Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Apresentado por Instituto Cultural Vale, Ministério da Cultura e Escola de Gente, o ETA Festival, totalmente gratuito e online, acontecerá ao longo de 2023 com abrangência internacional – aberto a artistas de todos os países de língua portuguesa –, visando à formação artística em inclusão e acessibilidade. Concorrerão esquetes (cenas curtas aqui batizadas como INsquetes, ou seja, esquetes inclusivos), que abordam a temática da acessibilidade, e os selecionados serão adaptados pela Escola de Gente com Libras, legenda/estenotipia, audiodescrição e linguagem simples (voltada a pessoas com deficiência intelectual e outros públicos com pouco conhecimento da língua escrita).
Os representantes dos 24 espetáculos selecionados por júri especializado participarão de workshop de formação em acessibilidade – de 18 de julho a 1º de agosto. As oito categorias vencedoras serão premiadas em dinheiro, num total de R$50.000,00 e os 10 melhores INsquetes serão publicados num e-book acessível.
As inscrições serão feitas por meio do app Vem Ca, ferramenta inovadora que reúne num só espaço a programação cultural disponível em todo o Brasil com um ou mais recursos de acessibilidade. O público pode selecionar sua programação de preferência entre artes cênicas, cinema, streaming, artes visuais, shows, podcasts, games, festas, seminários e oficinas com variados itens de acessibilidade, de acordo com a sua necessidade. Baixe aqui: Android | IOS.
Workshop: 18 de julho a 01 de agosto
Apresentação dos ‘INsquetes’: 19 a 22 de setembro
Premiação: 21 de outubro
Acesse o edital completo no site.
Escola de Gente, ONG idealizada e criada há 21 anos pela jornalista Claudia Werneck, chega à sua maioridade oficial como referência internacional avalizada pela ONU, acumulando mais de 80 reconhecimentos e prêmios nacionais e internacionais e participação em mais de 1000 eventos relacionados aos temas da inclusão, juventude, cultura e educação. Sua atuação abrange 19 países e 21 estados das cinco regiões brasileiras.
A organização tem seus olhos e sua ação voltados à população privada de sua plena participação na sociedade pelos mais variados motivos – pessoas idosas, analfabetas, com transtornos neurológicos de desenvolvimento, baixo letramento, imigrantes com pouco conhecimento da língua portuguesa, crianças e pessoas com diferentes tipos de deficiência, entre outras condições humanas e sociais para as quais a oferta de acessibilidade é fundamental.
Claudia Werneck é ativista brasileira em direitos humanos, pioneira na disseminação do conceito de sociedade inclusiva (ONU) na América Latina. Única escritora brasileira recomendada oficialmente pela Unesco e pelo Unicef, é autora de 14 livros sobre inclusão em português, espanhol e inglês, com mais de 500 mil livros vendidos.
Tatá Werneck: Os Inclusos e os Sisos, 1º grupo de teatro acessível
Projeto da Escola de Gente, o grupo Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade, foi fundado pela atriz e apresentadora Tatá Werneck, filha de Claudia Werneck, em 2003, ao lado de colegas do curso de Artes Cênicas da UniRio. O grupo mergulhou na investigação e apresentação de um teatro coerente com a proposta: trazendo o tema e praticando a inclusão por meio de cenas curtas com plena acessibilidade e humor, inspirando com suas montagens novas frentes de ação, como o ETA Festival!, idealizado pela atriz e diretora Carolina Godinho e pelo roteirista, dramaturgo e diretor Diego Molina.
ETA Festival! (esquetes de teatro acessível) Um festival de teatro totalmente inclusivo
Entre uma agenda repleta de ações para 2023, a Escola de Gente dá a largada à primeira edição de um festival de teatro totalmente inclusivo em todas as suas etapas, incentivando a criação de cenas com temática e recursos de inclusão, workshop para a difusão do uso de variadas tecnologias de acessibilidade, prêmios em dinheiro, divulgação e exibição dos trabalhos criados, gratuidade e publicação de textos.
