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Panamericana celebra 60 anos com exposição inédita das obras de Enrique Lipszyc

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Elcio Ohnuma.

A Panamericana Escola de Arte e Design comemora 60 anos em 2023 e, para celebrar a uma história de sucesso como referência na valorização e estímulo da profissionalização da criatividade brasileira, a instituição vai realizar a partir de 20 de junho uma exposição inédita das obras de seu fundador, Enrique Lipszyc. Intitulada “O Criador e Sua Obra”, a exposição reúne telas e desenhos produzidos entre 2012 e 2020.

São raros os nomes cujo propósito profissional e de vida se fundem à vocação pessoal; essa mistura é nítida na figura de Enrique Lipszyc (1932–2020). Empresário, artista, professor, visionário e amante das artes e da educação, Lipszyc se identificou com a arte ainda jovem, se envolvendo em círculos de desenhistas e artistas em Buenos Aires, onde nasceu.

Desenhista voraz, pintor cauteloso e professor dedicado, ele nunca expressou vontade de expor suas obras. Mas isso mudou em 2019, quando em uma conversa com seu filho, Alex Lipszyc, atual presidente da Panamericana e curador da exposição junto com Massimo Picchi, mostrou desejo em apresentá-las. “Tivemos esta conversa e foi uma surpresa para mim. Ele sempre explorou seu lado artístico desde muito novo, mas foi impedido de trabalhar nesse universo pelo pai, que o impôs a fazer faculdade de direito, curso que nunca terminou e que foi um embate até o fim da vida do meu avô, que morreu sem fazer as pazes com ele”, explica Alex. “Surgiu a partir daí, um bloqueio em mostrar sua veia artística para o mundo, mas não o bloqueio criativo. Muito pelo contrário: ele continuou criando através das décadas e não parou mais, trabalhando até o último dia de vida”, conta Alex. “De alguma forma, meu pai conseguiu atingir o sucesso por meio da arte criando a Panamericana, deixando seu talento artístico como uma atividade em paralelo”, acrescenta.

Para a exposição, os curadores jogam luz sobre um recorte temático predominante no trabalho de Lipszyc – o mito de Adão e Eva. Sob uma ótica que extrapola os muros erguidos pelo viés da religião, o artista expressou o caráter primordial desses dois personagens e seus comportamentos, que o diferenciavam dos outros animais e que definiram permanentemente a existência humana. As necessidades e demandas antes instintivas – desejo sexual, fome, sede, proteção – cedem lugar para os sentimentos secundários, como amizade, confronto, ciúmes, poder e auto identificação, entre outros. Essa construção da negação da perfeição encontrada no paraíso e da inauguração da humanidade e, consequentemente, a sua ambiguidade e contradições, é nitidamente percebida nos trabalhos de Lipszyc, que teceu cada etapa evolutiva do casal. “Ele contava que é como se visitasse Adão e Eva e acompanhasse o dia a dia deles, como se fizesse parte daquele ambiente. O pintor, neste momento, passa a ser um espectador direto, quase um voyeur das cenas retratadas”, comenta Alex Lipszyc.

A mulher é o agente que se apodera da dinâmica do casal e isso pode ser observado em diversas obras da exposição. “Há uma dinâmica de poder protagonizada por Eva, que se utiliza de várias ferramentas no desenvolvimento dessa relação. A humanidade só foi possível graças ao poder que ela exercia sobre Adão em todos os aspectos – linguagem, sexo e tarefas do dia a dia, entre outros assuntos –, ou seja, a humanidade nasceu do matriarcado”, enfatiza Alex.

A figura humana é o centro desta temática praticada por Enrique Lipszyc em toda a sua trajetória artística. Neste universo do casal primordial, há um objetivo incessante por traduzir uma interpretação mais pura do mito de Adão e Eva. “Nessa procura permanente, meu pai concluiu que, mesmo passados milhares de anos, evoluções tecnológicas e intelectuais, continuamos sendo os mesmos seres de sempre: buscamos nos reconhecer no outro e não somos felizes em nossa individualidade, mas sim no coletivo, sempre estamos em conflito por questões banais e que, sem o diálogo, não solucionamos nossos problemas”.

