Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Considerada uma das maiores regentes do mundo, a maestra norte-americana JoAnn Falleta se apresenta nesta sexta (26/5) e sábado (27/5) junto à Orquestra Sinfônica Municipal na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo. No repertório estão obras primas da orquestração, como as obras “Prélude à l’après-midi d’un Faune” (10′) e “La Mer”, ambas do coositor francês Claude Debussy, e “Concerto para Violino”, de Samuel Barber, que conta com o violinista Pablo de León como destaque.
JoAnn Falletta é diretora musical da Buffalo Philharmonic Orchestra, da Virginia Symphony Orchestra, regente titular em Brevard Music Center e conselheira artística da Hawaii Symphony Orchestra. Está entre as “Cinquenta Grandes Maestras” indicadas pela revista Gramophone.
“Prélude à l’après-midi d’un Faune”, poema sinfônico do francês Claude Debussy, é baseado nos versos publicados em 1876 de Stéphane Mallarmé, um marco inicial da música moderna – e que mais tarde, em 1912, seria a inspiração de um balé revolucionário de Nijinski. Na música, considerada impressionista, surgem os sucessivos cenários por onde se movem os desenhos e sonhos de um fauno que toca seu instrumento, com destaque para instrumentos de sopro e de cordas.
Já “La Mer”, também de Debussy, é considerada uma obra-prima do autor e uma revolução na forma de compor e dispor os elementos da orquestra em uma peça, fugindo da tonalidade tradicional na harmonia e empregando modos e escalas antigas não europeias.
Na noite também será apresentado o Concerto para violino do compositor norte-americano Samuel Barber, uma peça de 30 minutos composta em 1939 na Suíça. Seus três movimentos, nas palavras do próprio Barber: “O primeiro movimento – Allegro moderato – começa com um tema lírico anunciado pelo violino sem qualquer introdução orquestral. Esse movimento tem o caráter de uma sonata, mais do que a forma de um concerto. O segundo movimento – Andante – é introduzido por um longo solo de oboé. O violino entra com um tema contrastante e rapsódico e, em seguida, o oboé retoma a melodia inicial. O terceiro movimento, um perpetuum mobile, explora o caráter brilhante e virtuosístico do violino”.
Finalmente, “La Valse” finaliza o concerto com essa obra orquestral composta pelo compositor francês Maurice Ravel, como uma homenagem em forma de apoteose à valsa vienense, classificada por seu autor como “Poema Coreográfico”, em função de seu desejo de vê-la como um bailado.
Serviço:
Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Barber, Debussy e Ravel
26/5 (sexta), às 20h e 27/5 (sábado), às 17h
Theatro Municipal, sala de espetáculos
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL
JoAnn Falletta, regência
Pablo de León, violino
Programa:
CLAUDE DEBUSSY
Prélude à l’après-midi d’un Faune (10′)
SAMUEL BARBER
Concerto para Violino (30′)
(Intervalo)
CLAUDE DEBUSSY
La Mer (25′)
MAURICE RAVEL
La Valse (15′)
Duração: 100 minutos com intervalo
Classificação: livre para todos os públicos
Ingresso de R$12 a R$64 (inteira)
Duração total aproximadamente 70 minutos (com intervalo)
Classificação não recomendado para menores de 14 anos
Ingresso de R$12,00 a R$84,00 (inteira)
Theatro Municipal
Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Tel. Bilheteria: (11) 3367-7257.
(Fonte: Theatro Municipal de São paulo)
Questões relacionadas aos povos indígenas e ao racismo estão em destaque na 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais, que acontece em São Paulo de 1 a 14 de junho, com entrada gratuita. O evento acontece em salas, incluindo o Espaço Itaú de Cinema – Augusta, Centro Cultural São Paulo e Galeria Olido.
No cardápio cinematográfico, composto por 101 filmes, estão obras premiadas em festivais como Cannes, Berlin, Cinéma du Réel, CPH:DOX e Tribeca, ao lado de produções em pré-estreia mundial ou inéditas no Brasil. Estão presentes também títulos assinados por cineastas consagrados, como Jorge Bodanzky, Gabriela Cowperthwaite, Eduardo Coutinho, Paul Leduc, Gillo Pontecorvo, Ousmane Sembène, Safi Faye, Marta Rodríguez, Jorge Sanjinés e William Klein.