A realização totalmente online e gratuita visa a abranger o maior número de pessoas possível, inclusive fora do Brasil, fomentando a comunicação e a formação de novos núcleos e artistas multiplicadores dos conceitos e técnicas de acessibilidade.
Todas as ações do ETA Festival!, desde a inscrição, serão plenamente acessíveis com oferta ampla e diversificada de recursos como Libras, legenda/estenotipia, audiodescrição e linguagem simples (voltada a pessoas com deficiência cognitiva).
Workshop “Sem acessibilidade a arte contemporânea não vive” | Os 24 grupos selecionados a apresentar virtualmente seus INsquetes participarão de workshop para aprofundamento do uso de variadas tecnologias de Acessibilidade, que serão pré-requisitos na criação das cenas.
PRÊMIOS
Serão premiadas as seguintes categorias:
Melhor INsquete (2 prêmios): R$7.000,00 cada
Melhor INsquete voto popular: R$7.000,00
Prêmio Especial do Júri: R$4.000,00
Melhor Direção: R$4.500,00
Melhor Dramaturgia: R$4.500,00
Melhor Atuação (2 prêmios): R$4.000,00 cada
Melhor Conjunto Visual (iluminação/fotografia, figurino, cenário e adereços): R$4.000,00
Melhor Trilha Sonora: R$4.000,00.
O aplicativo Vem Ca
O app Vem Ca, onde serão feitas as inscrições para o festival, é uma iniciativa inovadora da Escola de Gente. Gratuito e disponível para Android e IOS, reúne num só espaço toda programação cultural disponível em todo o Brasil com um ou mais recursos de acessibilidade – assentos e banheiros acessíveis, elevadores e/ou rampas, gratuidade, audiodescrição, legendas, Libras, Libras tátil, linguagem simples, piso tátil, visita guiada e publicações acessíveis.
A programação disponível no app contempla artes cênicas, artes visuais, shows, podcasts, audiovisual, games, festas, seminários e oficinas, entre outras atividades. O público pode escolher seus eventos selecionando de um a vários itens de acessibilidade, de acordo com a sua necessidade.
Cronograma do ETA Festival! (sujeito a ajustes)
4/6: Encerramento das inscrições
7/7: Divulgação dos 24 esquetes e 08 suplentes selecionados
18/7 a 1/8 – Workshop Educativo “Sem Acessibilidade a Arte Contemporânea não Vive”
2/8 a 20/8 – Prazo para entrega dos esquetes por parte dos concorrentes
21/8 a 15/9 – Inserção de acessibilidade nos esquetes por parte da Escola de Gente
19/9 a 22/9: ETA Festival! – apresentação dos 24 esquetes (Semana do Dia Internacional do Teatro Acessível)
23/9: Divulgação dos indicados em cada categoria
24/9 a 1/10: Votação popular
2/10: Seleção dos vencedores pelo júri e votação popular
21/10: ETA Festival! – Evento de premiação
1/10: Lançamento do e-book no Vem Ca (Semana do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência)
Encontre a Escola de Gente: Instagram | Facebook | LinkedIn | YouTube | Website
Hotsite ETA Festival!.
(Fonte: Dobbs | Scarpa Assessoria de Comunicação)
Este ano estão sendo esperados mais de 50 mil eventos de música gratuitos, presenciais e virtuais, nas escolas, associações, clubes, nos prédios, comunidades ao vivo ao ar livre, em mais de 200 cidades do Brasil – assim será o 41º Festival Make Music Day, ligando São Paulo ao Pará, Paraíba ao Rio de Janeiro, Espírito Santo ao Acre e integrando várias populações marginalizadas, desde pessoas portadoras de deficiência até povos tradicionais unindo, num só evento, cidades que foram berço de grandes autores e intérpretes a locais isolados e de baixo índice de educação musical.
Lançado na França em 1982 como “Fête de la Musique”, o Make Music Day vem mostrando notável crescimento no Brasil desde que estreou, em 2019. Neste ano, desde as primeiras horas do dia até a madrugada, mais de 100 cidades brasileiras estarão conectadas com dezenas de espetáculos, oficinas de música, seções de musicoterapia, jam sessions e workshops, entre outros eventos.
