Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Mais uma história com final feliz para vida marinha. Desta vez, trata-se da soltura ao seu habitat natural de uma gaivota (Larus dominicanus), que foi resgatada no dia 11 de janeiro em Ubatuba pela equipe executora do Projeto de Monitoramento de Praia da Bacia de Santos do Instituto Argonauta. Depois de passar por reabilitação, a ave acabou sendo solta no último sábado (10), dia de encerramento da 9ª edição da Semana do Mar, evento que integrou a programação do 12º Festival da Mata Atlântica.
Segundo informações, a gaivota foi entregue por um munícipe no Aquário de Ubatuba e, logo em seguida, foi iniciado seu processo de reabilitação no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de Animais Marinhos, localizado na base do Instituto Argonauta em Ubatuba. Quando deu entrada no CRD, o animal estava magro, com uma quantidade excessiva de piolhos, com as penas em más condições e com uma fratura antiga na ponta do bico.
A equipe de reabilitação do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta conduziu alguns exames com o objetivo de obter uma avaliação mais minuciosa do quadro de saúde da gaivota. Foram seis meses de recuperação e cuidado especializado, como uma dieta específica para melhora do estado de saúde geral da ave e da anemia, além de receber o tratamento adequado para todas as questões de saúde que foram diagnosticadas nos exames.
Como as penas estavam muito comprometidas e impossibilitavam voos de longa distância, o animal recebeu uma estimulação para o crescimento de penas novas e saudáveis.
Passados então os seis meses de tratamento intensivo, dieta adequada e procedimentos, as penas novas tiveram seu crescimento completo e a gaivota iniciou o treinamento de voos completos e longos no recinto reservado para sua recuperação.
Com uma melhora significativa em seu quadro clínico, foram realizados todos os exames que confirmaram que a gaivota estava apta para ser devolvida para natureza e sua soltura foi realizada ao som de aplausos durante a tradicional Semana do Mar.
Último balanço
Durante o mês de maio, ao todo 54 ocorrências envolvendo animais marinhos vivos debilitados ou mortos foram registradas pela equipe PMP-BS do Instituto Argonauta na região do litoral norte de São Paulo, que abrange as cidades de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
Segundo os dados da instituição, do total, o grupo que registrou o maior número de atendimentos foi o de répteis – representando 90,7% das ocorrências. Já o grupo de aves marinhas representou 7,4% do total de atendimentos e, por fim, o grupo de mamíferos representou 1,8% do total das ocorrências no último mês.
No âmbito do PMP-BS, entre as espécies atendidas pelo Instituto Argonauta do grupo de répteis no mês de maio de 2023, estão a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e a tartaruga-verde (Chelonia mydas), sendo que 14,3% representa o percentual de animais vivos do grupo.
No grupo de aves do mesmo período, as espécies atendidas foram biguá (Phalacrocorax brasilianus), pardela-de-bico-preto (Puffinus gravis) e trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), sendo que 50% do total das ocorrências registradas neste grupo foram de animais vivos. Por sua vez, a única ocorrência do grupo de mamíferos foi de uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) morta.
A equipe de reabilitação do Instituto Argonauta é composta por médicas(os) veterinárias(os), biólogas(os), oceanógrafos(as), tratadores e técnicos que atuam no atendimento e reabilitação dos animais aquáticos e auxiliam no diagnóstico, além de realizarem as necropsias dos animais encontrados mortos. Os animais atendidos pela equipe chegam até a instituição por meio das equipes de monitoramento do PMP-BS ou acionamento da população.
CRETA
Já no Centro de Reabilitação e Triagem de Animais Aquáticos (CRETA) do Instituto Argonauta, que funciona em parceria com o Aquário de Ubatuba, foram atendidas três aves durante o mês de maio, das espécies periquito-rico (Brotogeris tirica), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) e garça-branca-grande (Ardea alba), sendo que este último foi a única ocorrência de animal morto do mês no Centro.
O CRETA é um espaço destinado aos animais aquáticos resgatados no Litoral Norte de São Paulo. Eventualmente também são atendidos animais da fauna silvestre terrestre, posteriormente encaminhados a outras instituições responsáveis por esses grupos.
