Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Os Cinemas Novos das décadas de 1950 e 1960 até hoje fazem espectadores se levantarem de seus sofás para encherem as salas de cinema. Esse fenômeno cinematográfico internacional deu proeminência a autores como Godard e Truffaut na França, Wim Wenders, Herzog e Fassbinder na Alemanha, Milos Forman, Věra Chytilová e Frantisek Vlácil na Tchecoslováquia, e Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Joaquim Pedro de Andrade no Brasil. Porém, pouca atenção é dada ao Cinema Novo Britânico.
Lindsay Anderson, um dos pioneiros do movimento, há muito reclamava que o cinema havia adquirido uma estrutura esnobe, anti-intelectual e emocionalmente inibida. Querendo revolucionar essa estrutura, cineastas como Tony Richardson, John Schlesinger e Ken Loach apostaram em temáticas sociais (as dificuldades da classe trabalhadora do Norte da Inglaterra), no estilo observacional do cinema direto, e, principalmente, no personagem do Jovem Homem Revoltado (Angry Young Man). A mostra Cinema Novo Britânico traz um panorama dessa mistura de neorrealismo, linguagem experimental e anti-heróis. A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos na bilheteria uma hora antes de cada sessão.
A mostra será acompanhada de um curso ministrado pela Profª Drª Cecília Mello Antakly, da Universidade de São Paulo, composto por quatro aulas: 1 – O Free Cinema dos anos 1950; 2 – O Cinema Novo Britânico dos anos 1950 e 1960; 3 – Reverberações do Cinema Novo Britânico na televisão: Ken Loach; 4 – Reverberações do Cinema Novo Britânico na música: dos Beatles ao Arctic Monkeys. As aulas são gratuitas e presenciais aos sábados e domingos das 16h às 18h. As inscrições devem ser feitas pelo site da Cinemateca Brasileira. Será emitido certificado para aqueles que comparecerem em ao menos três aulas.
PROGRAMAÇÃO
18 de maio, quinta-feira
17h, na sala Grande Otelo
Almas em leilão | Room at the Top
Reino Unido, 1958, 117 min, p&b, 16 min.
Direção: Jack Clayton
Elenco: Simone Signoret, Laurence Harvey, Heather Sears, Donald Wolfit, Donald Houston
Sinopse: Um homem ambicioso e de família pobre consegue um emprego no norte da Inglaterra. Ele planeja se casar com a filha do homem mais rico da cidade, contudo se apaixona por uma mulher mais velha e casada.
Comentários: Uma adaptação do romance homônimo escrito por John Braine em 1957. O filme teve ótima recepção de público e foi indicado a seis Oscars, tendo sido premiado com a estatueta de melhor atriz para Simone Signoret e melhor roteiro adaptado.
19h, na área externa
O mundo fabuloso de Billy Liar | Billy Liar
Reino Unido, 1963, 98 min, p&b, 14 anos
Direção: John Schlesinger
Elenco: Tom Courtenay, Julie Christie, Wilfred Pickles, Mona Washbourne
Sinopse: Um jovem preguiçoso e irresponsável trabalha numa funerária e vive no seu próprio mundo da fantasia, tomando decisões imaturas, contando mentiras e afastando seus amigos e familiares.
Comentários: Baseado no romance de Keith Waterhouse, o filme é inspirado nos kitchen sink dramas e na Nouvelle Vague francesa, com traços do cinema documental. Em 1999, British Film Institute – BFI colocou a obra na posição de 76º na lista dos 100 melhores filmes britânicos.
19 de maio, sexta-feira
17h, na sala Grande Otelo
Se… | If…
Reino Unido, 1968, 111 min, cor, 14 anos
Direção: Lindsay Anderson
Elenco: Malcolm McDowell, Christine Noonan, David Wood, Richard Warwick
Sinopse: Uma sátira da vida escolar inglesa, o filme segue um grupo de alunos que preparam uma revolução em um internato masculino.
Comentários: Um marco da cinematografia britânica na época da contracultura dos anos 1960, o filme foi objeto de controvérsias na época de seu lançamento, recebendo um certificado de censura por suas representações de violência. Filmado no mesmo momento das revoltas estudantis em Paris em maio de 1968, inclui diálogos que contestam o sistema e criam apologias da violência. Conquistou a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1969. Em 1999, o British Film Institute – BFI o escolheu como 12º melhor filme britânico do século XX.