Por ser um tema recorrente em todo o trabalho de Enrique Lipszyc, os curadores precisaram fazer um recorte temporal para a exposição. “Enrique trabalhou nesse tema por toda a sua vida nas artes e seria impossível expor todas as obras, que chegam a serem centenas”, comenta Massimo Picchi, ex-diretor geral da Panamericana. Ao estudarem todo o acervo, eles observaram que os últimos anos expressam um artista mais consciente de seu ofício e seu estilo. “De 2012 até 2020, há uma consciência palpável, um domínio pleno de sua identidade como artista”, enfatiza Picchi. O desenho, técnica que será a mais vista da exposição, foi a que Enrique Lipszyc mais trabalhou durante a sua vida. “Ele desenhava como se fosse um gesto natural, quase inconsciente. Toda a ideia chegava por meio do papel para ele, que depois evoluía – ou não – para a tela”, conta Alex.

Assim como no desenho, Enrique Lipszyc se expressava de maneira mais visceral; o artista tinha uma criatividade para explorar novos materiais de diferentes formas. Na pintura, elementos como terra, cola e cera, além de telas reaproveitadas, eram empregados em seus trabalhos. “É possível enxergar esses materiais que conversam com a temática proposta; para uma cena mais leve, Enrique utilizava tonalidades mais calmas, traços mais sutis. Já nas cenas de conflito, tons mais vibrantes e texturas mais marcantes são observadas”, explica Alex.

Na jornada de criatividade e liberdade, Enrique Lipszyc não abriu mão de seu esmero e organização. Em todas as suas obras, dedicou tempo para categorizar e catalogar todo o processo de criação. “Ele anotou, na parte posterior de cada obra, tudo que foi empregado – papel, tela e tintas, entre outros materiais, técnicas utilizadas e data, fazendo valer seu trabalho primoroso como professor por mais de cinco décadas”, conta Alex. Nesse contexto, a mostra também apresenta a intimidade do dia a dia de Enrique Lipszyc com uma sala que reproduz o seu ateliê, com as ferramentas, mobiliário original e outros elementos que compunham o seu ambiente de trabalho.

Para Massimo Picchi, a identidade de Enrique Lipszyc está totalmente definida em seu lado como pintor e artista plástico. “A parte artística de Enrique era a mais verdadeira, a mais passional, a mais integrada com a técnica e o conteúdo. Ele tinha uma paixão pelo homem, pela mulher, desenvolvendo esse tema de uma maneira muito pessoal, muito genuína. O seu estilo muito apurado, expressionista, ganhava vida com as técnicas que ele escolhia: a óleo, acrílico e mistas, variando-as nas telas e nos desenhos; estes, sendo muito importantes tanto no campo da expressividade como em projetos para trabalhos maiores”.

Um marco da criatividade em São Paulo

Os 60 anos da Panamericana Escola de Arte e Design se misturam à história da profissionalização do talento criativo no Brasil, tornando-se uma referência nacional em excelência de ensino. Desde sua inauguração, em 1963, a escola mantém o propósito de trazer o aluno mais próximo do mercado de trabalho de forma assertiva e estimulando suas vocações artísticas e seus talentos. “O olhar visionário de Enrique Lipszyc já é visto desde o início, quando criou a Panamericana em Buenos Aires. Profissionalizar os ofícios no campo das artes não era uma realidade 60 anos atrás, então posso dizer que a Panamericana é uma pioneira nesse segmento em São Paulo e um exemplo a ser seguido em diversos lugares do Brasil”, comenta Alex Lipszyc.

A evolução no sistema de ensino da Panamericana foi desenvolvendo-se no decorrer dos anos, sempre atenta ao que o mundo contemporâneo demandava. Mas nada se compara ao salto evolutivo imposto pela pandemia. “Nos vimos numa realidade que exigiu uma adaptação muito acelerada, o que também permitiu que colocássemos em prática algumas ideias que já tínhamos há muito tempo”, conta Alex. A partir desse contexto, a Escola remodelou a sua grade curricular, trazendo cursos EAD, outros de curta duração, além de reavaliar o tempo dedicado de cada aluno ao curso, oferecendo uma trilha educacional mais assertiva para o seu objetivo profissional.

