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Caroço de pêssego pode ser transformado em produtos sustentáveis com tecnologia inovadora

São Paulo, por Kleber Patricio

Élita Timm e Fábio Pereira dos Santos de Castro, da Bioquim, apresentam tecnologia para transformar caroço de pêssego em três produtos inovadores.

A economia circular está presente na produção nacional de pêssego em conserva. O caroço de pêssego, um resíduo de difícil destinação e com potencial de contaminar o meio ambiente, está sendo transformado em três novos produtos: óleo de amêndoa de pêssego, carvão ativado e extrato pirolenhoso, a partir de uma tecnologia desenvolvida pela Bioquim, em parceria com o Senai de Tecnologia em Couro e Meio Ambiente.

“O ponto de destaque, sem dúvida, é a questão ambiental, ao retirarmos quatro mil toneladas por ano de caroços de pêssego que não tinham destinação adequada”, afirma Élita Timm, tecnóloga em gestão ambiental, durante o BW Works Senai – Empresas Inovadoras, uma iniciativa do Movimento BW, com o apoio do Senai, transmitido no dia 28 de junho.

A Bioquim recebe os caroços das principais indústrias da região de Pelotas, no Rio Grande do Sul, que é responsável por 99% da produção de pêssego em conserva do Brasil. O resíduo é quebrado em duas partes para a retirada da amêndoa, que será congelada a fim de se extrair o óleo de amêndoa. A parte amadeirada é destinada para um processo de pirólise (carbonização) onde são extraídos o carvão, que é ativado, posteriormente, e o extrato pirolenhoso, que é gerado a partir do resfriamento e condensação de gases.

De acordo com Fábio Pereira dos Santos de Castro, diretor técnico e proprietário da Bioquim, os três produtos são nobres e advindos de uma produção limpa e sustentável e de fácil comercialização. “O carvão ativado do caroço de pêssego possui qualidades únicas, como alta taxa de absorção e grande capacidade de filtração. É um produto inovador para ser usado em vários tipos de indústrias, podendo, inclusive, diminuir a dependência do produto importado”, disse.

Durante o episódio “O resíduo caroço de pêssego e seus lucrativos e inovadores produtos”, que contou com a apresentação de Luís Gustavo Delmont, especialista em desenvolvimento industrial do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Castro comentou ainda que o óleo de amêndoa não é produzido por outra empresa no Brasil. “É um produto muito valorizado no mercado internacional por contar com ácidos graxos insaturados, ômega 3, 6 e 9, rico em vitamina A e E. Possui penetrabilidade dérmica e tem uma composição parecida com a gordura da pele, sendo valorizada por marcas de cosméticos e pela indústria farmacêutica”, explicou.

Sobre o extrato pirolenhoso, Castro destacou que pode ser usado na agricultura, para adubação foliar, contribuindo para aumentar a imunidade sistêmica da planta, colaborar com fotossíntese e com o crescimento, agindo na raiz. Ele acrescentou que, por ser um produto multifacetado, pode ser utilizado em diversas aplicações. Reiterou ainda que é possível produzir a preços competitivos e a tecnologia pode ser exportada para o mercado internacional.

O Movimento BW é uma iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e procura estimular o uso de inovação e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos, soluções e serviços sustentáveis que reduzam a pegada ambiental das atividades humanas. Por isso, lançou, com o apoio do Senai, por meio dos Institutos Senai de Inovação e de Tecnologia, a nova série BW Works Senai – Empresas Inovadoras neste mês de maio.

O BW Works Senai – Empresas Inovadoras contará com dez episódios que retratarão cases desenvolvidos pela indústria em parceria com o Senai. Esses projetos englobam segmentos como agronegócio, têxtil, alimentício, farmacológico, cosmético, de vidro, de filtros, de combustíveis renováveis, e foram realizados em diversas regiões do país: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.

Institutos Senai de Inovação

A inovação é parte estratégica para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos instrumentos para fomentar Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em direção a soluções mais sustentáveis é a rede de Institutos Senai de Inovação, com abrangência em todo o país.

Na última década, os 28 Institutos formaram uma equipe de 1.027 colaboradores (sendo 47% com mestrado ou doutorado) responsáveis pela execução de mais de R$ 1,9 bilhão, destinados a mais de 1.930 projetos. Todos desenvolvidos em parceria com cerca de 860 empresas industriais.