Na programação, estão as tradicionais seções Panorama Internacional Contemporâneo, Competição Latino-americana e Concurso Curta Ecofalante. A Mostra Histórica é dedicada este ano ao tema “Fraturas (pós-)coloniais e as Lutas do Plantationoceno” e traz 17 títulos icônicos realizados de 1966 a 1984, que discutem a herança do colonialismo em diferentes partes do planeta. Cunhado nos anos 2010 pelas teóricas norte-americanas Donna Haraway e Anna Tsing, o termo Plantationoceno, que está no título da mostra, se contrapõe ao difundido Antropoceno ao reconhecer os fundamentos coloniais e escravagistas da globalização e do sistema socioeconômico hegemônico hoje.
Completam a programação estreias mundiais, uma sessão especial e um programa infantil, um trabalho em realidade virtual, uma série de atividades paralelas que incluem uma masterclass com o pensador martiniquês Malcolm Ferdinand, que também explora em sua obra o conceito de Plantationoceno, e uma oficina de cinema ambiental com Jorge Bodankzy, além de um ciclo de debates.
Na sessão de abertura, exclusiva para convidados, em 31/5, às 20h00, no Espaço Itaú de Cinema – Augusta, é projetado o impactante longa-metragem “Nação Lakota Contra os EUA”, de Jesse Short Bull e Laura Tomaselli. A obra utiliza rico material de arquivo e entrevistas íntimas com ativistas veteranos e jovens líderes. O resultado, segundo a crítica, é lírico e provocativo. Exibido nos festivais de Tribeca, Cleveland e Denver, o filme tem entre seus produtores executivos os atores Marisa Tomei (vencedora do Oscar por “Meu Primo Vinny”, 1992) e Mark Ruffalo, três vezes indicado ao Oscar e conhecido por interpretar o personagem Hulk.
No Panorama Internacional Contemporâneo, com 27 filmes de 26 países, destaca-se uma seleção de títulos que abordam sobretudo questões ligadas ao racismo, mas que também não deixam de falar do legado do colonialismo e suas muitas consequências socioambientais presentes até os dias de hoje. Entre eles estão “Filhos do Katrina”, longa-metragem que discute racismo ambiental a partir das consequências do furacão Katrina; “Duas Vezes Colonizada”, sobre o ativismo de uma defensora dos direitos humanos inuíte no parlamento europeu, e “Uma História de Ossos”, sobre a luta de uma consultora africana para dar um fim digno aos restos mortais de mais de oito mil ‘africanos libertos’, descobertos durante a construção de um aeroporto na remota ilha de Santa Helena.
A seção traz abordagens de fluxos migratórios em títulos como “Recursos”, elogiado no importante festival de documentários IDFA-Amsterdã; “O Último Refúgio”, filme premiado no festival dinamarquês CPH:DOX, que registra um abrigo temporário de migrantes na África, e “Xaraasi Xanne (Vozes Cruzadas)”, filme de arquivo que lança luz sobre a violência da agricultura colonial no continente africano, premiado no tradicional festival Cinéma du Réel, na Suíça.
Discussões econômicas – sempre presentes no Panorama Internacional Contemporâneo – estão no centro de títulos da seção. Filme mais recente de Gabriela Cowperthwaite, diretora de “Blackfish”, o trepidante “A Apropriação” revela os esforços secretos de governos e multinacionais para controlar comida e água no mundo. Em “Amor e Luta em Tempos de Capitalismo”, produção francesa exibida no CPH:DOX e no Festival de Documentários DMZ com direção de Basile Carré-Agostini, o casal midiático formado pelos sociólogos Monique Pinçon-Charlot e Michel Pinçon, conhecido por suas pesquisas de mais de cinco décadas sobre os ultra ricos, é retratado no auge do movimento dos Coletes Amarelos. Sobrinha-neta de Walt Disney e herdeira da The Walt Disney Company, Abigail Disney é documentarista e ativista social. Em “O Sonho Americano e Outros Contos de Fadas”, codirigido por Kathleen Hughes, ela aborda a profunda crise de desigualdade nos Estados Unidos, usando o legado de sua família como um estudo de caso para explorar criticamente a intersecção entre racismo, poder corporativo e o sonho americano. Em “O Retorno da Inflação, de Matthias Heeder, diretor que causou forte impressão com o premiado documentário “Pre-Crime” (2017), discute-se os mecanismos que contribuíram para o retorno da inflação que atualmente atinge o mundo com força total e como pessoas de diferentes meios sociais reagem a ela. “A Máquina do Petróleo”, filme britânico de Emma Davies, toma o exemplo da óleo-dependência do Reino Unido para falar sobre como as principais economias contemporâneas – principalmente no hemisfério norte – se apoiam em boa parte sobre a indústria do petróleo. Já “Deep Rising: A Última Fronteira” revela as intrigas em torno da obtenção de recursos naturais no solo dos oceanos.
