Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Com a exibição de quatro documentários que revelam detalhes da vida e carreira de quatro grandes nomes da Música Popular Brasileira, o 31º Maio Musical abre no próximo dia 9 uma programação especialmente elaborada em parceria com a Topázio Cinemas de Indaiatuba.
As quatro produções são inéditas nas salas locais e, após suas estreias às terças-feiras, serão reprisadas aos sábados para quem não conseguir acompanhar a primeira sessão. Os filmes serão exibidos no Shopping Jaraguá Indaiatuba e a entrada deve ser trocada por um litro de leite, que será revertido para o Fundo Social de Solidariedade (Funssol).
No dia 9 de maio, às 19h30, quem abre a programação é “Adoniran: Meu Nome é João Rubinato”, do diretor Pedro Soffer Serrano, que reconta a vida e obra de Adoniran Barbosa por meio do acervo pessoal do artista, imagens de arquivo raras e depoimentos de familiares e amigos, trazendo informações inéditas sobre o maior nome do samba paulista, autor de clássicos como “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”. O filme será exibido novamente no dia 13 às 14 horas.
No dia 16, às 19h30, é a vez de “Me Chama que Eu Vou”, da diretora Joana Mariani, que conta a trajetória dos 50 anos de carreira de Sidney Magal, atração no palco do Maio Musical no próximo dia 7, às 19 horas, no palco do Parque Ecológico. O filme reúne os momentos mais significativos da vida do cantor, dançarino, ator e dublador que se tornou um ícone da Música Popular Brasileira. O homem por trás do ídolo, sob o ponto de vista dos próprios participantes da história. A produção será reprisada no dia 20, às 14 horas.
Madrinha do Samba
No dia 23, às 19h30, será exibido “Andança: Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho”, do diretor Pedro Bronz. Beth Carvalho, a “Madrinha do Samba”, foi uma das maiores sambistas do Brasil e ajudou a revelar grandes nomes e revitalizar o gênero musical. Sua sensível capacidade de percepção da realidade fez com que ela própria documentasse os ilustres encontros ao longo dos seus 53 anos de palcos e pagode.
As imagens do documentário são parte desse vasto acervo pessoal nas mais diferentes mídias: Super-8, VHS, Mini DV, k7 e fotos. O filme se debruça sobre esse material para traçar um recorte único, íntimo, da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional. O documentário será reprisado no dia 27, às 14 horas.
Encerrando a programação, no dia 30, às 19h30, é a vez de “Jair Rodrigues: Deixa que Digam”, do diretor Rubens Rewald. O filme conta a história de Jair Rodrigues, um dos grandes nomes da música brasileira. Com uma versatilidade notável e muita simpatia, ficou conhecido por cantar samba, MPB e outros ritmos, fazendo história com seus shows.
Jair é uma das figuras que ajudou a construir a imagem de um Brasil alegre, simples e otimista. É possível reencontrar esse país da arte e da felicidade? “Quando se faz um filme, é importante que a narrativa tenha conflito. Eu tinha como objetivo pesquisar se era um mito ele ser tido como o homem mais feliz do mundo. Queria encontrar uma zona de sombra no personagem”, comenta o diretor.
“Perguntamos sobre Jair aparentar tristeza e ninguém nunca viu. Era pura alegria. Então, fizemos um longa que mostra a realidade de Jair, essa pessoa que representa um país alegre, otimista, que não existe mais. Representante de um país que se perdeu e está tentando se recuperar”, finaliza Rewald.
Após ser exibido no festival É Tudo Verdade, em 2020, e vencer na categoria de Melhor Filme pelo Voto do Público na Mostra XIII Brazilian Film Festival, de Chicago, em 2022, o filme chega aos cinemas e traz imagens de arquivo e entrevistas com personalidades como Rappin’ Hood, Salloma Salomão, Raul Gil, Roberta Miranda, Bruno Baronetti, Hermeto Pascoal, Moisés da Rocha, Armando Pittigliani, Mister Sam, Theo de Barros, Simoninha, Solano Ribeiro, Carlinhos Creck, Paulinho Dafilin, Marcelo Maita, Giba Favery e Zuza Homem de Mello – em um dos últimos registros do musicólogo, falecido em 2020.
