraico, Francês, Árabe.
Shivá (Os Sete Dias)
Sinopse: Fiel à tradição, toda a família Ohaion está de luto pela morte de um membro da família, juntando-se na casa da pessoa falecida e permanecendo lá durante sete dias para recordar o seu ente querido. As tensões não tardam a surgir nesta grande família com muitos problemas.
Ficha Técnica:
Direção: Ronit e Shlomi Elkabetz
Roteiro: Ronit e Shlomi Elkabetz
Produção: Guy Jacoel, Yochanan Kredo
Estrelando:
Ronit Elkabetz
Albert Iluz
Yaël Abecassis
Simon Abkarian
Data de lançamento: 2008
Duração: 103 minutos
País: Israel e França
Idiomas: Hebraico, Francês, Árabe.
Gett (O Julgamento de Viviane Amsalem)
Sinopse: Na sequência dos dois filmes anteriores desta trilogia, Viviane Amsalem está casada com o marido, há mais de vinte anos. Ela vai a um tribunal rabínico para obter um gett (divórcio), pois eles estão morando separados e ela não quer mais viver com ele. Ele ainda espera se reunir e pede que ela volte a morar com ele. A corte dos rabinos ordena um reencontro experimental do casal, o que Viviane tenta acatar. Depois de várias tentativas de cumprir a ordem, a discórdia conjugal é tão grave que ela insiste na separação e começa o processo de divórcio.
Ficha Técnica:
Direção: Ronit e Shlomi Elkabetz
Roteiro: Ronit e Shlomi Elkabetz
Produção: Sandrine Brauer, Rémi Burah, Denis Carot
Estrelando:
Ronit Elkabetz
Menashe Noy
Sasson Gabai
Simon Abkarian
Data de lançamento: 2014
Duração: 115 minutos
País: Israel, França e Alemanha
Idiomas: Hebraico, Francês, Árabe.
Machabarot Shchorot (Cadernos Negros)
Sinopse: Em um táxi parisiense, um homem descobre com uma vidente marroquina que sua irmã está prestes a morrer. Na tentativa de alterar a previsão, o irmão embarca em uma jornada fictícia entre Marrocos, Israel e Paris. Baseado em arquivos familiares e trechos da trilogia criada por Ronit e Shlomi Elkabetz – o filme, dividido em duas partes (Viviane e Ronit), nos convida para a intimidade de uma família judaico-árabe, uma família de exilados desenraizados, em uma história imaginária onde um irmão e uma irmã revisitam o passado e o presente para desafiar um futuro implacável. Mas a profecia ainda os assombra, assim como na vida, também no cinema.
Ficha Técnica:
Direção: Shlomi Elkabetz
Roteiro: Joelle Alexis, Shlomi Elkabetz
Produção: Itai Tamir
Estrelando:
Ronit Elkabetz
Shlomi Elkabetz
Data de lançamento: 2021
Duração: 108 e 100 minutos
País: Israel
Idiomas: Hebraico, Francês.
(Fonte: Libris Comunicação)
Um dos maiores profissionais da formação e desenvolvimento de jovens talentos para a ópera, o pianista David Gowland, que comanda o elogiado Jette Parker Young Artist Programme desde 2002, está no Brasil para ministrar entre 1 e 3 de agosto, uma masterclass gratuita para cantores líricos com a participação do diretor cênico André Heller-Lopes. As aulas acontecerão na Sala Mário Tavares, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Com o patrocínio Oficial @petrobras, serão selecionados oito cantores, entre 18 e 40 anos, e haverá vagas afirmativas para negros, indígenas e pessoas em vulnerabilidade social. As inscrições estão abertas até 25 de julho e devem ser feitas pelo e-mail master.tmrj@gmail.com. Para participar da seleção é necessário enviar o nome completo, a data de nascimento, uma biografia resumida, dois links de gravações no YouTube do candidato cantando e ainda duas árias com recitativo em PDF a serem apresentadas na masterclass. O horário dos três dias será de 10h30 até às 20h, com pequenos intervalos ao longo do dia.
Sobre David Gowland
David Gowland é diretor artístico do programa Jette Parker Young Artists. Ele está associado ao Programa de Jovens Artistas da Royal Opera House desde o seu início em 2000, inicialmente como diretor de Preparação Musical e a partir de 2006 como diretor artístico. Gowland acompanha regularmente em recitais os jovens artistas do Jette Parker.
