Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
O Coletivo Estopô Balaio, formado em 2011 no Jardim Romano, Zona Leste de São Paulo, participa do projeto Teatro Fora da Caixa, iniciativa do SESC Belenzinho com foco em obras cênicas em que o espaço é elemento central para a dramaturgia e estratégia para o jogo teatral. Diferente das edições anteriores do projeto, com montagens encenadas em um ônibus de linha e nas escadarias da Praça Central do SESC Belenzinho, desta vez o palco das apresentações será um vagão de trem da CPTM, onde tem início o espetáculo “Reset Brasil”.
Na mais nova montagem do Coletivo Estopô Balaio – dramaturgia de Juão Nyn e direção de Ana Carolina Marinho – público é levado pelas ruas do Jardim Lapena e pelo Museu Capela dos Índios, que fica na Praça do Forró, região onde foi confabulado um dos maiores ataques indígenas do Estado de São Paulo. Com quatro horas de duração, “Reset Brasil” traz à cena 20 atores, sendo 12 crianças. As sessões gratuitas acontecem de 11 de maio a 15 de junho, quintas-feiras e sábados, às 15h.
Além do espetáculo, o Estopô Balaio apresenta a intervenção teatral “Algum destes é seu parente?” nos dias 14 e 21 de maio, domingos, às 15h e a Batalha de Rimas “Jardim Rimano” no dia 27 de maio, sábado, às 15h, ambos na Praça Central do SESC Belenzinho. Já no domingo, dia 28 de maio, acontece o show do rapper e indígena em retomada Dunstin Farias, na Comedoria da unidade. O grupo também ministra o curso de dramaturgia contracolonial “A História Embaixo das Unhas” nos dias 4 e 11 de junho, domingos, das 15h às 18h.
Brasil sumiu do mapa
Em “Reset Brasil” – projeto contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura e ProAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, público é convidado a sonhar rotas de fuga para o Brasil. Ao embarcar em um trem rumo a São Miguel Paulista, os espectadores, com aparelhos sonoros e fones de ouvido, começam a ser guiados por vozes de crianças e anciãos que falam, além do português, diversos idiomas nativos.
Nesse trajeto, o público descobre que o Brasil sumiu do mapa e quando desembarca em São Miguel Paulista, é recepcionado por um levante indígena no Jardim Lapena. Aos poucos, vai descobrindo que o antigo aldeamento Ururay – nome original da região pantanosa que abrange os bairros do Jardim Romano, Itaim Paulista e São Miguel Paulista, além de outros da Zona Leste e Alto Tietê – ainda resiste e planeja um novo cerco. Os moradores, as crianças e os artistas vão se revelando a partir de suas ancestralidades: indígenas, vindos de África, de Abya Yala, benzedeiras, pajés e nordestinos.
O espetáculo integra a Trilogia da Amnésia do Coletivo Estopô Balaio composta pelas peças “Reset Nordeste” – encenada em versão on-line e que provavelmente terá uma versão presencial – “Reset Brasil” e “Reset América Latina”, em processo de pesquisa.
Memória étnica
O Coletivo Estopô Balaio traz para a encenação de “Reset Brasil” a pesquisa e provocação de Juão Nyn, ator do grupo e indígena Potyguara, bem como toda a inquietação como artistas migrantes, em sua maioria vindos do Nordeste e desterritorializados.
Na atualidade, o corpo de artistas do Coletivo Estopô Balaio está formado majoritariamente por artistas indígenas – Dunstin Farias, Keli Andrade, Juão Nyn, Mara Carvalho e Lisa Ferreira. Essa configuração de equipe estabeleceu-se pela continuidade da pesquisa do grupo sobre fluxos migratórios, além da ampliação de consciência indígena em corpos urbanizados, mestiçagem e memória étnica, fortalecimento de redes politizadas na periferia e valorização da presença de corpos nordestinos/migrantes/indígenas diante da demanda territorial de moradia e dignidade de vida na metrópole paulista.
