Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A Castanha-do-Brasil, também conhecida como Castanha-do-Pará ou Castanha-da-Amazônia, é um fruto originário da Amazônia que tem sido cada vez mais valorizado no cenário nutricional devido ao seu alto teor de selênio, um mineral essencial para o bom funcionamento do organismo e imunidade. Inclusive, a Castanha-do-Brasil é considerada a maior fonte de selênio do mundo.
A deficiência de selênio no organismo humano pode levar a problemas como arritmia cardíaca, menor resistência a infecções, fraqueza muscular, anemia e outros, tornando-se crucial a inclusão de fontes desse nutriente na alimentação. Além de suas propriedades antioxidantes, que combatem os radicais livres e ajudam a prevenir diversas doenças, a Castanha-do-Brasil também oferece outros benefícios para a saúde. A seguir, apresentamos cinco benefícios associados ao consumo desse fruto:
Agora, mergulhe de cabeça esses cinco benefícios surpreendentes da Castanha-do-Brasil:
Fortalece o sistema imunológico: o selênio atua como um guerreiro, estimulando a produção de células de defesa e protegendo nosso corpo de invasores.
Melhora a saúde do intestino: o selênio é um mineral essencial que desempenha um papel fundamental no funcionamento saudável do intestino. Ele atua estimulando nossa produção interna de glutationa, um poderoso antioxidante, protegendo as células intestinais do estresse oxidativo e das inflamações, conhecidas por comprometer a integridade da mucosa intestinal e levar a distúrbios digestivos.
Promove a saúde cerebral: a Castanha-do-Brasil é rica em gorduras Ômega-3, essenciais para o desenvolvimento e a manutenção de funções cerebrais saudáveis.
Protege o coração: além do selênio, a Castanha-do-Brasil também contém outros nutrientes que ajudam a prevenir riscos de doenças cardíacas, como a pressão alta.
Fonte de energia: o selênio é um mineral essencial que desempenha um papel importante na produção de energia no corpo. Ele é necessário para a atividade de várias enzimas envolvidas na síntese e regulação do ATP, além de ser um componente chave da glutationa, um antioxidante importante que protege as células contra o estresse oxidativo e ajuda a manter a integridade das membranas celulares. O consumo adequado de selênio pode ajudar a aumentar a produção de energia e melhorar a resistência muscular.
(Fonte: Visar Planejamento)
A palavra omodé, em yorubá, abrange os universos das crianças. Seu significado percorre o início da vida humana, fase que exige cuidado e encantamento. E é a partir desse conceito que o SESC Bom Retiro realiza “Omodé: Festival SESC de Arte e Cultura Negra para a Molecada”, uma mostra artística e educativa que, entre junho e agosto, oferece apresentações de teatro, dança e música, exibições de filmes, exposição, atividades físico-esportivas, ações formativas e bate-papos.
O Festival tem por objetivo enaltecer culturas afro-brasileiras na relação com as várias formas de ser criança, além de reverberar a importância de se pensar coletivamente a ancestralidade, o antirracismo e a diversidade na infância, através do convívio, do compartilhamento de saberes e da arte.
Suas atividades se inserem no contexto do aniversário de 20 anos da Lei 10.639/03, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação pública e privada, posteriormente atualizada para 11.645/08, que inclui a história e cultura indígenas, contemplando a pluralidade de heranças étnicas presentes no país.
Uma intensa programação de abertura está prevista para o feriado prolongado de Corpus Christi, de 8 a 11 de junho. O espetáculo infanto-juvenil “O Pequeno Herói Preto”, que tem idealização e atuação de Júnior Dantas (RJ), narra as aventuras de Super Nagô, um youtuber de 10 anos que descobre seus poderes através da ancestralidade. Em “Infância Negra: um encontro literário”, Miranda Martins, participante do Programa Curumim do SESC voltado a crianças de 7 a 12 anos, e Nilma Lino Gomes, doutora em Antropologia Social e professora titular da Faculdade de Educação da UFMG, compartilham pontos de vista de duas gerações sobre suas infâncias e, de forma poética, trazem ao público as sensibilidades e dúvidas sobre ser uma criança negra no Brasil. A pesquisadora realiza ainda o lançamento do livro “Infâncias Negras: Vivências e lutas por uma vida justa”, sua mais recente publicação. Apresentações, oficinas e vivências compõem a programação que segue até domingo.
