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Marlene Stamm retrata sutilezas do cotidiano em exposição no Centro Cultural Correios

São Paulo, por Kleber Patricio

Série “6 horas de luz”. Fotos: divulgação/OMA.

O Centro Cultural Correios apresenta “Há silêncio em tudo”, exposição individual de Marlene Stamm. A mostra ocupa o espaço com cinco séries com aproximadamente 800 obras em aquarela, em um trabalho manual repetitivo e solitário da artista, que se torna quase obsessivo.

Na série “6 horas de luz”, por exemplo, Stamm sucessivamente acende fósforos e cronometra o tempo até que se apaguem. Fazendo registros em aquarela de cada um deles, a artista soma o tempo das chamas até que se alcancem 6 horas de luz, resultando em 530 aquarelas individuais que tomam conta de toda uma parede.

Uma das aquarelas que compõem a série “6 horas de luz”.

Em “Inventário”, a artista registra em aquarela documentos e cartas emprestados de amigos, entre os quais estão registros de nascimentos, casamentos e separações, comprovantes de compras de itens e certificados. Nas mãos de Stamm, estes papéis normalmente relacionados à burocracia se tornam registros indiretos das trajetórias de vida e das lembranças de seus proprietários.

O valor real das coisas e a força impregnada nelas com o passar do tempo são elementos sempre presentes nos trabalhos da artista. Com uma produção sensível, Stamm convida a reparar naquilo que é trivial e sutil, pois é das sutilezas do dia a dia que se formam nossos dias e, consequentemente, nossas histórias.

“Há silêncio em tudo” tem entrada gratuita e fica em cartaz até 10 de junho.

Serviço:  

Exposição “Há silêncio em tudo”

Centro Cultural Correios SP 

Endereço: Praça Pedro Lessa, s/n – Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo – SP.

Visitação: 9 de maio a 10 de junho

Horário: segunda a sexta-feira, das 10h às 17h

Entrada gratuita

Acesso para pessoas com deficiência

Classificação etária: Livre

Como chegar: Metrô – Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú

Informações: (11) 2102-3691

E-mail: centroculturalsp@correios.com.br.

(Fonte: OMA Galeria)

Em exposição no Paço Imperial, Anna Braga participa de bate-papo na sexta (12)

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Anna Braga – “Puro Álibi”. Fotos: Wilton Montenegro.

No dia 12 de maio, às 15h, a artista multimídia Anna Braga fará uma conversa com o público na exposição “Submersões”, em cartaz no Paço Imperial até o dia 21 deste mês. Há 20 anos sem fazer uma exposição individual em uma instituição no Rio de Janeiro, a artista falará sobre os trabalhos que apresenta na mostra panorâmica, que tem curadoria de Fernando Cocchiarale.

Na exposição, são apresentadas 36 obras, entre instalações, pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e objetos inéditos, que trazem temas como temas centrais a ecologia, a violência e questões de gênero. Os trabalhos, que ocupam três salões do Paço Imperial, em uma área total de mais de 300 m², pertencem a três séries distintas: “Ternas Peles”, “Memória Submersa” e “Puro Álibi”.

Anna Braga – Série “Memória Submersa”.

Na primeira sala está a série “Memória Submersa”, que reflete, de forma poética, sobre ecologia, a partir do distrito de Atafona, em São João da Barra, no litoral campista, que está desaparecendo após sucessivas ressacas do mar. Por meio deste trabalho, a artista faz uma veemente crítica à destruição da natureza, partindo de um exemplo local para falar globalmente sobre a questão da ecologia.

Seguindo o percurso da exposição, na segunda sala está a série “Ternas peles”, composta por sete trabalhos, nos quais a artista cria interseções entre o nu artístico das estátuas gregas e imagens femininas presentes em antigos classificados de jornais da seção de termas e massagens. Anna intervém manualmente nos periódicos, com pintura ou desenho e os fotografa, exibindo-os de três formas diferentes: como se fossem filmes usados para a impressão; impressos, mostrando a aproximação com a estatuária grega e em uma instalação que se assemelha à cabeça da Medusa, com longas faixas feitas a partir da página em negativo, como fios de filmes. Com esta instalação, a artista pretende falar sobre o silêncio imposto sobre as mulheres e sobre os corpos trans. O resultado é uma potente reflexão sobre questões de gênero a partir de corpos dissidentes, marginalizados e transexuais.

