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Museu da Arte Sacra recebe exposição “Identidade” – A pintura no acervo do MAS SP

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Carlo De Salvi que faz parte da mostra. Imagens: divulgação/MAS SP.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS SP), instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, inaugura a mostra coletiva “Identidade: a pintura no acervo do MAS SP” com 30 obras que representam módulos temáticos divididos por representação, gênero e categoria definidas pelos conceitos estabelecidos na história da arte. A abertura ocorre no dia 17 de junho, sábado, às 11h.

Um dos diferenciais da mostra é que a seleção das pinturas foi feita de forma coletiva pelos profissionais que compõem o departamento técnico do museu em uma inovadora experiência de curadoria coletiva. O recorte proposto, do total de 215 telas constantes o acervo, inclui obras originárias de antigas coleções advindas do Museu da Cúria Metropolitana de São Paulo, do Museu do Presépio, dos trabalhos adquiridos pelo Governo do Estado e as doações ao MAS SP durante seus 53 anos de existência.

Obra de Anita Malfatti que faz parte da exposição.

A linha curatorial alvitrada, com retratos de bispos e doutores da Igreja, interpretações de passagens bíblicas e da vida de santos, representações da cena da Natividade, do ciclo Cristológico e paisagens da São Paulo colonial, oferece ao visitante um momento particular em que pode apreciar os trabalhos constantes no acervo da instituição, conhecendo e reconhecendo técnicas que possibilitaram o fazer artístico através do tempo, com destaque para os séculos XVIII, XIX e XX.

“Identidade: a pintura no acervo do MAS SP” tem como mote primeiro apresentar e definir uma identidade para a coleção de pinturas do museu. Padre Jesuíno do Monte Carmelo, Jorge Vedras, Francisco Lobo, Almeida Junior, Benedito Calixto, Aldo Bonadei, Sanson Flexor e Anita Malfatti, entre muitos, são alguns dos artistas presentes. “O fio condutor estabelecido foi a ordem temática em que ideias, mitos, personagens históricos, paisagens retratadas pictoricamente por artistas paulistanos, brasileiros e estrangeiros, reconhecidos, desconhecidos e consagrados no campo das artes visuais são apresentados”, pontua Ramon Vieira.

Museu de Arte Sacra de São Paulo

O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição cultural localizada no centro da cidade de São Paulo, é considerado um dos mais importantes museus do gênero no país. Fundado em 1970, foi estabelecido por meio de um convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e a Arquidiocese de São Paulo, ocupando parte do Térreo do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na Avenida Tiradentes. A edificação onde está instalado é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, um raro exemplar remanescente na cidade e última chácara conventual de São Paulo. O Mosteiro foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1943 e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo em 1979.

Obra de Benedito Calixto que faz parte da mostra.

O acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo é composto por milhares de itens, que contam a história da arte sacra no Brasil e no mundo. O museu possui uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos XVI e XX, com destaque para as obras de importantes nomes como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, conhecido como “Aleijadinho”, e Benedito Calixto de Jesus, além de coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática. Parte do acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo é tombado pelo Iphan desde 1969, sendo considerado um patrimônio inestimável que compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. Com suas exposições, o museu visa preservar e divulgar a riqueza da arte sacra, além de proporcionar aos visitantes um contato direto com a cultura e a história brasileira.

MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO – MAS/SP

Presidente do Conselho de Administração – José Roberto Marcellino dos Santos

Diretor Executivo – José Carlos Marçal de Barros

Diretor de Planejamento e Gestão – Luiz Henrique Marcon Neves

Museóloga – Beatriz Cruz

Serviço:

Exposição “Identidade ”

Abertura: 17 de junho, sábado, às 11h

Período: de 18 de junho a 30 de julho de 2023

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo, SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Estacionamento gratuito/alternativa de acesso: Rua Jorge Miranda, 43 (sujeito à lotação)

Tel.: (11) 3326-3336 – informações adicionais

Horários: de terça-feira a domingo, das 9 às 17h (entrada permitida até as 16h30)

Ingresso: R$6,00 (Inteira) | R$3,00 (meia entrada nacional para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem – mediante comprovação) | Grátis aos sábados | Isenções no site

Número de obras: 30

Técnica: pinturas

INGRESSOSCompra de Ingressos

Mídias digitais:

Site: www.museuartesacra.org.br

Instagram: https://www.instagram.com/museuartesacra/

Facebook: https://www.facebook.com/MuseuArteSacra

YouTube: https://www.youtube.com/MuseuArteSacra

Google Arts & Culture: https://bit.ly/2C1d7gX.