O projeto também conta com ações direcionadas ao público adulto – sem deixar de trazer as crianças. Uma dentre essas ações é o conjunto de bate-papos em diálogo direto com as temáticas de curadoria da mostra. No primeiro dos encontros, chamado “Valores Civilizatórios Afro-brasileiros e sua importância na infância”, Célia Cristo (coordenadora da ReCEN – Rede Carioca Etnoeducadoras Negras) e Carlos Caçapava (percussionista, compositor, luthier, professor e pesquisador) abordam a reflexão sobre a importância dos valores civilizatórios afro-brasileiros na formação da identidade e em processos de educação das crianças, reverenciando o legado do pensamento de Azoilda Trindade. O segundo encontro — “Afetividades Negras e Infâncias” — traz Renato Noguera (professor doutor da UFRJ e autor) e Lili Almeida (chef de cozinha e comunicadora baiana), figuras bastante conhecidas por abordarem o assunto de forma generosa em meio às redes sociais. Já o terceiro bate-papo do mês tem como tema “Olhar para as infâncias negras: desafios do cuidar” e contará com a presença de Tiganá Santana (compositor, cantor, instrumentista e pesquisador) e Janaína Costa (mestra em história ativista e produtora de conteúdo com o perfil Ela é só a babá). E é justamente, tendo o cuidado como um pilar do Festival que todos os bate-papos contarão com espaço de acolhida às crianças.
Ainda na programação, com foco nas pessoas adultas acompanhadas das crianças, o Festival traz apresentações inéditas de Ellen Oléria e de KL Jay junto à sua filha, Hanifah. Nestes encontros, os artistas apresentam um repertório com foco nas diversas infâncias vividas e em horários mais atrativos para que as crianças participem também. Confira a programação em https://www.sescsp.org.br/projetos/omode-festival-sesc-de-arte-e-cultura-negra-para-a-molecada/.
Simply Red, uma das bandas mais queridas do Reino Unido, compartilha “Time”, um novo álbum que traz muita musicalidade e uma superprodução. São mais de 12 faixas cheias de vida, todas gravadas em Londres. Com o produtor de longa data Andy Wright, “Time” demonstra sentimento e paixão por canções que movem a emoção e a imaginação. O novo projeto da banda, uma distribuição nacional Warner Music Brasil, que inclui o single “Better With You”, a continuação vibrante de “Just Like You” e a favorita dos fãs, “Shades 22”, já está disponível em todas as plataformas de música.
“Time” já foi recebido com excelentes críticas na imprensa internacional. A Clash Magazine, revista britânica, classificou o projeto como um exemplo estelar de um álbum pop-soul muito bem elaborado. A Record Collector, outro veículo de renome no Reino Unido, afirmou que “Time” é indiscutivelmente, até hoje, o álbum mais pessoal do vocalista Mick Hunknall.
Com uma carreira de 12 álbuns de estúdio como Simply Red, dois álbuns solo, muitas premiações e nomeações, como o American Society of Composers, Authors and Publishers (Ascap), na categoria “Músicas Mais Tocadas”, em 1987 e 1988, com “Holding Back The Years”, e dois Brit Awards consecutivos (1992 e 1993) na categoria “Melhor Grupo Britânico”, Mick está pronto para continuar o próximo capítulo. O artista carrega cerca de 60 milhões de álbuns vendidos, 1,7 bilhão de streams nas plataformas de streaming em todo o mundo e mais de um milhão de inscritos do YouTube.
Simply Red celebrará seu novo álbum com um show de lançamento muito especial no O2 Shepherd’s Bush Empire de Londres, no dia 5 de junho, que será transmitido ao vivo globalmente. Uma apresentação mais íntima na cidade, desde que tocou no mesmo local em 2005, e sua única apresentação no Reino Unido, em 2023. Após uma agenda de sucesso em 2022, ano em que a banda realizou 73 shows para mais de 600 mil pessoas em toda a Europa, o grupo agora fará, novamente, uma série de apresentações por lá.
(Fonte: Estar Comunicação)
A memória afetiva, mesmo depois de anos, pode contribuir de diferentes maneiras para as vivências no mundo. Francine Cruz é um exemplo dessa construção de experiências positivas desde a infância: quando era menina, escutava as histórias de seu avô com entusiasmo. Cresceu e precisou lidar com a perda dele, mas agora o homenageia por meio da carreira como escritora e do livro Vovô foi embora, mas deixou muita história.
A obra infantil retrata a visão de uma criança sobre o luto. Apesar da tristeza, a protagonista lembra da personalidade do avô e das lembranças que compartilhou com ele. Ao se recordar de maneira amorosa, percebe os contrastes de geração: o homem preferia viajar de trem, enquanto o mundo gosta de avião; a sociedade tem pressa, mas o parente sempre estava calmo.
Vovô sorria com a alma,
mirava tudo com calma,
andava devagarinho…
Melhor que o fim, o caminho
(“Vovô foi embora, mas deixou muita história”, pg. 9)
A personagem evoca, ainda, as narrativas eternizadas pelo parente, que buscava valorizar o folclore brasileiro a partir da contação de lendas como a Mula Sem Cabeça, o Saci e o Pedro Malasartes. Essa relação com a cultura do país é proposta também pelas ilustrações criadas por Débora Bacchi.
Para que “Vovô foi embora, mas deixou muita história” chegue ao maior número de pessoas, o conteúdo foi pensado de forma inclusiva, considerando a Lei Brasileira de Inclusão. A fonte ampliada das palavras tem o objetivo de alcançar os mais de 6 milhões de brasileiros com baixa visão ou visão subnormal, de acordo com o IBGE.
