Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A exposição temporária “Porto do Café” está em cartaz no Museu do Café (MC). A mostra poderá ser visitada até 22 de outubro. Com obras de diferentes fotógrafos, como Militão Augusto de Azevedo, Marc Ferrez e José Dias Herrera, que produziram imagens transitando entre o artístico e o registro, a curadoria, desenvolvida pela equipe técnica da instituição, retrata um período de quase 100 anos em que o grão era o coração do porto de Santos.
Peça fundamental para a formação dessa cidade, o porto ganhou relevância mundial na época em que a economia cafeeira movia o Brasil. Assim, as fotos escolhidas para compor a produção trazem diferentes óticas, sob as lentes de profissionais que captaram a transformação do local e, consequentemente, do município, ao longo de, praticamente, um século.
O público que visitar a exposição poderá conferir, por exemplo, cenas do cais em obra, fileiras de navios atracados, embarques de café e vistas panorâmicas que integravam álbuns fotográficos e eram até mesmo comercializadas em cartões-postais. Nesse sentido, o conteúdo expositivo coloca em evidência a formação da identidade santista a partir da economia cafeeira e portuária.
Por fim, também podem ser observados registros do cotidiano traduzindo modos e costumes impactados pela circulação de produtos, ideias e pessoas de diferentes partes do mundo que chegavam pelo porto.
Serviço:
Exposição temporária Porto do Café
Data: até 22 de outubro
Visitação: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (bilheteria até às 17h)
Local: Museu do Café
Museu do Café
Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos/SP
Telefone: (13) 3213-1750
Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)
R$10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos
Acessibilidade no local – Não possui estacionamento.
Site.
(Fonte: Locomotiva Cultural)
Asfalto, duas rodas e a paixão pelo estilo de vida é o que conecta e move milhões de motociclistas pelo Brasil. As motos também são as protagonistas do Capital Moto Week, maior festival do segmento da América Latina. Para esta edição especial de 20 anos do CMW são esperados representantes de 1,8 mil moto clubes nacionais e internacionais. Dos 298 mil m² de área ocupada no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília, 24% são destinados aos 217 moto clubes e moto grupos que terão espaços reservados dentro da ‘Cidade da Moto’ com programações próprias.
Por questões de segurança, a organização do festival planeja detalhadamente o fluxo, a vazão, a chegada e a presença de 350 mil motos circulando no complexo ao longo dos 10 dias. “É uma estrutura muito bem pensada, com dezenas de agentes de fluxo na área externa e interna para orientar todos em relação a essa logística. Nos esforçamos para proporcionar ao público momentos de celebração e liberdade com segurança”, explica Pedro Affonso Franco, um dos organizadores do festival.
217 grupos de motociclistas de todo o país ficarão instalados nos 10 dias do Capital Moto Week. As tendas e galpões dedicados aos moto clubes e moto grupos variam de 36 a 800 metros quadrados. Com programação própria de eventos, festas e shows, os espaços ganham vida e a personalidade de cada grupo. “Quando dizemos que há um Capital Moto Week para cada um, é também sobre isso que estamos falando; afinal, ali é a casa deles dentro do festival”, completa Pedro Franco.
Com 26 anos e mais de 800 integrantes espalhados pelas cinco regiões brasileiras, o Cruz de Ferro MC Brasil é um dos moto clubes que terão seu espaço no festival. Depois de prestigiar todas as edições do Capital Moto Week, o grupo demonstra entusiasmo com o encontro deste ano. “São 18 para a conta”, celebra Alfredo, coordenador regional Centro-Oeste e Nordeste do Cruz de Ferro MC. “Participar do CMW é fantástico. Muito orgulho por termos um evento desse nível no Brasil. Sem contar o respeito que a organização tem por nós, motociclistas”, afirmou.
Rodas na estrada
Além dos grupos de motos concentrados em Brasília, o festival receberá equipes de fora. Lama, poeira e adrenalina fazem parte do roteiro de quem pega a estrada até o complexo do Capital Moto Week. No dia 15 de julho, integrantes da regional de Boa Vista do Rota Triarius saíram da capital de Roraima para curtir o CMW. Serão cinco dias de viagem com percurso diário de 1.200 km até a cidade do rock e da moto.
“Existem dois roteiros para deslocamento ao centro sul: pela BR-319, que tem estrada de chão e adrenalina até Porto Velho, depois Cuiabá e Brasília; ou pela BR-163, enfrentando um dia e meio de balsa até Santarém. De lá, passamos por Cuiabá para chegar em Brasília”, explica Hyury César, diretor regional do moto grupo. Os preparativos para a viagem estão a todo o vapor: “Viver momentos inesquecíveis, ver a cultura do país de perto, visualizar paisagens incríveis, encontrar amigos em Brasília, conversar de moto e ouvir um bom rock não tem preço”, afirmou Hyury.
Outros apaixonados pelo universo irão atravessar fronteiras para chegar à edição de 20 anos do Capital Moto Week. Membros do Blues MC saíram do Chile, Uruguai e França. O Nacionaes MC será representado, também, por motociclistas que moram nos Estados Unidos, Israel e Argentina. Outro hermano integra o Nazgul, enquanto de Portugal sairão membros do Amigos de Moto MC e Kamikazes MC.