O maestro estudou no Royal College of Music, onde ganhou vários prêmios por acompanhamento de piano, e no National Opera Studio. Ele se juntou à equipe de música Glyndebourne em 1987, ganhando o Prêmio Jani Strasser de 1988 e trabalhou lá por 20 anos. Foi o chefe da equipe de música no Grand Théâtre de Genève 1989–96, ajudando maestros como Bruno Bartoletti, Bruno Campanella, Mark Elder, Philippe Jordan, Emmanuel Plasson, Jeffrey Tate, Christian Thielemann e Edo de Waart. Ele trabalhou como maestro assistente/treinador sênior de empresas como Paris Opéra, Ópera Nacional Holandesa, Ópera Real Dinamarquesa, Ópera de Roma, Teatro di San Carlo, Nápoles, Teatro do Capitólio, Toulouse, Teatro Real, Madri e os festivais de Aix- en-Provence, Chorégies de Orange, Salzburgo e Wexford. Foi treinador sênior do Der Ring des Nibelungensob Tate na Austrália. O trabalho de concerto incluiu os festivais de Edimburgo e Aldeburgh e os BBC Proms.
Gowland é um tutor visitante do National Opera Studio, da British Youth Opera, da Scottish Opera Emerging Artists, do New National Theatre Tokyo e de todos os principais conservatórios britânicos. Ele é membro regular do júri de competições nacionais e internacionais e ministrou masterclasses na Holanda, Itália, Lituânia, Espanha, Suécia, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, China, Colômbia, Japão, Coréia, México, África do Sul, Sri Lanka e Peru.
Serviço:
Masterclass com David Gowland
Datas: de 1 a 3 de agosto
Horário: entre 10h30 e 20h – com intervalos
Local: Sala Mário Tavares (Anexo ao Theatro)
Endereço: Av. Almirante Barroso, 14/16 – Centro
Entrada franca
Inscrições abertas até 25 de julho pelo e-mailmaster.tmrj@gmail.com
Patrocínio Oficial @petrobras.
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)
Consumismo, destruição, memória e afetividade são as forças norteadoras da exposição “O Gabinete dos Desinteresses e Mediocridades: Réquiem para o Antropoceno”, de Renato Bolelli Rebouças. A mostra, que ocupa a Funarte São Paulo entre os dias 29 de julho e 27 de agosto, com visitação diária das 14h às 19h, une a um só tempo artes visuais, artes cênicas, arqueologia e sustentabilidade. No dia 19 de agosto também acontecem performances com artistas convidados, das 14h às 18h.
Bolelli transita no cenário nacional e internacional em torno das artes cênicas como cenógrafo, diretor de arte, figurinista, arquiteto, pesquisador e professor. Este ano, por exemplo, atuou como um dos curadores da 15ª Edição da Quadrienal de Praga – evento mundialmente conhecido que acontece a cada quatro anos e traz destaques do design da performance, da cenografia e da arquitetura teatral para a linha de frente de atividades culturais – e o trabalho da equipe levou o prêmio de Best Team Working pela representação do Brasil no evento.
“O Gabinete dos Desinteresses e Mediocridades: Réquiem para o Antropoceno”, em boa medida, costura essas atuações ao longo de sua trajetória: começou há cerca de quinze anos, em viagens e apresentações no Brasil e fora do país recolhendo objetos que chamavam sua atenção abandonados nas ruas, bem como restos de cenários, de figurinos e de adereços de projetos anteriores. Mais tarde, com a sistematização dessa catalogação dos objetos, transformou essa ação em pesquisa de seu doutorado, defendido no departamento de Artes Cênicas da USP com a tese “Espaços e materiais residuais em potência performativa: Cenografia Expandida a partir do Sul”.
A exposição é um desdobramento deste trabalho iniciado há mais de uma década e apresenta uma série de instalações cenográficas multiculturais com materiais coletados em mais de trinta cidades de dez países, que ocupa as galerias Flávio de Carvalho e Mário Schenberg, da Funarte.