Para a encenação de “Reset Brasil”, o Coletivo Estopô Balaio convidou diversos atores e atrizes que participaram de uma residência artística no ano passado para integrarem o elenco, que é majoritariamente formado por moradores dos bairros Jardim Romano e Jardim Lapena. De acordo com a diretora Ana Carolina Marinho, o fazer artístico do Estopô Balaio sempre esteve voltado para a Zona Leste de São Paulo e para o resgate da oralidade e das memórias. Como migrantes nordestinos, os artistas encontraram no Jardim Romano um lugar de pertencimento.
Ações artísticas
O Coletivo Estopô Balaio também apresenta a intervenção teatral “Alguns destes é seu parente?” (14 e 21 de maio, domingos, 15h, Praça Central do SESC Belenzinho), que se inicia com uma interação com o público passante, convocado a rememorar sua ancestralidade. Logo depois, os artistas saem em cortejo musical e, munidos de instrumentos percussivos, cantam algumas músicas do espetáculo que tratam da memória indígena dos bairros Jardim Romano, Jardim Lapena e São Miguel Paulista. As músicas são entrecortadas com algumas cenas do espetáculo.
Já a Batalha de Rimas do Jardim Rimano (27 de maio, sábado, 15h, Praça Central do SESC Belenzinho) é uma batalha de rima comandada pelo coletivo Jardim Rimano do extremo leste de São Paulo. O nome faz jus ao bairro em que reside o grupo, Jardim Romano. O coletivo tem ações voltadas à cultura Hip Hop e reside artisticamente na Casa Balaio, sede do Coletivo Estopô Balaio. A batalha de MCs tem o formato da batalha tradicional, com intervalos com apresentações musicais de artistas convidados da região. A partir de temas escolhidos pelo público, os rappers fazem uma batalha de improviso e vão atravessando algumas fases, onde os espectadores são convocados a escolher as melhores rimas.
Integrante do Coletivo Estopô Balaio, rapper e indígena em retomada, Dunstin Farias apresenta seu trabalho autoral de música em que o Jardim Romano e a zona leste de São Paulo são protagonistas de suas canções em um show (28 de maio, domingo, 18h, Comedoria do SESC Belenzinho). Além do músico e dos bboys e bgirls, Mell Reis, Bia Ferreira, Moises Matos e KayLezz, Dustin convidará outros artistas para mandarem a letra sobre a realidade dos jovens que vivem no extremo leste da cidade de São Paulo. Duas das músicas que serão cantadas no show integram a trilha sonora do espetáculo “A cidade dos rios invisíveis”, sendo elas “Estilo de Quebrada” e “Fatos do Extremo”.
O ponto de vista de quem escreveu a história define o curso dela. Como questioná-la e reescrevê-la a partir do ponto de vista da documentação dos que a viveram, mas não tiveram a chance de escrever sobre? O Coletivo Estopô Balaio também ministra o curso de dramaturgia contracolonial “A História Embaixo das Unhas” (dias 4 e 11 de junho, domingos, 15h às 18h, Oficina III do SESC Belenzinho). Com Juão Nyn e Mara Carvalho, o curso traz fotografias recolhidas no Museu da Imigração para um aprofundamento nos percursos migratórios com o intuito de escavar a memória à contrapelo, ou seja, oferecer uma leitura sobre outras perspectivas diante das ausências, silêncios e invisibilizações, compreendendo, por exemplo, São Paulo como um território indígena.
Sobre o Coletivo Estopô Balaio (@coletivoestopobalaio) | Surgiu em 2011 no bairro Jardim Romano, na Zona Leste de São Paulo, e consolidou sua atuação no espaço público propondo novas relações com a cidade e novas experiências de praticar a vida urbana. O grupo é formado por artistas migrantes, em sua maioria vindos de estados do Nordeste, e trabalha com a perspectiva de arte em comunidade. O Coletivo encontrou no bairro um lugar de pertencimento e acolhimento e definiu seu endereço na Rua Adobe, 47, onde instalou a Casa Balaio, que abriga diversos grupos, oficinas e espetáculos. Com repertório de espetáculos que acontecem nos vagões de trem e na rua, a exemplo de “A cidade dos rios invisíveis”, vencedor do Prêmio Shell de Teatro na categoria Inovação em 2020, o coletivo frequentemente desenvolve trabalhos itinerantes que utilizam a cidade como suporte de cenário e dramaturgia e com a perspectiva de biografar personagens reais e levá-los à cena.