Medusas MC e Lady Of The Road MC são alguns dos moto clubes com espaços no Capital Moto Week 2023 formados exclusivamente por mulheres. Com membros do estado vizinho, Goiás, estarão Steel Goose Moto Group, Águia’s MC, Macaco Veio MC, Irmandade Estradeira, Comichão MC, Rota X MC, Ordem de Ferro, Biela MC, Águia Solitária, Kavaleiros de Aço, Rio Riders MC e Lama MC, Os Lobos de Formosa MC, Angatu MG, Estradeiros do Bem, Legião da Capital e Pregadores do Caminho.
Entre outros grupos com reserva no festival, estão OLD Sailor MG, Os Papas MC, Pregadores do Caminho, Steel Goose Moto Group, Patriotas Brasil MC, Êxodo MG, Rio Riders MC, Paraquedistas do Asfalto MC, Comichão MC, Rio Riders MC, Tri Vale Brasil, Pregadores do Caminho MC, Patriotas Brasil, Missionários MC, Steel Goose Moto Group, Águia Solitária, Comichão MC, Filhos da Viúva MC, Xerife do Asfalto, Paiol MC, Falcões da Chapada Diamantina MC, Rota X MC, Kavaleiros de Aço MC, Kafas MC, Pregadores do Caminho, Patriotas Brasil e o AMM MC.
A exemplo desses moto clubes que enfrentam a estrada para chegar ao Capital Moto Week, há todo um ecossistema que pega carona nos impactos positivos proporcionados pelos sons de motos e guitarras. O setor do turismo é um deles: estima-se que a edição comemorativa de 20 anos movimentará mais de R$60 milhões na economia do Distrito Federal, onde acontece o festival. 400 empresas estão envolvidas no CMW, que gera 12 mil empregos diretos e indiretos. De 20 a 29 de julho, o Parque de Exposições da Granja do Torto receberá a Cidade da Moto, com mais de 100 shows, público estimado de 800 mil pessoas e 350 mil motos.
Sobre o Capital Moto Week 2023 | A edição especial do maior Festival de moto e rock da América Latina trará mais de 100 shows nos 10 dias de programação, com público estimado de 800 mil pessoas e 350 mil motos. De 20 a 29 de julho, o Parque de Exposições Granja do Torto será palco do maior Capital Moto Week de todos os tempos, celebrando 20 anos de liberdade, com line-up que privilegia diferentes vertentes do rock nacional. O CMW é o único festival no Brasil certificado como Lixo Zero e ISO 20.121, e, todos os anos, zera as emissões de carbono. Também promove iniciativas visando a inclusão, diversidade e sustentabilidade da cadeia produtiva do entretenimento.
Ingressos CMW 2023 | Motociclistas sem garupa e pilotando não pagam | Motos com garupa entram grátis de segunda a sexta-feira até as 18h e, aos sábados e domingos, até às 15h | PCD tem acesso grátis com direito a acompanhante | Pessoas 60 anos ou mais têm direito à meia-entrada | Meias-entradas são concedidas somente aos beneficiários previstos pela legislação | Crianças de até 12 anos não pagam desde que acompanhadas de seu responsável | Menores de 16 anos somente acompanhados de um responsável legal | Ingresso solidário é concedido para quem levar lixo eletrônico ou 1kg de alimento não perecível.
Serviço:
Capital Moto Week | Edição 20 Anos
Quando: 20 a 29/7/2023
Onde: Parque de Exposições da Granja do Torto | Brasília (DF)
(Fonte: Máquina Cohn&Wolfe)
A Air France continua promovendo a alta gastronomia francesa com um novo ciclo de receitas exclusivas de julho a outubro de 2023, durante o verão europeu. Partindo de Paris, os renomados chefs franceses com estrela Michelin Régis Marcon e, pela primeira vez, Thierry Marx, atuam ao lado do chef de confeitaria e Meilleur Ouvrier de France Philippe Urraca para a criação de pratos especiais para os clientes La Première e Business nos voos de longa distância da companhia.
Para preparar esses menus, os chefs trabalharam em conjunto com a Servair, líder mundial em catering a bordo, desenvolvendo pratos que mudam conforme as estações e utilizando produtos locais frescos. Com uma abordagem responsável, as carnes, as aves, os laticínios e os ovos de cada cardápio são franceses e o peixe é proveniente da pesca sustentável. Além disso, menus vegetarianos estão disponíveis em cada cabine de viagem em todos os voos da Air France.
Thierry Marx assume o comando dos menus na Business
Pela primeira vez, a Air France faz parceria com Thierry Marx, chef com duas estrelas Michelin. Natural de Paris, Marx é um dos talentos culinários mais renomados de sua geração. O profissional criou pratos exclusivos para os clientes da Air France inspirados na diversidade da herança culinária francesa. As suas receitas focam, sobretudo, em ingredientes de origem vegetal, com uma abordagem flexitariana.