Uma programação é dedicada às estreias mundiais em salas de cinema de três títulos brasileiros que abordam o embate entre indígenas e garimpeiros, queimadas em quatro biomas do país e deslocamento de toda uma população.
“Cinzas da Floresta”, de André D’Elia, registra uma expedição com o ativista Mundano que percorreu mais de dez mil quilômetros por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica como o objetivo de produzir uma cartela em tons de cinza a partir do carvão e das cinzas de restos de árvores e de animais carbonizados. Com esse material foi pintado um painel a partir da famosa obra modernista do artista plástico Candido Portinari (1903–1962) “O Lavrador de Café”.
O filme “Escute, A Terra Foi Rasgada”, de Fred Rahal Mauro (de “BR Acima de Tudo”) e Cassandra Mello, registra o acampamento Luta pela Vida, em Brasília, no qual lideranças dos povos Mebêngôkre (Kayapó), Munduruku e Yanomami se uniram para escrever uma carta-manifesto em repúdio à atividade garimpeira. Na sessão promovida pela 12ª Mostra Ecofalante de Cinema têm presença confirmada as lideranças indígenas da “Aliança em Defesa dos Territórios”: Davi Kopenawa, Beka Munduruku e Maial Kayapó.
“Parceiros da Floresta”, de Fred Rahal Mauro, percorre três continentes evidenciando casos de parcerias entre setores privado, público e comunidades locais que geram soluções para a proteção e restauração de florestas tropicais globais aliando tecnologia, negócios e conhecimento tradicional para gerar benefícios verdadeiramente compartilhados.
Na Mostra Histórica “Fraturas (pós-)coloniais e as Lutas do Plantationoceno”, são exibidos clássicos da cinematografia militante do período das décadas de 1960 a 1980 que refletem sobre as marcas do colonialismo nos diversos territórios, sobretudo do sul global. É o caso de “A Batalha de Argel”, de Gillo Pontecorvo, que a mostra exibe em versão restaurada em 4K pela Cinemateca de Bolonha e Instituto Luce Cinecittà. A obra, que foi proibida pela censura da ditadura militar brasileira, ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza e foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, melhor diretor e melhor roteiro.
A aculturação de uma minoria mexicana inspirou o cineasta Paul Leduc a realizar o crítico e irônico “Etnocídio”. Marco do documentarismo brasileiro e referência mundial, “Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho, também está incluído. Com passagens pelos festivais de Cannes e Berlim (onde foi premiado), “Emitaï” traz as marcas do cinema político de seu diretor, o senegalês Ousmane Sembène, um dos pioneiros do cinema africano. Três filmes dirigidos por mulheres e restaurados pelo Instituto Arsenal, de Berlim, também fazem parte do programa: “Eu, Sua Mãe” (Senegal/Alemanha, 1980), da recém-falecida pioneira do cinema senegalês e africano Safi Faye; “Nossa Voz de Terra, Memória e Futuro” (Colômbia, 1982), de Marta Rodríguez e Jorge Silva, e “A Zerda e os Cantos do Esquecimento” (Argélia, 1982), um dos dois filmes dirigidos pela poeta e escritora argelina Assia Djebar e que era considerado perdido antes que uma cópia dele fosse redescoberta nos arquivos do Arsenal há alguns anos. A mostra também traz uma preciosidade recém-restaurada pelo Harvard Film Archive “I Heard It through the Grapevine” (1981), documentário de Dick Fontaine estrelado por James Baldwin em que o escritor viaja pelos Estados Unidos ao mesmo tempo em que faz um balanço das lutas pelos direitos civis e melhora das condições de vida das comunidades negras em seu país.