Serviço:
Reset Brasil com o Coletivo Estopô Balaio
De 11 de maio a 15 de junho, quinta-feira e sábado, às 15h.
Ponto de encontro: Estação Brás da CPTM – Plataformas 6/7 da linha 12 – Safira da CPTM com destino à Calmon Viana (os espectadores devem chegar com 30 minutos de antecedência para retirada do equipamento sonoro utilizado na viagem).
240 minutos | 10 anos | Gratuito (inscrições pelo site).
Ficha técnica:
Direção – Ana Carolina Marinho. Dramaturgia – Juão Nyn. Direção de Movimento e Preparação Corporal – Rodrigo Silbat. Diretora Assistente – Maíra Azevedo. Direção Elenco Infantojuvenil – Carol Piñeiro. Direção Musical, Edição e Mixagem “Trem-Ato” – Rodrigo Caçapa. Direção de Arte – Mara Carvalho e Juão Nyn. Elenco – Dandara Azevedo, Dunstin Farias, Jaque Alves, Jefferson Silvério, Jéssica Marcele, Keli Andrade, Laís Farias e Silvana Farias. Elenco Infantojuvenil – Anny Beatriz, Anny Victoria, Eduarda França, Eduarda dos Santos, Gabriely Vitória, Gi Godoy, Julya Pereira, Kim Andrade, Lua Brites, Pedro Henrique, Ryan Peixoto e Suemy Dagmar. Percussionistas – Josué Bob e Thiago Babalotim. Flautista – Giovani Facchini. Canções Originais – Dustin Farias, Dandara Azevedo e Juão Nyn. Música Final – Grupo Libertat [Alisson Antônio Amador (violão), Giovani Facchini (quena e zampoñas), José Giovanni (violoncelo), Sandra Valenzuela (bombo, pandeiro e chocalho), Vladimir David (charango) e Fernando da Mata (mixagem e masterização)]. Operação de Som – Jomo Faustino, Devão Sousa e Emerson Oliveira. Efeitos [Arte Laser] – Diogo Terra. Artistas Visuais [Artes Muros] – Felipe Urso, Morales, Ricardo Cadol, Ana Kia, Rote, Vini Meio, Ignoto, Auá Mendes e Ju Costa. Participações Especiais – Socorro, Márcia Gazza, Olga Silva, Ângela Alves, Fernando Alves, Didão e Pajé Rubens Terena, Ana Pankararu, Richard Terena, Catarina Delfina, Maju Harachell Traytowu, Cacique Caboquinho Tutushamun e Anderson Karybaia. Cenotécnico – Enrique Casa. Figurinos – Mara Carvalho. Adereços – Aline Dayse. Colares Cobra Coral – Sara Geittens. Costureira – Pamela Rosa. Identidade Visual – Daniel Torres. Designer Digital de Cenografia – Felipe Barbosa. Contrarregras – Lisa Ferreira, Murilo Palma, Rodrigo Vieira e Wesley Carrasco. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Mídias Sociais – Gabriel Carneiro. Fotografias – Cassandra Mello. Assessoria Jurídica – Paulo Rogerio Novaes e Aline Dias de Andrade. Estagiárias Psicologia – Alessandra Milanez, Bárbara Vanzan e Mickaelly Costa. Secretaria – Lisa Ferreira. Produção e Direção de Produção – Wemerson Nunes [Wn Produções]. Realização – Coletivo Estopô Balaio e Cooperativa Paulista de Teatro.
Algum Destes É Seu Parente?
Dias 14 e 21 de maio, domingos, às 15h, na Praça Central do SESC Belenzinho.
60 minutos | Livre | Gratuito.
