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Brasil
Se o Nannai é um destino de viagem em si, não se pode ignorar que o estado no qual está localizado é um terreno muito fértil para o hotel criar momentos especiais para seus visitantes. Em julho, o hotel de Muro Alto vai ter dobradinha pernambucana: sua localização e sua chefe convidada. Carla Pernambuco, que há 30 anos encanta paladares com a cultura gastronômica que sua culinária carrega, abrirá as tampas de suas panelas na cozinha do novo TiaTê, restaurante assinatura do Nannai. O evento está marcado para a noite de 8 de julho.
O intercâmbio de panelas e receitas contará com a participação do chef Luis Foschini, gerente de Alimentos & Bebidas do Nannai e o chef executivo Fernando Pavan. Com início às 20h, o jantar terá entradinhas e quatro tempos; entre os pratos, o famoso Ceviche Nikkey do Carlota, restaurante da premiada convidada que pilotará as panelas do TiaTê na noite do evento.
Hóspedes e visitantes podem participar do evento fazendo suas reservas diretamente com o hotel pelo WhatsApp (81) 3552-0100. O valor do jantar será de R$490,00 por pessoa e a harmonização com vinhos e espumantes está inclusa. O hotel ainda tem acomodações disponíveis para o período, com diárias a partir de R$4.385,00 o casal em regime de meia pensão.
Sobre o Nannai
Com destaque para o luxo como valor de quem busca o propósito de viver a cultura local somada ao que há de melhor na experiência do turismo internacional, o Nannai nasceu em Muro Alto, praia do município de Ipojuca, Pernambuco. Depois de 21 anos proporcionando hospedagem com afeto, o Nannai chegou a Fernando de Noronha com esse mesmo sonho – agora em forma de pousada boutique. Hoje a marca pertence ao Grupo Meira Lins e é um organismo vivo que escreve memórias especiais no coração e na mente das pessoas. Certificado pelo GPTW como um dos melhores lugares para trabalhar em 2022, o Nannai tem energia para, junto a seus 400 colaboradores e gestores, levar seu jeito singular de receber a outras regiões do Brasil.
(Fonte: Ela Comunicação)
A Galeria Jacques Ardies abre uma nova coletiva “Arte Naïf ou Arte Popular? Tanto faz, Arte do Brasil !”, com 32 pinturas assinadas por oito artistas que apresentam trabalhos os quais representam o Brasil isento de influências externas. A curadoria está a cargo de Jacques Ardies, ativo no segmento há mais de quatro décadas, com abertura prevista para o próximo dia 20 de junho, às 18h.
A seleção dos pintores – Isabel de Jesus, Francisco Severino, Fefe Talavera, Dalva Magalhães, Gilvan, Ivan Moraes, Antônio de Olinda, José de Freitas – possibilita duas ações simultâneas e superlativas: resgata alguns artistas cujos trabalhos devem voltar ao foco público pela excelência das técnicas envolvidas e coloca, lado a lado, obras contemporâneas recém-finalizadas de criativos do mesmo padrão e que compõem a soma positiva característica das escolhas do curador.
A questão que titula a exposição “Arte Naïf ou Arte Popular” pode provocar críticas, comentários, desavenças e concordâncias, mas não interfere no propósito maior: diminuir a polêmica sobre a utilização do termo Naïf e mostrar a arte que é o mote principal. Naïf tornou-se um termo pejorativo como se denominasse uma arte menor, não relevante, sendo que é um termo utilizado internacionalmente como referência de um estilo.
“Arte Naïf ou Arte Popular? Tanto faz, Arte do Brasil!” mostra o resgate de quatro artistas que deixaram um extenso e importante legado, ao mesmo tempo em que apresenta trabalhos de artistas ativos na criação de suas obras atuais. “Estou mostrando uma bela arte brasileira, que é o que importa. Arte a qual me dedico há anos e acho que existe muito ainda para mostrar!”, afirma Jacques Ardies.