Thierry Marx
“Assim como viajar, a culinária une as pessoas. Esses são valores que compartilho com a Air France para encantar os seus clientes”, comenta Thierry Marx. No total, o chef criou oito pratos, disponíveis a bordo nos próximos quatro meses:
– Creme de espelta, crumble de azeitona preta, abobrinhas salteadas
– Bacalhau, camarões, arroz com açafrão, coulis de piquillo
– Pintade, cenoura, puré de abóbora
– Lombo de porco, coulis de lagostins, puré de couve-flor, cantarelos
– Massa conchiglie, pêra, queijo Fourme d’Ambert e nozes
– Camarão, massa risoni com tinta de lula, legumes crocantes
– Frango, batata boulangère, cogumelos, molho de vinho do Jura
– Acém, molho Bordeaux, ravióli de aipo.
Como parte da luta contra o desperdício de alimentos, a Air France oferece a seus clientes que viajam na classe Business a opção de pré-selecionar seu prato quente até 24 horas antes do voo. Este serviço combina a garantia de disponibilidade da escolha feita pelo passageiro com um consumo mais consciente a bordo.
Régis Marcon e Philippe Urraca na La Première
A cabine La Première da Air France oferece a cada cliente uma experiência gastronômica comparada aos melhores restaurantes. Eleito o Melhor Catering de Primeira Classe do Mundo no último Skytrax World Airline Awards 2023, agora oferece menus assinados pelo renomado chef Régis Marcon, com três estrelas Michelin. A natureza continua a influenciar Marcon, que se inspira nas regiões francesas de Ardèche e Auvergne para as suas criações, com oito pratos para serem apreciados nos próximos meses:
– Filé bovino com cerejas, purê de batata com sal defumado
– Royale de abobrinha com cogumelo-ostra e trufa, coulis de tomate e morango
– Filé de pombo com molho de damasco, bulgur de Limão, champignons e abóbora
– Filete de robalo e camarões com cogumelos cantarelo à bouillabaisse
– Filete de pintado com mirtilos, batata assada e cenoura baby
– Filete de dourada com verbena, espinafres baby salteados e cogumelos cantarelo
– Pernil de vitela braseado, molho de sálvia, batata gratinada com cogumelos porcini
– Creme de feijão vermelho com tubérculos.
Quanto às sobremesas, o chef Philippe Urraca, Meilleur Ouvrier de France e expoente máximo da tradição confeiteira francesa, elaborou quatro opções para escolha do cliente no menu à la carte, disponível a bordo de forma rotativa:
– Délice du sud
– Chá, laranja e Kalamansi
– Le méditerranéen
– Le Moka.
Confira aqui as imagens e vídeo dos novos menus e dos chefs.
Sobre Thierry Marx
Nascido em Paris, Thierry Marx se especializou com os Compagnons du Tour de France e os melhores chefs franceses, incluindo Claude Deligne, Joël Robuchon e Alain Chapel. Premiado com duas estrelas pelo Guia Michelin® em 1999, Marx também foi reconhecido como Chef do Ano pela Gault&Millau em 2006 e recebeu o prêmio de “Chef Mentor” durante a cerimônia do Guia Michelin 2022. Entretanto, foi o programa televisivo Top Chef que chamou a atenção do grande público para ele a partir de 2010. Em 2012, Thierry Marx criou a escola Cuisine Mode d’Emploi(s) para oferecer um treinamento gratuito de 11 semanas em culinária, panificação e serviço de restaurante para pessoas com dificuldade em encontrar emprego. Desde então, diversos centros de treinamento foram criados em toda a França. No início de 2023, o chef abriu seu novo restaurante gourmet “Onor” na Rue du Faubourg Saint-Honoré, 258, no 8º Arrondissement de Paris. No local, concentra os seus compromissos e esforços para uma cozinha com impacto social e ambiental, bem como a integração por meio da formação profissional e compartilhamento de competências.
Sobre Régis Marcon
Bocuse d’Or em 1995 e aclamado com três estrelas Michelin, Régis Marcon incorpora toda uma história na fina culinária francesa. Mais do que um estilo ou uma época, suas criações simbolizam sua própria trajetória. No departamento de Ardèche, na região de Auvergne, entre Velay e Vivarais, Régis Marcon encontrou as raízes da sua cozinha em um território familiar. Desde que assumiu o restaurante do hotel de sua família, em 1979, e nunca mais deixou seu lar, em Saint-Bonnet-le-Froid, Régis Marcon se tornou um dos maiores chefs da atualidade, ao destacar os seus produtos regionais, como os champignons e as lentilhas verdes de Puy.