Sobre o Instituto Argonauta
O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba (@aquariodeubatuba.oficial) e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.
Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.
Para mais informações sobre o PMP-BS, consulte www.comunicabaciadesantos.com.br.
Seja um Argonauta
Venha conhecer o Museu da Vida Marinha @museudavidamarinha na Avenida Governador Abreu Sodré, 1067 – Perequê-Açu, Ubatuba/SP, aberto diariamente.
Também é possível baixar gratuitamente o aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.
Conheça mais sobre o trabalho em www.institutoargonauta.org, www.facebook.com/InstitutoArgonauta e Instagram @institutoargonauta.
(Fonte: Instituto Argonauta)
Na manhã da última quarta-feira (14) o prefeito de Indaiatuba em exercício, Dr. Tulio José Tomass do Couto, e o secretário de Governo, Luiz Alberto Cebolinha Pereira, receberam no gabinete o presidente da Ampei, Marcos Rocha; o vice-presidente da Ampei, André Neder; o colaborador da Ampei, Anderson Tolovi; o coordenador de Relacionamento de Indústria do Senai, Luiz Henrique de Oliveira; a agente de Desenvolvimento do Sebrae, Ana Cristina Scarpari e a presidente do Educandário Deus e a Natureza, Suely Palma Borges Scalfi, para fazer o repasse de R$10 mil, que corresponde a uma porcentagem dos estandes comprados pelos expositores da 9ª edição da Feira das Indústrias, para o EDN.
“Indaiatuba é uma cidade que cresce em desenvolvimento industrial, comércio, construção civil e agricultura. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Governo, tenta de todas as maneiras facilitar para que essas empresas se instalem aqui, atraindo investimento e geração de empregos”, explica o prefeito de Indaiatuba em exercício, Dr. Tulio José Tomass do Couto.
O montante será destinado para a troca de telhas da entidade. O evento aconteceu 23, 24 e 25 de maio, no Espaço Viber, com a participação de 118 expositores. Ao todo, 4.500 pessoas visitaram a feira.
“Foi realizado um chamamento público de nº 17218/2022 para que pudéssemos dar apoio para a feira que tem o objetivo estreitar o relacionamento entre os empresários do município. Obtivemos um retorno positivo do evento. Em conversa com os investidores, muitos nos relataram que tiveram procura pelos serviços oferecidos e decorrente disso, fecharam negócios. Isso é importante, pois aqui na cidade temos muitas empresas que buscam serviços fora por falta de conhecimento dos fornecedores ou compradores locais”, pontua o secretário de Governo, Luiz Alberto Cebolinha Pereira.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
O FAMA Museu, localizado na cidade de Itu (SP), está com uma nova exposição em cartaz, “Diálogos Possíveis”, uma ótima oportunidade para conhecer um pouco da coleção pessoal de Marcos Amaro, criador do museu e curador da nova atração. Sobretudo obras de grandes artistas brasileiros. Ao todo, sete diferentes artistas protagonizam a exposição “Diálogos Possíveis”: Rubens Espírito Santo, Anna Israel, Eduardo Berliner, Julio Bittencourt, Bruno Passos, Daniel Lannes e José Rufino.
“Queremos aproximar sete artistas brasileiros de lugares diferentes – uns se conhecem, outros nunca se viram – e também incentivar cada vez mais as pessoas para que visitem o FAMA. Os visitantes vão notar algumas obras mais contidas, outras mais expressivas, mas queremos ver o que os sete artistas podem ter em comum”, disse Marcos Amaro, curador da mostra.
Ao todo, são 25.000 m² de dependências. O acervo com foco na arte brasileira inclui obras de artistas fundamentais, do moderno ao contemporâneo, contemplando diversas linguagens artísticas, como escultura, gravura, desenho, instalações, pinturas e fotografia. São mais de oito salas expositivas, com destaque para os jardins e galpões industriais, onde a arquitetura do início do século 20 envolve o visitante em uma experiência única.
No acervo, há obras raras de Aleijadinho, desenhos de Tarsila do Amaral e uma infinidade de outros artistas. Algumas mostras são permanentes e os tours não são guiados; cada um percorre as diversas salas e áreas abertas do museu no seu próprio ritmo, o que torna o programa perfeito para fazer com crianças também.