“Estamos em um momento crucial no qual a tecnologia da inteligência artificial nos desafia como profissionais da economia criativa. Então, temos que ter um olhar para o futuro das carreiras que seguirão tendo o seu diferencial, adaptando o dia a dia do aluno dentro da instituição para que ele consiga apreender todo o nosso conteúdo e adaptá-lo à realidade dele. A dinâmica de ensino se transformou muito com o passar do tempo, mas o propósito da Panamericana segue o mesmo: preparar as pessoas para o mercado de trabalho de maneira eficaz e permanente”, completa Alex.

A Panamericana e a memória coletiva

Diversos nomes importantes do design, publicidade, artes plásticas, fotografia e design de interiores têm a Panamericana Escola de Arte e Design como importante instrumento em suas formações, além de terem a instituição como um lugar de memórias afetivas. Ex-diretores, professores e colaboradores também fazem parte dessa construção de décadas de referência em profissionalizar talentos. O artista plástico Claudio Tozzi lembra de sua vivência imersiva na escola e também da sua convivência com Enrique Lipszyc. “Enrique foi um grande amigo.

Reunimos um grupo de amigos que faziam viagens sempre em setembro, quando era o aniversário dele. Ele tinha uma grande intimidade com a arte e isso refletia diretamente na sua dedicação para com a escola. A cada descoberta em nossas viagens, ele queria implementar novidades na Panamericana. Conduzi alguns seminários por lá e neles levava bastante a experiência da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, além das experiências que a gente fazia nos laboratórios de pesquisa da imagem, com intuito de aplicá-los na Panamericana, para ter um curso bastante atualizado e contemporâneo do que se fazia no mundo. Enfim, foi uma experiência maravilhosa”.

Já o desenhista, escritor e empresário Mauricio de Souza reflete a importância da Panamericana e da figura de Enrique Lipszyc em sua trajetória profissional. “Sem dúvida, tive bons momentos na Panamericana, em companhia de amigos ligados à instituição. Visitei suas exposições de arte, convivi com artistas, inclusive internacionais, como o criador do gato Garfield, Jim Davis, que virou um colega e amigo. Outras linhas de amizade emergiram de viagens com Enrique Lipszyc. Com ele, mais Álvaro Moya e Jayme Cortez, percorremos diversas feiras de arte entre as quais o salão de Lucca, na Itália, onde recebi o prêmio máximo – Yellow Kid – pelo lançamento da revista da Turma da Mônica. Enrique passou a acompanhar minha publicação com histórias em quadrinhos no jornal Folha de S. Paulo e, a cada encontro, avaliava a evolução do estilo nas tiras e elogiava meu layout nas produções”.

O publicitário Washington Olivetto acredita que a Panamericana Escola de Arte e Design conseguiu atingir um patamar na educação brasileira inédito, tornando-se um patrimônio da cidade de São Paulo e da comunicação no Brasil. “Desde a década de 70, Enrique e eu convivemos de maneira intensa. Eu, começando a trabalhar na DPZ, ele nos primeiros anos da Panamericana. Tive o privilégio de fazer palestras e exposições da W Brasil dentro da escola, além de ser jurado em diversos concursos entre os alunos. Foi muito bom ter Enrique como companhia e consequentemente seu brilhante trabalho dentro do universo criativo no Brasil”.

Serviço:

Exposição O Criador e Sua Obra, por Enrique Lipszyc – Panamericana 60 Anos

Onde – Panamericana Escola de Arte e Design – Avenida Angélica, 1900 – São Paulo (SP)

Quando – de 20 de junho a 18 de agosto

Horário de visitação – segunda a sexta das 9h às 20h e aos sábados das 9h às 12h (domingos e feriados não abre)

Entrada gratuita

https://www.escola-panamericana.com.br/.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Selo SESC lança álbum “Sons do Refúgio”, com canções de diversas partes do mundo

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do álbum “Sons do Refúgio”, com lançamento previsto para 20 de junho, Dia Mundial do Refugiado.