OS ARTISTAS
Isabel de Jesus | Isabel de Jesus, até onde se saiba, não é uma médium. No entanto, ao estar mais conectada com a terra e com as divindades, ou seja, com a essência mais profunda de nossa existência, ela descobre espontaneamente, sem ter aprendido nada, um passado fascinante do nosso planeta. De alguma forma, surgem dessas descobertas sereias e pássaros, assim como meandros e murmúrios da floresta equatorial. Não se trata apenas de uma decoração com manchas aleatórias de luz ou escuridão; essas criações são animadas por uma poderosa e profunda inspiração, representando o único mistério e o único segredo de uma criação ingênua e verdadeiramente autentica.
Fefe Talavera| Fernanda Talavera acumulou uma vasta experiência em exposições realizadas em museus e galerias de arte ao redor do mundo. Embora tenha sido inicialmente reconhecida como grafiteira, ela expandiu sua abordagem artística explorando diferentes suportes para suas obras. Seu foco principal passou a ser a representação de animais imaginários, provenientes de um universo subconsciente fantasmagórico que ela denomina “Bichos tipográficos aleatórios”. Com essa temática, Fernanda busca incorporar elementos da cultura urbana ao seu universo artístico, estabelecendo novas categorias conceituais.
Francisco Severino | O mérito notável de Francisco Severino reside na maneira como lida com a cor verde, explorando suas variações com a consciência de que a pintura é muito mais do que um tema em si – é uma forma de desenvolver um pensamento por meio de cores e formas. O que impressiona em suas imagens é a harmonia entre o domínio técnico e a sensação paradisíaca de que o tempo se deteve para que cada cena, predominantemente rural, pudesse ser retratada. Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem meticulosa, em que os detalhes desempenham um papel fundamental, resultando em composições visualmente perfeitas.
Gilvan | Paulo Gilvan Duarte Bezerril, um autodidata em pintura e música, deu início à sua carreira artística em 1964. Sua abordagem única envolvia o uso de uma técnica por ele mesmo inventada, utilizando tinta automotiva e acrílica sobre chapa de Eucatex ou, ocasionalmente, chapa de madeira. A arte de Bezerril é caracteristicamente ingênua, transbordante de alegria, cores vibrantes e atmosferas tropicais. Ele evita fórmulas estereotipadas, retratando desde festas populares rurais até histórias em quadrinhos que narram a vida de Lampião e Maria Bonita.
Dalva Magalhães | Dalva de Magalhães é nascida em São Paulo e, há quase cinco décadas, se dedica à sua arte, sustentando-se por meio dela. Sua técnica envolve o uso de diferentes materiais, como acrílico, guache e óleo, aplicados sobre tela ou madeira. A arte regional e folclórica exerce uma forte influência sobre seu trabalho. Além disso, Dalva é uma maratonista dedicada, residindo na região montanhosa da serra da Bocaina, onde concentra sua preocupação na preservação da natureza e se engaja fervorosamente na luta pelos direitos dos povos indígenas. Sua pintura é caracterizada pela criatividade e atenção aos detalhes, retratando um mundo intimista que reflete seu ambiente ecológico.
Ivan Moraes | Capta com riqueza de detalhes as temáticas mais frequentes de sua obra, inspiradas pela representação dos cultos religiosos afro-brasileiros da Bahia, assim como pelas baianas vestidas com trajes brancos rendados. Sua pintura une a alegria das cores com o mistério da cenografia, onde os personagens são imersos no esplendor da natureza tropical, exibindo trajes festivos e expressões de felicidade. Em seu “Dicionário de Pintores Brasileiros”, de 1997, Walmir Ayala descreveu essa fusão de elementos, destacando a forma como o artista retrata com precisão esses aspectos em sua obra.
Antônio de Olinda | Natural de Olinda, PE, cultivou seu amor pela arte desde a infância, sempre vivendo próximo ao mar na sua amada cidade natal. Sua jornada artística começou com o mamulengo, um popular teatro de bonecos regional. Em 1984, ele participou de sua primeira exposição coletiva, conquistando também uma premiação no “Salão dos Novos de Pernambuco” e o Primeiro Lugar no Projeto Lista Telefônica do Estado de Pernambuco, ambos no mesmo ano. Sua arte é marcada pelo uso de cores vibrantes, traços enérgicos e uma abordagem pouco convencional, que busca expressão e irreverência, sem se preocupar excessivamente com a perfeição estética. Essa autenticidade essencial permeia sua obra.