Cozinha São Pedro
O passeio fica ainda mais completo com o almoço no restaurante Cozinha São Pedro, situado nas dependências da fábrica tombada. Em um ambiente agradável, a casa oferece diversas sugestões de entradas, pratos principais, massas e os especiais da cozinha, com delícias como o bobó de camarão, o picadinho filé mignon, costela bovina, cozida lentamente e servida com polenta cremosa com parmesão. De sexta a domingo tem ainda a sugestão do dia.
Há opções veganas e vegetarianas, como a Moqueca Vegana e o Tortellini de Shitake, e os pratos infantis, massas, bifinhos, acompanhados de arroz, fritas, purê de batatas e mandioquinha. Na hora da sobremesa, muitas delícias, como pudim de leite condensado, sorvetes artesanais produzidos lá mesmo e uma sugestão vegana. A casa tem vasta carta de vinhos e uma enorme lista de coquetéis tradicionais e autorais.
Outras exposições que podem ser visitadas no Museu FAMA:
“Um Presente para Ciccillo”
Desde maio do ano passado é possível ver a mostra “Um Presente para Ciccillo”, que reúne as obras extraídas de um álbum que pertenceu a Ciccillo Matarazzo (Francisco Matarazzo Sobrinho) com quarenta e oito trabalhos dos mais importantes artistas daquele período. Organizado por Pedroso d’Horta, o álbum tem uma capa dura que contém desenhos, aquarelas e gravuras, cada um deles fixado em uma prancha de papel 72,5 x 50,5 cm.
“Desconstruções e Articulações Dinâmicas espaciais – Galáxias”
Nesta mostra, é possível conhecer uma parte do trabalho de Marcos Amaro, que não trabalha apenas com sucata de aviões, mas incorpora inúmeros outros objetos e materiais, quase sempre coisas que foram descartadas pela sociedade e que ganham outro significado na obra do artista.
Sala Tunga – permanente
Um dos destaques é “Vers la Voie Humide 2” (2013) – do francês, algo como “em busca do caminho molhado”. O artista pernambucano Tunga (1952–2016) criou essa espécie de portal com o ímã e o cristal. Contrastando o branco e o preto, o cheio e o vazio, Tunga nos coloca em contato com as polaridades. As pedras pretas, os ímanes, estão soltas e permanecem unidas pela força do magnetismo.
Acervo em Exposição – permanente
Acervo em Exposição está em cartaz no FAMA Museu, na Sala Almeida Júnior, exibe o acervo permanente do museu apresentando o olhar afetivo do colecionador e suas afinidades eletivas.
Serviço:
Endereço – A entrada do FAMA Museu é pela Rua Doutor Graciano Geribello, 8 – Bairro Alto – Itu/SP
Horário de funcionamento: de quarta a domingo, das 11h às 17h
Informações: (11) 4022-4828
Ingressos – R$10,00 (menores de 10 anos e maiores de 60 anos não pagam) – às quartas-feiras a entrada é franca
Estacionamento: R$ 10,00
O pagamento pode ser feito em cartão de crédito, débito ou PIX.
Pet friendly
Animais de estimação são bem-vindos nos espaços externos e jardins. Não é permitida a entrada de animais dentro das salas expositivas – com exceção de cão-guia.
Restaurante Cozinha São Pedro
Dentro do FAMA Museu, o visitante tem a opção de almoçar ou tomar um café no restaurante Cozinha São Pedro. Com um cardápio exclusivo, o restaurante atende de quarta a domingo, das 12h às 16h. Reservas e informações pelo telefone (11) 98944-4330.
(Fonte: Egom PR Agency)
Baseado na história “The Girl of the Golden West”, de David Belasco, famoso melodrama que ajudou a moldar o imaginário sobre o Velho Oeste – influenciando até o gênero western hollywoodiano –, “Fanciulla” é um trabalho do compositor italiano Giacomo Puccini com libreto de Guelfo Civinini e Carlo Zangarini. Dividida em três atos, “La Fanciulla” ganhou grande popularidade quando lançada em 1910, na Metropolitan Opera House, em Nova Iorque. A produção terá sete datas: 14/7, 15/7, 16/7, 18/7, 19/7, 21/7 e 22/7. Ingresso de R$12 a R$158 (inteira) e duração de 180 minutos.