A rede foi criada para atender as demandas da indústria nacional. Ela tem como foco de atuação a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Os institutos trabalham em conjunto, formando uma rede multidisciplinar e complementar, entre si e em parceria com a academia, com atendimento em todo o território nacional.

Institutos Senai de Tecnologia

Aliados ao desenvolvimento industrial, os 60 Institutos Senai de Tecnologia oferecem serviços de metrologia e de consultoria que tem soluções para reduzir desperdícios e impactos nas práticas produtivas e na produtividade. A rede conta com equipe de 1,3 mil consultores capacitados em metodologias padronizadas e testadas, conectados em rede nacional para atendimento de demandas setoriais. Em 2022, foram executados 2,1 milhões de ensaios nos 232 laboratórios de serviços metrológicos em atividade.

(Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica)

Educadores de Campinas usarão fantoches em 20 instituições

Campinas, por Kleber Patricio

Josiane Brito, gerente de produto do Grupo Primavera, com fantoches confeccionados pela instituição. Foto: divulgação.

Com a participação de 70 educadores sociais de 20 instituições de Campinas, o Grupo Primavera inicia a primeira etapa do projeto Teatro de Fantoches, voltado à valorização da infância e ao uso dos bonecos como instrumento importante na prática pedagógica. Aproximadamente 1050 crianças de instituições e creches municipais serão beneficiadas pelo projeto. No segundo semestre, educadores de Valinhos e Cordeirópolis também participarão da iniciativa.

Aprovado pela Lei Rouanet, o Teatro de Fantoches foi criado pelo Grupo Primavera e utiliza o lúdico no processo de aprendizagem, permitindo aos educadores direcionar atividades de acordo com a faixa etária e a capacidade da criança. O projeto, já realizado em 15 cidades brasileiras, conta na edição de 2023 com o patrocínio das empresas DHL, EagleBurgmann, LibraPort, TozziniFreire Advogados, Pronutrition, Cerâmica Carmelo Fior e Fundação Educar.

A capacitação teórica e prática é o momento de chamar a atenção e encantar os educadores para uso dos fantoches, por ser o primeiro contato com os bonecos. Eles participam de quatro sessões, totalizando 16 horas, e recebem um certificado com a carga horária realizada. Com um kit completo de fantoches produzido pelo Primavera, formado por 16 bonecos, os profissionais estarão aptos a utilizar diferentes métodos de manipulação e contação de histórias. Será então o momento de surpreender as plateias de crianças.

“O objetivo do projeto é capacitar o agente cultural para que, com o uso dos fantoches, desenvolva com as crianças a aprendizagem, criatividade, socialização, respeito, expressão oral e artística, com interação e imaginação constantes, por meio da contação de histórias, confecção e manuseio dos fantoches e, também, de pesquisa e criação das histórias e apresentações teatrais”, explica a gestora executiva do Primavera, Ruth Maria de Oliveira.

Nas mãos do professor e da criança, os fantoches são um instrumento poderoso: ao usá-lo, o brinquedo cria vida e consegue entrar na imaginação da criança de forma rápida e prazerosa. “Levar essa experiência à sala de aula pode atrair a atenção, despertando o interesse, a motivação e o envolvimento no conteúdo abordado. O que fazemos é apresentar o projeto de forma alegre e lúdica para cativar o educador com o material e, posteriormente, ele irá encantar seus alunos”, diz a gestora da instituição.

Na capacitação, os educadores são apresentados inicialmente aos tipos de fantoches existentes, a forma de manipular, os cenários, as posições do narrador e dos personagens. Na sequencia, ingressam no mundo dos fantoches e das histórias, entendendo como abordar cada tipo de história na sala de aula. Segundo Ruth Oliveira, “trabalhar com fantoches não é somente manipular o boneco, cantar uma música ou mesmo brincar com eles. Envolve técnicas de narração oral cênica, entendendo o processo de interatividade com o público e a criatividade na construção e adaptação de histórias”.