19h, na sala Grande Otelo
A mulher que pecou | The L-Shaped Room
Reino Unido, 1962, 126 min, p&b, 16 anos
Direção: Bryan Forbes
Elenco: Leslie Caron, Tom Bell, Bernard Lee, Brock Peters, Cicely Courtneidge, Patricia Phoenix, Emlyn Williams
Sinopse: Uma jovem francesa descobre estar grávida e então se muda para uma pensão miserável em Londres frequentada por pessoas que vivem à margem da sociedade. Ali, ela pensa em abortar, enquanto estabelece vínculos com os outros hóspedes.
Comentários: Baseado em no livro homônimo de Lynne Reid, o filme é considerado um kitchen sink drama, movimento cinematográfico ligado ao realismo social. Ao tratar de gravidez fora do casamento e de aborto, temas tabus na época, foi considerado muito polêmico e, por isso, não teve tanto sucesso de público. Além disso, traz personagens raramente representados no cinema naquele tempo, como um jovem negro inteligente e uma atriz lésbica. A protagonista, Leslie Caron, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz por sua atuação nesse filme.
20 de maio, sábado
14h, na sala Grande Otelo
FILME SURPRESA
16h, na sala Grande Otelo
Curso Cinema Novo Britânico
Aula 1: O Free Cinema dos anos 1950
18h, na sala Grande Otelo
Um gosto de mel | A Taste of Honey
Reino Unido, 1961, 101 min, p&b, 14 anos
Direção: Tony Richardson
Elenco: Dora Bryan, Robert Stephens, Murray Melvin, Paul Danquah, Rita Tushingham
Sinopse: Uma adolescente grávida deve se virar sozinha quando sua mãe omissa se casa novamente e abandona a filha, deixando a garota apenas com um novo amigo para ajudá-la.
Comentários: Uma adaptação à peça homônima de Shelagh Delaney, de 1958. O filme se tornou um exemplo clássico de um gênero cinematográfico britânico chamado de Kitchen Sink, que partia de um estilo de realismo social para representar a classe trabalhadora. Com Lindsay Anderson e Karel Reisz, Tony Richardson, diretor de Um gosto de mel, é o mais conhecido realizador do Free Cinema, um movimento britânico atrelado a uma “consciência social”. Muitos de seus filmes lidam com a classe trabalhadora e incluem adaptações literárias e teatrais para as telas.
20h, na sala Grande Otelo
A solidão de uma corrida sem fim | The Loneliness of the Long Distance Runner
Reino Unido, 1962, 104 min, p&b, 14 anos
Direção: Tony Richardson
Elenco: Avis Bunnage, Tom Courtenay, Michael Redgrave
Sinopse: A história de um jovem rebelde de classe trabalhadora que vai para reformatório depois de um roubo malsucedido. Lá consegue privilégios por meio de sua destreza como corredor de longa distância, que é aproveitada pelo diretor da instituição para tentar conquistar o campeonato entre reformatórios.
Comentários: Adaptação do conto de Alan Sillitoe, o filme retrata o Reino Unido do final dos anos 1950 e início dos 1960 como um país elitista, onde a classe alta goza de privilégios enquanto a classe baixa sofre uma vida dura. Uma crítica aos centros de detenção, que funcionam de forma a manter a classe trabalhadora submissa e obediente. Com Lindsay Anderson e Karel Reisz, Tony Richardson, diretor de A solidão do corredor de fundo, é o mais conhecido realizador do Free Cinema, um movimento britânico atrelado a uma “consciência social”. Muitos de seus filmes lidam com a classe trabalhadora e incluem adaptações literárias e teatrais para as telas.
21 de maio, domingo
14h, na sala Grande Otelo
FILME SURPRESA
15h, na sala Oscarito
Curso Cinema Novo Britânico
Aula 2: O Cinema Novo Britânico dos anos 1950 e 1960
18h, na sala Grande Otelo
Odeio essa mulher | Look Back In Anger
Reino Unido, 1959, 98 min, p&b, 16 anos
Elenco: Richard Burton, Gary Raymond, Mary Ure, Claire Bloom
Direção: Tony Richardson
Sinopse: Um universitário desiludido e furioso de classe trabalhadora tem uma esposa de classe mais alta. Ele terá que lidar com seu rancor contra a vida e os valores da classe média.