A mostra também liga outras duas percepções fundamentais na construção dessas instalações. De um lado, a ação do homem no mundo, com o descarte de objetos. “A ideia é reduzir cada vez mais o consumo. Essa possibilidade de dar uma nova vida aos objetos, aos restos, sempre me tocou muito”, comenta. De outro, a colonização dos países do hemisfério sul. “Essa mostra é um desdobramento da minha pesquisa de doutorado. Por meio de uma perspectiva decolonial, minha intenção foi dar conta dessa produção proveniente do Sul do planeta. Fui percebendo as muitas semelhanças entre as nações latino-americanas, africanas e até asiáticas, como a Índia”, diz o artista.
Construção pela destruição
Para o artista, a existência de todos esses resíduos é um retrato da sociedade ocidental contemporânea, centrada no consumismo e na destruição constante. Mesmo assim, foi possível encontrar uma dimensão afetiva para a construção dessa espécie de Gabinete de Curiosidades e Maravilhas – espaços criados a partir do século 17 na Europa que deram origem aos futuros museus de História Natural, as exposições de arte e os laboratórios científicos.
Esses gabinetes, também chamados de “Teatros do Mundo” (Theatrum Mundum), intensificaram o colecionismo e a catalogação das espécies de plantas, animais e minerais encontrados fora do continente europeu durante o período das Grandes Navegações. “Se, de um lado, tínhamos riqueza, suntuosidade e exuberância no continente europeu, de outro tínhamos a destruição progressiva dos territórios colonizados, em um processo constante de dizimação de povos, ecossistemas e espécies nativas”, reflete Bolelli.
Com isso em mente, o artista criou seu próprio gabinete dedicado às coisas descartadas. No entanto, as curiosidades foram convertidas em desinteresses e as maravilhas em mediocridades, formando um pequeno circo de horrores repleto de delicadeza e poesia.
A exposição levanta questionamentos a respeito dos mais de 500 anos de exploração e destruição sistêmica dos países do sul global: afinal, como lidar com os destroços dessa devastação continuada? Sem se ater a apenas apresentar uma perspectiva negativa, o cenógrafo tem o objetivo de entender o que é possível avistar e construir a partir dos estilhaços dessas nações destruídas.
Teatro do mundo destroçado
As peças coletadas nesses quinze anos pelo artista foram divididas em duas grandes categorias: Natural (Animal, Vegetal e Mineral) e Artificial (Papel, Tecido, Vidro, Cerâmica e Plástico). Para organizar esse acervo, o cenógrafo levou em consideração a potência performativa dos materiais.
As peças expostas são fragmentos de objetos e elementos naturais em diferentes estados de deterioração, como cacos de cerâmicas e vidros, pedaços de móveis, roupas e acessórios, utensílios domésticos e do cotidiano, latas, embalagens, restos de materiais industriais, fantasias de carnaval e painéis cenográficos, além de troncos, galhos, folhagens secas, carcaças e ossos de animais, penas e insetos. O acervo inclui peças inusitadas, como um aparelho de correção postural doado durante a pesquisa, cartazes de propaganda e uma série de latas amassadas coletadas em Manchester, terra e ossos encontrados na Serra do Curral, em Minas Gerais. Guarda ainda algumas raridades, como um livro de teatro da década de 1910, uma fantasia de anjo que pertenceu a uma igreja e asas vermelhas de gafanhotos da Chapada Diamantina.
Para além da exibição desse conjunto inusitado e único foram montadas seis instalações com elementos inspirados nas maquinarias espetaculares utilizadas nas óperas barrocas. Esses elementos cenográficos serão ativados por performers durante a exibição da exposição.
Bolelli expõe um mundo de restos, dando forma a fantasmas e monstros de todas as espécies que assombram os seres humanos. Essas figuras habitam o fundo do mar, as águas, florestas e matas, o solo, o céu, e até o espaço, entulhando, poluindo e contaminando todos os ecossistemas.
Elementos sonoros, audiovisuais e de iluminação dão vida a esses seres, criando um teatro do mundo destroçado. É como se cada instalação representasse um ato de um espetáculo. O projeto tem trilha sonora e desenho de som do dj e pesquisador da cultura afrodiaspórica Eugênio Lima, e videoperformances criadas em parceria com artistas do Brasil, Inglaterra e Estados Unidos.