O Selo SESC reuniu canções de músicos em situação de refúgio, migrantes internacionais e apátridas no Brasil no álbum “Sons do Refúgio”, com lançamento previsto para 20 de junho, data em que é celebrado o Dia Mundial do Refugiado. O trabalho teve origem a partir da série documental de mesmo nome lançada pelo SescTV em novembro do ano passado. Em cada um dos dez episódios, são apresentadas as histórias desses personagens que encontraram no Brasil um espaço para divulgação da sua arte.

Assim como na série, o álbum “Sons do Refúgio” reforça a música como uma expressão cultural que ultrapassa fronteiras e aproxima as pessoas, rompendo barreiras, seja de língua, de raça, de classe, de religião ou de nacionalidade. Em dez faixas, é possível conhecer a arte de músicos de diferentes regiões do planeta que carregam em suas histórias, traumas, deslocamentos, preconceitos, acolhimentos e recomeços, tudo o que compõe as suas vivências em solo brasileiro.

O trabalho abre com “Beleza Pura”, composição do congolês radicado no Brasil desde 1993 Zola Star. O artista canta em português e traz influências de ritmos da Angola, já tendo conquistado o seu espaço no meio musical do Brasil. O álbum apresenta também a angolana Ruth Mariana, cantora e atriz com uma trajetória marcada por difíceis deslocamentos em busca de uma vida longe das guerras e crises que atingem seu país. Em “Mulheres”, a artista destaca as lutas femininas.

Já a francesa Anaïs Sylla, com ascendência senegalesa, escolheu o Brasil por seu interesse pela música nacional, buscando espaço para se desenvolver como cantora e compositora. No álbum “Sons do Refúgio”, a artista destaca-se com a canção “Mai”, cantada em francês. O cubano Pedro Bandeira, líder da banda Batanga e Cia, também chegou ao Brasil encantado pela música brasileira. Em “Ijé”, o grupo traz o ritmo batanga, tocado com instrumentos percussivos de Cuba.

Seguindo com a volta ao mundo que o novo lançamento do Selo SESC propõe, a iraniana Mah Mooni apresenta “Pulso do Nascente/Yo M’enamori D’un aire/Simin Bar/Uskudar”. No anseio de liberdade, que era oprimida em seu país de origem, a cantora encontrou no Brasil um lugar para expressar sua arte, ser modelo e velejar. A cantora, compositora e bailarina Fanta Konatê demonstra a percussão africana na música “Matadi”. Fanta é influenciada pelo seu pai, o mestre percussionista Famoudú Konatê, primeiro solista do balé nacional da Guiné Conacri e conhecido internacionalmente como o rei do djembê, o tradicional instrumento africano de percussão.

A canção “Mejor que Nadie” é interpretada pelo grupo boliviano Santa Mala, formado por três irmãs rappers: Abigail Llanque, Jenny Llanque e Pamela Llanque. Cantando sobre o orgulho por sua ancestralidade inca, as irmãs incluem em suas músicas falas de protesto e de empoderamento feminino. Já o grupo Maobe apresenta música, dança e percussão de seu país de origem, o Togo, para os brasileiros na música “Eu Vim de Lá”, em que se repercutem elementos fundamentais através de ritmos ancestrais.

Em “Hal Asmar Ellon”, a cantora Oula Al-Saghir mostra a música tradicional árabe e palestina. Refugiada no Brasil com a família, Oula encontrou na música uma maneira de retornar e compartilhar costumes da Síria, sua terra natal, e da Palestina, terra de seus pais. Encerrando o álbum, Guipson Pierre traz o ritmo regueiro do Haiti na canção “Há Sempre Luz”. Após o terremoto que acometeu o seu país em 2010, Pierre chegou ao Brasil buscando melhores condições de vida.

Todas as canções do álbum “Sons do Refúgio” serão disponibilizadas no SESC Digital e nas principais plataformas de streaming a partir do dia 20 de junho.