Comentários: Inspirado na peça de John Osborne, trata-se de um exemplo clássico do movimento cultural britânico conhecido como realismo kitchen sink. Com Lindsay Anderson e Karel Reisz, Tony Richardson, diretor de Odeio essa mulher, é o mais conhecido realizador do Free Cinema, um movimento britânico atrelado a uma “consciência social”. Muitos de seus filmes lidam com a classe trabalhadora e incluem adaptações literárias e teatrais para as telas.
20h, na sala Grande Otelo
O criado | The Servant
Reino Unido, 1963, 116 min, p&b, 14 anos
Direção: Joseph Losey
Elenco: Dirk Bogarde, Sarah Miles, James Fox
Sinopse: Um homem rico se muda para Londres e contrata um criado para cuidar da casa. Aos poucos, ele manipula seu patrão e o coloca em uma posição de subserviência, invertendo a dinâmica das relações de poder anteriormente estabelecidas.
Comentários: Baseado no romance de Robin Maugham, o filme é um drama psicológico de ataque direto à aristocracia inglesa. Considerado uma das obras mais perturbadoras da história do cinema, conquistou grande sucesso crítico e comercial e inspirou o clássico contemporâneo Parasitas de Bong Joon-ho.
25 de maio, quinta-feira
17h, na sala Grande Otelo
Como conquistar as mulheres | Alfie
Reino Unido, 1966, 114 min, cor, livre
Direção: Lewis Gilbert
Elenco: Michael Caine, Shelley Winters, Millicent Martin, Julia Foster, Jane Asher
Sinopse: Um charmoso e egocêntrico galanteador de mulheres que busca apenas o prazer se vê obrigado a questionar seu comportamento, solidão e prioridades.
Comentários: Nomeado para cinco Oscars, o filme teve duas refilmagens (1975 e 2004). A criação mais conhecida do escritor Bill Naughton, a personagem Alfie Elkins surgiu em uma peça de rádio e fez sucesso nos palcos antes de dar ao carismático Michael Caine um dos papeis mais famosos do cinema Britânico da década de 1960.
19h, na sala Grande Otelo
A mulher que pecou | The L-Shaped Room
Reino Unido, 1962, 126 min, p&b, 16 anos
Direção: Bryan Forbes
Elenco: Leslie Caron, Tom Bell, Bernard Lee, Brock Peters, Cicely Courtneidge, Patricia Phoenix, Emlyn Williams
Sinopse: Uma jovem francesa descobre estar grávida e então se muda para uma pensão miserável em Londres frequentada por pessoas que vivem à margem da sociedade. Ali, ela pensa em abortar, enquanto estabelece vínculos com os outros hóspedes.
Comentários: Baseado em no livro homônimo de Lynne Reid, o filme é considerado um kitchen sink drama, movimento cinematográfico ligado ao realismo social. Ao tratar de gravidez fora do casamento e de aborto, temas tabus na época, foi considerado muito polêmico e, por isso, não teve tanto sucesso de público. Além disso, traz personagens raramente representados no cinema naquele tempo, como um jovem negro inteligente e uma atriz lésbica. A protagonista, Leslie Caron, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz por sua atuação nesse filme.
26 de maio, sexta-feira
17h, na sala Grande Otelo
Se… | If…
Reino Unido, 1968, 111 min, cor, 14 anos
Direção: Lindsay Anderson
19h, na sala Grande Otelo
Tudo começou num sábado | Saturday Night and Sunday Morning
Reino Unido, 1960, 89 min, p&b, 18 anos
Direção: Karel Reisz
Elenco: Albert Finney, Shirley Anne Field, Rachel Roberts, Hylda Baker, Norman Rossington
Sinopse: Um jovem operador de torno mecânico trabalha em uma fábrica a contragosto e passa seus finais de semana bebendo e jogando. Ele vive em relacionamentos com duas mulheres, sendo que uma delas é casada com seu colega de trabalho e está grávida de seu filho e a outra exige que haja um compromisso sério.