(Fonte: Balady Comunicação)

Praça Prudente de Moraes recebe 5ª edição do “São João na Praça”

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Em sua quinta edição, São João na Praça já se tornou tradição em Indaiatuba. Foto: Eliandro Figueira.

Com o objetivo de resgatar a tradição das festas populares e típicas de rua, a quinta edição do São João na Praça já tem data marcada: 23 e 24 de junho, na Praça Prudente de Moraes. Durante os dois dias, o evento contará com quadrinha caipira e diversas atrações musicais, além de barracas de alimentação e brincadeiras comandadas pelas entidades assistenciais. A realização é da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

“O São João na Praça chega à sua quinta edição e já se tornou tradição em Indaiatuba. É a oportunidade de reunir a família em uma festa para todos, com diversas atrações musicais e dança”, ressalta a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Além, é claro, da praça de alimentação e brincadeiras comandadas pelas entidades de nossa cidade”.

A programação tem início na sexta-feira, dia 23, às 18h, com apresentação de danças e quadrilhas caipiras com participação de grupos da Terceira Idade do Funssol (Fundo Social de Solidariedade) e dos grupos de referência em Danças Urbanas, Ballet Clássico e Jazz Jovem da Secretaria Municipal de Cultura.

Corporação Musical Villa-Lobos apresenta o concerto “Canções Nordestinas”. Foto: Fábio Alexandre.

Na sequência, o Trio Lampião SP é atração às 19h e o encerramento fica por conta do Forró Maria Lua, às 20h. No sábado, dia 24, a abertura acontece às 17h30, com o concerto “Canções Nordestinas” da Corporação Musical Villa-Lobos. A DJ Cris Vibe é atração às 19h e quem fecha o 5º São João na Praça é a cantora Priscila Moreno.

As entidades que participam do evento são Bolha de Sabão, estão Voluntários de Apoio no Combate ao Câncer (Volacc), Dispensário Antonio Frederico Ozanam, Educandário Deus e a Natureza, Centro de Integração, Reabilitação e Vivência do Autista (Cirva), Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais (Ciaspe), Amigos dos Deficientes Visuais de Indaiatuba (ADVI), Casa da Mulher Anália Franco, Centro de Convivência Amor Sem Limites (Cecal), Casa da Fraternidade e Casa de Passagem Atos 4.

Confira abaixo mais detalhes sobre as atrações da quinta edição do São João na Praça:

Trio Lampião SP

Natural de Astorga, no Paraná, Francisco Vieira, mais conhecido como Lampião, apaixonou-se pelo acordeom ainda jovem e passou a aprender sozinho os segredos deste instrumento.

Depois de anos participando de eventos de amigos e conhecidos, criou o projeto Trio Lampião SP, ao lado da filha Gislaine (percussão) e do genro Cláudio (zabumba), passando a se apresentar em eventos por toda a região.

Banda Maria Lua

Do desejo de representar suas raízes na região Sudeste, o percussionista e zabumbeiro Josi Percussa decidiu montar um grupo de forró, baião, xote e xaxado. Do encontro com o sanfoneiro Arthurzinho, o cavaquinista Dudu Baradel e com o triângulo de Alan Lac, surgiu a banda Forró Maria Lua.

Aos 16 anos, Priscila Moreno seguiu carreira como backing vocal de nomes como Dominguinhos e Waldonys. Foto: Fábio Alexandre.

Em 2018 e 2019, participaram do conceituado Festival Nacional de Forró de Itaúnas, no Espírito Santo, onde conquistaram sete indicações e cinco prêmios; entre eles, de melhor música para “Só no I Love You” e terminaram entre as três melhores bandas do festival.

Em seu repertório, estão sucessos de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Falamansa, Elba Ramalho, Flavio José, Trio Nordestino, Jorge de Altino, Trio Virgulino, Alcimar Monteiro, Marinês e Sivuca, entre outros, mantendo a originalidade do ritmo com uma identidade singular.