“A Garota do Oeste” conta a história de Minnie, proprietária de um saloon no Oeste dos Estados Unidos. Em meio à corrida do ouro, Minnie se torna o ponto central de uma trama que envolve amor, coragem e traição. Em um cenário um campo de mineradores no qual bandidos, trabalhadores oprimidos, um xerife cruel e uma única mulher de caráter fortíssimo vivenciam questões como o amor, a saudade, o assédio, a justiça e, por fim, o perdão. Musicalmente, esta ópera tardia está entre as produções “puccinianas” de maior inspiração do compositor, que faz uso de diversos motivos rítmicos e melódicos que remetem à couleur local do faroeste americano.
A nova montagem conta com Roberto Minczuk na direção musical, enquanto Carla Camurati assume a direção cênica. Renato Theobaldo é responsável pela cenografia, Wagner Pinto cuida do design de luz, e Ronaldo Fraga é responsável pelo figurino, trazendo uma mescla entre estilo da época do Velho Oeste e referências contemporâneas e brasileiras. Ronaldo Zero atua como assistente de direção. No elenco, nos dias 14, 16, 19 e 22, estão Martina Serafin, Minnie; Lício Bruno, Jack Rance; Gustavo Lopez Manzitti, Dick Johnson, e, nos dias 15, 18 e 21, Daniela Tabernig, Minnie; Homero Velho, Jack Rance e Enrique Bravo, Dick Johnson.
“Insurreição” é um show em formato de cortejo, parte de um projeto especial que busca refletir sobre as formas artísticas dominantes e excluídas unindo rituais indígenas e música negra experimental como uma metáfora para a decolonização da escuta, do olhar e da cultura. O evento propõe uma imersão nas possibilidades espaciais, sonoras e visuais do Theatro Municipal. Com concepção e direção artística de Caru Albuquerque, a equipe técnica conta com a direção musical de Rômulo Alexis, que estará acompanhado pelos músicos Noemí Isaete e Stefani Souza. A voz é de Paola Ribeiro. “Insurreição” terá três datas: 7/7, 8/7 e 9/7. Os ingressos estão disponíveis por R$32 (inteira) e R$16 (meia) e a classificação indicativa é livre para todos os públicos. A duração total do evento é de 60 minutos.
Sendo realizado mensalmente, o Samba de Sexta é um evento que acontece na Praça das Artes, no Vão Praça das Artes. Em julho, será realizado no dia 14, sexta-feira, às 19h. O evento contará com a participação dos principais grupos de samba da cidade de São Paulo, O Pagode da 27, formado em 2005 por sambistas do Grajaú, na Rua 27 (R. Manoel Guilherme dos Reis). O projeto atrai amantes do samba e grandes nomes da música, como Waldir 59, Leci Brandão, Osvaldinho da Cuíca, Reinaldo, Cleber Augusto, Criolo, Tito Amorin e Chapinha, entre outros. O evento tem entrada gratuita, é livre para todos os públicos e possui duração total de 90 minutos.
Neste mês, também como atividade externa, o Balé da Cidade de São Paulo apresentará duas obras: “Sixty-Eight em Axys-Atlas” e “Fôlego”. Em “Sixty-Eight em Axys-Atlas”, com concepção e coreografia de Alejandro Ahmed e música de John Cage, os bailarinos executam livremente uma partitura de regras a partir de um metrônomo-fantasma luminoso, resultando em uma coreografia única a cada dia. Após o intervalo, será apresentada a peça “Fôlego”, com concepção e coreografia de Rafaela Sahyoun, produção musical de Joaquim Tomé e trilha sonora de The Field. “Fôlego” pode ser descrito como uma experiência que envolve a radiação dos corpos e a eletricidade emergente das atualizações presentes no espaço. A apresentação será no Teatro SESC Santos, no dia 15/7, às 17h. Duração total 80 minutos, classificação e preço a serem anunciados.