Os filhos do cantor, Luciana Mello e Jair Oliveira, seu irmão Jairo Rodrigues e sua esposa, Claudine Rodrigues, também compartilham lembranças. A convite do diretor, Jairzinho interpreta seu pai em diversas passagens importantes e reflexivas do documentário, que será reprisado ao público no dia 3 de junho, às 14 horas.
Para saber mais e conferir a classificação indicativa de cada produção, acesse www.topaziocinemas.com.br. O 31º Maio Musical é uma realização da Prefeitura de Indaiatuba por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
A influência do agronegócio na sociedade brasileira atual e o aumento acelerado do conservadorismo que cerca este posicionamento político são alguns dos temas de “Agropeça”, nova montagem do Teatro da Vertigem. A temporada acontece no Galpão do SESC Pompeia, de 4 de maio a 11 de junho de 2023, de quarta a sábado às 20h e, domingo, às 17h – os ingressos ficam disponíveis para venda em www.sescsp.org.br, e nas bilheterias das unidades do SESC SP. Dirigida e concebida por Antonio Araújo, com texto final de Marcelino Freire, co-direção de Eliana Monteiro e luz de Guilherme Bonfanti, o novo trabalho do Teatro da Vertigem investiga a tendência conservadora e reacionária atual e a relação do agro como forma de linguagem.
Para abordar esse tema, o grupo se faz valer de personagens bem conhecidos da literatura brasileira: Emília, Narizinho, Pedrinho, Tia Nastácia, Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Marquês de Rabicó. Criação de Monteiro Lobato, o “Sítio do Picapau Amarelo” torna-se cenário (e personagem) do novo espetáculo do Vertigem, em uma versão bastante livre.
No elenco estão André D’ Lucca (Saco e Rainha de Sinop), Andreas Mendes (Dona Benta, Marquês de Rabicó e palhaço de rodeio), Lucienne Guedes (Narizinho e Santa | cantora gospel), Mawusi Tulan (tia Nastácia), James Turpin (Visconde de Sabugosa, Boi), Paulo Arcuri (Coronel Teodorico), Tenca Silva (Emília), e Vinicius Meloni (Pedrinho).
“Agropeça” comemora os 30 anos de existência do Teatro da Vertigem, grupo conhecido e premiado por montagens que investigam São Paulo utilizando espaços importantes da cidade para compor suas produções, criando novas formas de se relacionar com a arquitetura dos ambientes e provocando o movimento pelo espaço. Exemplos não faltam. “O Paraíso Perdido”, de 1992, que trata de questões metafísicas vividas pelo homem contemporâneo, foi encenado na Igreja Santa Ifigênia; “O Livro de Jó”, cujo personagem título foi vivido por Matheus Nachtergaele, teve como espaço o Hospital Humberto Primo, de 1995; “Apocalipse 1,11” (2000) usou o antigo Presídio do Hipódromo e “BR3” (2006) fez o público navegar pelo Rio Tietê.
Palco de disputa
Diferente de outras peças do grupo, dessa vez não haverá a ocupação de um lugar já existente, mas a transformação do Galpão do SESC Pompeia em uma arena. Para compor este imaginário rural brasileiro, a estrutura cênica onde é encenado o espetáculo toma todo o espaço, transformando-o em uma arena de rodeio. Porém, a experiência imersiva – uma das características do Teatro da Vertigem – se mantém, transportando os espectadores não só a uma arena de rodeios, como também ao próprio Sítio do Picapau Amarelo. A cenografia é de Eliana Monteiro e William Zarella Junior e a iluminação, de Guilherme Bonfanti. Os figurinos são de Awa Guimarães e a direção musical é de Dan Maia.