Corporação Musical Villa-Lobos com Canções Nordestinas

Com um repertório especial, que reúne as lindas harmonias e o gingado da música nordestina, a Corporação Musical Villa-Lobos irá homenagear os cantos do nosso Nordeste, com arranjos únicos e interpretações que prometem encantar o público.

DJ Cris Vibe

Foi em 2007 que Cristina Gnecco se tornou a DJ Cris Vibe. Em seus mais de 15 anos de atividades, comprova a força da mulher à frente das cabines e acumula milhares de apresentações em festas, aniversários, festivais, eventos corporativos e sociais.

Para o São João na Praça, a DJ Cris Vibe promete uma seleção especial de músicas nacionais remixadas com um toque junino e também versões de faixas que movimentam esta época do ano, em uma combinação de sons para ninguém ficar parado.

Priscila Moreno

A cantora começou a se apresentar aos 13 anos, integrando diversas bandas de baile na capital paulista, com repertórios variados. Aos 16 anos foi emancipada e seguiu carreira no Nordeste como backing vocal de grandes nomes como Dominguinhos e Waldonys.

Participou dos dois maiores “São Joões” do mundo, em Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco. Nesse período, também foi produtora artística de diversos músicos da cidade de Fortaleza. Hoje aos 40 anos e com 28 de carreira, Priscila Moreno retorna às origens, dando ênfase aos ritmos nordestinos.

Foi uma das atrações do 30º Maio Musical, com o show “Brasilidades”, onde apresentou releituras de canções da MPB, em especial a nordestina, resultantes das influências musicais, vivências e experiências da cantora em participações e produções de grandes nomes da canção popular brasileira, como Dominguinhos, Waldonys e Fagner.

PROGRAMAÇÃO

5° São João na Praça

23 de junho, sexta-feira

18h às 19h – Abertura com Danças

19h às 20h – Trio Lampião SP

20h às 22h – Forró Maria Lua

24 de junho, sábado

17h30 às 19h – Corporação Musical Villa-Lobos com Canções Nordestinas

19h às 20h – DJ Cris Vibe

20h às 22h – Priscila Moreno

Local: Praça Prudente de Moraes, Centro, Indaiatuba (SP)

Aberto ao público.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Webnário discute Lei Federal de Incentivo à Reciclagem

São Paulo, por Kleber Patricio

O Movimento Circular, ecossistema colaborativo que se empenha em incentivar a transição da economia linear para a circular, promove o “Circular Talks, Especial Mês do Meio Ambiente”. O webnário tem o objetivo de discutir o Pró Recicle, Lei de Incentivo à Reciclagem, e acontece no dia 15/6, às 17h, no canal do YouTube do Movimento Circular: https://movimentocircular.io/talks.

Além da discussão da lei de incentivo a reciclagem, o webnário acontece também em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado desde 1974, no dia 5 de junho, data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O tema “Caminhos para a Circularidade: ProRecicle como um potencial instrumento de transformação” conta com a participação de especialistas de diferentes setores da sociedade, que debatem os benefícios da chamada “Lei de Incentivo à Reciclagem”, sancionada no Brasil há pouco mais de um ano, mas ainda em fase de regulamentação. O ProRecicle é um programa que estimula pessoas e empresas a investirem em projetos voltados à cadeia de reciclagem em troca de benefícios fiscais.

Participam do encontro Adalberto Maluf, secretário nacional de Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente; Aline Sousa, catadora e diretora-presidente da Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop-DF); Carlos Gomes, deputado federal autor da Lei 14.360, de 8/12/2021, que deu origem ao ProRecicle; Carlos Silva Filho, presidente da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA) e diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe); Dr. Fabricio Soler, Advogado e professor especialista em Direito dos Resíduos e Professor Flávio de Miranda Ribeiro, Universidade Católica de Santos (Unisantos).

Serviço:

Circular Talks: “Caminhos para a Circularidade: O ProRecicle como um potencial instrumento de transformação”

Quando: 15/6 (quinta-feira), 17h, no canal do YouTube do Movimento Circular: https://movimentocircular.io/talks

Realização: Movimento Circular, com mediação de Ismaela Silva.