Sobre Philippe Urraca
Foi aos 19 anos que Philippe Urraca, seguindo os passos de seu pai, abriu sua primeira padaria. Apaixonado pelo seu ofício e representante da tradição de confeitaria francesa, garante que cada uma das suas criações é uma celebração das habilidades que herdou. Em 1994, ele recebeu o título de Meilleur Ouvrier de France em confeitaria por sua experiência no campo das artes culinárias francesas. De 2003 a 2017, foi eleito presidente dos Meilleurs Ouvriers de France Pâtissiers. Urraca continua a ser um artesão em sua essência, um chef de confeitaria que gosta de “colocar a mão na massa” e que não hesita em compartilhar a sua paixão pela confeitaria francesa e os seus saberes. O chef toma a iniciativa, dá conselhos para estimular a inovação e transmitir seu conhecimento às gerações futuras, para promover ainda mais a cultura francesa. Desde 2011, é também diretor técnico da La Compagnie des Desserts, o que lhe dá a oportunidade de experimentar e desenvolver o seu talento na procura por sabores. A sua reputação rendeu convites na França e no exterior para atuar em cerimônias e eventos. Já há alguns anos, além de seus vários compromissos, Philippe dedica grande parte de seus esforços a revisitar e aprimorar a tradicional confeitaria francesa. Ele escreveu um livro, intitulado “Pâtisserie leçons en pas à pas” para adultos, que também foi adaptado para crianças.
(Fonte: Race Comunicação)
Em 2022, o Brasil foi reconhecido como o principal destino de turismo de aventura, de acordo com o relatório divulgado pelo US News & World Report. O país obteve uma pontuação de 80 pontos, considerando requisitos como clima, cenários e diversão, entre outros aspectos avaliados. Contrariando a concepção equivocada de que o turismo de aventura é exclusivo para atletas ou pessoas com condicionamento físico avançado, essa experiência está ao alcance de todos. As atividades são diversificadas em níveis de dificuldade, desde moderadas até intensas, permitindo que pessoas com diferentes habilidades participem. Além disso, o Brasil oferece cenários deslumbrantes que são verdadeiros convites para aventuras inesquecíveis.
Ao optar por uma viagem focada na aventura, você terá a oportunidade de se conectar consigo mesmo, trabalhando o corpo e desfrutando de um contato direto com a natureza. Essa forma de turismo também promove benefícios mentais, proporcionando momentos de relaxamento, fugindo da rotina e revitalizando a mente.
“O Brasil é detentor da maior biodiversidade do planeta, oferecendo cenários únicos que não se encontram em nenhum outro lugar. Por isso, recomendo ao máximo o que os japoneses chamam de ‘banho de floresta’. Nada se compara a estar imerso em uma natureza extremamente preservada, respirando ar puro e vivenciando experiências que beneficiam o corpo, a mente e a alma”, destaca Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil.
Turismo de aventura promove impacto ambiental positivo
Embora o foco do turismo de aventura seja trazer novas sensações e experiências incomuns, ele também pode e deve ter um propósito. Diretor-executivo da Abeta (Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), órgão responsável pela elaboração de normas técnicas adotadas no mundo inteiro, Luiz Del Vigna explica que o setor também pode causar inúmeros impactos socioambientais positivos. “No social, ele gera oportunidade de emprego e renda em comunidades que não possuem muita oportunidade e ajuda a fixar as pessoas no território, para que não precisem fazer movimentações para os grandes centros em busca de melhores condições. No ambiental, o turismo bem gerenciado e conduzido avança no aspecto da preservação na medida em que a atividade se desenvolve em espaços naturais e isso agrega valor ao conservacionismo”.
Os benefícios para as comunidades e o meio ambiente só aumentam quando o turismo de aventura é combinado com o Turismo de Base Comunitária (TBC). “O turismo bem feito é aquele que segue e se orienta em suas operações nas boas práticas do ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês), tanto na responsabilidade socioambiental quanto na governança disso tudo, que permite o desenvolvimento de um turismo saudável”, afirma Luiz.
Destinos de Aventura no Brasil
De acordo com uma estimativa do Ministério do Turismo, o Brasil possui cerca de 25 modalidades classificadas como de aventura. “Esse número vem crescendo desde 1992 e nos pós-pandemia houve uma busca ainda maior por essas atividades. A pandemia antecipou tendências que já vínhamos detectando e hoje há um crescimento bastante expressivo no número de praticantes destas modalidades”, destaca Luiz.
O diretor-executivo da Abeta ainda expõe um problema no setor de turismo de aventura, que é a informalidade: “Teve um aumento na oferta, mas infelizmente muitas são irregulares, pois não são feitas por empresas com CNPJ e isso é muito ruim”. Uma vez que é realizada por equipes que não tenham preparação ou itens de segurança adequados, a vida do viajante fica ameaçada. Por isso, é fundamental procurar sempre por empresas que atuem dentro da lei e de forma garantida, além de buscar por comentários de viajantes que já realizaram as aventuras.
“Na Vivalá nada é mais importante do que a segurança dos viajantes e das equipes envolvidas. Para cada destino, criamos um SGS (Sistema de Gestão de Segurança), documento que mapeia todos os potenciais riscos, do mais leve até o mais grave, bem como qual ação deve ser tomada a partir da ocorrência, incluindo também relação de hospitais mais próximos, especialidades atendidas, tempo de deslocamento até o local de atendimento, entre outras informações essenciais para nossa equipe estar preparada para qualquer eventualidade”, afirma Pedro Gayotto, diretor de Operações da Vivalá. A Vivalá atua desde 2015 com turismo sustentável e possui mais de 12 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, além de ser associada e possuir assento no conselho da Abeta por sua forte atuação no setor.