Ao abordar o universo do agro, o Teatro da Vertigem investiga o jeito de pensar e agir do neo-conservadorismo brasileiro. O universo agro será representado pelo mundo dos rodeios, com cenas que representam e exemplificam a fricção entre o pensamento retrógrado promovido pela ultradireita e o diálogo cheio de embates com as ideias progressistas e as novas formas de agir que fazem a sociedade avançar.
A peça faz o cruzamento desse mundo com o Sítio do Picapau Amarelo. Os personagens ganham novos contornos e novas funções sociais e o próprio Sítio se torna um elemento narrativo.
Em “Agropeça”, é criada uma amálgama entre o mundo do agro, os personagens do Sítio do Picapau Amarelo e episódios recentes da realidade política brasileira transformada em linguagem poética. Dividido em três blocos, cada uma das partes será narrada por um personagem do universo do Sítio – Pedrinho, Tia Nastácia e Emília. A partir disso, são criadas cenas que envolvem esses personagens (e os demais personagens do Sítio), o que de certa forma relê a série de literatura criada por Monteiro Lobato entre 1920 e 1947.
A dramaturgia foi escrita depois de um longo período de pesquisas e oficinas e em processo colaborativo entre direção, elenco e o escritor.
À procura do interior
O novo trabalho do Teatro da Vertigem busca investigar a tendência conservadora e reacionária que está cada vez mais se ampliando pelo Brasil. Para compor este imaginário rural brasileiro, a estrutura cênica escolhida para a realização da peça consiste em uma arena de rodeio, uma competição esportiva de montaria em touros.
O evento foi objeto de pesquisa durante o processo criativo, tanto para a realização do roteiro quanto para as referências de modalidade de montaria. Em 2022, o início desse estudo que se transformaria na Agropeça foi aberto ao público durante a 6ª edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas do SESC São Paulo. Os estudos do universo rural perpassaram também pela clássica personagem da cultura brasileira, Jeca Tatu, entrevistas com profissionais do rodeio – como o peão Cleber Henrique, um dos ganhadores da última edição de Barretos, e a primeira locutora mulher de rodeios do Brasil, Mara Magalhães. O espetáculo propõe a pensar um Brasil contemporâneo que se vê como manutenção da exploração histórica, construindo um país atualizado de passado.
Na peça, as personagens espelham a complexidade da estrutura social brasileira que ainda necessita revisitar sua memória. Elas expressam discursos distintos, que se colocam em disputa, construindo e desconstruindo um projeto político reacionário. O embate que se apresenta na arena é atravessado por narrativas que friccionam o pensamento retrógrado presente em parte da sociedade brasileira diante da diversidade de gênero, raça e discursos políticos.
Sinopse | No meio de uma arena, que ora é rodeio, ora é o centro de um sítio, os personagens, à mesa de jantar ou prestes a domar um touro brabo, enfrentam-se na tentativa de desvendar um país que “rumina” e ao mesmo tempo “agoniza” em busca do próprio destino. Não sabemos se o que estamos assistindo é a representação de um país cruel e conservador, ou se tudo faz parte de uma antiga fábula infantil que, de alguma forma, moldou o imaginário brasileiro.