Segundo a autora, o livro, que está sendo lançado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Prefeitura Municipal de Curitiba, pode ser um auxílio para conversar com crianças sobre o luto. Ela explica: “pela ordem natural da vida, normalmente os avós são os que partem primeiro e são, muitas vezes, o primeiro contato das crianças com essa situação de perda e luto de alguém próximo. Tocar neste assunto com crianças não é uma tarefa simples, porém se faz necessário”.
Ficha técnica:
Título: Vovô foi embora, mas deixou muita história!
Autora: Francine Cruz
Editora: Donizela
ISBN: 978-65-85273-02-2
Páginas: 40
Preço: R$30
Onde comprar: Donizela.
Sobre a autora: Professora e escritora, Francine Cruz é doutoranda em Educação, mestre em Educação e licenciada em Educação Física e Letras – Português e Inglês. Como autora, recebeu o Prêmio Agente Jovem de Cultura, do Ministério da Cultura, foi selecionada em concursos e editais com seus contos e publicou o livro “Amor, Maybe”. Integrante de coletivos literários femininos, como As Contistas, Mulherio das Letras, Ruído Rosa, Marianas e Vozes Escarlate, ela agora divulga sua produção mais recente, o título infantil “Vovô foi embora, mas deixou muita história!”.
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(Fonte: LC Agência de Comunicação)
Gestantes decidem tomar vacina em contextos de pandemia pelo desejo de proteger seus bebês, conhecimento sobre a pandemia e preocupação com o risco de infecção. Em contrapartida, desconfiança, preocupação, medo, insegurança e falta de informações são algumas das razões que levam à não adesão das grávidas à vacinação. As conclusões são de estudo publicado na sexta-feira (12) na revista científica “Texto & Contexto Enfermagem”.
Os pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizaram uma revisão integrativa buscando na literatura os fatores que afastaram pessoas grávidas dos postos de vacinação não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, em momentos de pandemia, como a mais recente de Covid-19 e a de H1N1, que aconteceu entre 2009 e 2010. Nos dois momentos, houve resistência de gestantes a aderirem às campanhas de vacinação e, de fato, tomarem a vacina contra as doenças. A busca por publicações científicas sobre o tema foi feita em 2021 e 2022 a partir das bases de dados Lilacs, Medline, Web of Science e Scopus, sem restrição de idioma e de tempo de publicação. Foram selecionados 27 estudos por sua frequência e similaridade. Os resultados obtidos foram exportados para o software gerenciador de referências EndNote e, posteriormente, para o aplicativo Rayyan – Intelligent Systematic Review.
Os fatores que fizeram com que as mulheres não buscassem a vacina foram os mesmos durante o surto global de Covid-19 e H1N1 – e em todos os países: desconfiança com as vacinas, preocupação sobre a segurança da vacinação na gravidez ou para a saúde do feto e falta de informações e desconhecimento dos benefícios da vacina foram similares. Também contribuem para a aceitação da vacina o acesso à informação de qualidade, assim como a recomendação e orientação sobre a vacinação durante o pré-natal. Patrícia Vasconcelos, coautora do estudo, afirma que, no geral, a adesão à vacinação tende a ser mais alta quando as gestantes têm mais acesso a conhecimento sobre a pandemia.
De acordo com o levantamento de Vasconcelos, a adesão foi um pouco melhor no surto de H1N1. “Já existia vacina da gripe e conhecimento sobre o vírus, então houve uma confiança melhor da população no imunizante”, afirma a cientista. A cobertura vacinal entre gestantes melhorou com o passar dos anos. Em 2013, o Brasil vacinou 95,7% das grávidas contra H1N1. Os dados sobre a vacina contra a Covid-19 ainda são incipientes – e eram inexistentes durante o andamento do estudo –, mas Vasconcelos acredita que pode acontecer o mesmo movimento. “A adesão tende a aumentar conforme o tempo passa”, pontua a enfermeira.
Para haver maior adesão, Vasconcelos ressalta a importância da capacitação dos profissionais envolvidos no cuidado à gestante. “É uma população muito vulnerável a acreditar em fake news, então o profissional de saúde tem que passar uma recomendação de forma confiante”, recomenda. A pesquisadora frisa que a desconfiança das gestantes não acontece apenas com vacinas de doenças que causaram pandemias, mas com outras que também são recomendadas para grávidas, como a dTpa (tríplice bacteriana), recomendada a partir da 20ª semana de idade gestacional. “Em 2020, em meio à crise sanitária devido ao novo coronavírus, apenas 45% das grávidas tomaram e é uma vacina obrigatória em toda grávida e em toda gravidez”, diz a pesquisadora.
O objetivo com o levantamento é alertar profissionais de saúde e tomadores de decisões relacionadas a campanhas de vacinação. “Não tomar vacina pode trazer consequências muito ruins para gestantes. É preciso apostar em estratégias de capacitação dos profissionais para que eles respondam dúvidas com base em evidências científicas e em estratégias de comunicação para que as campanhas foquem nesse público, já que elas apresentam baixa adesão”, observa Vasconcelos.
(Fonte: Agência Bori)