Luiz ainda cita a importância de realizar expedições em solo nacional. “O Brasil precisa ser redescoberto. É mais comum as pessoas terem informações sobre a geografia e os atrativos turísticos dos Estados Unidos do que do Brasil. Os mais de oito milhões de quilômetros quadrados do país estão coalhados de atrativos. São mais de 70 parques nacionais e centenas de Unidades de Conservação (UC). É um grande território que precisa ser vivênciado”.
Agora que você conhece o turismo de aventura e viu que o Brasil oferece uma ampla variedade de cenários deslumbrantes para desfrutar dessa experiência, é hora de conhecer algumas opções empolgantes para a sua aventura. Além de proporcionar momentos inesquecíveis, você também terá a oportunidade de contribuir para a preservação do meio ambiente e apoiar as comunidades locais.
Os Lençóis Maranhenses detêm o título de maior campo de dunas do Brasil, além de ser um dos locais mais bonitos da Terra, com sua formação que mistura dunas de areia branca e fina com lagoas de água doce. Neste local mágico existe uma aventura totalmente única: trata-se de uma travessia do parque que passa por cinco comunidades: Atins, Baixa Grande, Queimada dos Britos, Bethânia, até chegar a Santo Amaro. A travessia conta com 40 km, ao total, e é feita em três dias, dividida em trechos de 10 km, 13 km e 17 km, em caminhadas de 2 a 4h, sempre pela manhã, quando o calor ainda não está tão intenso. O quarto dia de exercício é feito com caiaque, descendo 15 km pelo Rio Alegre, um rio raso e calmo, que fecha a experiência de maneira leve e inspiradora. As tardes são dedicadas aos almoços e conversas com as comunidades que ficam dentro de oásis, descanso em redes e banhos nas lagoas. Durante a noite, os participantes têm a oportunidade de observar um céu fantástico com baixíssima interferência de luz, conviver com as famílias locais, ouvindo histórias e aprendendo mais sobre sua cultura tradicional maranhense.
“Eu não sou uma pessoa sedentária; pratico atividade física, mas não sou atleta. O grupo e os guias tornam tudo mais leve; se a gente cansa, a gente para, toma uma água, toma um banho de lagoa. As conversas e as trocas que a gente tem no caminho fazem com que a parte física fique mais tranquila. Dá sim para todo mundo participar, a Vivalá consegue adaptar bem o roteiro a todos os tipos de viajantes”, destaca Tatiana Giannini, médica que participou da expedição com a Vivalá.
As saídas acontecem em quase todos os meses do ano, geralmente em feriados, a partir de São Luís (MA), com preços a partir de R$4.275, incluindo hospedagens, refeições, todas as atividades previstas no roteiro, seguro-viagem, transportes para deslocamentos locais e acompanhamento do time de facilitação e condução Vivalá.
Para além da beleza cênica, a Serra do Cipó, que fica a pouco mais de 1h de Belo Horizonte, possui uma gigante biodiversidade e sítios arqueológicos de valor inestimável. Ainda pouco conhecida frente a outros trekkings brasileiros, a Travessia Alto Palácio x Serra dos Alves surpreende. Em três dias de passeio, os viajantes irão realizar uma caminhada de 43 km por campos rupestres, pequenas porções de mata atlântica, morros, rios e vales.
A travessia corta o Parque Nacional da Serra do Cipó de norte a sul, terminando no simpático povoado de Serra dos Alves. É uma grande aventura para quem quer contato total com a natureza: o acampamento é selvagem, com uma infraestrutura rústica de apoio dos abrigos de madeira; entretanto, com a natureza, observação de estrelas e tranquilidade cinco estrelas. A equipe Vivalá acompanha todo o percurso, ajudando na estruturação de barracas e ambiente de camping, realizando as refeições e dando todas as dicas para que os viajantes tenham a melhor experiência de trekking.
“Atravessar o Alto Palácio até a Serra dos Alves foi uma experiência única, revelando a beleza do cerrado brasileiro. O Parque Nacional da Serra do Cipó, com suas cadeias de montanhas, campos rupestres e céu estrelado sem interferência de luz artificial, proporcionou uma conexão profunda com a belíssima paisagem e suas espécies endêmicas. Uma experiência que valeu cada momento vivenciado nessa imensidão natural”, conta Letícia Cristina, produtora de experiências turísticas da Vivalá.
Existem duas saídas programadas para 2023, durante os feriados prolongados de setembro (Independência) e outubro (Nossa Senhora Aparecida), a partir de Belo Horizonte (MG), com preços a partir de R$2.090.
A Serra da Mantiqueira, localizada a cerca de 2 horas de São Paulo, pode ser a opção ideal para os finais de semana. Em São Bento do Sapucaí, existem diversas trilhas que permitem que os aventureiros cheguem a pontos inesquecíveis e apaixonantes.
Pedra do Baú: nesta opção, a idade mínima recomendada é de 18 anos e, apesar de serem 5 km de percurso, o esforço físico é intenso.
Trilha da Onça: para realizar essa trilha de 12 km, mas de dificuldade moderada a intensa, a idade mínima permitida é 16 anos. O passeio é pet friendly, indicado para pets ativos.