José de Freitas | Nascido na década de 1930 em Vitória de Santo Antão, PE, posteriormente mudou-se para o Rio de Janeiro durante a década de 50. Embora tenha dado seus primeiros passos como artista no teatro e na televisão, sua paixão pela pintura começou a se desenvolver paralelamente, ganhando maior atenção a partir de 1964. Desde o início, sua arte tem sido habitada por minúsculas figuras que preenchem toda a dimensão da tela. Seus temas variam desde ilustrações de peças teatrais até representações da Bíblia e do circo, sempre permeados de humor e sensibilidade.
Exposição “Arte Naif ou Arte Popular ? Tanto faz, Arte do Brasil!”
Artistas: Antônio de Olinda, Dalva Magalhães, Fefe Talavera, Francisco Severino, Gilvan, Isabel de Jesus, Ivan Moraes, José de Freitas
Curadoria: Jacques Ardies
Período: 21 de junho a 8 de julho de 2023
Local: Galeria Jacques Ardies – www.ardies.com
Rua Morgado de Mateus, 579 – Vila Mariana – São Paulo, SP
Tel.: (11) 5539-7500 | 96815-0887
Horário: terça a quinta-feira, das 10 às 17h30; sábado, das 10 às 16h
Número de obras: 32
Técnica: Pintura
Preços: Sob consulta
Site: https://ardies.com/
Email: jacques@ardies.com
Instagram: https://www.instagram.com/galeriajacquesardies/
Facebook: https://pt-br.facebook.com/galerianaif/
Linkedin: https://www.linkedin.com/company/galeria-jaques-ardies/?viewAsMember=true.
(Fonte: Balady Comunicação)
Nesta quinta-feira (22/6), o “bruxo” da música brasileira, Hermeto Pascoal, completa 87 anos. As rádios Cultura FM e Cultura Brasil celebram a data com show deste mestre gravado em julho de 2022 no INNtöne Jazz Festival, na cidade de Diersbach, Áustria. O ouvinte confere o show à 0h na 103,3 FM e, às 21h, na 77,9 FM.
Nascido no interior do estado de Alagoas, Hermeto Pascoal – que tive a honra de conhecer há 20 anos numa conversa entre ele e o baixista norte-americano Robert Black, que tive o privilégio de traduzir – construiu uma das mais longevas e bem-sucedidas carreiras na música brasileira. Admirado no mundo inteiro, esse gênio incansável segue em plena atividade, compondo e se apresentando.
No último dia 19 de maio, Hermeto Pascoal recebeu o título de Doutor Honoris Causa da prestigiosa The Juilliard School. O prêmio foi entregue pelas mãos do músico Wynton Marsalis, que fez questão que contar um pouco da história do artista em cerimônia realizada no Lincoln Center, em Nova York.
Segundo o crítico de música Carlos Calado, “Se fizerem uma enquete com jazzistas de diversos países e gerações, perguntando quais músicos brasileiros eles mais admiram, Hermeto Pascoal certamente estará entre os mais lembrados. Não é difícil explicar o porquê dessa preferência. A música do genial multi-instrumentista e compositor alagoano possui tudo que os músicos do jazz valorizam: improvisos com muita liberdade, belas melodias e sofisticação harmônica. Sem falar nos inusitados objetos (de chaleiras e bacias a garrafas e copos) que o ‘bruxo’ costuma transformar em instrumentos musicais”.
É o que o público confere nesta apresentação do músico e seu grupo. No repertório estão músicas como “Para Ron Carter” e “Taynara” (Jegue).
Serviço:
Show de Hermeto Pascoal gravado ao vivo na Áustria em 2022
Hermeto Pascoal e Grupo
Hermeto Pascoal: teclados, escaleta, melódica, tampa de panela e acordeom
Jota P: piccolo, flauta e saxofones soprano e tenor
Itiberê Zwarg: contrabaixo e percussão
André Marques: piano, flauta e percussão
Ajurina Zwarg: bateria e percussão
Fábio Pascoal: percussão e direção musical
Rádio Cultura FM
Quinta-feira, 22 de junho de 2023, à 00h00
103,3 MHz
App: Cultura Play
Site Cultura FM
Pela Rádio Cultura Brasil
Quinta-feira, 22 de junho de 2023, às 21h
Produção: Inez Medaglia.