Tracklist:

1 – Zola Star – Beleza Pura (03:51)

Voz, guitarra e violão: Zola Star/MPC: Curumin/Baixo e synths: Zé Nigro/Coro: Julia Valiengo, Paula Tesser e Raquel dos Santos

2 – Anaïs Sylla – Mai (03:28)

Voz: Anaïs Sylla/Violão e baixo: Beto Villares/Violoncelo: Yaniel Matos/Percussão: Maurício Badé

3 – Mah Mooni – Pulso do nascente/Yo m’enamori D’un aire/Simin Bari/Uskudar (05:01)

Voz: Mah Mooni/Piano: Daniel Szafran/Flauta: Franciana Araújo/Contrabaixo: Igor Pimenta/Percussão: Kaveh Valipoor

4 – Fanta Konatê – Matadi (06:42)

Voz e dança: Fanta Konatê e Koria Konatê/Djembê e ntama: Luis Kinugawa/Djembê: Bangaly Konatê/Sangban: Manu Neto/Kenkenis: Fábio Serra/Dunumba: Barba Marques

5 – Ruth Mariana – Mulheres (02:45)

Voz: Ruth Mariana/Guitarra, baixo e violão: Zola Star/Percussão Thomas Harres

6 – Santa Mala – Mejor que nadie (03:20)

Vozes: Abigail Llanque, Jenny Llanque e Pamela Llanque/Rhodes e baixo sintetizador: Beto Villares/Teclado e beats: Zé Nigro/MPC: Érico Theobaldo

7 – Grupo Maobé – Eu vim de lá (03:40)

Voz e violão: Tyno Val/Djembê: Edoh Amassize/Voz e xequerê: Namíbia Neves/Doundouns e agogô: Papnez Togovi/Guitarra: Rodrigo Caçapa/Baixo: Zé Nigro/Coro: Julia Valiengo, Paula Tesser e Raquel dos Santos

8 – Oula Al-Saghir – Hal Asmar Ellon (05:54)

Voz: Oula Al-Saghir/Riq: Maurício Mouzakek/ Kanun: Raouf Jemni/Buzuq: Youssef Saif

9 – Batanga & Cia. – Ijé (06:13)

Tumbadoras e tambores batá: Pedro Bandera/Timbales: Alexis Damian de Armas/Sax tenor: Fernando Javier Ferrer/Piano: Hanser Ferrer/Sax alto: Luis de la Hoz/Trompete: Felipe Aires/Baixo: Gustavo Martinez

10 – Guipson Pierre – Há sempre luz (03:46)

Voz e guitarra: Guipson Pierre/Rhodes e sintetizador: André Lima/Clavinet: Beto Villares/Bateria: Bruno Buarque/Baixo, piano, sintetizadores e guitarra: Zé Nigro.

Ficha Técnica:

Direção musical: Beto Villares

Produção musical: Zé Nigro

Gravação e mixagem: Estúdio Navegantes (Guipson Pierre, Batanga & Cia., Santa Mala, Mah Mooni, Anaïs Sylla, Grupo Maobé, Ruth Mariana, Zola Star e Oula Al-Saghir) e Parede-Meia Estúdio (Fanta Konatê),

Assistente de produção: Paula Tesser.

Serviço:

Selo SESC lança o álbum “Sons do Refúgio”, de vários artistas

Local: Nas plataformas de streaming e no SESC Digital.

Culturas em Trânsito | O SESC São Paulo realiza ações de integração para pessoas em situação de refúgio e solicitantes de refúgio desde 1995, fruto de um convênio entre o SESC, Senac e Caritas – Arquidiocesana de São Paulo. Essa iniciativa se expandiu e passou a contar com outras ações de promoção de direitos à migração e da diversidade cultural e com a parceria do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – Acnur. As atividades socioeducativas e culturais para este público visam desenvolvimento educativo do indivíduo nas mais diversas dimensões e sensibilização dos públicos para a questão do Refúgio e Migração. Conheça as programações do mês de junho aqui.

(Fonte: Agência Lema)

Urbia realiza primeiro Passeio Ciclístico Noturno no Parque Horto Florestal

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: Ciclistas no Parque Horto Florestal | Urbia.