Ficha Técnica
Concepção, criação e expografia: Renato Bolelli Rebouças
Trilha sonora e desenho de som: Eugênio Lima
Assistentes de expografia e montagem: Anísio Serafim e Vinícius Valério
Estagiárixs de arte e montagem: Allan Wallace Santos Silva, Dan Salas, Guilherme Santii, Julia Cristina Cordeiro, Julia Tavares Bispo, Lais Damato, Loh Goulart, Nicholas Cotrim, Wanessa Lemos
Consultoria de luz: Claudia de Bem
Montagem cenotécnica: Francisco Mateus e Theo Moraes
Eletricista e montagem de luz: Everton Keishi
Performers vídeos: Ahn Vo, Bukuritós Aruanda, Laura Fajngold, Lowri Evans, Lua, Marina Medeiros, Monalisa Silva, Raphael Vianna, Renato Bolelli Rebouças, Roberto Alencar, Simone Gatti
Fotografia e montagem vídeos: Bukuritós Aruanda, Caio Brettas, Luiz Cruz, Renato Bolelli Rebouças
Edição vinhetas e vídeos dos monitores: Rafael Anastasi
Imagens: Andrea Lavezzaro, Acervo Usina da Alegria Planetária, Bukuritós Aruanda, Daraca, Renato Bolelli Rebouças
Trilha sonora vídeo de apresentação: NU – Naked Universe
Realização: Renato Bolelli Rebouças + Plataforma UAP | Usina da Alegria Planetária
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
Apoio: Funarte (por meio da Chamada Pública para ocupação de espaços/ 1o semestre de 2023) + Laboratório de Práticas Performativas da USP.
Serviço:
O Gabinete dos Desinteresses e Mediocridades
Funarte São Paulo – Galerias Flávio de Carvalho e Mário Schenberg
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos – São Paulo – SP
Abertura: 29 de julho de 2023, às 14h
Data: 29 de julho a 27 de agosto de 2023
Horário: Todos os dias da semana, das 14h às 19h
Entrada gratuita
Performances | 19 de agosto, das 14h às 18h: Performance com artistas convidadxs e debate com pesquisadorxs sobre o tema: “Entre o teatral e o expográfico; entre arquivos e repertórios – ideias para pensar uma cenografia expandida a partir do Sul”.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
O artista plástico Gregório Gruber apresenta a mostra “Desenhos e Pinturas” até o dia 14 de outubro de 2023 na galeria São Paulo Flutuante, na Barra Funda, em São Paulo. O texto curatorial fica a cargo de Denise Mattar.
Reunindo cerca de 42 trabalhos inéditos e obras relevantes do seu acervo particular (entre pinturas acrílicas, pastel sobre papel, esculturas e assemblages), a exposição marca o retorno do artista – nascido em Santos, mas criado em São Paulo, que não expunha – de forma solo, há quase uma década. As obras datam de 2020, época da pandemia de Covid-19, até 2023, e mostram cenas (diurnas e noturnas) da capital paulistana, como Avenida Paulista, Vale do Anhangabaú, Parque Dom Pedro I, Marechal Deodoro e Pacaembu, entre outras.
Como parte complementar, será exibido o documentário “Gregório no Centro”, que foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural – ProAC Expresso LAB 51/2020, “Prêmios por Histórico de Realização em Artes Visuais” da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Produzido por Lorena Hollander (filha do pintor), pesquisa e entrevista de Laura Escorel e captação e edição de Renata Chebel, o artista plástico, com 50 anos de atuação, abre seu estúdio e conta sobre suas primeiras lembranças do centro de São Paulo.
O artista já teve textos escritos sobre a sua obra por críticos, curadores e artistas como Aracy Amaral, Jacob Klintowitz, Miguel de Almeida, Pietro Maria Bardi, Carlos von Schmidt, Sheila Leirner, Olívio Tavares de Araújo, Wesley Duke Lee, Ernestina Karman, Jayme Maurício, Mario Schenberg, Flávio de Aquino, Roberto Pontual, Frederico de Morais, Flávio Motta e Radha Abramo.
“A vivência no Centro da cidade me fez querer pintar o meu entorno, os edifícios, as ruas e as pessoas que fazem parte do meu círculo. Foi a lição que a História da Arte me ensinou, como por exemplo, Van Gogh pintou Arles na sua época e Gauguin pintou as ilhas marquesas. Eu tinha essa consciência que precisava me relacionar com que estava perto”, afirma o artista que foi criado na Rua Martins Fontes, no centro de São Paulo, e é filho do também pintor Mário Gruber (1927–2011).