FM – 77,9 MHz
AM – 1.200 kHz
App: Cultura Play
Site Cultura Brasil.
(Fonte: TV Cultura)
A Pinacoteca de São Paulo apresenta “Antonio Obá: Revoada”, segunda mostra a ocupar a Galeria Praça da recém-inaugurada Pinacoteca Contemporânea. Com curadoria de Ana Maria Maia e Yuri Quevedo, ‘Revoada’ apresenta cerca de 20 pinturas e uma instalação inédita, que dá título à exposição, tendo a figura da criança como fio condutor. Também compõem a mostra obras pouco vistas no Brasil, como “Banhistas nº 3 – Espreita” (2020) e “Fata Morgana nº 1” (2022).
O trabalho de Antonio Obá é constituído por três importantes pilares, que conduzem a narrativa desta exposição: a rememoração de acontecimentos históricos – em geral marcos de violência e luta por direitos de pessoas negras nos Estados Unidos –, a atribuição de novos significados a esses episódios e o processo educativo. Juntos, cada um desses aspectos do trabalho constitui um programa para lidar com o tempo, articulando ações de ressignificação, transformação e emancipação.
A instalação ‘Revoada’ foi construída em diálogo com a história do museu, que nasceu originalmente para ser uma escola. No início do século XX, o edifício da Pina Luz funcionava como o Liceu de Artes e Ofícios, escola dedicada à educação artística voltada para a capacitação profissional dos alunos. Entre as técnicas ensinadas no Liceu estava a fundição, linguagem escolhida pelo artista para desenvolver a instalação. Durante os últimos meses, Obá organizou oficinas na Pina Contemporânea, na Ocupação 9 de Julho (Movimento Sem Teto do Centro) e no Colégio Vera Cruz, onde moldou cerca de 200 pares de mãos de crianças em resina. Agora essas peças vão alçar voo na Galeria Praça – pavilhão que conserva os arcos trabalhados em ferro da construção da antiga Escola Estadual Prudente de Morais.
“Fundindo essas mãos, Obá ensina o procedimento da moldagem ao mesmo tempo em que interpreta a presença dessas crianças no espaço, considerando a marca expressiva de cada uma. Contida nesse gesto, está a crença na dimensão coletiva das memórias e na educação como processo que garante autonomia e liberdade. Os sujeitos lembram, sabem e agem”, conta o curador Yuri Quevedo.
As crianças em Antônio Obá
Além da instalação, 20 pinturas se organizam a partir do tema da infância e de um movimento vertical muito presente no trabalho de Obá. No percurso de revisitar momentos da história, o artista inscreve a tragédia e a violência em um tempo mítico, transformando os personagens históricos em entidades, arquétipos que podem rever sua posição na própria história. Por meio de seu trabalho, Obá busca transmutar momentos trágicos em episódios poéticos, sem, dessa maneira, esquecer aquilo que martirizou quem viveu esses momentos. Esse procedimento pode ser observado em “Figuras no caminho ‘Criança suspensa’” (2022), em que o artista retoma a iconografia cristã da crucificação, suspendendo um garoto sobre pernas de pau seguradas por duas meninas. A suspensão retira o garoto da terra e do tempo corrente. Nesse tempo sem dor, a coroa não é mais de espinhos, mas sim de flores.
A infância em ‘Antônio Obá’ não é ingênua. As crianças-personagens do artista são agentes do seu tempo, conscientes e capazes de transformar o mundo. Na pintura “Tocaia” (2019), um menino santo, sem rosto, é atacado por uma pomba ao mesmo tempo em que consegue reter uma segunda ave com a outra mão. O garoto aprende, se disfarça de isca, atrai e domina seu algoz.