(Fonte: Carol Silveira Comunicação)

Peça “Textos Cruéis Demais” retorna ao Rio para falar sobre diversidade e liberdade de amar

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Um mergulho profundo no amor e na dor, nas delícias de se apaixonar e o sofrimento de ver o outro partir – o conturbado relacionamento de Pedro (Edmundo Vitor) e Fábio (Felipe Barreto) é o tema que compõe a narrativa do espetáculo “Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso”. A obra é uma adaptação para os palcos do livro de poemas “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, de Igor Pires. Em cena, discussões sobre os desafios das relações modernas, monogamia, homofobia e racismo.

Escrita e dirigida pelo jornalista e roteirista Carlos Jardim, a peça retorna ao Rio de Janeiro, onde estreou no começo do ano. Depois de uma temporada com ingressos esgotados em São Paulo, fica em cartaz entre 8 e 23 de julho, de quinta-feira a domingo, no Teatro Café Pequeno, no Leblon. O espetáculo traz cinco músicas inéditas compostas por Carlos Jardim e Liliane Secco. Igor participa como letrista em duas canções.

Lançado em 2017, o best-seller de Igor Pires está intimamente ligado ao mundo hiper conectado nas redes sociais e teve inspiração em conversas despretensiosas com os seguidores e em suas experiências pessoais. “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente” vendeu meio milhão de exemplares e motivou o projeto TCD nas redes sociais, que tem quatro milhões de seguidores. “Li uma reportagem sobre o livro e achei muito interessante que um jovem de vinte e poucos anos tivesse escrito histórias de amor tão intensas e ainda em forma de poesia. Logo percebi a força daqueles sentimentos e como isso poderia ficar forte no palco”, relembra Carlos Jardim, que estreou na direção teatral após assinar direção e roteiro do bem-sucedido filme “Maria – Ninguém sabe quem sou eu”, sobre a cantora Maria Bethânia, cuja bilheteria acumula mais de 20 mil espectadores, se tornando o documentário nacional mais assistido de 2022, ano de seu lançamento.

Ainda que a história contada na peça seja um retrato dos relacionamentos atuais da juventude, a jornada de Pedro (Edmundo Vitor) para tentar se reencontrar como pessoa e os sentimentos que o movem são absolutamente atemporais e causam uma identificação imediata com o público. Devastado com o término de um tórrido e turbulento relacionamento, o protagonista relembra seus momentos com Fábio (Felipe Barreto) e compartilha uma série de confissões, dores, reflexões e lembranças com a plateia. É impossível não se sentir envolvido com a história.

“Igor foi incrível, me deu total liberdade para adaptar a história”, lembra Jardim. Uma das grandes diferenças é a presença em cena do ex-namorado do protagonista. “O livro me pareceu um grande desabafo do Igor depois de ser deixado pelo namorado. Mas só o Igor tem voz na narrativa. Fiquei imaginando quem seria a pessoa que motivou tanta dor e tantos poemas lindos. Criei então o outro personagem, que não existe no livro”, conta o autor e diretor, que ressalta a importância de se contar uma história de amor homossexual depois de um longo período de avanço do conservadorismo no país.

Igor Pires faz coro a Jardim: “Existe uma necessidade de que histórias de amor como esta sejam contadas, especialmente porque o público pode se relacionar em um lugar-comum, e acredito que o livro e o espetáculo proporcionam tamanha identificação”.

Edmundo Vitor, que interpreta o protagonista Pedro, vai além: “Amar é um ato de coragem e entrega. Essa é uma história que mostra a vulnerabilidade de quem se entrega ao amor por completo. Ainda é, sim, importante falar de amor, principalmente nesses tempos tão obscuros e turbulentos com tanta homofobia, ódio e racismo, e essa é uma forma poética de trazer luz e reflexões sobre o turbilhão de emoções que o amor provoca”.

Sobre Carlos Jardim

Diretor e roteirista do filme “Maria – Ninguém sabe quem sou eu”, sobre a cantora Maria Bethânia, lançado em setembro de 2022, uma parceria da Noticiarte Produções com Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil e Turbilhão de Ideias. Campeão de bilheteria, foi o documentário nacional mais visto entre os 150 títulos do gênero lançados de 2019 pra cá, fazendo 20 mil espectadores em todo o país. É autor do livro “Ninguém sabe quem sou eu (A Bethânia agora sabe!)”, com bastidores do filme, lançado pela editora Máquina de Livros em agosto de 2022.