Comentários: Uma adaptação do romance homônimo de 1958, escrito por Alan Sillitoe, que também escreveu o roteiro do filme. A obra apresenta um traço comum nos kitchen sink dramas, que é a presença de jovens homens furiosos da classe trabalhadora que se rebelam contra o sistema de opressões. Em 1999, British Film Institute – BFI, colocou a obra na posição de 14º na lista dos 100 melhores filmes britânicos.
27 de maio, sábado
14h, na sala Grande Otelo
FILME SURPRESA
15h, na sala Oscarito
Curso Cinema Novo Britânico
Aula 3: Reverberações do Cinema Novo Britânico na televisão: Ken Loach
18h, na sala Grande Otelo
Up the Junction
Reino Unido, 1965, 75 min, p&b, 16 anos
Direção: Ken Loach
Elenco: Carol White, Geraldine Sherman, Vickery Turner, Tony Selby, Michael Standing, Ray Barron
Sinopse: Três mulheres operárias no sul de Londres na década de 1960 lidam com família, amizade, romance, sexo e aborto.
Comentários: O quarto episódio da terceira temporada do programa de TV da BBC “The Wednesday Play”. Controverso, o episódio foi assistido por quase 10 milhões e a BBC recebeu mais de 400 reclamações sobre sua representação de aborto.
20h, na sala Grande Otelo
Título: Cathy Come Home
Reino Unido, 1966, 75 min, p&b, 16 anos
Direção: Ken Loach
Elenco: Carol White, Ray Brooks, Winifred Dennis, Wally Patch
Sinopse: Um jovem casal enfrenta problemas financeiros devido ao rígido e problemático sistema de bem-estar de seu país.
Comentários: O sétimo episódio da quinta temporada do programa de TV da BBC “The Wednesday Play”, Cathy Come Home foi votado o melhor drama pelo BFI100 de Televisão Britânica em 2000.
28 de maio, domingo
14h, na sala Grande Otelo
FILME SURPRESA
15h, na sala Oscarito
Curso Cinema Novo Britânico
Aula 4: Reverberações do Cinema Novo Britânico na música: dos Beatles ao Arctic Monkeys
18h, na sala Grande Otelo
Kes
Reino Unido, 1969, 110 min, cor, 12 anos
Direção: Ken Loach
Elenco: David Bradley, Brian Glover, Freddie Fletcher, Lynne Perrie, Colin Welland
Sinopse: Um menino de uma família de classe baixa e problemática sofre abusos e humilhações em casa e na escola. Ele consegue fugir dessa dura realidade quando encontra um pequeno falcão e decide treiná-lo.
Comentários: Um dos primeiros filmes de Ken Loach, seu sucesso de público no Reino Unido é atribuído à divulgação boca a boca. Algumas cenas foram dubladas para o lançamento do filme nos EUA devido à dificuldade de entender o dialeto Yorkshire dos atores.
20h, na sala Grande Otelo
O pranto de um ídolo | This Sporting Life
Reino Unido, 1963, 134 min, p&b, 16 anos
Direção: Lindsay Anderson
Elenco: Richard Harris, Rachel Roberts, Alan Badel
Sinopse: Frank Machin é um minerador ambicioso que consegue se tornar uma estrela de rugby no time dirigido por seu chefe. Apesar do sucesso no campo, ele sente um vazio crescente em sua vida enquanto sua angústia interior começa a se materializar através da agressão e brutalidade. Ele tenta então conquistar uma mulher na esperança de encontrar uma razão para viver.
Comentários: Primeiro longa-metragem de um dos maiores nomes do Free Cinema, movimento cinematográfico ligado ao gênero documental surgido na Inglaterra em meados da década de 1950. O Pranto de um Ídolo é baseado em um romance homônimo escrito em 1960 por David Storey. O filme impulsionou enormemente a carreira do diretor e do ator estreante, Richard Harris, que ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes de 1963.
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo (SP)
Horário de funcionamento:
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 8 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados
Sala Grande Otelo (210 lugares + 4 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)
Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão
Cinemateca Brasileira | A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962 e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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(Fonte: Trombone Comunicação)
O Funssol (Fundo Social de Solidariedade) de Indaiatuba e a Secretaria Municipal de Assistência Social começam na próxima segunda-feira (15) a triagem nos CRAS de Indaiatuba para a distribuição anual dos cobertores para famílias em vulnerabilidade. A população interessada pode buscar pelo serviço até 2 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Esta ação é uma das etapas da Campanha do Agasalho 2023 e visa assistir famílias em vulnerabilidade social neste período em que se aproxima o frio.