(Fonte: Betini Comunicação)

Aliança Nacional lança Manual de Educação LGBTI+

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

O Instituto Unibanco e a Aliança Nacional LGBTI+ lançam, nesta quarta-feira (7), em São Paulo, o “Manual de Educação LGBTI+”. Destinado a profissionais de educação do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio, o documento busca contribuir para a diminuição de casos de bullying, preconceito, discriminação, violência e evasão escolar que estudantes LGBTI+ nessa faixa etária podem sofrer no ambiente escolar. Para tanto, ele propõe aos profissionais de educação que reflitam sobre o que podem fazer, na prática, para promover o respeito à diversidade sexual e de gênero, além de como acolher e sensibilizar outras pessoas sobre a situação de marginalização em que parte da população LGBTI+ vive.

Dividida em três seções, a publicação conta com informações e conceitos sobre questões LGBTI+ de modo a apoiar os profissionais de educação a se familiarizarem com o tema. O conteúdo também traz sugestões de recursos práticos para auxiliar na abordagem do assunto com os estudantes. Por fim, reúne os textos de algumas legislações e normas voltadas à orientação e ao respaldo da realização deste trabalho em sala de aula.

Nas palavras de Toni Reis, diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, diretor da Rede GayLatino e um dos organizadores da coleção da qual o Manual faz parte, “o objetivo do Manual de Educação e LGBTI+ não é fazer apologia ou incentivar orientações sexuais e expressões/identidades de gênero diversas da heteronorma. Seu propósito é puramente o de contribuir para combater as cientificamente comprovadas e elevadas taxas de discriminação e violência contra estudantes LGBTI+, principalmente nas escolas”.

Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco, lembra que a intolerância à diversidade sexual e de gênero gera impactos profundos na trajetória educacional desses estudantes. “Os estudantes LGBTs estão entre os que mais vivenciam preconceito no ambiente escolar. A intolerância cria campos de discriminação na sala de aula, gerando impactos no clima, em sua performance, muitas vezes acabando por expulsar esses estudantes da escola”, afirma. Segundo ele, a escola tem papel fundamental de proteger os estudantes, além de promover discussões sobre o tema, respeitar e integrar as diferenças. “Somente assim conseguiremos ter um país mais diverso, justo, equânime e menos preconceituoso, homofóbico, transfóbico, racista e machista”, complementa.

Produzida pela Aliança e Rede GayLatino, a publicação integra a coleção Enciclopédia LGBTI+ e tem execução do Grupo Dignidade, do Instituto Brasileiro da Diversidade Sexual (IBDSEX) e do Centro Paranaense de Cidadania (Cepac), apoio institucional da Universidade Federal do Paraná, Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade, Unaids, grupo SOMOSGAY (Paraguai) e Robert Carr Fund. Uma versão em e-book do Manual pode ser encontrada no Observatório de Educação do Instituto Unibanco.

Sobre a Aliança Nacional LGBTI+ | A Aliança Nacional LGBTI+ é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos com coordenações de representação em todas as 27 Unidades da Federação e em mais de 300 municípios brasileiros. Possui 60 áreas temáticas e específicas de discussão e atuação. Tem como missão a promoção e defesa dos direitos humanos e da cidadania da comunidade brasileira de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTI+) por meio de parcerias com pessoas físicas e jurídicas. A Aliança é membro do Fórum Nacional de Educação, membro titular do Conselho Nacional de Combate à Discriminação contra LGBTI+, é membro aliada do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e parceira da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil. Participa de vários conselhos estaduais, distrital e municipais de políticas públicas do Brasil. É pluripartidária e atualmente tem mais de 2600 pessoas físicas afiliadas. Destas, 47% são afiliadas a partidos políticos, com representação de 30 dos 33 partidos atualmente existentes no Brasil.

Sobre o Instituto Unibanco | O Instituto Unibanco é uma organização sem fins lucrativos que atua pela melhoria da qualidade da educação pública no Ensino Médio. Seu objetivo é contribuir para a permanência dos estudantes na escola, a melhoria da aprendizagem e a redução das desigualdades educacionais a partir de uma atuação baseada em evidências, valorizando a diversidade e acelerando transformações por meio de metodologias de gestão educacional. Fundado em 1982, integra o grupo de instituições responsáveis pelo investimento social privado do grupo Itaú-Unibanco.

(Fonte: CDN Comunicação)

Curso: O Ciclo das Nove Sinfonias de Beethoven com o maestro Ricardo Rocha no Baukurs de Botafogo

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Ricardo Rocha. Foto: Meg Lopes.

