Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A Secretaria de Educação da Prefeitura de Indaiatuba promoveu uma ação formativa para os professores coordenadores das creches, creches parceiras, pré-escola e fundamental da rede municipal. A formação foi desenvolvida pelo setor de Orientação Pedagógica e o Núcleo de Formação Continuada em parceria com os membros da Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais. A temática “Bullying não, racismo” teve como foco desenvolver o engajamento no combate às violências que ocorrem no interior das instituições educacionais, dentro do que preceitua a Lei 10.639/03, atual 11.645/08.
A professora orientadora pedagógica Kelly Anísia Nogueira Lima reforça que é urgente a reflexão das ações antirracista dentro e fora do ambiente escolar. “Quando o adulto se cala diante de uma atitude racista, a criança que fez a “ofensa” se sente no direito de repetir, pois sua atitude teve legitimidade, enquanto que a criança que sofreu com as atitudes racistas se vê desamparada, não se sente acolhida”, explica.
“Bullying não, racismo”
Os objetivos da ação foram:
Repertoriar os profissionais que atuam na formação de adultos para diferenciar racismo de bullying fortalecendo seus conhecimentos para tomada de atitudes que combatam o racismo, enfrentem o bullying e implementem uma pedagogia antirracista no currículo escolar e orientem a prática dos docentes e dos profissionais de apoio no acolhimento respeitoso com a diversidade humana, em especial a criança negra.
Dar continuidade ao ciclo de ação antirracista – reconhecer, sentir, agir e avaliar as ações da escola na implementação do Projeto Pedagógico envolvendo toda a comunidade interna e externa da escola no combate ao racismo.
Repensar a lógica da pedagogia do evento e tornar a pauta antirracista uma ação contínua na escola, de forma que, ao socializar os conteúdos estudados ao longo do ano, a exposição do dia da Consciência Negra em 20/11, conforme estabelece o Parecer CNE/CP 003/2004, cumpra o papel educativo de combater o racismo, ampliar o conhecimento da história da África e da cultura afro-brasileira e valorizar a participação da população negra na construção da sociedade brasileira.
(Fonte: Secretaria de Educação/Prefeitura de Indaiatuba)
Compartilhando o fascínio pelo mar, as vivências com os povos caiçaras e os sonhos sobre o tempo porvir, o fotógrafo Marcelo Oséas inaugura, na sexta-feira (14), a exposição “Cartas para o Futuro” em parceria com a Fazenda Bananal, em Paraty (RJ). Além de ocupar o casarão tombado pelo Patrimônio Histórico da fazenda com a mostra central, uma versão pocket da exposição acontecerá na galeria do artista, localizada no centro histórico da cidade.
“Precisamos falar do futuro”, afirma o fotógrafo e curador Oséas envolto nas 20 obras que compõem a nova mostra, sendo 17 fotografias inéditas, que percorrem as formas de viver e os espaços ocupados pelas comunidades caiçaras de Paraty. Coletivos que convivem em harmonia com o mar, o mangue e a fauna e a flora da Mata Atlântica — hoje, menos de 12,5% do bioma original está preservado.
“Nossas escolhas — as minhas e as de cada um de vocês — definirão a possibilidade da nossa existência daqui para frente”, lembra Oséas, enquanto apresenta imagens que convidam à reflexão sobre a vida das comunidades que estão em comunhão com a natureza e os caminhos necessários para a continuidade desse equilíbrio. Para o artista e, antes, para o ambientalista e líder indígena Ailton Krenak, o futuro é ancestral.
Inclusive, a parceria com Fazenda Bananal para viabilizar a exposição — que será itinerante e que contará com compensação ambiental — é parte daquele futuro que Oséas busca. Ocupando uma área de 187 hectares, o parque ecológico de imersão na Mata Atlântica preserva 70% da floresta nativa e oferece diversas experiências envolvendo questões como sustentabilidade e cultura paratiense.
Exposição Cartas para o Futuro
Por meio das 20 obras selecionadas, o fotógrafo foca na cultura e nos espaços ocupados pelas comunidades caiçaras de Paraty. Mais do que isso, Oséas expande o imaginário de quem está de fora para essa forma de vida. A mostra é um convite para ver o que eles veem em suas rotinas antes de se lançarem ao mar. São as flores, singelas ou exuberantes, as árvores, os barcos, as montanhas da baía, o mar e o horizonte preenchido pelos futuros possíveis.
O fascínio e a relação com a cultura caiçara, que é uma das mais diversas do país, começou ainda na primeira infância do fotógrafo, quando Oséas morou em Ubatuba, cidade localizada no litoral norte de São Paulo e próxima ao Rio, onde a presença do povo que vive do mar é muito viva.
Unindo memórias da infância e as vivências da vida adulta, Oséas mimetiza um jardim caiçara na expografia da mostra, permeada pelo aroma da flor jasmim-de-leite, das pitangueiras e das folhas secas tão comuns na região. Fitilhos de algodão cru tingidos naturalmente preenchem o ambiente em alusão à diversidade da Mata Atlântica. No espaço, formam sinuosas curvas e divisórias que remetem aos caminhos internos das tantas comunidades que colocam Paraty como um dos grandes centros da cultura caiçara brasileira. Posteriormente, os retalhos serão usados nas embalagens da galeria.