Trekking da Balança: este passeio também possui idade mínima recomendada de 16 anos e possui um percurso total de 5 km. Assim como na Trilha da Onça, o trekking permite pets que sejam ativos.
“Estar no topo das montanhas em meio a rochas gigantescas e araucárias é um privilégio. Fui surpreendido pelas vistas, trilhas e, principalmente, pelo silêncio, que só se quebrava com o vento da montanha que, volta e meia, batia e refrescava o rosto suado. O mar de morros da Mantiqueira é impressionante e apaixonante”, relembra Alberto Rabelot, produtor de experiências turísticas da Vivalá.
Em todas as três opções é indicado levar sanduíches leves, frutas, água (1,5l), mochila pequena, tênis ou botas de montanha, casaco ou corta-vento, câmera fotográfica, protetor solar e repelente. No passeio, estão inclusos um condutor de turismo especializado, todos os equipamentos de segurança necessários e seguro individual contra acidentes. Os valores são bastante acessíveis, a partir de R$214.
Mesmo quem já viajou várias vezes para o Rio de Janeiro e acredita conhecer bem a capital costuma se surpreender ao descobrir que existem muitas experiências incríveis além das visitas ao Cristo Redentor e Museu do Amanhã. Há lugares extremamente conservados e pouco explorados para poder vivenciar a gigantesca exuberância da cidade maravilhosa.
Pedra da Gávea: conhecida como a hiking mais desafiadora do Rio, a Pedra da Gávea é de tirar o fôlego em uma vivência realmente especial. Depois de uma subida desafiadora de 7 km, o aventureiro é contemplado com uma das vistas mais impressionantes da sua vida: um 360º da cidade do Rio de Janeiro que faz qualquer pessoa abrir o sorriso e agradecer por estar vivo; é de arrepiar.
Pico da Tijuca: com 8 km de trilha, o Pico da Tijuca possui esforço físico moderado e pode ser realizado por pessoas de, no mínimo, 14 anos. Durante a trilha, o grupo realiza uma parada na Cachoeira das Almas para tomar um banho relaxante e finalizar a experiência.
Circuito das Grutas: durante o percurso, de atividade física moderada, os aventureiros passam pelas grutas de Belmiro, Bernardo de Oliveira e Gruta dos Morcegos em uma experiência bastante diferente do convencional, em uma cidade famosa por suas praias. Ao final do passeio, duas paradas são feitas, nas cascatas Baronesa e Diamantina. É indicado que os viajantes levem lanternas.
Praias Selvagens: apesar do nome, o passeio possui também trilhas, passando pelo mirante da Pedra da Tartaruga – onde os viajantes terão uma vista panorâmica das Praias Selvagens –, praias do Perigoso e do Meio. A trilha das Praias Selvagens ainda é pouco frequentada, tem uma vista imperdível e as praias mais lindas da cidade. É possível dar um mergulho no mar para recarregar as energias. Nesta expedição, protetor solar e boné são imprescindíveis.
“Conheci um lado do Rio que não imaginava existir, tanto que às vezes me esquecia de que estava numa grande metrópole”, afirma Guilherme Cipullo, produtor de experiências turísticas da Vivalá.
Todos os destinos incluem guias com experiência na área visitada e seguro-viagem para o dia. Há a possibilidade também de fechar o pacote de dois ou três dias, com o roteiro decidido pelo viajante. Os valores iniciam em R$237, a depender da quantidade de pessoas e lugares explorados. Para realizar sua expedição de aventura e mais informações, acesse https://vivala.com.br/.
Sobre a Vivalá
Referência em Turismo Sustentável do Brasil, atua com ESG desde 2015 e realiza expedições profundas em áreas protegidas e regiões metropolitanas brasileiras, sempre unindo a preservação ambiental dos biomas do país à troca cultural com comunidades tradicionais indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e entre diversos grupos sociais.
A Vivalá recebeu 12 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais importantes em sua trajetória, sendo convidada para compor a rede Young Leaders of America do Departamento de Estado estadunidense, premiada dois anos consecutivos como uma das organizações mais sustentáveis do Brasil pela ONU, Organização Mundial do Turismo e Braztoa, além de ter sido escolhida pela Fundação Grupo Boticário, Aceleradora 100+ da Ambev e PPA, e iniciativa global da Yunus & Youth para fazer parte de seus programas de aceleração para negócios de impacto socioambiental.
Até o primeiro trimestre de 2023, a Vivalá já realizou 113 expedições em grupo com 1.756 viajantes de 11 países, somando 8.200 horas de voluntariado em suas viagens de volunturismo, além de ter injetado mais de R$1,8 milhão em economias locais por meio da compra de serviços de base comunitária. Para mais informações, acesse www.vivala.com.br.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)
No final dos anos 1970, ao ganhar uma fita cassete de um artista cujas músicas contavam com um dialeto próprio e com uma sonoridade que estabelecia um novo paradigma para a música erudita brasileira, o artista plástico Júlio Veredas se viu completamente apaixonado pela obra do músico e compositor Elomar Figueira Mello. Sua aproximação com a obra de Elomar fez com que se iniciasse ali uma série de obras artísticas atravessadas pela musicalidade do músico e que, agora, estão reunidas na exposição “Profundus, Sertanus, Incantatus”, que entra em cartaz no Centro Cultural São Paulo (Piso Flávio de Carvalho – Lateral 23 de Maio) a partir do dia 20 de julho, quinta-feira, 17h. No dia de abertura, às 20h, haverá uma apresentação musical com repertório de Elomar Figueira Mello comandada pelo maestro e violonista João Omar e a violoncelista Gabriela Mello, filho e neta de Elomar, respectivamente.