Andar de bicicleta pelos parques de São Paulo é uma das opções de lazer favoritas dos paulistas, já que, além de ser uma atividade física prazerosa, é capaz de promover o contato direto com a natureza em meio à grande metrópole. Pensando nisso e em busca de trazer novas vivências aos seus visitantes, a Urbia, administradora do Parque Estadual Alberto Löfgren – Horto Florestal, realizará o primeiro Passeio Ciclístico Noturno no espaço, no dia 1 de julho, das 19h às 21h30. As inscrições podem ser feitas no Centro de Visitantes do Parque ou no site Urbia Pass, sendo gratuitas para crianças de até três anos, e mediante à pagamento de R$60 para crianças até 14 anos e R$100 para adultos. Todos os participantes receberão um brinde especial preparado pela Urbia.

O passeio será conduzido pela equipe da Urbia e realizado em parceria com o atleta e influenciador esportivo Jaime Vannucci tendo como objetivo proporcionar aos visitantes a experiência de apreciar a dinâmica da vida noturna dos animais que habitam a reserva ambiental. Ao longo do trajeto de 7km de distância (ida e volta) serão apresentados diversos fatos e curiosidades sobre a fauna e flora da Mata Atlântica com foco na educação e preservação do meio ambiente, além da passagem pelos atrativos do Parque como os lagos, o Palácio de Verão, o Museu Florestal e o monumento que faz referência à linha imaginária do Tropico de Capricórnio, entre outros.

Para participar, os visitantes devem trazer suas próprias bicicletas ou optar por alugar diretamente com a Urbia por R$40 adicionais, dependendo da disponibilidade de bikes no dia do evento. A Urbia recomenda que os participantes utilizem repelente, tragam água e utilizem roupas adequadas para pedalar. Além disso, é obrigatório o uso de capacete e, preferencialmente, que as bicicletas tenham sinalização e farol.

O ponto de encontro da atividade será o Centro de Visitantes do Horto Florestal, localizado no espaço da Estação Vida, e o trajeto deverá ser percorrido em grupo, tornando a experiência mais interativa e segura. Vale ressaltar que o passeio é destinado a participantes de todas as idades; porém, menores de 18 anos deverão estar acompanhados de seus responsáveis.

Para garantir mais comodidade, quem optar por ir de carro poderá estacionar no local, ao custo de R$15, e a entrada para o estacionamento se dá pela Avenida José Rocha Viana, 62.

Transporte público | Quem optar pelo transporte público poderá pegar uma das linhas de ônibus que partem do Terminal Santana e Tucuruvi, as alternativas são: 2020/10 Metrô Tucuruvi–Horto Florestal (ponto final); 1018/10 Metrô Santana–Vila Rosa; e 1775/10 Metrô Santana–Vila Albertina.

Serviço:

Passeio Ciclístico Noturno no Parque Horto Florestal

Local: Centro de Visitantes do Horto Florestal

Funcionamento: 1 de julho de 2023

Horários: 19h às 21h30

Valor: R$60 ingressos para crianças até 14 anos e R$100 ingressos para adultos, incluindo brinde. Crianças até três anos não pagam inscrição.

Link para ingressos.

(Fonte: Máquina Cohn&Wolfe)

Parque Ecológico recebe Feira Ambiental Ecopark

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Recinto da Feira Ambiental EcoPark será montado no Parque Ecológico, ao lado da Pista de Aeromodelismo. Fotos: Eliandro Figueira.

A Feira Ambiental EcoPark trará atrações gratuitas como exposição de mini animais, passeio de carretinha com trator, área para passeio ciclístico de Ecobike, soltura de alevinos, doação de mudas e cadastro para adoção de animais. Nos dois dias do evento as atividades terão início às 9h e só terminam às 17h. Além das exposições e oficinas, estão programadas apresentações musicais com as Bandas Rock’n Roça e Brexó e apresentações teatrais.

Pelo segundo ano consecutivo, o espaço escolhido para a realização da Feira fica ao lado de um dos dois fragmentos de Mata Atlântica dentro do Parque Ecológico, que reúne uma amostra significante da fauna e flora do local.