Ficha técnica:
Direção – Ana Carolina Marinho. Dramaturgia – Juão Nyn. Direção de Movimento e Preparação Corporal – Rodrigo Silbat. Diretora Assistente – Maíra Azevedo. Direção de Arte e Grafismos – Mara Carvalho e Juão Nyn. Elenco – Dandara Azevedo, Dunstin Farias, Jaque Alves, Jefferson Silvério, Jéssica Marcele, Keli Andrade, Laís Farias e Silvana Farias. Percussionistas – Josué Bob e Thiago Facchini. Flautista – Giovani Facchini. Canções Originais – Dustin Farias, Dandara Azevedo e Juão Nyn. Composição de Figurinos – Mara Carvalho. Contrarregra – Lisa Ferreira. Produção – Wemerson Nunes.
Batalha de Rimas do Jardim Rimano
Dia 27 de maio, sábado, às 15h, na Praça Central do SESC Belenzinho.
60 minutos | Livre | Gratuito.
Ficha técnica:
Organização e Apresentação Batalhas – Dunstin Farias e Rub Brown. Técnico e Operação de Áudio – Jomo Faustino. Apoio – Coletivo Estopô Balaio. Produção – Wemerson Nunes.
Show Dustin Farias
Dia 28 de maio, domingo, às 18h, na Comedoria do SESC Belenzinho.
60 minutos | Livre | Gratuito.
Ficha técnica:
Cantor MC – Dunstin Farias. DJ – Lukita DJ. Bailarinos – Mell Reis, Bia Ferreira, Moises Matos e KayLezz. Técnico e Operação de Áudio – Jomo Faustino. Iluminação – Pâmola Cidrak. Produção – Wemerson Nunes.
Curso de Dramaturgia Contracolonial “A História Embaixo das Unhas”
Com Juão Nyn e Mara Carvalho
Dias 4 e 11 de junho, domingos, das 15h às 18h, na Sala de Oficinas III do SESC Belenzinho.
360 minutos | 16 anos | Gratuito (inscrições a partir de 4/5 no Portal SESC)
Público-alvo – jovens e adultos, estudantes de teatro ou interessados em dramaturgia e/ou estratégias contracoloniais.
SESC Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento:
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do SESC: R$5,50 a primeira hora e R$2,00 por hora adicional. Não credenciados no SESC: R$12,00 a primeira hora e R$3,00 por hora adicional.
Transporte Público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).
(Fonte: Assessoria de Imprensa SESC Belenzinho)
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, inaugura o Programa de Exposições 2023 com a mostra “Bará”, do artista mineiro Gustavo Nazareno, sua primeira individual em uma grande instituição paulistana. A realização tem destaque no primeiro conjunto de exposições temporárias após o falecimento do fundador e diretor curador da instituição, Emanoel Araujo, com quem a exposição foi firmada pessoalmente em 2021. “O projeto ganha especial importância, principalmente para todas as equipes do museu, pela responsabilidade em honrar os padrões deixados por Emanoel durante os 18 anos em que idealizou e dirigiu o espaço cultural, tornando-o emblemático para a cidade e para o Brasil”, destaca Claudio Nakai, coordenador do Programa de Exposições da instituição.
Com curadoria de Deri Andrade, pesquisador e curador convidado, o conjunto composto por cerca de 230 trabalhos, entre pinturas a óleo sobre linho e desenhos em carvão, reflete a pesquisa à qual o artista tem se dedicado nos últimos anos. Em 2019, Nazareno concebeu a série de desenhos em carvão denominada “Bará”, como uma cerimônia em forma de oferenda para uma qualidade de Exu – Elegbara. Partindo das suas inspirações por contos de fada, fabulação e sua fé em Exu, o artista propõe, por meio dos desenhos, “uma fábula que percorre o dia em que esta cerimônia aconteceu, uma segunda-feira, dentro de um mundo criado para o Orixá”. O artista propõe que “o visitante se torna um convidado neste mundo que crio, passando pelas fases do dia e características do espaço retratadas em pintura e desenhos em carvão”.
Deri Andrade observa que as bases desta mostra são a técnica particular em pintura e desenho de Nazareno, que parte de um referencial renascentista e o seu interesse pelas epistemologias dos Orixás. “Para além de uma questão religiosa, Gustavo Nazareno imagina imagens que contam uma história a partir das fábulas que escreve, tendo como ponto de partida referenciar essas entidades com respeito e muita beleza, construindo uma nova imagética para elas”, conclui o curador.