A mostra, com curadoria do mestre em artes visuais Allan Yzumizawa, traz aproximadamente trinta obras de Júlio – entre desenhos feitos em grafite sobre papel, nanquim sobre papel e aquarela – criadas desde o início dos anos 1980, quando conheceu Elomar pessoalmente –, até 2022. O projeto é realizado com o prêmio Exposição Inédita do ProAC 2022 com apoio do Centro Cultural São Paulo.
Conhecido por uma obra influenciada drasticamente pela música e pela literatura, Júlio conta que os trabalhos apresentados nessa exposição inédita também são influenciados pela poética do escritor João Guimarães Rosa, que reconstrói a imagem do sertão e o universaliza quando transcende o eterno conflito entre o ser humano e o destino que o espera – característica em comum com a música de Elomar Figueira Mello.
Sob a perspectiva da busca e exploração do sertão de si mesmo, Júlio Veredas ilustra essa encruzilhada, de onde partem e convergem inúmeros caminhos e alternativas que habitam seu íntimo. “O título dessa exposição traz algo do encantamento que flagrei na minha convivência com amigos que vivem na Caatinga”, conta Júlio. “Muitas vezes eles me contavam suas histórias em botecos na beira de estradas e eu contava as histórias do que estava vivendo em São Paulo. Mesmo morando lá por muito tempo, não me sentia um vaqueiro, um catingueiro, e é nessa troca que nossas histórias ganhavam um certo encanto, uma formação de nossas identidades”, completa o artista.
Elomar Figueira Mello, baiano de Vitória da Conquista, é compositor, escritor, violonista e cantor. Hoje, com 85 anos, é considerado um artista ímpar na música brasileira e sua obra surge como um marco significativo dentro do panorama da música popular brasileira, marcada pela forte presença de variantes dialetais, arcaísmos e neologismos, formando uma linguagem muito característica fundada na oralidade sertaneja. Suas letras abrangem uma ampla gama de temas, na maior parte das vezes, vinculado ao imaginário rural do sertanejo nordestino, ainda que com elementos medievais, cristãos e ibéricos.
“Quando vi pela primeira vez os desenhos desse malungo Julio Veredas, gostei muito, pois vi desenhos de algumas estrofes minhas e centenas dele. Vi que retratava a própria vereda que sua alma bonita percorre. Ao contemplá-los, consigo ver, como que em sonhos, fragmentos de momentos das paisagens que minha alma viu antes de nascer, assim como também ouço o prenúncio, apenas aurora mágica que anunciam a impossibilíssima ressurreição de uma daquelas perdidas e distantes tardes da infância”, diz Elomar Figueira Mello.
Apresentação musical na abertura da mostra
Na apresentação musical pautada para a abertura da exposição, o maestro e violonista João Omar e a violoncelista Gabriela Mello reuniram um repertório de 14 músicas do ambiente sertânico de Elomar Figueira Mello que influenciaram Veredas na criação de muitas de suas obras.
São músicas que marcaram o encontro do artista com Elomar, desde quando Júlio Veredas costumava visitar o compositor em sua fazenda, na Casa dos Carneiros, até quando acompanhou Elomar em momentos de gravação, como do ‘Auto da Catingueira’, passando também pelos concertos em São Paulo.
João Omar e Gabriela, ambos filho e neta de Elomar, respectivamente, realizam um repertório do cancioneiro elomariano onde se destacam as músicas ‘O Violeiro’, sendo esta a que mais referenciou o compositor na compreensão de sua figura artística, as músicas ‘Campo Branco’, ‘Arrumação’ e ‘Cantiga de Amigo’, obras de igual valor e que se tornaram das mais conhecidas.
Também apresentam duas de suas cantigas que referenciam diretamente a cultura ibérica medieval, sendo elas ‘Acalanto’ e ‘Rapto de Joana do Tarugo’, com estórias de reis e cavalheiros que muito figuram na tradição oral no sertão. Do ‘Auto da Catingueira’, apresentam a música ‘O Pedido’, parte solo com Gabriela ao violoncelo, e a música ‘Clariô’, que simboliza as festas no sertão.
“Júlio é um malungo, amigo e cúmplice de jornadas, de noites de encontros que ficaram na memória, quando nos reuníamos aqui em Conquista, ora em produções de algum trabalho, ora simplesmente pra gente se encontrar e bater um dedo de prosa. A minha impressão é de que estes malungos nos ajudam a seguir acreditando no caminho que trilhamos, carregando no alforje valores que vêm se perdendo, mas que ficam sedimentados nas cantigas e quadros e que certamente servirão como fonte para matar a sede de quem quer reviver a alma dum sertão esquecido”, diz João Omar.