A Fazendinha “Recanto Feliz” é uma das atrações mais esperadas pela criançada. Este ano eles retornam para Indaiatuba com mini animais como ovelhas, cabras, porcos, bezerros, vacas, coelhos, boi de sela e pôneis. No mesmo recinto será montada a Casa Caipira, seguindo o modelo de uma típica cozinha da roça.

Os passeios de carreta puxada por trator também estão confirmados na EcoPark, assim como as oficinas de suculentas e passeios ciclísticos organizados pela equipe do Projeto Ecobike. Já as solturas de alevinos estão agendadas para sábado, às 11h, e domingo, às 10h.

Na exposição de serviços da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, o Projeto Click Árvore fará doação de mudas de árvores, hortaliças e suculentas; o Centro de Reabilitação Animal (CRA) estará cadastrando para castração e doação de animais, haverá exposição da mini usina de Biodiesel Urbano e a Van Laboratório do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) mostrará como é feita a análise da água. Também haverá exposição do Programa Cata Bagulho, Projeto Cidade Limpa e Projeto Horta, além de orientações sobre Licenciamento Ambiental, entre outras atrações.

A Associação Mata Ciliar, que possui convênio com a Prefeitura para o atendimento e reabilitação de animais resgatados no município e que precisam de cuidados, terá um estande na EcoPark para apresentação do trabalho. Estão programadas exposição de sementes e suas formas de dispersão natural, exposição de pegadas de animais em gesso, jogo interativo de perguntas e respostas com apoio de material ilustrativo e o Jogo Tabuleirão, no qual as crianças participam como jogadores em um percurso que mostram os desafios ambientais e os benefícios da preservação de um curso d’água.

Este ano, a Feira Ambiental EcoPark abrigará o Projeto Domingo Ecológico, que levará para o Parque Ecológico quatro apresentações da peça teatral “A Montanha Encantada”, sendo duas no sábado e duas no domingo, às 10h30 e 14h30. Na programação estão oito oficinas de materiais recicláveis com capacidade para 40 alunos, às 9h, 11h30, 13h e 15h30.

Mais atrações

As crianças que comparecerem à Feira Ambiental EcoPark ainda poderão se divertir com o Koringa, que estará passeando pelo recinto com suas brincadeiras, ou acompanhar as atividades dos grupos de escoteiros da cidade.  Os grupos de escoteiros Rosas dos Ventos e Indaiá já confirmaram presença nos dois dias do evento.

No sábado (24/6), a Secretaria de Cultura comandará as apresentações da Banda Brexó, das 10h30 às 12h30, e da Banda Rock’n Roça, das 14h30 às 16h30. No domingo (25/6), a primeira apresentação será da Banda Rock’n Roça, das 10h às 12h30 e, à tarde, a Banda Brexó se apresentará das 14h30 às 16h30.

A Secretaria da Saúde estará no recinto com a equipe de vacinação para as campanhas de multivacinação, contra Influenza e Covid-19, tanto no sábado como no domingo. No sábado de manhã será disponibilizada, também, a vacina contra raiva para cães e gatos, somente das 9h às 13h.

A equipe de Controle da Dengue montará o estande com equipamentos e insumos informativos; exposição do ciclo biológico do mosquito com amostras de larva, mosquitos e microscópio; jogos interativos para crianças e brindes; veículos e equipamentos pesados; totens de vídeos; mini cinema com o tema ‘Conhecer para combater’ e tendas infláveis.

A Praça de Alimentação ficará sob a responsabilidade das entidades assistenciais do município e serão comercializados lanches, pastéis, cachorro-quente, churros gourmet e bebidas.

Para a realização da Feira, a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente conta com a parceria das empresas Corpus Saneamento e Obras e Mann Hummel e dos Conselhos Municipais do Meio Ambiente (Comdema) e de Proteção aos animais (Compda).

As secretarias municipais que também estão envolvidas na realização do evento são Secretaria de Relações Institucionais, Secretaria de Assistência Social – Terceiro Setor, Secretaria de Fiscalização, Secretaria de Segurança Pública – Defesa Civil, Secretaria de Obras e Vias Públicas – Trânsito e Elétrica, Secretaria de Educação – Bosque do Saber, Secretaria de Cultura, Secretaria de Saúde – Central de Ambulâncias e Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE).