Por fim, para encerrar o período das férias, a Orquestra Experimental de Repertório retorna com o concerto “Pedro e o Lobo” no Theatro Municipal. A Orquestra Experimental de Repertório, sob a direção artística de Muriel Matalon e regência de Guilherme Rocha e de Carlos Moreno, trará a produção realizada pela Híbrida Arte e Cultura. O concerto contará com a narração da jornalista Sandra Annenberg na peça principal: “Pedro e o Lobo”, de Sergei Prokofiev. As apresentações serão nos dias 28/7, 29/7 e 30/7. Os ingressos variam entre R$10 e R$32 (inteira) e a classificação é livre para todos os públicos. A duração total do concerto é de 30 minutos.
Corpos Artísticos do Municipal no 53º Festival de Inverno de Campos do Jordão
O Festival de Inverno de Campos do Jordão chega a sua 53ª edição com a participação dos corpos estáveis do Theatro Municipal. No domingo (2/7), às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência de Guilherme Rocha, se apresentará na Praça do Capivari. O repertório conta com clássicos da música erudita como composições de Johann Strauss II, Hector Berlioz, Piotr I. Tchaikovsky e Johannes Brahms. O evento é gratuito.
Ainda dentro da programação do Festival de Inverno, o Coral Paulistano se apresentará na Sala São Paulo, no domingo (23/7), às 11h. Sob a regência de Ricardo Bologna e Maíra Ferreira, com acompanhamento de Renato Figueiredo ao piano e Rosana Civile também ao piano, será apresentada a obra “Les Noces”, de Igor Stravinsky. A classificação é livre para todos os públicos, sem conteúdos potencialmente prejudiciais para qualquer faixa etária. A duração total da apresentação será de 25 minutos.
Já no sábado (29/7), às 16h30, no Auditório Campos do Jordão, a Orquestra Sinfônica Municipal apresentará o Prelúdio do ato I da ópera “Lohengrin” (8′), de Richard de Wagner, “Rapsódia sobre um tema de Paganini” (22′) e “Sinfonia nº 1 em ré menor, op. 13” (40′), ambas de Sergei Rachmaninoff. Valores ainda serão divulgados.
Para mais informações sobre os espetáculos, confira a programação completa abaixo ou acesse o site oficial do Theatro.
Serviço:
Theatro Municipal
Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Sé – São Paulo, SP
Capacidade Sala de Espetáculos – 1503 pessoas
Praça das Artes
Avenida São João, 281, Sé – São Paulo, SP
Capacidade Sala do Conservatório – 200 pessoas.
(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)
Com organização e produção de Ligia Testa, uma das mais renomadas curadoras de arte de Campinas, a exposição “NQHOMA – Nós Que Habitamos o Mundo Alheio!” coloca a mulher no centro e traz reflexões multilaterais sobre sua presença (ocultada) no mundo da arte.
“As mulheres precisam estar nuas para entrar no Metropolitan Museum, em Nova York? Na seção de arte moderna, 5% dos artistas são mulheres, mas 85% da nudez nas obras é feminina”. O contexto é um alerta da Guerrilla Girls, grupo nova-iorquino de artistas feministas anônimas que combate o sexismo e o machismo no mundo da arte.
A reforma do Museum of Modern Art – MOMA, em Nova York, que custou 450 milhões de dólares, começa a soprar sinais de mudança. A reforma foi além da estrutura arquitetônica e da ampliação dos espaços, com a proposta de aumentar a diversidade, contemplando mais obras de artistas femininas e de trabalhos de outras regiões do mundo. Dentro dos novos acervos, especula-se a obra “A Lua”, de Tarsila do Amaral, adquirida por 20 milhões de dólares – fato ainda não confirmado, mas que, se for verdade, traz esperança e dá o devido valor à obra da artista brasileira e seu lugar no mundo.
E mais perto de nós, no Museu de Arte de São Paulo – MASP, o que dizem os números? Apenas 6% dos artistas do acervo em exposição são mulheres e 60% dos nus são femininos. Enfim, os números gritam algo silenciado.