Sobre o artista
Gustavo Nazareno, (1994, Três Pontas/MG). Vive e trabalha em São Paulo. Autodidata, o artista vem desenvolvendo uma pesquisa pictórica e imagética que percorre os ritos ancestrais africanos e a mitologia dos orixás. Em sua produção, carregada de nuances que extrapolam os temas para além da questão religiosa, o panteão iorubá é reverenciado como uma força epistemológica, de conhecimentos ancestrais e de mistérios. As figuras ou as paisagens, como vem explorando em sua recente produção, são contemplativas e repletas de histórias pessoais, por meio de fábulas que cria para guiar os traços vistos nas obras. Entre suas exposições individuais, destacam-se “Fables on Exu”, Gallery 1957, 2021, (Londres, Reino Unido); “Notas pessoais de fé”, Cassina Projects, 2022, (Milão, Itália) e “Pombajira”, Selma Feriani Gallery, 2023 (Tunes, Tunísia). Participou também das seguintes exposições coletivas “Collective Reflections: Contemporary African & Diasporic Expressions of a New Vanguard”, Gallery 1957, 2020, (Acra, Gana); “Eye of the Collector”, Gallery 1957, Art Fair London, 2021 (Londres, Reino Unido); “Outros Ensaios para o Tempo”, Galeria Nara Roesler, 2021 (São Paulo, Brasil); Group Show, i8 Gallery, 2021 (Reykjavik, Islândia); “Quilombo: vida, problemas e aspirações do negro”, Galeria Lago, Inhotim, 2022 (Brumadinho, Brasil); “Between Nothingness and Infinity”, Cornell Biennial at Johnson Museum, 2022, Nova Iorque, Estados Unidos) e “The Storytellers”, Gallery 1957, 2022 (Londres, Reino Unido).
Sobre o curador
Deri Andrade é pesquisador, curador e jornalista. Mestrando em Estética e História da Arte (Universidade de São Paulo – USP), especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais (Celacc – Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação – USP) e formado em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo (Centro Universitário Tiradentes – Unit). Curou exposições individuais e coletivas no Brasil e em países como Inglaterra e Itália. Interessa-se por arte contemporânea, com foco nas poéticas de artistas negros/as/es e desenvolveu a plataforma Projeto Afro, resultado de um mapeamento de artistas negros/as/es em âmbito nacional. Tem passagens por instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Unibes Cultural e o Instituto Brincante. Atualmente é curador assistente no Instituto Inhotim.
Mais sobre o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo | O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo é uma instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu diretor curador, Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil é um espaço de história, memória e arte. Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em cerca de 12 mil m², um acervo museológico com mais de 8 mil obras, apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história, a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional. O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias, atividades educativas, além de uma ampla programação cultural.
Serviço:
Bará no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
Abertura: 13 de maio, às 11h
Visitação: até 1º de outubro de 2023
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h)
Mais informações em http://www.museuafrobrasil.org.br
Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
Localização: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n Parque Ibirapuera – próximo ao Portão 10 – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3320-8900
Ingressos: Entrada Inteira: R$15,00 // Meia Entrada: R$7,50 – Grátis às quartas-feiras.
(Fonte: Carlos Prado)
A segunda semana do 31º Maio Musical acontece em conjunto com a Semana Nabor Pires Camargo, em uma programação que conta com atrações no Casarão Pau Preto, Sala Acrísio de Camargo, Parque Ecológico e a exibição de documentários em parceria com o Topázio Cinemas. A realização é da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Waldir Azevedo
Na quinta, dia 11, às 19h30, o quarteto Vê Se Gostas apresenta “Waldir Azevedo: 100 Anos”, que homenageia o centenário desse grande compositor e cavaquinista brasileiro. Com sua criatividade, talento e técnica, Waldir Azevedo levou o cavaquinho e o choro para rádio, TV, festivais e álbuns nacionais e internacionais.