A criança de “Wade in the water – after Adriana Varejão” (2019), nos desafia frente a uma piscina que se refere à série “Saunas” da artista citada no título. A pintura faz alusão à canção “Wade in the water”, do gênero spirituals, criada e cantada por negros escravizados nos Estados Unidos. A letra é atribuída a Harriet Tubman (Condado de Dorchester, 1822–Auburn, 1913), uma mulher negra, que nasceu escravizada e se tornou importante agente na luta pela abolição e, posteriormente, pelo voto feminino. Tubman conduzia fugitivos por uma rota conhecida como Underground Railroad [Ferrovia subterrânea], cantando a canção como uma forma de alertar quem protegia para se esconder. Relatos afirmam que ela salvou cerca de 300 pessoas.
Em “Banhistas nº 3 – Espreita” (2020), Obá faz referência a um acontecimento de junho de 1964 no hotel Monson Motor Lodge, em Saint Augutine, Flórida. Martin Luther King (Atlanta, 1929–Memphis, 1968), líder do movimento antissegregacionista, tentou se servir de almoço e foi impedido pelo gerente. Ao insistir, foi preso por invasão de propriedade. Dias depois, um grupo de manifestantes brancos e negros mergulhou na piscina do hotel em sinal de protesto. Em reação, o mesmo gerente despejou um galão de ácido muriático nas águas. A fotografia mais famosa desse acontecimento é de Horace Cort (1913–1988), a partir da qual Obá pinta. Na obra, o vilão dá lugar a um crocodilo, uma alusão às histórias em que crianças escravizadas eram usadas como isca. As crianças da cena ficam à espreita, elas agora se tornaram predadoras.
Obras que retomam a ideia de um movimento de suspensão dos personagens complementam a mostra. “Fata Morgana nº 1” (2022), os estandartes “Crianças suspensas” (2022), “Angelus” (2022) e a série “Strange fruit” [Fruto estranho], poucas vezes expostas no Brasil, poderão ser vistas pelo público. O visitante terá acesso a vídeos explicativos sobre cada obra da exposição, na voz do artista, por meio de um QR Code.
A exposição “Antonio Obá: Revoada” é patrocinada pela Livelo, na cota Apresenta.
Sobre o artista | Antonio Obá (Ceilândia, 1983) vive e trabalha em Brasília. O artista participa de exposições coletivas e individuais desde 2001, com um trabalho que maneja história e universo simbólico, alinhavando linguagens e experiências próprias. Suas últimas exposições incluem “Path”, Oude Kerk, Amsterdam; “Antonio Obá: Fables”, X Museum, Pequim (2022); “Carolina Maria de Jesus, um Brasil para os brasileiros”, IMS Paulista, São Paulo (2021) e “Enciclopédia Negra”, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (2021).
Sobre a Pinacoteca de São Paulo | A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo. Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. A Pina também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.
Sobre a Livelo | A Livelo é uma das principais empresas de recompensas do Brasil. Com sete anos de mercado, já possui mais de 40 milhões de clientes e centenas de empresas parceiras em seu site e app para acúmulo de pontos com compras online e resgate de produtos, serviços e viagens. Em 2022, lançou o produto que permite o pagamento de compras usando pontos através da tecnologia Pix via QR Code e Copia e Cola. Também criou o Shopping Livelo, plataforma de marketplace que permite aos consumidores juntarem e trocarem pontos com suas compras no app Livelo. Na frente B2B, oferece soluções que auxiliam companhias de qualquer setor a potencializar seu negócio, seja com pontos para incentivar funcionários, fidelizar clientes ou vender mais. Saiba mais sobre a Livelo aqui.
Serviço:
Antônio Obá: Revoada
Período: 24/6 a 18/2/2024
Curadoria: Ana Maria Maia e Yuri Quevedo
Pinacoteca Contemporânea – Galeria Praça
De quarta a segunda, das 10h às 18h
Gratuitos aos sábados – R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia-entrada)
Lançamento do catálogo: 24/6/23, na loja física e no site.
(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)
Artigo de opinião por Gabriela de Paula Arrifano, Maria Elena Crespo Lopez, Linara Oeiras Assunção, Helena Cristina Guimarães Queiroz Simões, Cristina Figueiredo Terezo Ribeiro, Maria da Conceição Cosmo Soares, Sílvia Maria da Silveira Loureiro
Antes da pandemia, o Brasil já era o quinto país do mundo que mais emitia mercúrio, metal extremamente tóxico para os seres humanos, mas muito usado no dia a dia (em lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, restaurações dentárias etc.). Estima-se que a emissão dessa substância, também conhecida como “azougue”, tenha aumentado mais ainda nos últimos anos devido à expansão da atividade mineradora e das queimadas e desmatamento.