Temáticas relativas aos povos indígenas e seus territórios marcam parte das produções selecionadas este ano para a Competição Latino-americana, havendo espaço nos 33 selecionados para discussões sobre racismo, migração e trabalho. Destaca-se “A Invenção do Outro”, de Bruno Jorge, que narra uma eletrizante jornada na Amazônia para tentar encontrar e estabelecer o primeiro contato com um grupo de indígenas isolados da etnia dos Korubo, tendo merecido quatro prêmios no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, inclusive o de melhor filme. Consagrado diretor já homenageado na 4ª Mostra Ecofalante de Cinema, Jorge Bodanzky (de “Iracema – Uma Transa Amazônica”, 1975) assina “Amazônia, A Nova Minamata?”, no qual acompanha a saga do povo Munduruku para conter o impacto destrutivo do garimpo de ouro em seu território ancestral, enquanto revela como a doença de Minamata, decorrente da contaminação por mercúrio, ameaça os habitantes de toda a Amazônia hoje. No inédito “Mamá”, uma obra de cunho intimista com elaborada narrativa e técnica, o realizador de descendência maia Xun Sero relata como, sendo mexicano tzotzil, cresceu cercado pela sacralidade da Virgem de Guadalupe e da Mãe Terra – e sendo ridicularizado por não ter pai. Já o doc observacional peruano “Odisseia Amazônica”, de Terje Toomistu, Alvaro Sarmiento e Diego Sarmiento, testemunha o trabalho feito nos barcos que constituem o principal meio de transporte de mercadorias e pessoas no rio Amazonas.
Uma sessão especial exibe “Mulheres na Conservação”, dirigido pela jornalista Paulina Chamorro e pelo fotógrafo João Marcos Rosa. O documentário, desenvolvido a partir da websérie homônima, mostra na prática o trabalho realizado por sete mulheres que lutam pela conservação da biodiversidade no país e que são referência em suas áreas de atuação.
O Concurso Curta Ecofalante promove competição entre curtas-metragens realizados em universidades e cursos audiovisuais. Em 2023, participam 18 produções, representando os estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Destaca-se na programação ainda um trabalho em realidade virtual, assinado por Estêvão Ciavatta (de “Amazônia Sociedade Anônima”, exibido na 9ª Mostra Ecofalante de Cinema). Trata-se de “Amazônia Viva”, no qual a cacica Raquel Tupinambá, da comunidade de Surucuá (Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, no Pará), guia o espectador em uma viagem pelo rio Tapajós, em um passeio virtual em 360º.
Uma sessão infantil está incluída na programação da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema. Nela, ganha projeção o longa “A Viagem do Príncipe”, de Jean-François Laguionie e Xavier Picard, obra exibida nos festivais de Locarno, Roterdã, BFI Londres e na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
Todas as informações sobre exibições e demais atividades do evento poderão ser encontradas na plataforma Ecofalante: www.ecofalante.org.br.
A Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Ela tem patrocínio da White Martins, da Valgroup, do Mercado Livre e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e apoio da Evonik e da Drogasil. Tem apoio institucional do WWF-Brasil, da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, do Institut Français e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.
Serviço:
12ª Mostra Ecofalante de Cinema
De 1 a 14 de junho de 2023
Gratuito
Espaço Itaú de Cinema – Augusta (Salas 3 e 4) – Rua Augusta 1475, Consolação – São Paulo
Circuito Spcine Lima Barreto (Centro Cultural São Paulo) – Rua Vergueiro 1000, Paraíso – São Paulo
Circuito Spcine Olido (Centro Cultural Olido) – Av. São João 473, Centro – São Paulo
Circuito Spcine Roberto Santos – Rua Cisplatina 505, Ipiranga – São Paulo
E ainda unidades do Centro Educacional Unificado – CEU, Casas de Cultura, Fábricas de Cultura e Centros Culturais
Evento viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura
Patrocínio: White Martins, Valgroup, Mercado Livre e Spcine
Apoio: Evonik e da Drogasil
Apoio institucional: WWF-Brasil, Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, Institut Français e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
Produção: Doc & Outras Coisas
Coprodução: Química Cultural
Realização: Ecofalante e Ministério da Cultura
Redes sociais:
www.facebook.com/mostraecofalante
www.youtube.com/mostraecofalante
www.instagram.com/mostraecofalante.