“No Brasil, o festival Make Music Day celebra as cores da rica experiência cultural do país. Teremos cultura musical autenticamente brasileira e a mostra de como ela é importante para a cultura de forma geral. Todos os estilos e gêneros vão ter seu espaço, até mesmo músicos amadores que doam seu tempo para fazer o bem, levando música ao vivo em creches e asilos”, acrescenta Daniel Neves, coordenador nacional do Make Music Brasil.
Completamente diferente de um festival de música tradicional, o Make Music Day celebra e promove o criador natural da música que está em cada pessoa, independentemente da sua habilidade com os instrumentos. Reimaginando suas cidades, vilas e escolas como palcos, todo tipo de músico – criança, jovem e velho, amador e profissional, de todas as tendências musicais – vai ocupar ruas, parques, praças, varandas, telhados, jardins, escolas e outros espaços públicos para celebrar, criar e compartilhar sua cultura musical em eventos gratuitos e abertos a todos os públicos.
Hoje, o Brasil é o país com maior número de participantes do festival, com mais de 40 mil apresentações realizadas em diversas cidades do país. Em 2020, ano do auge da pandemia que se espalhou pelo mundo, o evento contou com mais de 1000 apresentações virtuais. No ano de 2022, foram mais de 65 cidades, o que torna o Brasil o país com maior diversidade cultural artística regional. Só em Maringá – PR, foram mais 40 mil alunos de 116 escolas públicas da cidade, que apresentaram ao longo do dia oficina de música, corais e rodas de músicas tradicionais, entre outras atividades.
Faça como Maringá (PR), que se alinhou internamente com a Secretaria de Educação e Secretaria de Cultura, pediu que todas as escolas municipais enviassem quais eventos envolvendo a música elas fariam no dia 21 de junho.
Estimule apresentações musicais no dia 21 de junho em parques, praças, escolas, shopping center, bares, restaurantes e empresas. Adote uma programação musical na cidade no dia 21 de junho e coloque seu município no calendário global da música. Quanto mais gente participando, melhor.
Participe do Make Music no dia 21 de junho, no seu prédio, nos estabelecimentos comerciais, no parque, nas associações, nas escolas de seu município e desenvolva o sentimento da música junto à comunidade, alunos e professores, mostrando toda a musicalidade da sua cidade. Se inscreva e receba todas as ferramentas de divulgação da participação da sua cidade gratuitamente https://makemusic.org.br/cidades-no-make-music-day/.
Acompanhe o Make Music Day Brasil nas redes:
Instagram: https://www.instagram.com/make.musicbrasil/
Facebook: https://www.facebook.com/makemusicbrazil
Música: Além de cultura, negócios e empregos (https://www.youtube.com/watch?v=MkzWOBteviQ)
Para participar do Make Music Day 2023, basta entrar no site oficial do evento e seguir o passo a passo. Lá você encontra todas as informações sobre como se inscrever e divulgar o seu trabalho artístico. Acesse https://makemusic.org.br/inscreva-se/. Acompanhe esse dia inesquecível pela hashtag #MakeMusicDayBrasil.
(Fonte: Graciela Binaghi Assessoria de Imprensa)
As oficinas que integram o 4º Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que acontece de 18 a 21 de julho, estão com inscrições abertas até 20 de junho. No total, serão disponibilizadas 300 vagas gratuitas para instrumentos como violino, viola, violoncelo e contrabaixo. A realização é da Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba) por meio da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, em parceria com a Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Cada oficina terá duração de quatro dias e o corpo docente, responsável pelas aulas, é composto por profissionais reconhecidos no meio musical nacional e internacional, como Adonhiran Reis (violino), Cláudio Cruz (Violino), Davi Graton (violino), Graziela Pagotto (violino), Gabriel Marin (viola), Fábio Presgrave (violoncelo), Vicktor Uzur (violoncelo) e Ana Valéria Polis (contrabaixo).