O Centro Cultural Baukurs apresenta o curso “O Ciclo das Nove Sinfonias de Beethoven”, com o maestro Ricardo Rocha. O curso nasceu de um trabalho inédito do maestro Ricardo Rocha que teve por objeto de pesquisa e investigação, ao longo de 25 anos, a análise detalhada dos 37 movimentos que formam a coleção das Nove Sinfonias de Beethoven. “Este curso cumpre a missão de dar visibilidade à única arte cuja forma é  invisível, que é a Música. Ele apresenta um método, que chamei de ‘Análise Estrutural’, capaz de oferecer uma compreensão da linguagem e do discurso musical não só dessas obras, mas da música de concerto em geral”, reflete Rocha.

O conjunto destas sinfonias constitui a coluna vertebral da história da Música e expressam, de maneira titânica, as profundas mudanças que transformariam os valores e a visão de mundo da civilização ocidental. Elas espelham esteticamente a passagem violenta da perenidade do Classicismo ao furacão do Romantismo; o embate entre a pretensão iluminista, que buscou estabelecer a Razão como farol e guia para a Humanidade, e a revolta da Emoção em prol da liberdade dos sentimentos e sua expressão para além das amarras e da frieza da racionalidade.

Contexto das obras

O palco dessa luta foi a Revolução Francesa, representando de um lado, o Humanismo como religião, seu culto à personalidade e a declaração da “morte de Deus”, o que fez a esperança de salvação ser colocada no próprio Homem e seus ‘heróis’, considerados ‘superiores’, por sua vontade e crença no progresso da ciência como solução para os problemas da Humanidade; de outro, não existindo mais um ‘deus’ criador exercendo a sua vontade no favorecimento ou desfavorecimento daquilo é agradável ou não à sua Criação, surge a noção do “Destino” como uma instância sobrenatural com uma “força indômita”, implacável e capaz de dobrar a vontade humana, opondo-se aos seus ideais e impedindo a consecução de sua desejada e pretensa auto suficiência.

O Iluminismo e a Revolução Francesa: o ‘Zeitgeist’

O corolário dessa revolução foi a rolagem das mais de 100 mil cabeças decapitadas, incluídas as dos próprios revolucionários e seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, confrontados uma década depois com a realidade da espada tirânica de Napoleão, que se autodeclararia Imperador, fundando uma dinastia monárquica própria para desespero de Beethoven, que rasgaria a sua homenagem a ele em forma de dedicatória no cabeçalho da sua Terceira Sinfonia, por tê-lo considerá-lo um herói.

Esse é o momento da profunda transformação de nosso compositor, que, de imediato, escreve uma marcha fúnebre como segundo movimento, agora dedicado “à memória de um herói morto”. Esta sua terceira sinfonia, que será chamada de ‘Eroica’, retrata a ponte, que levará a história da Música ao Romantismo europeu do século XIX, entre a Revolução Francesa e a recém-nascida Revolução Industrial.

Beethoven, criador da chamada “música confessional” e antena sensível da convulsão generalizada de sua geração, escreveu a sua nona e última sinfonia, a “Coral”, como uma carta à posteridade, declarando, na introdução ao último movimento, que não queria mais os “outros tons”, referindo-se aos três movimentos anteriores que exprimiam o que ele viveu. Aí, como numa declaração polifônica das diversas vozes da Humanidade, a plenos pulmões proclama as palavras do poema de Schiller, que apresenta a Alegria como ”uma centelha divina” afirmando que “há um Criador e que devemos procurá-lo para além da abóboda celeste”.

O método

No contexto dessa realidade e na busca de um caminho para o entendimento da visão de mundo que Beethoven tinha de seu turbulento entorno, expresso especialmente em suas sinfonias, o maestro Ricardo Rocha criou e desenvolveu um método que chamou de “Análise Estrutural”, cuja técnica mostrou-se hábil não apenas para ser ministrado a músicos profissionais, estudantes e professores de Composição e Regência, mas também, sob uma nova abordagem, tornar-se uma ferramenta para leigos ganharem igualmente uma audição inteligente, capaz de fazê-los compreender a linguagem e o discurso da música de concerto, instrumental e vocal.