Serviço:
Agropeça
Teatro da Vertigem
Data: 4/5/2023 a 11/6/2023 – de quarta-feira a sábado às 20h, domingo e feriado, às 17h
Local: SESC Pompéia – Rua Clélia, 93 – Lapa – São Paulo – SP | Galpão
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$15 (Credencial Plena)
Classificação indicativa: 14 anos | Duração: 120 minutos
Ficha técnica:
AGROPEÇA
Uma criação do Teatro da Vertigem
Texto: Marcelino Freire
Concepção e Direção Geral: Antonio Araújo
Codireção: Eliana Monteiro
Desenho de luz: Guilherme Bonfanti
Performers:
André D’ Lucca, Andreas Mendes, James Turpin, Lucienne Guedes, Mawusi Tulani, Paulo Arcuri, Tenca Silva e Vinicius Meloni
Artistas Colaboradores: Nicolas Gonzalez (1ª e 2ª Fase) | Lee Taylor (1ª Fase)
Dramaturgismo: Bruna Menezes
Assistente de Dramaturgismo: João Crepschi
Conceito do Espaço: Antonio Araújo
Cenografia: Eliana Monteiro e William Zarella Junior
Sound Designer Associados: Randal Juliano, Guilherme Ramos e Kleber Marques
Figurino: Awa Guimarães
Visagismo: Tiça Camargo
Direção Musical e Trilha Original: Dan Maia
Direção vocal: Lucia Gayotto
Videografismo: Vic von Poser
Preparação Corporal: Castilho, Ricardo Januário
Preparação Corporal (1ª Fase): Fabrício Licursi
Direção de movimento: Castilho
Assistente de Direção: Gabriel Jenó
Assistentes de Iluminação: Giorgia Tolaini
Músicos: Lisi Andrade e Ricardo Saldaña
Operação de luz: Giorgia Tolaini
Operador de Áudio: Fernando Sampaio
Operadoras de Projeção: Júlia Ro e Vic von Poser
Operadores de Câmera: André Voulgaris e Matheus Brant
Operadores de seguidor: Igor Beltrão e Lays Ventura
Contrarregras: Clay Dalim, Flores Ayra, Gabriel Jenó e Jacob Alves
Cenotécnico: Zé Valdir Albuquerque
Montagem, Pintura e Tratamento de Cenografia: Elástica SP Cenografia
Costureiras: Francisca Rodrigues e Cleonice Barros Correa
Sonoplastia dos Ensaios: Dener Moreira
Aulas de Laço: Gui Sampaio
Crânios de Boi: Vinicius Fragata
Máscara Rabicó: Pietro Schlager
Tradutor Yorubá: Mariana de Òsùmàrè
Assistente de arquitetura: Maria Piedade
Acompanhamento no projeto de luz: Chico Turbiani
Estagiária de Direção: Julie Douet Zingano
Estagiário de Iluminação: Felipe Mendes e Caio Maciel
Fotos: Lígia Jardim
Documentarista: Padu Palmerio
Designer: Guilherme Luigi
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto
Produção: Corpo Rastreado – Leo Devitto e Gabi Gonçalves
Sobre o Teatro da Vertigem
O grupo Teatro da Vertigem, criado em 1992 na cidade de São Paulo, desenvolve um trabalho artístico com base em elementos característicos, que vão desde a utilização de espaços não convencionais da cidade, passando pela criação de espetáculos a partir do depoimento pessoal dos seus integrantes e de processo colaborativo entre atores, dramaturgo, encenador e demais criadores, até a pesquisa sobre os processos de interferência na percepção do espectador.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
“Ainda sobre a cama” nasceu do encontro e da parceria entre elenco e direção, em que a memória coletiva foi o fio condutor dos questionamentos sobre as novas (e velhas) formas de relações afetivas: seguimos padrões, ações e palavras do sistema patriarcal e suas complexas engrenagens, apesar das liberdades atuais e outras possibilidades de relacionamentos? Com direção de Luiz Fernando Marques (Lubi) e atuações de Camila Cohen, Duda Machada e Luiz Felipe Bianchini, a dramaturgia inédita provocada a partir da leitura da obra “Leonce e Lena”, do autor alemão Georg Büchner (1813–1837), estreou dia 4 de maio, às 20h, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. As apresentações seguem até dia 27, de quinta a sábado, com entrada gratuita.
Na trama secular de Büchner, os dois jovens protagonistas, Leonce e Lena, são de famílias nobres e estão prometidos em um casamento de interesses, mesmo sem se conhecerem. Desejando um outro futuro, isoladamente, fogem para a floresta e, num golpe de destino, se encontram por acaso, apaixonam-se e voltam para celebrar o casamento. Ironicamente, o autor faz o casamento por interesse coincidir com a união por amor e coloca, assim, que estamos enredados nas convenções de nossos tempos.