As inscrições são online e acontecem em www.emindaiatuba.com.br. Além das informações solicitadas, é importante que o interessado envie um vídeo executando uma peça inteira ou um trecho, de livre escolha. O regulamento completo consta na página de inscrição.
Com o objetivo de fomentar a difusão de conhecimento dessa arte no âmbito local, 50% das vagas serão destinadas exclusivamente para alunos que residam em Indaiatuba. Mais informações podem ser obtidas no telefone (19) 97151-1150 ou pelo e-mail produção.osindaiatuba@gmail.com.
A programação completa do 4º EMIn será divulgada em breve, mas já conta com abertura da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, no dia 18 de julho; apresentação do Quarteto Carlos Gomes, no dia 19; da Orquestra Sinfônica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) no dia 20; da Orquestra do Conservatório Carlos Gomes no dia 21; e encerramento com a Orquestra Acadêmica, no dia 22.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
No dia 17 de maio foi celebrado o Dia Mundial da Reciclagem. Para reforçar a importância da data, a Prolata, entidade sem fins lucrativos com foco na reciclagem de embalagens de aço, anuncia o resultado dos dados obtidos no primeiro trimestre de 2023 a respeito do tema. Entre janeiro e março deste ano, foram rastreadas cerca de 8,7 mil toneladas de latas de aço pós consumo. Entre os estados, destaque para o Rio de Janeiro, que foi a unidade da federação que mais reciclou nos três primeiros meses, seguido por São Paulo e Paraná.
O tamanho do volume de material reciclado, porém, pode ser ainda mais alto, já que os dados ainda não estão consolidados. “Há alguns parceiros que encaminham volumes retroativos, então certamente estes números irão aumentar nos meses seguintes”, explica Cristine Fulchini, coordenadora de Projetos do Prolata.
O Rio de Janeiro partiu de 840,49 toneladas de latas de aço coletadas em 2022 para 2.519,98 toneladas, saindo do 6º lugar no ranking direto para a liderança. O estado de São Paulo, por sua vez, caiu da 1° para a segunda posição, com 2.378,69 toneladas nos primeiros três meses de 2023. O Paraná, fecha o pódio com 1.364,22 toneladas de latas de aço pós-consumo recicladas no 1º trimestre de 2023.
Atualmente, a Prolata tem parceria com 74 cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis, que estão espalhadas por 17 dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A associação também conta com 50 entrepostos e centrais mecanizadas parceiras.
Ainda entre as parcerias firmadas pela Prolata, destaca-se o acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). Por meio dessa parceria, a Prolata destinou corretamente mais de 330mil kg de latas de aço usadas na construção civil.
“Essas parcerias corroboram que a execução de logística reversa deve ser encaminhada em conjunto. Graças aos parceiros, apoiadores e associados, a Prolata construiu uma trajetória de sucesso”, destaca Thais Fagury, presidente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) e da Prolata. As parcerias, inclusive, possibilitaram que a associação chegasse ao expressivo número de 335 pontos de recebimento de materiais espalhados pelo Brasil.
Chamados de Pontos de Recebimento Voluntário (PEVs), esses postos de coleta têm o objetivo de facilitar o descarte correto de embalagens de aço por parte dos consumidores finais. Dos 335, 207 são próprios da Prolata e outros 128 são mantidos em parceria com Triciclo Ambipar. Atualmente, os pontos estão distribuídos em 100 cidades brasileiras, em lojas de redes varejistas.
Sobre a Prolata | A Prolata é uma associação sem fins lucrativos criada em 2012 pela cadeia de valor dos fabricantes de latas de aço no Brasil. Iniciativa da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) e coordenação e patrocínio em conjunto com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei no 12.305/10, e demais políticas públicas de âmbitos federal, estadual e municipal, a Prolata obtém recursos de seus associados e parceiros investidores, os quais são integralmente aplicados na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos.