(Fonte: ATTi Comunicação)
A artista visual Andréa Brächer remete às origens da fotografia e às florestas do conto de João e Maria na exposição “Aragem Ramagem”, com curadoria de Eder Chiodetto. A mostra inaugura na terça, 30 de maio, às 11h, no Centro Cultural Correios, localizado na Praça Pedro Lessa, s/nº, Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo/SP. A exposição fica em cartaz até o dia 5 de julho, com visitação de terça a sábado, das 10h às 17h. Entrada franca.
“‘Aragem Ramagem’ tem por ponto de partida o momento em que os irmãos João e Maria – do conhecido conto de tradição oral coletado pelos irmãos Grimm – são abandonados e ficam perdidos numa densa floresta, entregues às ramagens e à própria sorte”, explica Chiodetto. “Em sua produção, a artista visual Andréa Brächer se esmera em investigar instâncias psicológicas do ser humano por meio de atmosferas que suas séries materializam, tendo por referência universos oníricos que ela encontra em fábulas infantis, contos de horror e sonhos”, complementa. Também faz parte da mostra uma instalação de floresta com sons característicos e uma projeção na sala dos Correios, de modo a inserir os visitantes nesse ambiente.
O curador conta que, para realizar um ensaio fotográfico inspirado por esse retorno do homem ao seu habitat primitivo, a artista voltou a investigar as técnicas fotográficas surgidas tão logo a fotografia foi inventada, no século XIX, mesma época em que “João e Maria” foi escrito pelos Irmãos Grimm. “Andréa utiliza um misto de técnicas que ela cria tendo por referência a corrente pictorialista. Tais procedimentos visam sequestrar a nitidez da imagem, além de gerar mutações cromáticas que criam um hiato na temporalidade dessas obras”, observa Chiodetto.
A série é composta por 21 obras de grandes dimensões (algumas chegam a medir 1m por 1,50m), produzidas na técnica histórica fotográfica do cianótipo, tonalizada com erva-mate e ampliada em papel fotográfico.
“A cianotipia é um processo descoberto em 1842 por Sir John Herschel e tem como base sensibilizadora os sais de ferro (ferricianeto de potássio e citrato férrico amoniacal). Durante o século XIX e XX, diversos fotógrafos, profissionais e amadores, e artistas utilizaram a técnica com intenções distintas e eu retomo essa técnica em minha obra”, explica Andréa Brächer.
Natural de Porto Alegre, Andréa Brächer é artista desde o fim dos anos 90. Suas exposições individuais mais destacadas ocorreram nos museus MARGS, MARCO e MAB. Tem trabalhos publicados sobre fotografia histórica/alternativa no Brasil e no exterior. Suas obras integram em acervos públicos e coleções privadas. Sua proposta de base fotográfica busca refletir sobre o universo onírico, por vezes, fantasmático, de fabulações, invenções e de sonho. No doutorado, Andréa desenvolveu uma produção voltada para o universo infantil a partir da leitura de contos de fadas e de horror, assim como da história da fotografia. Atualmente, é docente no Instituto de Artes/UFRGS. Concluiu o PhD em Poéticas Visuais no PPGAV do Instituto de Artes da UFRGS em 2009. Também é fundadora e coordenadora do Grupo Lumen – de Estudos em Processos Fotográficos Históricos e Alternativos – UFRGS.
“Aragem Ramagem” por Andréa Brächer
Local: Centro Cultural Correios – São Paulo
Endereço: Praça Pedro Lessa, s/n, Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo/SP
Como chegar: Metrô – Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú
Vernissage: 30 de maio, às 11h
Período: 30 de maio a 05 de julho
Visitação: terça a sábado, das 10h às 17h
Acessibilidade: Rota acessível, elevador e banheiro adaptados.
Site: www.correios.com.br/educacao-e-cultura/centros-e-espacos-culturais/centro-cultural-sao-paulo
Valor: gratuito
Faixa etária: livre.