Para os criadores de “Ainda sobre a cama”, o texto de Büchner foi objeto de estudo por apontar um passado que insiste em ser presente e, a partir dele, as cenas do novo trabalho arriscam a criar paralelos entre a atualidade e o passado. “Nossa ideia era falar sobre as relações heteronormativas, sobretudo como essas relações são assombradas por essas normas, modelos que vêm de séculos, patriarcais e eurocentradas, mesmo que hoje em dia isso também apareça na forma de homoafetividade ou mesmo do amor livre”, coloca Lubi.
Em cena, o ator e as duas atrizes formam diferentes possibilidades de casais ao longo da peça. “As cenas são independentes, ligadas entre si pela temática, mas apontam para uma cronologia de um casal. São vários Leônceos e Lenas – eles se chamam assim na peça – e podem ser vistos como um arquétipo de um casal”, diz a atriz Camila Cohen.
Essa cronologia de acontecimentos ajuda a acompanhar e compreender a relação de um casal. “São diversas situações que revelam como os padrões estão arraigados nas estruturas dos nossos afetos. A encenação passa por alguns momentos emblemáticos como a perda da virgindade; o namoro; a traição, o noivado e o casamento”, diz Lubi.
O espaço cênico é formado por um quarto com uma cama de casal e duas mesinhas de cabeceiras; o público senta-se ao redor desses elementos, muito próximo das atrizes e do ator. “A sensação é de que a plateia pode flagrar desde as conversas mais ordinárias, com seus vazios e tédios, passando por brigas até, no limite, a violência que uma relação é capaz de gerar”, coloca o diretor. “Ao longo da peça, os atores assumem a função de narradores. Esse recurso épico cria um efeito de distanciamento, como se fossem capazes de olhar para o que está acontecendo”, finaliza Lubi.
Sinopse | Isso aqui é mais uma vez a tentativa de construir uma cama. E essa cama não é ninho, não vai parir ninguém e nem oferecerá o descanso merecido. Ela talvez testemunhe a inércia de sentimentos, palavras e ações que ainda hoje repetimos desde 1837. Uma instalação cênica para uma dramaturgia contemporânea criada a partir da obra Leonce e Lena, de Georg Büchner. Do ócio ao tédio. Do tédio ao sexo. Do sexo à violência. Da violência ao controle.
Elenco e direção
Camila Cohen é atriz, preparadora corporal e arte-educadora formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/ECA/USP) e pelo curso de graduação em Comunicação das Artes do Corpo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Integra o elenco do espetáculo “Momo e o Senhor do Tempo”, pelo qual recebeu o prêmio APCA de melhor elenco de teatro infanto-juvenil. Em 2017, foi indicada como atriz revelação pelo prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem pela peça Kazuki e a Misteriosa Naomi. Trabalhou como atriz com diretores da cena contemporânea como Miriam Rinaldi, Cristiane Paoli Quito, Rogério Tarifa, Cassiano Quilici, Carla Candiotto e Heitor Goldflus.
Maria Eduarda Machado, atriz, professora de teatro, locutora. Formada em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2011) e pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (2018). Como atriz, já trabalhou com diretores como José Rubens Siqueira, Cristiane Paoli-Quito, Pedro Granato e Rogério Tarifa. Na TV, fez “Malhação” na TV Globo e participações especiais em séries do canal Multishow. No cinema, produziu e atuou no curta-metragem “Aula de Reforço”. Atualmente é integrante dos Treinos Públicos, coordenado por Luah Guimarãez e Fabiano Lodi, e está em processo de montagem teatral com direção de Lubi, do grupo XIX de teatro, a estrear em maio de 2023.