Sobre a Abeaço | Fundada em maio de 2003, a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) foi criada com o objetivo de fortalecer a imagem da embalagem de aço, além de dar suporte técnico e mercadológico aos seus fabricantes. Sem fins lucrativos, a entidade investe e apoia iniciativas de gestão ambiental, sobretudo quando associadas à finalidade social, e aproxima os interesses de toda a cadeia produtiva. A instituição soma esforços para fomentar pesquisas, desenvolver campanhas de esclarecimento, participar de eventos e divulgar as características das latas de aço. Hoje, a Associação reúne empresas do setor interagindo intensamente com entidades empresariais, fabricantes de embalagens, organizações ambientalistas e o governo. Saiba mais sobre a Abeaço acessando o site www.abeaco.org.br.
(Fonte: Press à Porter Gestão de Imagem)
Anúncios de empregos podem apresentar elementos de opressão de raça, ainda que sutilmente, em expressões como ‘boa aparência’ e ‘boa higiene’, perpetuando um ideal de trabalhador branco. Como contrapartida positiva, há iniciativas de empregabilidade que pensam ações afirmativas para homens e mulheres negros. A observação é de estudo publicado na sexta (26) na revista “Cadernos EBAPE.BR”.
Os pesquisadores buscaram anúncios que continham, entre os requisitos, a expressão “boa aparência”, considerada por estudos anteriores como um eufemismo para negar características presentes no fenótipo negro, como cabelos crespos e traços negroides. Ao todo, encontraram 285 anúncios de empregos publicados nas plataformas LinkedIn, Catho, Vagas.com e Trovit que caracterizavam, de alguma forma, que se prefere os brancos em detrimento dos negros. A partir da teoria decolonial e da problematização de estigmas sociais da população negra, sintetizaram de que maneira algumas expressões podem mascarar o racismo.
Com o trabalho, os autores reafirmam a discriminação racial no mercado de trabalho e destacam movimentos de Resistência, apresentando quatro iniciativas de empregabilidade negra. O estudo foi publicado em chamada especial para os artigos científico dentro da temática “Debatendo a escravidão negra nos Estudos em Gestão e Organização”, a partir de perspectivas decoloniais e afrodiaspóricas.
“A teoria decolonial fala que, além de compreendermos como o colonialismo se manifesta nas nossas relações, também precisamos pensar sobre as formas de resistência, para que assim possamos avançar em prol de uma sociedade menos discriminatória”, explica Ana Flávia Rezende, docente da Universidade Federal de Ouro Preto e uma das autoras do estudo. A pesquisadora, que assinou o estudo enquanto era docente da Fundação Dom Cabral, juntamente com o professor Luís Fernando Silva Andrade, que assinou o estudo pela Unesp, observam que, se por um lado a teoria decolonial desumaniza com base na diferença de raça, gênero e outros marcadores, essa mesma diferença pode ser mobilizada para gerar igualitarismo.
Como exemplos, o trabalho traz quatro iniciativas de empregabilidade negra: EmpregueAfro, Indique, Afro Presença e Afro Oportunidades. “Temos aqui um ponto interessante para análise, porque muitas empresas falam ‘Ah, eu não contrato porque eu não acho profissional qualificado’ e agora elas podem mudar esse discurso, porque tem empresas especializadas em fazer o mapeamento dos profissionais qualificados”, pontua a pesquisadora.
Rezende acredita que o artigo contribui para fortalecer as discussões sobre o tema na academia dentro da área de Administração e para apresentar possibilidades de mudança, o que, segundo ela, fomenta políticas públicas e de mercado. Ela identifica que alguns movimentos já estão sendo feitos por empresas, ainda que o cenário esteja longe do ideal. “Seja por pressão externa, políticas institucionais ou para atender o discurso de responsabilidade social corporativa, elas começam a criar esses programas, o que eu particularmente acho fantástico”, afirma. Os autores continuam pesquisando temas que envolvem a população negra e o direito à cidade e trabalham agora em um projeto que pensa na formação de pessoas egressas do sistema prisional e seu reingresso ao mercado de trabalho. “E aí o recorte racial também aparece, porque as pessoas que mais são presas no Brasil são as negras”, conclui.
(Fonte: Agência Bori)