(Fonte: Milim Assessoria de imprensa)
No final de semana dos dias 2, 3 e 4 de junho, o icônico Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, será sede do NFT.Brasil, a primeira exposição internacional de NFTs realizada na capital paulista e o principal evento do segmento do país que visa impulsionar os NFTs, sigla em inglês para token não fungível, como uma ferramenta disruptiva de expressão ambiental, social e artística; esmiuçar como a nova tecnologia vai impactar o dia a dia das pessoas por meio de novas formas de autenticação, certificação, acesso e automatização, mais segurança, autonomia, privacidade e agilidade, além de estimular o mercado de NFT local e global, conectando o Brasil aos principais mercados de Web3 do mundo.
NFTs são certificados blockchain que autenticam a propriedade de um ativo exclusivo. Esses ativos individuais geralmente vêm na forma de arte, mas a adoção de NFTs tem se expandido em diversas áreas, incluindo esportes, jogos, música, arte e moda, o que sugere que esse tipo de ativo digital pode ter aplicações amplas e diversas. O mercado NFT possui um valor de mercado total de mais de US$11,3 bilhões, segundo relatório publicado pela Verified Market Research (VMR) que previu ainda uma taxa de crescimento anual composta de 33,7% nos próximos oito anos e uma previsão de que seu valor de mercado total pode subir para US$231 bilhões até 2030. Uma pesquisa da consultoria Statista aponta o Brasil como o segundo maior mercado de NFTs do mundo. Com 5 milhões de proprietários de NFTs, o país só está atrás da Tailândia, que tem 5,6 milhões. A lista segue com Estados Unidos, China, Canadá e Alemanha.
O NFT.Brasil, que deve receber cerca de 30 mil pessoas durante os três dias de evento, vai promover palestras e debates de mais de 100 especialistas do Brasil e do exterior. O evento contará com dois espaços distintos no Pavilhão da Bienal: a Exposição Internacional de NFTs, que apresentará a ‘Expo Educativa’ – onde serão apresentados conceitos e cronologia de surgimento da internet as novas ferramentas da Web3; a ‘Expo Artística e Interativa’ – que conta com uma curadoria de mais de 100 artistas nacionais e internacionais e 50 coleções de obras em NFT; a ‘Expo Imersiva’ – espaço com mais de 100m² para promover uma experiência sensorial com arte imersiva; o ‘Espaço de Gaming VR/AR’, com a descoberta de novas realidades; um espaço dedicado aos expositores, e shows nos happy hours com uma programação musical e intervenções artísticas após a atividades do dia para fortalecer a conexão da comunidade Web3 e networking entre os participantes.
As mentes pensantes por trás do evento são os organizadores Marco Affonseca, gestor do MAAC Hub, casa de inovação focada em Web3 e NFT localizada em São Paulo; Edvam Filho, co-founder do NFT.Rio e da Carabela, co-realizadora do NFT.Rio; Lucas Santiago, founder do NFT.Brasil e diretor na Carabela; e Bob Burnquist, lenda do skate mundial e sócio do NFT.Brasil.
Para eles, o NFT.Brasil pretende abrir espaço, conectar, construir e fortalecer comunidades de artistas digitais e Web3 builders no país. “Acreditamos que as novas tecnologias que estão sendo usadas para construção de uma internet descentralizada sejam capazes de criar novas oportunidades de mercado que ainda não chegaram ao Brasil. Queremos que o evento seja o principal agregador de comunidades e projetos da área, estimulando o protagonismo nacional na cena global e provocar a sociedade brasileira a pensar em futuros desejáveis a partir dessas novas tecnologias”, destaca Edvam Filho.
“O evento será um grande momento de conexões para quem busca estar por dentro e de quem já está construindo a Web3 no Brasil e no Mundo; queremos marcar presença nos calendários internacionais de eventos que acontecem ao redor do mundo”, completa Lucas Santiago.
Segundo Marco Affonseca, a missão do NFT.Brasil é promover uma experiência sob a perspectiva da jornada dos diferentes públicos. “A proposta é estar presente na jornada dos diferentes públicos, proporcionando momentos de conexão entre o universo do NFT, as marcas e os diferentes perfis de público que visitarão a Bienal nesse primeiro encontro de muitos que virão”, explica.