Luiz Felipe Bianchini, 34 anos, é ator e professor de teatro formado pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/ECA/USP) e pelo curso de Bacharelado e Licenciatura em Teatro da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina). Trabalhou em diversos diretores da cena teatral contemporânea, como André Carreira, Antônio Rogério Toscano, Cristiane Paoli-Quito, Vanessa Bruno, Isabel Setti, Rogério Tarifa e Luiz Fernando Marques (Lubi). Atualmente está em circulação com o infantil “Brincar de Pensar: contos de Clarice Lispector”. No cinema, atuou no curta-metragem “O Presente”, com direção de Daniel Wierman. Na TV fez participações na série “O Negócio” (HBO) e nas novelas “Éramos Seis” e “Um lugar ao sol” (TV Globo).
Luiz Fernando Marques (Lubi) – Nascido em Santos, integra o Grupo XIX de Teatro desde 2001 e o Teatro Kunyn desde 2009. Dirigiu e é cocriador de 33 peças de teatro. Parte deste repertório já foi encenado em mais de 120 cidades no Brasil e 36 no exterior (Argentina, Armênia, Cabo Verde, Chile, Cuba, Espanha, França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália, México, Portugal, Rússia e Uruguai). Ao longo de sua trajetória, acumula entre prêmios e indicações mais de 20 menções nos principais prêmios do país. Desde 2008, é orientador do Núcleo de Direção da Escola Livre de Teatro de Santo André.
Ficha técnica
Direção: Luiz Fernando Marques (Lubi)
Assistência de direção: Erica Montanheiro
Dramaturgia: Duda Machado, Camila Cohen, Erica Montanheiro, Luiz Fernando Marques (Lubi) e Luiz Felipe Bianchini
Elenco: Duda Machado, Camila Cohen e Luiz Felipe Bianchini.
Iluminação: Wagner Antônio
Cenário: Luiz Fernando Marques (Lubi)
Fotos: Isadora Relvas
Produção: Lud Picosque – Corpo Rastreado
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto.
Serviço:
Ainda sobre a cama
Temporada de 04 a 27 de maio de 2023
Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363, Bom Retiro, São Paulo, SP
Quinta e sexta, às 20h, Sábados e feriados, às 18h
Ingressos gratuitos com uma hora de antecedência
Lotação: 40 lugares | Recomendação: 18 anos.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
Estima-se que 30 a 40 mil albatrozes morram anualmente vítimas de ameaças como a captura incidental pela pesca, mudanças climáticas e ingestão de resíduos plásticos. São aves oceânicas que passam a maior parte da vida em alto-mar e, por isso, são desconhecidas do público. Para trazê-las ao conhecimento de pessoas de todas as idades e sensibilizá-las sobre a conservação dessas aves, o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, lançou a exposição virtual “Albatroz e a Jornada Atlântica”, que pode ser visualizada neste link, dentro do site do Projeto Albatroz.
Das 22 espécies de albatrozes que existem ao redor do mundo, 11 sobrevoam águas brasileiras ou interagem com navios pesqueiros. Essas são as principais estrelas da exposição, uma vez que estão mais próximas do país e são comumente avistadas por navegadores, pescadores e cientistas que trabalham em mar aberto. Para encantar o público, a mostra virtual apresenta, com recursos de foto, áudio, vídeo e ilustração, as principais características dessas aves, seus comportamentos singulares, detalhes da sua biologia e também informações, como o status de conservação, essenciais para entender a importância de sua conservação.
Algumas das curiosidades que o público pode conhecer na exposição dizem respeito à forma como os albatrozes se comunicam, por que têm maturidade sexual tardia e colocam apenas um ovo por temporada, os detalhes do cuidado parental, como constroem seus ninhos, o espetáculo da corte entre os casais, adaptações biológicas para enfrentar temperaturas extremas e muitas outras.
Entre as espécies apresentadas ao público está o albatroz-viageiro (Diomedea exulans), que tem a maior envergadura entre todas as aves oceânicas: até 3,5m da ponta de uma asa à outra. Ele surpreende não só pelo tamanho, mas pelas longas viagens que empreende desde ilhas subantárticas até o litoral brasileiro em busca de águas mais quentes e comida abundante. Essa espécie é classificada como vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN, dispondo de cerca de oito mil pares reprodutivos e 20 mil indivíduos ao redor do mundo.