Estamos em pleno século XXI, é verdade, mas a igualdade de gênero no universo das artes está longe da superação. Linda Nochlin, historiadora da arte, no artigo “Why have there been no great women artists?” (“Por que não houve grandes mulheres artistas?”), reivindica um novo paradigma à história da arte mostrando que as barreiras da sociedade impediam (no passado) e ainda impedem (no presente) as mulheres de desenvolver seu lado artístico e de obter reconhecimento como artistas. É o que revelam as histórias das artistas que fazem parte da exposição coletiva inédita “NQHOMA – Nós Que Habitamos o Mundo Alheio!”, que será inaugurada em Campinas no dia 20 de junho com a proposta de percorrer outras galerias e quiçá países.
“A proposta desta exposição é mais uma de muitas iniciativas para provocar conversas, reações, discussões, para adensar a busca pela igualdade de gênero nos acervos mundo afora, e para propiciar que as pessoas contemplem a arte produzida do ponto de vista feminino”, explica a curadora Lígia Testa.
Foram convidadas 14 artistas mulheres e muita diversidade – de histórias, cidades, técnicas, idades, classes sociais e formações acadêmicas – para mostrar a este mundo a que vieram: Cristiane Maschietto, Cristina Sagarra, Di Miranda, Doris Homann, Duda Clementino, Fernanda Carvalho, Flavia Jackson, Gisele Faganello, Josie Mengai, Mariana Gadelha, Nadir Santilli, Nenesurreal, Olívia Niemeyer e Tania Martins.
São elas: brancas, negras, periféricas, mães, donas de casa, arquitetas, engenheiras, jornalistas, fonoaudiólogas, economistas, linguistas, psicólogas, instrumentadoras cirúrgicas – não importa; antes de tudo, são mulheres e minoria nas galerias do mundo. Não importa se jovens ou maduras. Uma delas in memoriam, nascida em 1898, migrante da 2ª guerra mundial, representada por suas obras, Doris Homann foi uma mulher muito à frente de seu tempo.
Vindas de diversas cidades, próximas e distantes, como Hong Kong, Escócia, EUA e Berlim. Solteiras, casadas, divorciadas, viúvas. A exposição reúne uma coletânea de histórias diferentes, mas em comum pesa a consciência de que não é fácil morar no mundo alheio, onde não são convidadas naturalmente a participar.
Entre elas, a descoberta da necessidade de produzir arte veio de maneiras diferentes e em tempos próprios a cada uma, mas hoje é o que fazem para viver, em suas distintas propostas – de pagar as contas do mês a amenizar o caos do mundo atual, mas com um único sentido para todas: superar a luta diária de ainda não ter o próprio mundo para viver. A diferença é que elas, com seus talentos e criatividade, estão construindo este mundo para as futuras gerações habitarem: filhas, netas, bisnetas, para que tantas novas gerações de mulheres ocupem os espaços das artes.
De acordo com a reflexão de Linda Nochlin, ao responder a pergunta título de seu artigo: “não existiram grandes mulheres artistas porque não existiram as condições sociais, políticas, culturais e intelectuais para que elas existissem”, “Criemo-las, pois: mais, sempre e sem descanso”, enfatiza Ligia Testa.
Historicamente o tema tem suas injustiças conhecidas no mundo das artes, com mulheres que tiveram suas obras apropriadas por seus pares, como Camille Claudel, Margaret Keane e outras. Acreditamos que já não falamos mais desse tempo; mesmo assim, não é incomum o relado de artistas mulheres que deixaram para dedicar ao mundo da arte depois que os filhos cresceram, deixadas em segundo plano pela imposição do sistema ou por si mesmas.
Estas histórias entrelaçadas falam de ressignificar, de ocupar espaços e mundos habitados a partir de uma ótica legitimamente feminina, acolhedora, protagonista.
Serviço:
NQHOMA: Nós Que Habitamos O Mundo Alheio
Abertura: 20 de junho, das 17 às 21h (vernissage)
Visitação: até 20 de agosto [com agendamento por WhatsApp (19) 99792-7221]
Local: Galeria Arqtus – Ligia Testa
Endereço: Av. Dr. Heitor Penteado, 1611 – Taquaral, Campinas (SP).
(Fonte: Confraria da Informação)