Programação – Feira Ambiental EcoPark

Local: Parque Ecológico (ao lado da Pista de Aeromodelismo)

Data: dias 24 e 25 de junho

Horário: das 9h às 17h

Soltura de alevinos: sábado: 11h | domingo: 10h

Bandas Musicais:

Dia 24/6 – Sábado

Banda Brexó – das 10h30 às 12h30

Banda Rock’n Roça – das 14h30 às 16h30

Dia 25/6 – domingo

Banda Rock’n Roça – das 10h às 12h30

Banda Brexó – das 14h30 às 16h30

Projeto Domingo Ecológico:

Apresentações de teatro da peça “A Montanha Encantada”:

2 apresentações no sábado, 10h30 e 14h30

2 apresentações no domingo, 10h30 e 14h30

8 oficinas com materiais recicláveis com capacidade para 40 alunos (sábado e domingo), 9h, 11h30, 13h e 13h e 15h30

Vacinação:

Multivacinação, gripe e Covid: sábado e domingo, das 9h às 17h

Vacina de cães e gatos: somente no sábado, das 09h às 13h.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Prefeitura disponibiliza Abrigo Provisório de Inverno para pessoas em situação de rua

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Ao todo, 50 pessoas em situação de rua serão acolhidas nas próximas semanas. Fotos: Eliandro Figueira.

A Prefeitura de Indaiatuba disponibiliza a partir da próxima terça-feira, dia 20, o Abrigo Provisório de Inverno para pessoas em situação de rua, em virtude das baixas temperaturas previstas para as próximas semanas. O local escolhido pela Prefeitura foi a Igreja Maria Goretti, no Jardim Santa Cruz, que receberá ao todo 50 pessoas em situação de rua – 40 homens e 10 mulheres que poderão passar a noite abrigados, recebendo todo o conforto e auxílio das diversas secretarias municipais envolvidas.

Para o prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar esse é um apoio importante. “Estamos num período de frio e as temperaturas têm caído cada vez mais, o que prejudica a população em situação de rua. Vamos oferecer estrutura e suporte com alimentação e um local adequado para dormir nesse período de inverno mais rigoroso”, comenta o prefeito.

A partir do dia 20 de junho, as equipes da Secretaria de Assistência Social conduzirão as pessoas em situação de rua até o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), também localizado no Jardim Santa Cruz, por volta das 18h, onde às 19h se iniciam a triagem social, banho, higiene pessoal e jantar; após isso, as pessoas serão direcionadas até a Igreja Maria Goretti – que está a poucos metros do Creas – para a acomodação e pernoite. A partir das 6h é servido o café da manhã no Creas e o público ficará livre durante o dia, retornando apenas às 19h.

A Prefeitura também anunciou que as pessoas em situação de rua que tiverem animais poderão levar consigo, pois assim como em outros anos, haverá o Abrigo PET, destinado a esses animais que serão acolhidos pela Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, que também fará a limpeza e manutenção dos espaços.

A Secretaria de Saúde se encarrega dos atendimentos de saúde e triagem no Creas, identificando pessoas que necessitam de algum cuidado específico ou tratamento. A Segurança Pública dará todo o apoio por meio da Guarda Civil, as secretarias de Esportes, Obras e Educação organizam a acomodação na Igreja e o Funssol será o responsável pela doação de roupas e agasalhos para todos. O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) também oferecerá apoio à ação.

A Secretaria de Assistência Social faz o alerta para que a população de Indaiatuba auxilie a identificação destas pessoas em situação de rua pelo telefone do Creas: (19) 3875-9898/0800 772 7721, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

Serviço:

Abrigo Provisório de Inverno 2023

Data: a partir de 20 de junho

Horário: às 19h no Creas e às 21h na Igreja Maria Goretti

Local: Creas – Rua José Francisco Tuon, 121, Jardim Santa Cruz / Igreja Maria Goretti – Av. Francisco de Paula Leite, 845 – Jardim Santa Cruz

Público: 40 homens e 10 mulheres em situação de rua.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)