Sobre o artista
Gregório Gruber nasceu em 1951 em Santos/SP. Vive e trabalha em São Paulo. Surgiu no cenário artístico no início dos anos 70 como desenhista e gravador, coincidindo com a volta da figuração e da pintura.
Depois de entrar na faculdade de Artes Plásticas, na FAAP em São Paulo, viajou para a Europa e frequentou diversos cursos de artes em diferentes cidades como Paris, Londres e Amsterdam. Em 1974, a convite de Pietro Maria Bardi, voltou ao Brasil para realizar sua primeira mostra individual no MASP. A partir daí participou de diversas bienais, mostras em museus e de exposições em galerias pelo mundo todo.
Entre suas principais mostras estão XV Bienal Internacional de São Paulo, Bienal de Paris, O Desenho Moderno no Brasil e Retratos e Autorretratos na Coleção Gilberto Chateaubriand.
Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte em Melhor gravura, ganhou o Prêmio de Aquisição no Salão Nacional de Artes Plásticas e, pela Funarte, foi premiado no 10º Salão Paulista de Arte Contemporânea. Em 1989, passou a criar também em seu estúdio em Barcelona onde ampliou seus recursos técnicos produzindo esculturas, pinturas matéricas e cenografias. Atualmente reside em São Paulo e na Serra da Cantareira, onde mantém um estúdio desde os anos 80, trabalhando com as mais variadas técnicas, como pintura a óleo e acrílica, escultura em argila e madeira, litografia, gravura em metal e assemblage.
Sobre a galeria São Paulo Flutuante
A Galeria São Paulo resultou de um ideal inspirado na paixão pela produção de arte brasileira, provavelmente a mais pródiga do mundo, e da precariedade dos mercados para seu florescimento na época de sua inauguração.
A marchande Regina Boni, que iniciara precocemente sua aliança e história com a arte, vinha nessa época – depois de sua vivência exuberante com o grupo tropicalista, iniciada pela marchande brasileira Ceres Franco, dona da histórica galeria L’oeil de Boeuf em Paris – desenvolvendo trabalhos que envolviam eventos no circuito das galerias europeias.
Anos depois, voltando ao Brasil pretendeu criar um novo modelo, que contra todas as opiniões dos estrategistas de mercado, abriria uma nova realidade para a produção das artes plásticas brasileiras. Um espaço construído, projetado pelo arquiteto Marcos Acayaba, para ver, viver, discutir, debater, adquirir arte. Bonito, grande e moderno. E que pudesse abrigar outros eventos além da tradicional pintura. Um acervo adquirido junto aos grandes artistas e artistas jovens.
Eventos institucionais, edição de catálogos com texto de críticos, escritores e intelectuais de vanguarda. Ações culturais de grande porte gerando interesse das mídias escritas e televisivas. Participação e colaboração importantíssima de alguns colecionadores como Adolpho Leirner e Gilberto Chateaubriand, que aderiram à sua ideia efetuando compras sistemáticas junto ao acervo da galeria durante seus primeiros dois anos, garantindo a sobrevivência da mesma.
A galeria São Paulo, em pouco tempo, mereceu o troféu dado pela APCA pelo desenvolvimento de todo o setor. Com o apoio de artistas consagrados e interesse de jovens talentos que aderiram ao movimento, a galeria se tornou conhecida e ampliou sua base, um mercado novo e eficaz.
No ano de 1986, a galeria São Paulo realiza uma exposição histórica, revelando ao público brasileiro e internacional a obra de Hélio Oiticica, realizada através do apoio do Projeto HO e com a colaboração e participação dos artistas Luciano Figueiredo, Lygia Pape, Lygia Clark e do poeta Wally Salomão. Críticos europeus, depois responsáveis pela divulgação da obra nos circuitos internacionais, como Guy Brett e Catherine David, responsáveis pela implantação de Hélio Oiticica no mercado internacional, foram trazidos ao Brasil pela galeria. Na primeira retrospectiva de Hélio Oiticica, foram expostas pela primeira vez em uma galeria, obras emblemáticas como “Parangolés” e o “Penetrável Tropicália”, além de bólides, meta-esquemas e outros trabalhos. Uma parte da escola de samba Mangueira veio do Rio de Janeiro para homenagear a inauguração do evento em uma grande festa que começava para celebrar o artista.