Segundo informaram o Funssol e a Assistência Social, não podem receber as famílias que foram beneficiadas no ano passado.
CRAS em Indaiatuba:
CRAS 1 – Rua Augusto Brega, 452 – Jardim Oliveira Camargo
CRAS 2 – Rodovia Lix da Cunha, 2900 – Tombadouro
CRAS 3 – Rua José Pioli, 96 – Jardim Morada do Sol
CRAS 4 – Rua Jordalino Pietrobom, 1300 – Jardim Morada do Sol
CRAS 5 – Rua Lourenço Martins do Amaral, 241 – Jardim Brasil
CRAS 6 – Rua Benedita Carvalho, 213 – Parque Campo Bonito.
Plantão Social – Prefeitura de Indaiatuba, av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 2800 – Jardim Esplanada 2.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Já fazia algum tempo que o MST não estava tão evidente na cena política como nessas últimas semanas. O intento da direita mais conservadora de, via Comissão Parlamentar de Inquérito, criminalizar o movimento, apoia-se na velha ladainha do direito à propriedade, mas esconde motivações originais e mais intricadas.
Nos anos 1990, a legitimação da reforma agrária perante a sociedade forçou as elites agrárias a aceitar um pacto político de coexistência. Esse pacto instável e frágil manifestou-se institucionalmente na coexistência de dois ministérios, da Agricultura (MAPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) e, no plano discursivo, na ideia posteriormente repetida à exaustão pelo presidente Lula, de que “há espaço para todos”, ou seja, para a agricultura familiar e para o agronegócio.
No entanto, a deposição da presidenta Dilma Roussef revelou a fragilidade desse pacto. Logo em seguida, a extinção do MDA, como uma das primeiras ações de Temer, e o desmantelamento ativo das políticas para a agricultura familiar e para a reforma agrária pelo governo Bolsonaro demonstraram que estava em curso um reposicionamento mais radical das forças e ideias políticas.
Antes mesmo de isso acontecer, o agro (ocultando o negócio) já havia se lançado na defesa de uma velha narrativa: a de “uma única agricultura”, segundo a qual todos os agricultores fazem parte deste setor (e não mais grupo político) fundamental para a economia brasileira. Com um tom populista e autoritário, que apela para a unidade de um “povo” (o povo do agro) contra um inimigo que precisa ser eliminado (todos que impedem o progresso da agricultura), o agro conseguiu inclusive incorporar a parcela mais conservadora da agricultura familiar e, com o apoio dela, eleger e sustentar Bolsonaro.
Os movimentos sociais passaram a ser criminalizados e perseguidos. O próprio MST escolheu limitar seu repertório de ações públicas para evitar uma escalada da violência contra os agricultores. As ocupações deram espaço a estratégias de resistência cotidiana, as quais voltaram-se a ampliar o acesso da população mais pobre a alimentos saudáveis por meio de novos canais de distribuição de alimentos (cooperativas, armazéns, feiras livres, doações e cozinhas solidárias, entre outros).
Apesar da sua força, a narrativa do agro não foi suficiente para impedir o retorno de Lula à presidência e, com ele, a reconstrução das condições democráticas para que os movimentos sociais voltassem às ruas para pressionar o governo. As ocupações do Abril Vermelho foram a face mais visível desse processo e se tornaram a desculpa que o agro necessitava. No entanto, a CPI do MST, que está em discussão no Congresso, tem uma motivação mais profunda e está associada à própria incapacidade que o agro demonstrou de dar respostas à grave crise de insegurança alimentar que afeta as famílias mais pobres.
Perante a sociedade, o que legitima a reforma agrária atualmente é o fato de que os movimentos orientados pela agroecologia e pela segurança e soberania alimentar, tais como o MST, tem sido crescentemente reconhecidos pelas alternativas mais inovadoras de combate à fome e de construção de sistemas alimentares sustentáveis, saudáveis e justos.