Há mais de 20 anos na TV Globo, Carlos Jardim fez parte da equipe de criação do programa “Encontro com Fátima Bernardes” e do time de roteiristas das temporadas 2019 e 2020 da “Escolinha do Professor Raimundo”, exibidas na Globo e no Canal Viva. No jornalismo da Globo é atualmente chefe de redação da GloboNews. Também fez parte da equipe de “Jornal Nacional” e “Fantástico”. Conquistou vários prêmios de destaque, como o Emmy Internacional de 2011 pela cobertura no JN da ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, no Rio de Janeiro.

É o idealizador e um dos autores de um musical de teatro sobre Thiago Soares, o brasileiro que chegou a ser o primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres. “Thiago Soares – Um sonho real”, escrito em parceria com Flávio Marinho e Ângela Chaves, tem direção de João Fonseca e estreia prevista para o primeiro semestre de 2024.

Carlos Jardim é co-diretor e co-roteirista, ao lado de Felipe Sholl, do filme “Textos cruéis demais – E as respostas que não ouvi”, que assim como a peça é inspirado no livro “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, de Igor Pires. Parceria da Noticiarte Produções com TV Zero e Raccord, a produção está em negociação com o streaming e tem previsão de lançamento em 2024.

FICHA TÉCNICA

Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso

Realização: Noticiarte Produções

Texto e direção: Carlos Jardim

Elenco: Edmundo Vitor e Felipe Barreto

Assistente de direção e direção de movimento: Flávia Rinaldi

Direção musical, trilha original e arranjos: Liliane Secco

Direção de produção: Gaby de Saboya

Produção: Leila Alvarenga

Cenário e figurinos: Marieta Spada

Iluminadora: Fernanda Mantovani

Operador de luz: Thiago Montavani

Operadora de Áudio: Consuelo Barros

Contrarregra: Ildemir Jr.

Assessoria de Imprensa: Approach Comunicação

Social Media: Clara Corrêa

Controller Financeiro: Fernanda Lira

Assessoria Jurídica: Berenice Sofiete

Designer Gráfico: Alexandre Furtado

Fotógrafo: Carlos Costa

Livremente inspirado no livro de poemas “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, de Igor Pires.

Serviço:

Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso

Local: Teatro Café Pequeno (Avenida Ataulfo de Paiva 269, Leblon)

Data: de 8 a 23 de julho

Horário: quinta a sábado: 20h

Domingo: 19h

Ingressos: R$50 (inteira) | R$25 (meia-entrada) – Ingressos através do sistema Sympla

Duração: 60 minutos

Classificação: 16 anos.

(Fonte: Approach Comunicação)

B. B. King ganha exposição no MIS

São Paulo, por Kleber Patricio

B. B. King se apresentando na prisão do Condado de Cook, em 1971. Foto: Cortesia B. B. King Museum.

A partir do dia 26 de julho, diversos itens da vida e obra de B. B. King estarão disponíveis para visitação do público em uma exposição inédita dedicada ao Rei do Blues. A mostra “B. B. King: um mundo melhor em algum lugar”, realizada pelo Museu da Imagem e do Som – MIS, pega emprestado parte do nome do disco de 1981 para tratar de temas de segregação e inclusão, proporcionando uma experiência sensorial. O projeto tem curadoria de André Sturm e Cacau Ras, consultoria de Chris Flannery, planejamento do Atelier Marko Brajovic, também responsável pelo projeto expográfico, e pesquisa e textos de Gabriela Antero.

Primeira exposição inteiramente dedicada ao artista no Brasil, o projeto traz itens históricos da vida de B. B. King. Entre os destaques, estão imagens do acervo do B. B. King Museum de diversas fases da carreira do artista, desde o jovem Riley Ben King, aos 23 anos, com o violão Gibson L48, de Michael Ocs, até seu retrato exibindo o prêmio de Melhor Álbum de Blues Tradicional na 42ª Cerimônia do Grammy, em 2000. Além disso, a mostra ainda conta com as credenciais de todas as turnês realizadas por B. B. King no Brasil, nos últimos 30 anos, em diversos espaços e configurações, um pin exclusivo temático distribuído por B. B. para fãs ao final dos shows, o primeiro troféu Grammy recebido pelo cantor em 1971 e a icônica guitarra Gibson Lucille assinada por King em seu show em São Paulo, em 1993.