SOBRE OS ARTISTAS
Júlio Veredas
Com uma atuação intensa a mais de 40 anos nas artes visuais, Júlio Veredas se destaca pela singularidade de seu trabalho, que dialoga com a música e a literatura e constrói uma obra que traz aspectos da cultura popular sob a perspectiva da busca e exploração do sertão de si mesmo. Artista autodidata, desde muito cedo passou a frequentar cursos livres de artes e atuar na área de eventos culturais. Natural de Sorocaba, Julio Veredas residiu por muitos anos na capital, convivendo com grupos de música e teatro, quando inicia as primeiras mostras de seus desenhos, realizando exposições individuais no Centro Cultural São Paulo e no MASP (1983/1984), mantendo em paralelo uma produção em sua cidade natal, Sorocaba, com artistas diversos e na cidade de Vitória da Conquista Bahia, terra do compositor Elomar Figueira Mello, que passa a ser uma grande referência em seu processo artístico.
Essa geografia se mantém presente em toda sua trajetória e torna-se marcante na produção de seus trabalhos, que resultam hoje numa coleção de aproximadamente 1000 ilustrações, entre aquarelas, grafites, nanquim e colagem, com participações em projetos como Projeto Terra Rasgada – SECSP, Projeto Glauber Rocha Museu Regional Vitória da Conquista (Bahia), e dezenas de exposições individuais e coletivas.
Colaborando com outros trabalhos tem desenvolvido ilustrações para livros, encarte de CDs e restauros, além de participar ativamente da política cultural de Sorocaba, integrando o Conselho Municipal de Cultura e atuando como gestor de Espaço Artístico colaborativo (Teatro OFF), sendo por isso homenageado pelo mais tradicional bloco carnavalesco de Sorocaba, o Depois a Gente se Vira, em 2020.
Toda a poesia e delicadeza empregada em sua jornada como artista plástico não exclui sua habilidade em lecionar, para pessoas de diferentes faixas etárias, conteúdos técnicos de desenho. Atua em projetos em sistemas penitenciários e hospitais psiquiátricos, oficinas em diversas cidades do interior de São Paulo, aulas particulares e projetos educativos do sistema S.
A pandemia criou uma nova etapa em seu processo de trabalho, com o fim das aulas, e exposições passou a se dedicar integralmente à produção em seu ateliê e a se reinventar no ambiente virtual das redes sociais, conquistando um público novo que observa novos elementos no significado de suas obras. Atualmente mantém uma comunicação diária com internautas e uma intensa atividade com a criação de aquarelas, onde amplia o conceito de sertão como algo transversal do interior dos lugares e do ser.
João Omar
João Omar de Carvalho Mello é natural de Vitória da Conquista. Mestre em Regência Orquestral e graduado em Composição e Regência pela UFBA. Seu instrumento principal é o violão, o qual estuda desde 1984, tendo frequentado classe dos professores Turíbio Santos, Mário Ulloa e Henrique Pinto. Com este instrumento, lançou seu primeiro disco solo, ‘Corda Bamba’, que foi gravado em 2007 pela Petrobrás Cultural, tendo já se apresentado nos festivais de música BNB Instrumental e Mostra Internacional de Música em Olinda. Com o violoncelo, seu segundo instrumento, tem realizado gravações em discos de música trovadoresca e de música instrumental. Desenvolve atividades como compositor, arranjador, instrumentista e diretor musical. Seus trabalhos concernem peças para violão solo, quarteto de cordas, orquestra, coro e canções, numa linguagem que abrange a música de concerto rebuscada com inspiração em elementos da cultura popular, além de compor trilhas sonoras para vídeos, filmes e espetáculos teatrais.
Gabriela Almeida Mello
Natural de Vitória da Conquista – BA, Gabriela Almeida Mello, licenciada em Matemática pela Universidade Estadual da Bahia – UESB, começou a estudar violoncelo com o maestro João Omar. Foi integrante da Orquestra Conquista Sinfônica – OCS, onde também passou a ministrar aulas voluntárias para crianças. Trabalhou na Associação Casa dos Carneiros com escrita e revisão musical do acervo de Elomar Figueira Mello, patrocinado pelo Itaú Cultural. Atuou durante dois anos como professora de musicalização infantil no Colégio de Música Nazareth. Especializou-se em Musicoterapia pela Faculdade Regional de Filosofia, Ciências e Letras – FAC e atualmente graduada no bacharelado em violoncelo, integrando a classe da professora Drª Suzana Kato na Universidade Federal da Bahia – UFBA, que possibilitou a participação em concertos com a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia – OSUFBA e a Orquestra Sinfônica da Bahia – OSBA.
Serviço:
Profundus, Sertanus, Incantatus | Júlio Veredas
Local: Centro Cultural São Paulo – Piso Flávio de Carvalho – Lateral 23 de Maio
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP
Período expositivo: 20 de julho de 2023 até 23 de agosto de 2023. Terça a sexta, das 10h às 20h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h
Entrada gratuita.
(Fonte: Pevi560)