Outro grupo de aves abordado na exposição são os petréis, aves que também interagem com a pesca e se reproduzem no Atlântico Sul, porém são menores e mais numerosos: das 137 espécies existentes, 35 ocorrem em nossos mares.
Amplificar a mensagem da conservação
A ideia de criar uma exposição virtual surgiu ainda durante a pandemia de Covid-19 como uma forma de alcançar um público maior e mais diverso por meio do ambiente digital. De acordo com a assessora de comunicação do Projeto Albatroz, Tatianne Fonseca, a instituição idealizou uma atmosfera visual com elementos dos ambientes em que as aves oceânicas vivem, usando o design e as tecnologias disponíveis para encantar o público. “Queríamos impactar com um estilo diferente do que costumamos realizar em nossos materiais educativos. As ilustrações foram feitas na estética paper art, com texturas e cores vibrantes para trazer um estilo moderno. Esse estilo consegue reunir em seu visual lúdico agradável para pessoas de diferente faixa etária”, explica. Todo o projeto visual da exposição foi criado pelo designer Felipe Ferreira.
Ligada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 4 (educação de qualidade) e 14 (vida na água), a exposição almeja popularizar esse grupo de aves e seu ciclo de vida, bem como a importância da conservação das espécies. “Esperamos que no final da exposição as pessoas reflitam sobre a nossa relação com os animais e o oceano, além de estimular a mobilização para conquistarmos um oceano saudável”, finaliza Tatianne.
“Nosso desafio é sempre entregar o conteúdo científico traduzido para o público em uma linguagem mais popular e acessível a todos”, aponta a coordenadora de comunicação do Projeto Albatroz, Juliana Justino. “Nesta exposição, trouxemos os recursos visuais em toda página como um forte aliado para compilar o conteúdo de uma forma mais atrativa para o público”.
Serviço:
Exposição virtual “Albatroz e a Jornada Atlântica”
Data: em cartaz por tempo indeterminado
Classificação: livre
Acesso gratuito neste link.
Sobre o Projeto Albatroz
Reduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras. O Projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e pescadores.
A principal linha de ação do Projeto, nascido no ano de 1990, em Santos (SP), é o desenvolvimento de pesquisas para subsidiar Políticas Públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da existência dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.
Atualmente, o Projeto Albatroz mantém bases de atuação em seis estados brasileiros. Mais informações: www.projetoalbatroz.org.br.
(Fonte: Projeto Albatroz)
Um conjunto de 2600 alunos da rede municipal de ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Campinas é o público beneficiado pelo projeto de incentivo à leitura “Como nasce um livro”. Desenvolvida desde 2005 pela Editora Adonis, de Americana, e promovida pela primeira vez em Campinas, a iniciativa busca proporcionar aos estudantes a vivência do processo de produção de uma obra literária desde a concepção até a ilustração, edição e impressão da publicação e, desse modo, contribuir para a formação de leitores críticos, bem como despertar novos escritores entre os participantes.
Apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o projeto é uma realização da Editora Adonis, com patrocínio da empresa Cartonifício Valinhos, produção executiva da Track Comunicação e apoio da Secretaria Municipal de Educação de Campinas e da Academia Campinense de Letras.
Aberto no dia 11 de abril, o “Como nasce um livro” será executado ao longo de 2023, organizado em 20 encontros presenciais, com a participação de 130 alunos da EJA em cada evento, representando escolas de diferentes regiões de Campinas. Os encontros serão realizados nos períodos da manhã, tarde e noite, dependendo da disponibilidade de agenda das escolas.