A trajetória de vida e superação de B. B. King é metáfora para tratar do tema maior da exposição: os preconceitos vivenciados por todos até os dias de hoje em nossa sociedade. Paralelamente à trajetória do artista, a mostra ilustra outros movimentos de luta contra a segregação ao redor do mundo, trazendo uma narrativa que se dá pela intersecção entre a vida do músico, o panorama de lutas pelo mundo e o projeto cenográfico, que narra a mudança do tempo rumo a um futuro mais plural e colorido.

Experiência sensorial

“B. B. King: um mundo melhor em algum lugar” é uma experiência sensorial que percorre épocas, fatos e conteúdos da vida de B. B. King. Para a criação conceitual do projeto, foi feita uma linha do tempo e do espaço que percorre a história do artista e dos desdobramentos social e cultural da segregação, fluxo inspirado no curso meândrico do rio Mississipi – onde está localizada, às margens, a cidade de Memphis, conhecida como a capital do blues. O rio se converte numa metáfora que traz a mistura de cores, texturas e formas no movimento contínuo da vida.

No começo da exposição, o público se depara com uma geometria preta e branca que divide e separa, representando a segregação. Pouco a pouco, essa configuração se transforma em uma paleta multicolorida da diversidade de cores e conteúdos, criando uma praça que celebra a diversidade e convida ao diálogo, sem esquecer do que ainda precisa ser superado.

Rei do Blues

B. B. King é surpreendido com um bolo de aniversário no programa de televisão American Bandstand, em 1979. Ao seu lado, está o apresentador Dick Clark. Foto: Cortesia B. B. King Museum.

B. B. King é o nome artístico de Riley Ben King, nascido em 16 de setembro de 1925 em Berclair, no Mississipi (EUA), e morto em 15 de maio de 2015, aos 89 anos. Sua infância nas plantações de algodão, o surgimento do blues e sua consagração como uma lenda do gênero estão dentro do contexto da segregação, uma separação causada pelos interesses políticos e econômicos da elite branca racista dos EUA e legalizada até os anos 1960.

O cantor era conhecido como Rei do Blues e considerado o maior guitarrista do gênero de sua geração. Em quase sessenta anos de carreira, B. B. King gravou mais de cinquenta discos. Entre seus hits, estão “Three O’Clock Blues”, “The Thrill Is Gone”, “Please Love Me” e muitas outras canções que marcaram gerações. O Rei influenciou grandes astros da música, como Jimi Hendrix e Carlos Santana.

Um artista que desde cedo sentiu as duras condições da segregação norte-americana e alcançou o sucesso promovendo a cultura negra, tendo recebido grande reconhecimento em vida. Ele foi premiado com a Medalha Presidencial, o Prêmio Kennedy e quinze Grammys. Em 2008, foi criado o B. B. King Museum no Mississippi, com um grande acervo sobre a vida do artista.

Serviço:

“B. B. King: um mundo melhor em algum lugar” 

Museu da Imagem e do Som – MIS

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117-4777 | www.mis-sp.org.br

Data: 26 de julho a 8 de outubro

Horários: terças a sextas, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h

Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia) | Entrada gratuita às terças (retirada na bilheteria física do MIS)

Mais informações: https://www.mis-sp.org.br/exposicoes/futura/8c331110-2805-419a-b314-d6e5ffd5b7b2/bb-king-um-mundo-melhor-em-algum-lugar.

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem como mantenedoras as empresas Youse e B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio de mídia é da Cultura Leste Produções, Folha de S.Paulo, JCDecaux, Kiss FM e TV Cultura. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Blue Moon, LosDos Takeria e Arte do Crepe.

A exposição “B. B. King: um mundo melhor em algum lugar” contou com projeto e desenvolvimento do Atelier Marko Brajovic, produção da Hybrida Production, cessão de acervo do B. B. King Museum e apoio cultural do Bourbon Street Music Club.

(Fonte: Museu da Imagem e do Som)

Zeca Baleiro reconta fábulas clássicas e revisita contos de fada em novo livro infantil

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do livro. Foto: divulgação.