Essas alternativas estão agora em cima da mesa do governo e podem, se bem ajustadas, orientar a construção de uma nova geração de políticas alimentares. Assim como aconteceu com o Programa de Aquisição de Alimentos, criado em 2003, essas políticas legitimarão a existência de outras formas de fazer agricultura, de um mundo rural mais plural e diverso, além da própria ação do Estado na construção de mercados. Tudo isso assombra os homens do agro.
A nova tentativa de criminalizar o MST, de colocá-lo na mira, não se deve às ocupações de terra, mas a algo muito mais profundo: o questionamento ao agro enquanto narrativa que sustenta um modelo único de agricultura e sistema alimentar.
O MST deve se preocupar com o desenrolar desse processo porque o relator e o presidente da CPI estarão dispostos a passar a boiada sobre a constituição. Mas a parcela pop e tech do agro também precisa estar atenta porque a escalada dos conflitos políticos fará a CPI se tornar um tiro pela culatra para seus negócios. O governo, por sua vez, necessita construir um novo pacto, mas, para isso, precisará convencer o agro a cortar na própria carne, separar o joio do trigo, isolar sua ala mais conservadora e autoritária. Sem isso, não haverá pacto, haverá luta.
Sobre o autor | Paulo Niederle é professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
(Fonte: Agência Bori)
Premiado dez vezes como o melhor restaurante italiano de Campinas pela Revista Veja Comer & Beber Campinas, o Bellini Ristorante, localizado no Vitória Hotel Copncept, em Campinas, está comemorando 20 anos e celebra a data fazendo um grande revival: durante todo o ano de 2023, o cardápio vai trazer, mês a mês, pratos que marcaram época e que fizeram sucesso entre os frequentadores da casa.
No mês de maio, a estrela do cardápio é o Risoto d’aragosta (feito com arroz carnaroli, lagosta, champagne, uva itália e medalhões de lagosta grelhadinhos) ou o Filetto Farnesina (filet mignon grelhado servido com molho de cogumelos variados e funghi porcini acompanhado de batatas gratinadas e mini legumes) e, de sobremesa, o irresistível Cheesecake (tortinha de cream cheese sobre base de biscoito de amêndoas com calda de frutas).
Já no mês de junho, o Sogliola Tropicale (filet de linguado grelhado servido com molho de laranja e risoto de aspargos) e os Mini churros servidos com doce de leite da casa e sorvete de creme são a bola da vez. E em cada mês, o menu vai relembrando os grandes momentos do Bellini, além das outras opções do restaurante, que são sempre uma boa pedida, e levam – há muitos anos – a assinatura da chef Cristina Róseo e o preparo do chef José Wellton Gomes Sotero.
O Bellini tem receitas com base na culinária mediterrânea, principalmente italiana e francesa, e conta com ingredientes especiais e de época, além do toque extra do tempero brasileiro que garante criações autênticas e deliciosas. Na busca pelos melhores sabores e atendimento, ele se tornou, desde a sua inauguração em 2003, referência em receptividade e gastronomia na região de Campinas. No menu, tem entradas, massas frescas (preparadas no próprio restaurante), além de carnes e peixes combinados sempre com uma variada carta de vinhos. Sofisticação e elegância também estão nos ambientes, tanto no salão principal, quanto no jardim interno onde a iluminação natural promove um verdadeiro clima de aconchego.
Serviço:
Bellini Ristorante
Funcionamento:
Almoço, de segunda a sábado, das 12h00 às 15h00; domingo das 12h00 às 16h00.
Jantar, de segunda a sábado, das 19h00 às 23h00
Endereço: Av. José de Souza Campos, 425 – Campinas (SP)
Reservas e informações:
Telefone: (19) 3755-8037
http://www.belliniristorante.com.br/ | @belliniristorante.
(Fonte: Comunicação Estratégica Campinas)
A galeria Galatea apresenta a individual “Paraísos”, do artista plástico Daniel Lannes. A exposição, inaugurada no dia 11 de maio, reúne cerca de 20 obras produzidas em diálogo com o poema “Opiário”, escrito por Álvaro de Campos, heterônimo do poeta português Fernando Pessoa. As pinturas capturam o torpor e o movimento sugerido pelo texto, em uma espécie de deriva entre o mundo real e imaginário. A mostra conta com texto crítico de Tomás Toledo e depoimento de Beatriz Milhazes sobre o percurso do artista.