Hélio Oiticica ainda foi mostrado em mais cinco mostras na galeria São Paulo durante os próximos anos: “meta-esquemas”, “grupo Frente”, “Penetráveis” e “duas Cosmococas”.
Aos 21 anos de idade, a galeria São Paulo encerrou suas atividades, que agora em 2020, diante de um cenário completamente diferente, com grandes desafios pela frente, renasce acreditando no poder de perseverança e permanência da arte. Baseada fisicamente em um grande galpão no bairro da Barra Funda, que abrigará além de exposições de artes plásticas, eventos envolvendo outras linguagens artísticas (como música, dança, literatura e cinema), a Galeria São Paulo aguarda ansiosamente o momento de sua reabertura.
Serviço:
Exposição “Desenhos e Pinturas” do artista plástico Gregório Gruber
Texto curatorial: Denise Mattar
O quê: pinturas, desenhos, esculturas, vídeo e assemblages
Visitação: até 14 de outubro de 2023 (segunda a sexta, 10h às 18h e sábados, 10h às 16h)
Local: Galeria São Paulo Flutuante
Rua Brigadeiro Galvão, 130 – Barra Funda – São Paulo – SP
Tel: (11) 94907-9892
Valor: gratuito
Metrô: estação Marechal Deodoro (L3 – vermelha)
Redes sociais:
Gregório Gruber @gregoriogruber
Denise Mattar @mattardenise
Galeria São Paulo Flutuante @sp_flutuante.
(Fonte: Marmiroli Comunicação)
Golpe de Estado, Marcelo Nova e Krisiun serão as atrações do 21º Festival de Rock de Indaiatuba, promovido pela Secretaria de Cultura de Indaiatuba. As inscrições, que terminariam no dia 20, foram prorrogadas até 26 de julho. Para participar, os interessados devem confirmar sua participação após preenchimento de formulário disponível no site da Prefeitura. As eliminatórias e a final do concurso serão realizadas no Espaço Viber.
Os objetivos do Festival de Rock de Indaiatuba são incentivar a composição e produção musical, direcionar o interesse da população e mostrar a importância da arte como fonte de cultura e lazer, aprimorar e desenvolver a cultura musical, promovendo um intercâmbio artístico, e revelar novos talentos.
Podem participar do 21º Festival de Rock de Indaiatuba solos, duplas e bandas do gênero e suas vertentes, formadas em Indaiatuba ou todo o território nacional. Cada participante, músico, compositor ou roadie poderá concorrer somente com uma composição ou ficha de inscrição.
A íntegra do Edital de Participação do 21º Festival de Rock de Indaiatuba está disponível na edição 2.672 da Imprensa Oficial do Município, publicada em 30 de junho. É muito importante conferir os detalhes e providenciar as informações necessárias para efetivação da inscrição.
Agenda
As eliminatórias do Festival acontecem dias 6 e 13 de agosto e, a final, no dia 20, sempre a partir das 15 horas no Espaço Viber. Os dias e horários das apresentações das bandas inscritas serão definidos por meio de sorteio que será realizado em reunião.
A Comissão Julgadora será composta por três profissionais ligados à música, que irão avaliar os seguintes quesitos: interpretação, composição e desempenho musical. Os prêmios serão de R$2.420 para melhor composição e melhor intérprete, R$4.235 para o terceiro lugar, R$5.445 para o segundo colocado e R$7.260 para o vencedor.
A banda Radioativa, do Rio de Janeiro, foi a vencedora do 20º Festival de Rock de Indaiatuba. Ana Marques, vocalista do quinteto, levou ainda o prêmio de Melhor Intérprete. Giovanna Moraes e Banda, de São Paulo, ficaram com o segundo lugar, seguida pela Black Mapache, de Indaiatuba. A Gambia Rock, também da cidade, conquistou o prêmio de Melhor Composição.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (19) 3825-2056 e 3834-3824 ou pelo e-mail cultura.festivalderock@indaiatuba.sp.gov.br. Para se inscrever no 21º Festival de Rock de Indaiatuba, clique aqui.
Golpe de Estado
Quem encerra a primeira eliminatória, no dia 6, é a banda Golpe de Estado. Formada em 1985, a Golpe de Estado é uma das mais importantes bandas do hard rock paulista e nacional. Seu mais novo álbum, Caosmópolis, conta com nove faixas. “Um dos temas mais recorrentes nas letras da Golpe, em toda sua discografia, foi reportar o que acontece nas grandes cidades, o cotidiano urbano caótico de São Paulo”, destaca Nelson Brito, baixista e fundador do grupo.