Na terceira e última sala, está a série “Puro Álibi”, composta por 12 trabalhos produzidos a partir do detalhe de uma fotografia publicada em um jornal de grande circulação que mostra uma fila humana em um presídio. Nesta série, a artista destaca as sombras, transformando-as em novas figuras e dando um novo significado para a imagem para falar sobre o tema da violência.

Sobre a artista

Nascida em Campos dos Goytacazes, RJ, Anna Braga é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com mestrado em Sociologia pela UFRJ e extensão em Filosofia e Arte Contemporânea pela PUC-Rio. Frequentou o ateliê da artista Anna Bella Geiger e os ateliês de Elena Molinari, Maria Freire e Hilda Lopes em Montevidéu, no Uruguai. Fez curso de Arte e Filosofia e Arte Crítica na EAV Parque Lage entre 2000 e 2001 e especialização em Arte e Filosofia na PUC Rio em 2008.

Anna Braga – Série “Ternas Peles”.

Ao longo de sua trajetória, realizou diversas exposições, no Brasil e no exterior. Dentre as coletivas, destacam-se “Obranome”, no Mosteiro de Alcobaça, em Portugal, em 2013, e na EAV Parque Lage, em 2009, “30 anos de videoarte”, na EAV Parque Lage, em 2004, e “Questões Diversas”, no Centro Cultural Correios, em 1998, entre outras. Dentre as principais exposições individuais, destacam-se “Visitando Ternas Peles” (2022), no Estúdio Dezenove, “Memória Submersa” (2017), no Museu Nacional da República, em Brasília, “Ternas Peles” (2003), no Palácio do Catete, Museu da República, e “Transobjetos” (1996), na Caixa Cultural em Brasília, entre outras.

Possui obras em importantes acervos, como Museo de Arte Contemporanea de Uruguai; Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, Brasília, DF; Centro Cultural dos Correios e Telégrafos, Museu Postal, Rio de Janeiro e Museo Nacional da República (MUN), em Brasília.

Serviço:

Conversa com a artista Anna Braga na exposição “Submersões”, no Paço Imperial

Dia 12 de maio, às 15h

Paço Imperial

Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Terça a domingo, das 12h às 17h

Entrada gratuita.

(Fonte: Midiarte Comunicação)

Após três anos de pausa, Ação Solidária acontece nesta sexta na Praça Prudente de Moraes

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Apresentações culturais serão realizadas por organizações da sociedade civil durante todo o dia. Fotos: Eliandro Figueira.

A Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria de Assistência Social, retoma a Ação Solidária após três anos de pausa em decorrência da pandemia. A 26ª edição do evento acontece na sexta-feira (12) na Praça Prudente de Moraes, a partir das 9h. Neste ano, a Ação vem com a animação do palhaço Koringa, apresentação dos idosos dos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), apresentação das organizações sociais APAE e Casa da Fraternidade e apresentação da Orquestra de Viola Caipira, além das tradicionais barracas de artesanato e alimentação de outras organizações da sociedade civil.

Nesta sexta, a Praça Prudente de Moraes receberá também a tenda de vacinação da Secretaria da Saúde, com diversos imunizantes e a distribuição gratuita de mudas de árvores feita pela Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente. A Ação Solidária começa às 9h e se encerra às 16h.

Participantes: APAE | Casa da Criança | Casa da Fraternidade | Ciaspe (Centro de Inclusão e Assistência a Pessoas com Necessidades Especiais) | Comunidade Farol | Cirva (Amigos dos Autistas) | Dispensário Antônio Frederico Ozanam | Volacc | Secretarias de Saúde, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Assistência Social e Cultura.

Serviço:

26ª Ação Solidária

Data: 12/5/2023

Horário: das 9h às 16h

Local: Praça Prudente de Moraes.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Prefeito de Elias Fausto lidera delegação de prefeitos brasileiros a Portugal

Coimbra, por Kleber Patricio

Comitiva é recebida na Associação Nacional de Municípios Portugueses. Foto: divulgação.

O prefeito de Elias Fausto, Maurício Baroni, liderou uma delegação de prefeitos do Brasil em visita oficial a Portugal. O encontro aconteceu na manhã do dia 4 de maio na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em Coimbra. A delegação brasileira tinha representantes de quatro estados – São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará – e de onze municípios desses estados.