Também no dia 11, às 19h30, na Sala Acrísio de Camargo, no Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei), a Orquestra Jovem de Indaiatuba se une ao grupo Amigos & Viola para o show “Clássicos do Sertanejo Raiz”, com um repertório de clássicos caipiras do interior paulista. A entrada é franca e os ingressos serão distribuídos uma hora antes da apresentação.
Ainda dentro da Semana Nabor, duas apresentações movimentam o Casarão no dia 12. Às 19h30, é a vez da Camerata Jovem de Violões de Tatuí, criada em 1991 e que reúne alunos do nível intermediário do curso de Violão Clássico do Conservatório, que cumprem a disciplina de Prática de Conjunto.
Ao longo de seus vários anos de atuação, realizou apresentações em mais de 150 cidades no Brasil e fez uma turnê internacional pela Alemanha. Atualmente, se dedica ao repertório de transcrições e arranjos do variado acervo da biblioteca do Conservatório de Tatuí, sob a direção de Dagma Eid, desde o ano de 2020.
O Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí é atração às 20h30. Fundado em 1993 e um dos grandes incentivadores do gênero no Brasil, tem como objetivo desenvolver a capacidade de improvisação e prática de repertório, sempre baseados na pesquisa e divulgação do gênero.
Noite Sertaneja
Também no dia 12, mas no palco do Parque Ecológico, em frente à Prefeitura de Indaiatuba, acontece a 2ª Noite Sertaneja, com três atrações. Às 19h, é a vez de Giulia Agg com “Segredos da Viola”, show que promete transportar o público para as rodas de viola, onde cada música é uma história. Com muito sertanejo raiz, encontra espaço para surpreender com versões na viola de clássicos de Bon Jovi, Creedence, Guns N’Roses e Coldplay.
Por volta das 20h, quem sobe ao palco é Renan Teixeira, conhecido em diversas casas de Indaiatuba e região, e que em dezembro de 2022 lançou a música que abre o primeiro EP de sua carreira. O single ganhou um videoclipe que contou com a direção de vídeo de Rafael Gandara e a participação da Miss Goiás 2022, Denise Araújo.
Fechando a programação, às 21h, é a vez de Kelvin Araújo, cantor e compositor que iniciou sua carreira aos 7 anos de idade e recentemente lançou Sofrendo à Moda Antiga, seu novo single acompanhado de um clipe com bastante referência ao sertanejo raiz.
Noite do Rock
Quatro bandas agitam a 1ª Noite do Rock no Maio Musical no dia 13. Às 18h, a Black Mapache apresenta Out of the Woods, projeto que retrata a trajetória da banda, do cover ao autoral, da origem ao momento atual, visando fomentar não só a música autoral na cidade, mas a ousadia, a criatividade e a resiliência para seguir.
Hutal convida Glebbo é atração às 19h, com a banda local apresentando um som mais dançante, com muita energia e vibe positiva. A Hutal vem abrindo shows de nomes consagrados da música brasileira, como Esteban Tavares, Far from Alaska, Zimbra, Glória, Cefa e Melim.
Quem se apresenta às 20h é a banda Imortais, com “Somos Tão Jovens”, que resgata as melhores canções escritas por Renato Russo para a Legião Urbana. Por fim, às 21h, a Classic Roxx traz “Top of the Pops”, com diversos clássicos do rock.
Ainda no dia 13, às 20h, a Sala Acrísio de Camargo recebe o musical “A Bossa é Nova”, da Yara Produções Artísticas, com roteiro original criado pela atriz e diretora Regina Rebello, por meio de pesquisas e vivências nos anos 60, unindo ideias e criações dos atores. A montagem surgiu através de estudos do tema no ano de 2021 e a necessidade em montar um musical autoral com ritmos brasileiros.
O gênero musical Bossa Nova foi então escolhido para ajudar a contar essa história linda e encantadora, além de fazer referência a uma época cheia de histórias em nosso país. O elenco conta com André Pires, Fernanda Napoli, Isafer Matos, Laís Licco, Leandro Mendes, Letícia Napoli, Lucas Andrade, Lu Portilho, Paulo Longares, Rafael Cavacchini, Regina Rebello, Vivian Martin e Yara de Napoli.