Assim, o entendimento das Nove Sinfonias de Beethoven abre um portal, uma janela para a compreensão auditiva de outras Sinfonias e todas as demais formas musicais, como a Suíte, a Abertura, o Concerto Solista, o Poema Sinfônico etc., por proporcionar a identificação das principais ideias musicais (temas), eventos – como ligações e transições, episódios, divertimentos e, por fim, as grandes seções. Isso porque, por meio desse método, cada um dos movimentos que compõem a coleção encontra-se como que “mapeado” e representado “topograficamente” em pranchas a cores, num método original desenvolvido em forma de pranchas gráficas, reveladoras dos padrões e da maneira com que o compositor organizou seus principais temas e ideias. Também por isso, a apresentação de cada sinfonia ao longo do curso será sempre iniciada com a contextualização da época em que a mesma foi composta e estreada; ou seja, do cenário cultural, político, social, econômico e filosófico em que nasceu. Foi dessa matéria-prima que veio à luz, sob o filtro estético e musical desse compositor gigante, a colossal cordilheira de suas sinfonias.

Maestro Ricardo Rocha

Ricardo Rocha é atualmente um dos regentes mais renomados do Brasil. Pós-graduado pela Escola Superior de Música da Universidade de Karlsruhe como Kapellmeister (Maestro de ópera e concertos sinfônicos), o mais alto título em Regência em países de língua alemã, é também mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na Alemanha, ao longo de 11 anos, criou o ciclo “Brasilianische Musik im Konzert” para a difusão da música de concerto brasileira, à frente de orquestras como a Sinfônica de Bamberg, as Filarmônicas da Turíngia e de Südwestfallen e a Sinfônica de Baden-Baden.

No Brasil, Rocha foi regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso (1992-94) e da Orquestra Sinfônica e Coro Estável da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (1994-96), onde também foi professor de Regência. Como convidado, regeu grandes orquestras brasileiras como a OSB, OSTMSP, OSMG, OPES, OSN-UFF, OSBJ e a OJB – Orquestra Jovem do Brasil, com a qual executou a Nona Sinfonia de Beethoven pelos 20 anos da Queda do Muro de Berlim.

É autor dos livros “Regência, uma arte complexa” (2004) e o atlas “As Nove Sinfonias de Beethoven – uma Análise Estrutural” (2013).

Em meio à pandemia do Covid-19, foi contemplado por diferentes editais musicais, como Itaú Cultural e Lei Aldir Blanc, Secretaria Estadual de Cultura RJ, por meio da qual publicou três vídeos com reflexões sobre Cultura, Arte e Música.

Rocha é também Comendador pelo Poder Judiciário (Ordem São José Operário do Mérito Judiciário do Trabalho, TRT da 23ª Região) desde 1994.

Serviço:

O Ciclo das Nove Sinfonias de Beethoven, com o maestro Ricardo Rocha

Local: Baukurs Botafogo, Rua Goethe, 15

Aulas: 23 de junho a 18 de agosto de 2023, uma sinfonia por semana, às sextas

Horários:

Sinfonias 1, 3 e 9: das 19h às 21h30

Sinfonia 1, 23/6: com preleção sobre a origem e evolução do gênero;

Sinfonia 3, 7/7: com preleção sobre o contexto político e o Romantismo;

Sinfonia 9, 18/8: com preleção sobre a história e construção desta sinfonia como Obra-testamento confessional e carta à posteridade;

Sinfonias 2, 4, 5, 6, 7 e 8: das 19h às 21h

Sinfonias 2 (30/6), 4 (14/7),  5 (21/7), 6 (28/7), 7 (4/8)  e 8 (11/8)

Investimento total do curso em nove semanas:  R$810,00 – 3 parcelas de R$270,00, 1 parcela a cada 3 sinfonias (na 1ª, na 4ª e na 7ª)

Bolsas especiais: R$450,00 aos primeiros 4 profissionais e estudantes de música

3 parcelas de R$150,00, 1 parcela a cada 3 sinfonias (na 1ª, na 4ª e na 7ª)

Obs.: Aos que optarem pela Sinfonia avulsa, o valor será de R$100,00

Siga nas redes: @baukurs @cia.bachiana

Mais informações: Secretaria Baukurs + 55 (21) 99411-8480 ou pelo e-mail secretaria@baukurs.com.br.

(Fonte: Cláudia Tisato Assessoria de Imprensa)