Impacto Social
Com o objetivo de promover inclusão e o acesso ao universo dos NFTs a partir de uma parceria inédita entre o NFT.Brasil e o G10 Favelas (maior grupo de favelas do mundo), jovens das regiões periféricas de São Paulo poderão conhecer e descobrir um pouco mais sobre o segmento durante a realização do evento. Parte dos ingressos será destinada para comunidades localizadas em São Paulo que fazem parte do G10 Favelas para proporcionar um ambiente de educação focado em engajar jovens da periferia no mundo da NFT e suas aplicabilidades. Além disso, os organizadores do evento vão reverter parte da receita do evento em investimentos em ações nas favelas do G10. A curadoria educacional está por conta de Br Punk.
Público
Entre os dias 2 e 4 de junho, o NFT.Brasil vai receber uma diversidade de pessoas entre creators, gamers, artistas, developers, investidores, acadêmicos e entusiastas, com expectativa de mais de 20 mil pessoas visitando a exposição e participando da programação de talks e palestras.
O objetivo é reunir os heavy users – desenvolvedores, artistas digitais, programadores e especialistas em metaverso, clockchain, cryptomoedas e os new users – uma nação de curiosos das mais diferentes verticais de negócios com um único objetivo: descobrir, experimentar e recomendar esse mercado.
Além do público que visitará o Pavilhão da Bienal de São Paulo, o NFT.Brasil conta ainda com dois espaços digitais no metaverso onde a exposição continua acontecendo durante todo ano de 2023.
Speakers
Proporcionando um grande encontro das principais vozes do segmento, o NFT.Brasil vai reunir representantes de diversos projetos baseados que dialogam com as tecnologias NFT e Web3.
Dentre os speakers confirmados está Bob Burnquist, lenda do skate mundial que irá participar do painel “NFTs e o futuro dos esportes – O jogo está mudando”, no dia 2 de junho, e vai realizar o lançamento oficial de sua coleção de NFTs em parceria com a Reserva. Outro nome que confirmou presença no evento foi Marcello Serpa, um dos publicitários mais premiados e reconhecidos da indústria criativa latina, que recentemente participou da criação e lançamento da coleção Surf Junks, que reúne uma comunidade de amantes do surf. Antônia Souza, que liderou a estratégia do time de metaverso na América Latina na Meta, onde se consolidou como especialista no assunto na região; Felipe Cabral, B2B Product Manager do Mercado Bitcoin e fundador do Banco Aberto; Carl Amorim, fundador do Blockchain Research Institute no Brasil, criador do Blockchain Hub Brasil e da Revista Blockcahin Business Review; Larissa Barros, fundadora da Agenda Crypto e coordenadora crypto e web3 da Favela Inc, hub tecnológico no Vidigal; Guta Nascimento, jornalista especializada em onboarding em Web3, Blockchain e Metaverso. Foi diretora da Revista Claudia. Em televisão, trabalhou no Jornal Nacional, Jornal da Globo e Jornal Hoje, da TV Globo. Baseada em Nova York, participou de grandes coberturas internacionais como a Guerra de Kosovo; Kei Shiozawa, idealizador e criador do Grupo Criptoninja, tem sólida experiência no mercado de criptomoedas e é considerado um dos maiores especialistas deste mercado no Brasil; Juliano Kimura, eleito duas vezes melhor profissional de redes sociais pela ABCOMM, melhor agência de Social media pela E-Awards Internacional e dois prêmios no Social Media Week Awards; Felipe Ribbe, ex-head de inovação do Clube Atlético Mineiro, clube que foi pioneiro em iniciativas de web3 no esporte. Outros speakers na programação do site do NFT.Brasil aqui. A curadoria de talks e palestras é feita por Fernando Souza e Guta Nascimento.
Artistas
Com objetivo de posicionar artistas nacionais e conectar a cena internacional de NFTs, a curadoria do NFT.Brasil vai apresentar mais de 70 artistas brasileiros de diversas cidades do país destacando a diversidade e qualidade dos trabalhos criados por artistas como Ottis, Pessanha, Fesq, Priscila Nassar, Elektra, Maria Mario, Taís Koshino, Uno de Oliveira, Monica Rizzoli, Marlus, Monica Piloni, Calvet, Jmarinovfx.Eth, Noinah, Erick (snowfro), Deekay, Marc Tudisco e Vinnie Hager, entre outros.