No domingo, dia 14, a programação tem início às 10h, com mais uma Roda de Choro do Núcleo Nabor Pires Camargo no Casarão, encerrando a Semana Nabor. Comandada pelos professores do núcleo, a apresentação é aberta a todos que quiserem participar, basta levar seu instrumento.
Luiza Possi
No domingo, dia 14, em celebração ao Dia das Mães, a Camerata Filarmônica de Indaiatuba recebe Luiza Possi no palco do Parque Ecológico e apresenta um repertório com grandes sucessos da cantora, como “Dias Iguais”, “Tudo Certo”, “Além do Arco-Íris” (versão em português de “Over the Rainbow”) e vários medleys para agitar o público com canções de Tim Maia e Lulu Santos, entre outras surpresas.
O concerto possui direção artística e regência da maestrina Natália Laranjeira e marca também a comemoração de nove anos de atividades da ACAFI (Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba) com a participação de músicos da Camerata Jovem, projeto educacional mantido pela associação.
PROGRAMAÇÃO
9 de maio, no Casarão Pau Preto
19h30 – Lucas Arantes Duo, com Paulinho da Viola no Choro
10 de maio, no Casarão Pau Preto
16h – Workshop de Violão com Dagma Eid
19h30 – Recital com Dagma Eid
11 de maio, no Casarão Pau Preto
19h30 – Quarteto Vê Se Gostas, com Waldir Azevedo: 100 Anos
11 de maio, no Ciaei
19h30 – Orquestra Jovem de Indaiatuba e Amigos da Viola, com Clássicos do Sertanejo Raiz
12 de maio, no Parque Ecológico
2ª Noite Sertaneja
19h – Giulia Agg, com Segredos da Viola
20h – Renan Teixeira
21h – Kelvin Araújo
12 de maio, no Casarão Pau Preto
19h30 – Camerata Jovem de Violões de Tatuí
20h30 – Grupo de Choro de Tatuí
13 de maio, no Parque Ecológico
1ª Noite do Rock
18h – Black Mapache, com Out of the Woods!
19h – Hutal, com Hutal convida Glebbo
20h – Imortais, com Tributo a Legião Urbana – Somos Tão Jovens
21h – Banda Classic Roxx, com Top of the Pops
13 de maio, no Ciaei
20h – Espetáculo musical A Bossa é Nova
14 de maio, no Casarão Pau Preto
10h – Roda de Choro do Núcleo Nabor Pires Camargo
14 de maio, no Parque Ecológico
19h30 – Luiza Possi e Camerata Filarmônica de Indaiatuba
Locais:
Casarão Cultural Pau Preto – entrada franca
Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
Sala Acrísio de Camargo, no Ciaei – ingressos disponíveis uma hora antes da apresentação
Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3.665, Jardim Regina
Palco do Parque Ecológico (em frente à Prefeitura de Indaiatuba) – aberto ao público
Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 2.800, Jardim Esplanada
Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá Indaiatuba – ingresso trocado por um litro de leite
Rua 15 de Novembro, 1.200, Centro.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
O Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Cmdca) de Indaiatuba promove no próximo dia 18 de maio no auditório da UniMAX, a partir das 8h, o Fórum de Enfrentamento às Violências Sexuais contra Crianças e Adolescentes. O evento é aberto ao público, gratuito e contará com duas palestras sobre o combate às violências sexuais contra o público infanto-juvenil, discutindo a influência das redes sociais e mídias quando relacionadas à exposição de crianças e adolescentes, promovendo um espaço de interação e articulação intersetorial. Os interessados podem se inscrever gratuitamente neste link.
Sobre os palestrantes
Alexandre Gonçalves – Educador social com 17 anos de experiência em elaboração e condução de projetos socioeducativos nas áreas de proteção infantil, defesa de direitos e prevenção às violências contra crianças e adolescentes e justiça de gênero. Presidente da Associação Claves Brasil, especializada em prevenção das violências contra crianças e adolescentes e fortalecimentos de vínculos familiares e comunitários. Professor no curso de extensão “Proteger, acolher e informar: estratégias de comunicação na prevenção de violências sexuais contra crianças e adolescentes” pela Escola de Extensão da Unicamp. Mestre em Divinity pelo Bethany Theological Seminary; Bacharel em Ciências Religiosas pela PUCCamp. Co-idealizador e mediador do coletivo Eles & Elos – Espaço de Acolhida, Diálogo e Revisão de Paradigmas sobre Masculinidades. Co-idealizador e mediador do Projeto Luzeiro – grupo reflexivo de homens encaminhados pelo Tribunal de Justiça (Comarca de Socorro/SP).