Produzido pelo guitarrista da banda Marcello Schevano o álbum está cheio de referências da identidade musical da banda. “A oportunidade de produzir um algum da Golpe é algo que vai marcar minha carreira. Já possuímos uma identidade sonora marcante que obviamente não foi abandonada, apenas atualizada”, destaca. A banda conta ainda com João Luiz no vocal e Roby Pontes na bateria.
“Caosmópolis”, lançado em 2022, encerrou um hiato de dez anos sem lançamento de estúdio. O show reúne novas faixas como “Tudo que Vem Fácil”, “Bicho Solto”, “A Fila Vai Ainda” e “Borracho”, com clássicos como “Onde Há Fumaça Há Fogo”, “Todo Mundo tem um Lado Bicho”, “Noite de Balada” e “Velha Mistura”.
Marcelo Nova
No dia 13, o encerramento fica por conta de Marcelo Nova & Seu Conjunto. Nascido em Salvador, na Bahia, Marcelo descobriu muito cedo o verdadeiro significado do “Wop-bop-a-loom-a-blop-bam-boom” que Little Richard gritava a plenos pulmões. Em 1980, montou a banda Camisa de Vênus, com a qual lançou 11 discos.
Entre seus lançamentos, encontramos, por exemplo, “Duplo Sentido”, primeiro álbum duplo do rock brasileiro, e o inovador “Blackout”, primeiro disco totalmente acústico de que se tem notícia na história do rock, gravado anos antes do formato virar moda. Não satisfeito com seu pioneirismo, Marcelo lançou ainda, em 2011, o primeiro blu-ray do rock nacional, “Hoje no Bolshoi”.
Além disso, carrega na bagagem duas parcerias antológicas: uma com Eric Burdon, líder da banda inglesa “The Animals”, na qual Eric gravou três canções de autoria de Marcelo, e a outra no clássico álbum “A Panela do Diabo”, ao lado de ninguém menos que Raul Seixas.
Atualmente, Marcelo continua na estrada, tanto com o Camisa de Vênus quanto com sua carreira solo, acompanhado de seu filho Drake Nova na guitarra, Leandro Dalle no contrabaixo e Celio Glouster na bateria. O trio constitui o seu “Conjunto”, pois, segundo o próprio, “qualquer um tem uma banda, mas poucos têm um conjunto”.
Lançado recentemente nas lojas e plataformas digitais, “As Cartas que Eu Nunca Enviei” é seu trabalho mais recente e marca um retorno às suas raízes do rock, com um som pesado e letras intensas. O álbum conta com dez faixas originais, todas compostas e produzidas por Marcelo Nova. As letras refletem suas experiências de vida, relacionamentos e a passagem do tempo. Cada faixa é uma carta nunca enviada, mas que agora encontra um lugar no mundo através da música.
Krisiun
Formada em 1990, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Krisiun é uma banda brasileira de death metal e seu nome deriva de um mar lunar nomeado Mare Crisium. Um dos precursores do gênero no mundo e uma das bandas mais reconhecidas internacionalmente, já se apresentou em festivais como Rock in Rio, Wacken Open Air e Hell Fest, entre outros.
Em 2022, os irmãos Alex Camargo (baixo/vocal), Max Kolesne (bateria) e Moyses Kolesne (guitarra) lançaram seu 12º álbum, intitulado “Mortem Solis”, pela gravadora Century Media Records. Faixas como “Serpent Messiah”, “Sworn Enemies”, “Swords into Flesh” e “War Blood Hammer” demonstram o compromisso de mais de 30 anos com a arte do death metal.
“Tivemos realmente novas ideias vindo em Mortem Solis”, diz Moyses Kolesne. “Talvez pelo fato de termos parado por dois anos [devido à pandemia], também vimos a cena do metal se tornar mais comercial. Como uma banda antiga, mantemos isso real e essa é nossa missão no momento – trazer o real death metal de volta. Sabemos de onde viemos e o que o death metal significa para nós e isso é tudo”.
Shows de encerramento – 21º Festival de Rock de Indaiatuba
6 de agosto – Golpe de Estado
13 de agosto – Marcelo Nova
20 de agosto – Krisiun.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)