Além desse time de artistas, a curadoria ainda conta com o lançamento de algumas coleções de NFTs como a Indigenas.Art, uma coleção de artistas indígenas que está utilizando o NFT como forma de divulgar e comercializar suas obras de artes.
Bob Burnquist também vai fazer no evento o lançamento oficial de sua coleção de NFTs em parceria com a Reserva. Seguindo o conceito “figital”, a coleção busca unir o físico ao digital com shapes personalizados e suas versões digitais. Os shapes de skate serão pintados à mão e assinados por Bob Burnquist. Depois, serão comercializados através de NFTs com a originalidade verificada a partir da tecnologia blockchain. A curadoria artística é de The Unstable DAO Lab.
Coleções | Os principais colecionáveis de NFTs do mundo estarão presentes na primeira exposição internacional de NFTs realizada na capital paulista: Bored Apes Yacht Club, Cryptopunks, Where My Vans Go, Nouns, Clonex, Doodles, Otherdeed + Koda, Burned Picasso, Moonbirds, Cool Cats, Carpoolers, Surf Junkies e Cryptorastas, entre outros.
Metaverso & Digital | O NFT.Brasil será um evento híbrido e descentralizado que vai marcar presença no Metaverso com dois espaços onde as pessoas poderão visitar a exposição de obras digitais que estará disponível a partir do dia 10/05. Para visitar o metaverso, acesse o site do evento.
Ingressos
O ingresso para participar da programação de palestras do NFT.Brasil será um NFT que dá início a uma série de benefícios para os holders (donos) desses ativos digitais. Com ele, o participante terá acesso livre à Primeira Exposição internacional de NFts, além acesso aos palestrantes e convidados, conteúdos exclusivos, brindes e sorteios. A NFT é dinâmica e se transformará em uma arte exclusiva do encontro.
Os ingressos para os três dias de evento custam R$300,00 e já estão disponíveis no site oficial do NFT.Brasil. Os ingressos para a exposição estão sendo vendidos no site https://ticketfacil.com.br/.
Assista o vídeo do evento.
Serviço:
NFT.Brasil
Data: 2 a 4 de junho de 2023
Horário: Das 9h às 19h (talks e palestras) / das 19h às 23h (shows)
Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Pavilhão Bienal) – Parque Ibirapuera – Portão 3
Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral S/N – São Paulo (SP).
(Fonte: Virei Notícia)
Com a finalidade de levar a cultura da música orquestral a diferentes públicos, a série “Concertos na Comunidade” da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba volta a se apresentar na cidade, desta vez, nos bairros Jardim Brasil e no Centro de Indaiatuba, nos dias 3 e 4 de junho.
No programa, obras do barroco e também de compositores brasileiros que transitam entre a música clássica e a popular; tais como “Allegro” (Eine Kleine Nachtmuzik), de Mozart; “Concerto Grosso em Ré Maior op. 6 nº 4”, de Arcangelo Corelli; “Ponteio”, de Claudio Santoro; “4 Momentos”, de Ernani Aguiar; e “Incelença e Mourão”, de Guerra Peixe.
Além do grupo de cordas da Sinfônica (violino, viola, violoncelo e contrabaixo), os encontros terão como destaque dois solistas da própria orquestra: Álvaro Peterlevitz (spalla da orquestra) e David França, que além de integrante da sinfônica, também atua como professor na Escola de Música da Orquestra. A regência é do maestro Paulo de Paula.
A realização da série Concertos na Comunidade é da Associação Mantenedora da Orquestra de Indaiatuba (Amoji) em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, e conta com patrocínio master da Toyota e patrocínio da Tuberfil e Plastek, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo.
Serviço:
Concertos na Comunidade
Data: 3/6 l Horário: 19h
Local: Igreja Matriz da Candelária – R. Padre Vicente Rizzo, 694 – Centro
Data: 4/6 l Horário: 9h
Local: Igreja N. S. Aparecida – R. Lourenço Martim do Amaral, 241 – Jardim Brasil
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(Fonte: Armazém da Notícia)