O secretário-geral Rui Solheiro, que recebeu os brasileiros, traçou o quadro da situação atual do poder local democrático em Portugal e o prefeito Maurício Baroni apresentou o panorama dos municípios do Brasil. O professor Marcos e a secretária de Educação de Elias Fausto apresentaram o Projeto Maker, um conceito educacional que integra o aluno como protagonista no processo de aprendizado. Elias Fausto foi a primeira cidade no Brasil a inserir esse projeto no sistema público de ensino.

Apesar das realidades diferentes dos dois países, os participantes concluíram pelo enaltecimento da ligação existente entre os países irmãos.

(Fonte: Jair Italiani Assessoria de Imprensa)

Artista brasileira participa de Bienal de Arte na Croácia

São Paulo, por Kleber Patricio

Pintura da série “Barbaric Protopia”. Imagem: Fernanda Figueiredo.

A brasileira Fernanda Figueiredo está entre os artistas que participam da 4ª Bienal de Arte Industrial, que acontece entre 13 de maio e 30 de junho na Croácia. Com o tema “Landscapes of Desire” ou “Paisagens do Desejo” em tradução livre, o evento convidou artistas de todo o mundo para refletir sobre os efeitos da Revolução Industrial sobre a arte e a sociedade locais.

Para criar as obras que participam da Bienal, a artista residente em Berlim fez uma imersão nas pequenas cidades de Rasa, Labin, Pula e Rijeka, que sediam o evento. A partir de referências coletadas nos quatro locais, que incluem prédios de arquitetura modernista, cartazes de publicidade antigos, graffiti e a vegetação regional, surgiram as pinturas da série “Barbaric Protopia” (Protopia Bárbara).

Pintura da série “Barbaric Protopia”. Imagem: divulgação OMA Galeria.

Apesar da distância entre Brasil e Croácia, a artista vê paralelos entre os dois países, principalmente em relação ao significado que a arquitetura modernista teve no passado. “Assim como a arquitetura modernista no Brasil, o projeto da Iugoslávia Socialista (da qual a Croácia fez parte até o início dos anos 90) era um projeto utópico, onde a arquitetura tinha um papel decisivo para o objetivo de projetar um futuro melhor para a sociedade. A arquitetura reflete essa ideia que se tinha do futuro, enquanto as camadas das intervenções humanas revelam suas reais condições atuais”, diz Figueiredo.

Grande parte dessas construções modernistas hoje se encontra abandonada, contrastando o futuro utópico que um dia representaram e o ressurgimento de correntes autoritaristas e nacionalistas no presente. Ainda assim, o trabalho de Figueiredo deixa espaço para o otimismo: por definição, uma “protopia” não prevê um futuro perfeito nem catastrófico, apenas almeja um amanhã que seja pelo menos um pouco melhor que o presente.

A artista também realizará uma exposição em solo brasileiro em junho deste ano, na OMA, galeria que a representa. Única brasileira a participar da Bienal na Croácia, Figueiredo se junta ao grupo de brasileiros que têm conquistado espaço nos eventos internacionais de arte. Um deles é Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, anunciado recentemente como curador da próxima Bienal de Veneza. Isabella Rjeille, também do MASP, foi convidada para fazer a curadoria da 6ª edição da Trienal do New Museum, Museu de Arte Contemporânea de Nova Iorque, junto a Vivian Crockett, curadora da instituição.

Fernanda Figueiredo. Imagem: divulgação OMA Galeria.

Sobre Fernanda Figueiredo | Baseada em Berlim, na Alemanha, a artista trabalha principalmente com pinturas, investigando como se deu a formação da identidade nacional brasileira. Fernanda estuda como, no século XX, os artistas modernistas brasileiros olharam para o Modernismo Europeu como um símbolo de progresso, tomando-o como referência para formar uma nova identidade cultural de um Brasil que deveria ser mais desenvolvido e feliz. Esse projeto é confrontado pela artista com o contexto político atual, sob o fenômeno da extrema-direita que ganhou força nos últimos tempos. Participou de salões como o SARP em Ribeirão Preto e o Salão de Abril em Fortaleza, expôs em instituições como o MAM — Rio de Janeiro e MAM — Bahia; Kunsthaus Kannen em Münster, Galerie im Körnerpark e Kunstquartier Bethanien em Berlim. Recebeu diversos prêmios, entre eles Rede Nacional Funarte de Artes Visuais, Goldrausch Künstlerinnenprojekt Stipendium do Berliner Senat e Jakob und Emma Windler Stiftung para uma residência artística na Suíça em 2021.

(Fonte: OMA Galeria)