Gustavo de Lima Bernardes Sales – Mestrando em Saúde Coletiva – Políticas e Gestão em Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Psicólogo (CRP 06/87121) pela Universidade São Francisco. Supervisor (desde 2012) de equipes da Proteção Social Básica e Especial de Média Complexidade; de equipes em Políticas de Educação e de equipes no Tribunal de Justiça (Hortolândia e Americana). Professor no curso de extensão “Proteger, acolher e informar: estratégias de comunicação na prevenção de violências sexuais contra crianças e adolescentes” pela Escola de Extensão da Unicamp. Atuou como Educador Social (Proteção Social Básica), Psicólogo (Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média Complexidade) e Coordenador de Serviços de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), em Campinas. Gestor público da Assistência Social em Joanópolis (2015-2016) e Bom Jesus dos Perdões (2017-2018). Gestor do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP/06) (2010-2013); Membro da Comissão de Instrução do CRP/06, Subsede de Campinas (2010-2013). Conselheiro do CRP/06 (2013-2016); Coordenador do CRP/06 Subsede de Campinas (2013-2016); Coordenador do Núcleo Estadual de Criança e Adolescente do CRP/06 (2013-2016). Consultor da Associação Claves Brasil, especializada em prevenção das violências contra crianças e adolescentes e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Autor dos cursos “Prevenção e Atendimento em Casos de Violência” e “Atendimento a Autores de Violência Sexual” pela Organização Paulista em Gestão Pública. Co-idealizador e mediador do coletivo Eles & Elos – Espaço de Acolhida, Diálogo e Revisão de Paradigmas sobre Masculinidades. Co-idealizador e mediador do Projeto Luzeiro – grupo reflexivo de homens encaminhados pelo Tribunal de Justiça (Comarca de Socorro/SP).
Serviço:
Fórum de Enfrentamento às Violências Sexuais contra Crianças e Adolescentes
Data: 18/5/2023
Horário: a partir das 8h
Local: auditório da UniMAX
Inscrições: gratuitas e limitadas pelo link https://www.indaiatuba.sp.gov.br/assistencia-social/conselhos/cmdca/inscricoes-eventos/52/.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
No próximo dia 13 de maio, das 10h às 18h, Dia Nacional da Abolição da Escravatura, a Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil) realiza uma caminhada educativa por territórios negros da cidade de São Paulo. A caminhada “Chão dos Nossos Ancestrais” percorrerá os antigos Largo do Pelourinho, Largo da Forca e o Cemitério dos Aflitos – onde pessoas escravizadas eram sepultadas –, assim como fará visitas a espaços de cultura e resistência por onde a população negra circulava no século XX, como a Festa de Santa Cruz, Bloco das Baianas Teimosas, Clube Paulistano da Glória e a Casa da Madrinha Eunice, sede da escola de samba Lavapés por várias décadas.
A iniciativa da diretoria executiva da comissão, em parceria com diversos institutos e coletivos, como o Instituto Tebas, o Museu do Território dos Aflitos, o Projeto de Educação Patrimonial Madrinha Eunice: Memória e Território Negro na Baixada do Glicério, entre outros é parte de uma série de eventos e ações da comissão em alusão ao mês da abolição, que até hoje permanece inconclusa.
A escolha da data é simbólica e visa à valorização de territórios negros que por décadas foram invisibilizados. Para a presidente da Comissão, advogada Rosana Rufino, “é nosso papel contribuir para a preservação patrimonial destes espaços e promover o resgate histórico da memória, da cultura e das contribuições da população negra para a construção da nossa sociedade”.
Para mais informações acesse: @cevenb.oabsp.
Evento gratuito e vagas limitadas: inscrições aqui.
(Fonte: Daniela Ribeiro)