Cantor, compositor, músico — escritor. Com uma carreira musical de sucesso nas últimas duas décadas, o artista multifacetado Zeca Baleiro vem se dedicando também à literatura e ao teatro. Além de quatro livros lançados e duas peças teatrais, o cantor traduziu para a FTD Educação os livros da coleção infantil Trompolina e Fubazim, escritos e ilustrados pelo francês Claude Ponti. Baleiro agora lança “Casos curiosos de bichos falantes” (também pela FTD), um livro infantil indicado para leitores a partir de 8 anos que apresenta sete fábulas cheias de humor e poesia.

Fã das criações de La Fontaine e de Esopo, o artista se serve de todo o seu talento com as palavras para acrescentar humor e oralidade à rica tradição da fábula. Com a mesma criatividade de suas composições musicais, Zeca Baleiro revisita algumas histórias clássicas e confere sua versão particular a elas, como “O leão e a gazela” e “O patinho feio” — que, nesta releitura, recebe o título de “O patinho lindo”.

O autor também questiona o tratamento dado a alguns personagens dos contos de fadas, como em “O Lobo Mau triste”, e mostra os dilemas enfrentados por um elefante que perde sua identidade (“O elefante sem memória”) e por uma raposa que não se adapta ao grupo ao qual pertence (“A raposa banguela”).

Foto: Diego Ruahn.

Nas fábulas deste livro, com muita originalidade, os bichos repensam seus papéis nas histórias infantis — e a tradicional moral da história de encerramento ganha novos significados, como no conto “O peru fugitivo”: “Se você é peru e o Natal se aproxima, então corra”.

“As fábulas são muito mágicas. Imaginar que os bichos falam, sentem, pensam, sempre como uma metáfora do próprio pensamento humano e da vida em sociedade, é sempre mágico. Existem fábulas incríveis, como ‘A lebre e a tartaruga’, ‘A raposa e o corvo’, ‘A cigarra e a formiga’, e cada história tem uma moral. Isso também é fascinante”, comenta Zeca Baleiro.

O livro conta ainda com as divertidas e detalhadas ilustrações de Vienno, que aguçam a imaginação dos leitores e trazem uma nova perspectiva ao texto.

O autor | Zeca Baleiro nasceu em 11 de abril de 1966 em São Luís, no Maranhão. Começou a carreira artística nos anos 1980, participando de festivais e compondo músicas para teatro infantil. Com sua mistura de ritmos e diversas referências musicais, além da verve afiada de humor e ironia, o cantor e compositor foi recebido com entusiasmo pelo público e pela imprensa quando lançou seu primeiro disco, “Por onde andará Stephen Fry?”, em 1997. Ao longo de mais de vinte anos, lançou onze discos de estúdio, cinco CDs ao vivo, nove DVDs e vários projetos especiais.

O ilustrador | Vienno (Vinícius Xavier) é artista multimídia. Nascido e criado em Limeira, interior de São Paulo, formou-se em Artes Visuais pela PUC-Campinas. Entre suas produções estão tirinhas para as redes sociais, design de cenários, criação de personagens para clipes infantis e ilustrações para o meio editorial, como as do livro “A lupa mágica pelo mundo” (Tigrito, 2021).

Casos curiosos de bichos falantes

Recomendado a partir dos 8 anos

Autor: Zeca Baleiro

Ilustrador: Vienno

Páginas: 32

Formato: 20,5 cm × 27,5 cm

Acabamento: lombada

Preço sugerido: R$57.

Sobre a FTD Educaçãowww.ftd.com.br

Há mais de 120 anos, a FTD Educação tem como missão transformar o futuro por meio da Educação, pensando além e inspirando a descoberta, a escolha, a liberdade e a cidadania. Reconhecida como uma empresa inovadora, parceira, flexível e humana, é movida pelo slogan “Conectamos Histórias. Construímos Futuros”. Sua proposta é integrada para escolas, alunos, professores e sociedade e conta com materiais didáticos e de literatura; soluções educacionais (com suporte para escolas, consultoria educacional e formação de professores, entre outros); novas tecnologias (ferramentas que ampliam possibilidades de ensino dentro e fora da sala de aula) e obras e serviços que envolvem a família na busca por uma educação completa.

(Fonte: FTD Educação)