Somado a isso, atualmente vivemos à sombra do “mercúrio herdado”, um termo utilizado por muitos cientistas para caracterizar o enriquecimento de mercúrio encontrado presentemente nos solos, rios/oceanos e atmosfera, resultantes de vários milênios de liberações antropogênicas deste metal. Isto porque o mercúrio não desaparece do ambiente, ele entra em um ciclo contínuo sendo depositado e removido entre o solo, os rios/oceanos e a atmosfera. É um fato tão grave, que se hoje eliminássemos todas as fontes emissoras de mercúrio do planeta, as pessoas continuariam expostas por muitos séculos até que os níveis do metal fossem fixados no solo significativamente.
Em 2013 foi aprovada a Convenção de Minamata, o mais recente tratado internacional em ambiente e saúde, atualmente integrado por 141 países. Esse acordo global visa reduzir as emissões de mercúrio e proteger o ambiente e a saúde humana. O Brasil é parte deste tratado, que passou a fazer parte da legislação brasileira pelo Decreto nº 9.470 de 2018, obrigando nosso país a estabelecer estratégias para reduzir os riscos.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), todas as pessoas no mundo inteiro estão expostas a alguma quantidade de mercúrio. Este metal foi – e ainda é – responsável por inúmeros casos de contaminação humana. Uma vez dentro do corpo humano, o mercúrio afeta diversos órgãos, incluindo o cérebro e o coração, levando à perda de memória e da coordenação motora, dores de cabeça, hipertensão, entre outros – inclusive à morte. Mulheres grávidas e crianças são particularmente sensíveis ao efeito do metal, podendo levar à má formação fetal e a problemas de aprendizagem, além de danos à saúde. Infelizmente, uma vez instalados os sintomas, os danos são irreversíveis, mesmo eliminando o metal do corpo. Por isso, a prevenção é o melhor remédio. Assim, elaboramos uma proposta legislativa que institui a Política Nacional de Prevenção da Exposição ao Mercúrio, ou seja, uma ação permanente do poder público para monitorar a toxicidade do metal.
Esse Projeto de Lei (1011/2023), atualmente em tramitação no Senado Federal e em fase de consulta pública, apresenta três eixos principais: (1) Implementação de uma plataforma de registro e controle (Sistema de Controle da Exposição ao Mercúrio – SICEM) que permita o monitoramento da população brasileira para o direcionamento adequado das políticas públicas; (2) Campanha nacional permanente de conscientização da exposição humana ao mercúrio, incluindo ações como o Dia Nacional do Mercúrio; (3) Estratégias para melhorar a detecção e prevenção da exposição humana ao mercúrio, como a capacitação obrigatória dos profissionais de saúde sobre o tema.
Para combatermos os riscos sanitários e ambientais associados ao mercúrio e garantirmos a proteção de todos e todas, é importante que a população demonstre seu apoio ao Projeto de Lei. Um das formas mais simples e efetivas é votando SIM na consulta pública do Senado. Os cidadãos podem se manifestar durante o período de tramitação do texto, que hoje aguarda parecer do relator.
Sobre as autoras:
Gabriela de Paula Arrifano é pesquisadora do Laboratório de Farmacologia Molecular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará
Maria Elena Crespo Lopez é coordenadora do Laboratório de Farmacologia Molecular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará
Linara Oeiras Assunção é coordenadora da Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal do Amapá
Helena Cristina Guimarães Queiroz Simões é professora da Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal do Amapá
Cristina Figueiredo Terezo Ribeiro é professora da Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal do Pará
Maria da Conceição Cosmo Soares é professora da Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal do Oeste do Pará
Sílvia Maria da Silveira Loureiro é coordenadora da Clínica de Direitos Humanos e Direito Ambiental da Escola de Direito da Universidade do Estado do Amazonas.
(Fonte: Agência Bori)