Lannes, que foi apresentado à obra de Fernando Pessoa por um primo, tem se inspirado no poeta em diversas produções. Em “Paraísos”, oferece uma interpretação visual do poema, sem se propor a ilustrar de forma linear o que está lendo, mas permitindo que o espectador preencha as lacunas da narrativa em uma espécie de viagem-deriva.
Dentre as obras apresentadas na exposição, destaca-se “Vadum Monialium” (que significa “vau das freiras”, em latim), em que Lannes combina elementos da história portuguesa com suas próprias vivências familiares. Outro trabalho que chama a atenção é “Bisão”, que ele revela ter pintado nu, explorando como o aspecto primitivo implicado no gesto de pintar sem as vestes se imprime no resultado final da pintura. A água também é um elemento recorrente em suas telas, mesclando tons frios e principalmente o azul, que é uma das cores favoritas do artista.Considerado um dos artistas mais relevantes de sua geração, Daniel construiu ao longo das últimas décadas um universo visual que abrange diferentes influências culturais e promete surpreender os amantes tanto da arte contemporânea quanto da literatura com a mostra. O público pode esperar uma experiência inédita e enriquecedora.
Sobre Daniel Lannes
Daniel Lannes (Niterói, RJ, 1981) vive e trabalha em São Paulo. O artista se formou em Comunicação Social pela PUC-Rio (2006), tendo mestrado em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012). Pintando desde a sua infância, Lannes passou a se dedicar profissionalmente à produção artística em 2003, ano em que começou a cursar pintura com Chico Cunha e João Magalhães na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Na mesma instituição também foi aluno de Fernando Cocchiarale, Anna Bella Geiger, José Maria Dias da Cruz, Reynaldo Roels e Viviane Matesco.
A pintura de Lannes se debruça sobre o corpo físico, cultural e histórico, sendo a tríade sexo, poder e violência assunto fundamental para a sua poética. Transitando na fronteira entre o figurativo e o abstrato, suas composições podem trazer ora um nítido retrato de uma figura histórica, ora manchas difusas que sugerem um evento a ser completado pela nossa imaginação. Seu colorismo, fatura e composição, construídos por pinceladas largas, constituem uma produção que demonstra apuro técnico e vigor experimental na mesma medida. Segundo Lannes, uma pintura bem-sucedida é aquela na qual o acidente processual e a intenção narrativa intercalam-se na construção da imagem. Revela-se, então, o leitmotiv de sua obra: narrar, não explicar.Daniel Lannes foi ganhador do Prêmio Marcantonio Vilaça 2017/18, selecionado para a residência artística do programa LIA – Leipzig International Art Programme 2016/17, em Leipzig, na Alemanha, e para a residência Sommer Frische Kunst 2015, em Bad Gastein, na Áustria. Em 2013, foi indicado à 10ª edição do Programa de prêmios e Comissões da Cisneros-Fontanals Art Foundation (CIFO). Por duas vezes foi indicado ao Prêmio PIPA, em 2011 e 2013.
Entre as suas principais exposições, estão as individuais “Jaula”, Paço Imperial, Rio de Janeiro (2022); “A Luz do Fogo”, Magic Beans Gallery, Berlim (2017); “República”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio (2011); e as coletivas “Contramemória”, Theatro Municipal de São Paulo (2022); “Male Nudes: a salon from 1800 to 2021”, Mendes Wood DM, São Paulo (2021); “Perspectives on contemporary Brazilian Art”, Art Berlin, Berlim (2018); e “Höhenrausch”, Eigen + Art Gallery, Berlim (2016).
Suas obras fazem parte de diversas coleções privadas e públicas; entre elas, Instituto Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais; Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro; Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio e Pinacoteca do Estado de São Paulo.Sobre a Galatea
A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu recentemente como curador-chefe.
Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não canônico, o erudito e o informal.
Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial. Do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.
Serviço:
Local: Galatea
Endereço: Rua Oscar Freire, 379, loja 1 – Jardins, São Paulo – SP
Abertura: 11 de maio, quinta-feira, às 18h
Período expositivo: 12 de maio a 17 de junho
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, das 11 às 15h
Mais informações: https://www.galatea.art/
Estacionamento no local.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)