Interações
A dinâmica compreende interações dos estudantes com profissionais do setor literário, como a contadora de histórias Suzana Montauriol e a escritora Margareth Brandini Park. Enquanto a autora detalha a elaboração de seu livro “Doroteia, a velhinha que gostava de dançar”, permitindo aos participantes conhecer como é o processo de confecção da narrativa da obra, a artista plástica Marilia Cotomacci, ilustradora da obra, também participa por meio de um vídeo em que apresenta as fases de seu trabalho, desde o primeiro contato com o texto a ser ilustrado, até o planejamento do caminho artístico a ser percorrido.
O tema será complementado por uma aula de ilustração digital a ser ministrada por profissionais da Pandora Escola de Arte e um vídeo sobre o processo gráfico permitirá aos alunos conhecer os detalhes da etapa final de impressão e acabamento de livros. “A proposta é levar os participantes a ampliar o olhar para a literatura e estender a vivência com os livros para o seu cotidiano. Ao conhecer as etapas do processo de criação de um livro, desejamos que eles também se sintam encorajados a escrever e a ilustrar as suas próprias histórias”, afirma Jaqueline Silveira Fávaro, sócia da Editora Adonis e responsável técnica e artística do projeto.
Exposição
As atividades ocorrem em três períodos, de manhã, à tarde e à noite, na sede da Academia Campinense de Letras, na Rua Marechal Deodoro, 525, centro de Campinas, um dos espaços que representam a produção literária da cidade. No local foi organizada uma exposição composta de dez quadros dispostos em cavaletes com todas as fases de ilustrações do livro “Doroteia, a velhinha que gostava de dançar”. A mostra é franqueada ao público em geral.
Os estudantes também serão convidados a escrever suas próprias histórias, a partir das experiências literárias proporcionadas pelos encontros, com a distribuição de exemplares da obra “Como nasce um livro – registro de memórias/histórias” a cada um dos participantes. As 100 melhores formarão o “Letra Viva – Edição Especial”, publicação a ser editada e concluída ao longo da realização das atividades. Um evento será realizado em novembro para lançamento da obra.
Resultados para a sociedade
“Nossa motivação na escolha de aportar recursos para viabilização do projeto ‘Como nasce um livro’ foi pelo objetivo do projeto em incentivar a leitura como processo de desenvolvimento da educação e cultura da sociedade”, afirma o diretor financeiro do Cartonifício Valinhos, Helio Tovazzi. “A Cartonificio Valinhos sendo uma empresa voltada à reciclagem de papel desde sua fundação, em 1934, acredita que investimentos em educação e cultura trazem benefícios à sociedade pela conscientização da importância da reciclagem no âmbito da responsabilidade ambiental, promovendo também resultados positivos, além do meio ambiente, como também na saúde, segurança pública e na economia. Pequenas ações podem trazer grandes resultados à sociedade”, completa.
O presidente da Academia Campinense de Letras, Jorge Alves de Lima, observa que a instituição, como associação de caráter privado e finalidades culturais, tem se dedicado ao longo de décadas, desde a sua fundação, à “magna tarefa de preservar e incentivar o cultivo da língua portuguesa, assim como promover atividades diversas vinculadas à literatura, à memória histórica, à música, às artes plásticas e, de modo geral, à cultura em todas as suas manifestações”. Alves Lima complementa afirmando que a Academia, “no exercício de sua atividade social, realiza regularmente as suas sessões mensais, tradicionalmente na noite da primeira segunda feira de cada mês, sempre na sede social da entidade, às quais são abertas, gratuitamente, a toda a coletividade campinense”.
Sobre o projeto | O “Como nasce um livro” é um projeto de incentivo à leitura e à escrita que, desde 2005 já alcançou mais de 100 mil crianças da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e outras cidades, por meio da distribuição de mais de 1,5 milhões de livros.
Serviço:
Como nasce um livro
Apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Patrocínio: Cartonifício Valinhos
Realização: Editora Adonis
Produção executiva: Track Comunicação
Local: Academia Campinense de Letras (R. Marechal Deodoro, 525 – Campinas – SP)
Quando: de abril até novembro de 2023
Apoio: Secretaria Municipal de Educação de Campinas e Academia Campinense de Letras.
(Fonte: PCN Press)