Construídas a partir das madeiras que já integraram os barcos que cruzam a Baía de Paraty, as molduras das obras são um detalhe à parte. Fora de uso e abandonado nos estaleiros, o material teria como fim a fogueira se não fosse ressignificado pelo artista. Na mostra, tornam-se uma espécie de moldura-escotilha, focando o olhar para os modos de vida caiçara.
Responsabilidade social e ambiental | Como parte do processo artístico de Oséas, está a questão socioambiental. Na exposição “Cartas para o Futuro”, um terço do valor de cada fotografia vendida será destinado para a comunidade fotografada. Em paralelo, cada venda possibilita o plantio de uma nova árvore, ampliando as atividades de reflorestamento na região. O plantio das mudas é feito através da organização The Nature Conservancy (TNC), responsável por selecionar espécies nativas de cada bioma beneficiado.
Sobre Marcelo Oséas @marcelooseas
Fotógrafo documental, Marcelo mora entre as cidades de Paraty e São Paulo. Estudou Ciências Econômicas pela Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA-USP) e atuou por nove anos em grandes companhias brasileiras, assim como no terceiro setor. Migrou integralmente para a fotografia em 2012.
Sua produção está relacionada às expressões artísticas autóctones brasileiras, assim como culturas tradicionais, como a indígena, caiçara e sertaneja. Mantém como campo de pesquisa os processos de assimilação da sociedade de consumo dos elementos culturais nativos, com sua consequente integração ou eliminação.
Destaques dos últimos anos:
– 2019: Exposição individual na Galeria Yankatu, intitulada “Uma Crônica Munduruku”
– 2019: Exposição Duas Crônicas no Museu A Casa, compartilhada com a designer Maria Fernanda Paes de Barros
– 2020-22: Expedição pelo projeto de livro BrasisQueVi do arquiteto Gabriel Fernandes, para 12 Estados brasileiros
– 2022: Inauguração da Marcelo Oséas Galeria na cidade de Paraty/RJ
– 2022-3: Exposição solo – Tivoli Mofarrej – Quase Dez Anos.
Serviço:
Exposição Cartas para o Futuro
Quando: a partir do dia 14 de abril, com data final indefinida
Onde: Fazenda Bananal – Estrada da Pedra Branca – Paraty – RJ
Horário: todos os dias, das 10h às 18h. É possível entrar até às 17h
Ingresso: o valor de entrada na fazenda, incluindo a exposição e outras atividades, é de R$60,00, com meia-entrada para grupos específicos. Os moradores da cidade têm entrada livre às quartas-feiras. Mais informações: https://fazendabananal.com.br/.
Exposição Cartas para o Futuro | Versão pocket
A partir do dia 14 de abril, com data final indefinida
Local: Marcelo Oséas Galeria – Rua Dr. Pereira, 125 – Centro Histórico de Paraty – RJ
Entrada gratuita.
(Fonte: PressM)
No estado brasileiro do Pará, próximo à cidade de Marabá – onde 21 militantes do MST foram assassinados pela polícia militar em 17 de abril de 1996 em uma estrada na floresta amazônica durante uma “marcha pela reforma agrária” –, Milo Rau está encenando uma nova versão do “Antígona” de Sófocles junto com o movimento sem-terra MST e ativistas indígenas na primavera de 2023. A peça culmina com uma encenação do próprio massacre no local e no aniversário do crime, como parte da cerimônia anual de rememoração dos mortos durante o acampamento da juventude na Curva do S. O papel de Antígona é desempenhado pela ativista indígena Kay Sara e o coro é formado por sobreviventes do massacre e suas famílias que vivem no Assentamento 17 de abril, terra ocupada desde 1996. E, finalmente, o vidente cego Tirésias é interpretado pela liderança indígena, ambientalista e escritor mundialmente conhecido Ailton Krenak. “Antígona na Amazônia” estreará em 17 de abril de 2023 às 9h em uma ocupação em uma rodovia federal que corta a Amazônia, a chamada “Transamazônica”, no exato dia e local do massacre.
Sinopse
Para “Antígona na Amazônia”, Milo Rau e sua equipe viajam para o estado brasileiro do Pará, onde as florestas queimam devido à expansão das monoculturas de soja e a natureza é devorada pelo capitalismo. Juntamente com indígenas, ativistas e atores, a Antígona de Sófocles é recriada em uma ocupação agrária na Amazônia brasileira, recriada como um choque sangrento da sabedoria tradicional contra o turbo-capitalismo global – um épico da luta da humanidade contra sua queda auto infligida em ganância, cegueira e hubris.
Para esse experimento, o Elenco Global do NTGent se une a artistas brasileiros. Pela primeira vez na história do teatro, uma atriz indígena, Kay Sara, interpreta Antígona – o coro da tragédia consiste em sobreviventes do maior massacre dos sem-terra pela polícia militar brasileira até hoje – e Tirésias é interpretado pela liderança indígena, ambientalista e escritor mundialmente conhecido Ailton Krenak.
“Antígona na Amazônia” estreará em 17 de abril de 2023 em uma ocupação em uma rodovia federal que corta a Amazônia, a chamada “Transamazônica”, no dia e local do massacre. A estreia europeia será em 13 de maio de 2023 no NTGent (Gante, Bélgica), conduzida pelo diretor artístico Milo Rau. Paralelamente à peça, uma campanha para salvar a Amazônia está sendo desenvolvida em conjunto com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e muitas outras ONGs.
Pela primeira vez na história do teatro, uma atriz indígena, Kay Sara, interpreta Antígona.
Contexto
“Muitas coisas são monstruosas, mas nada é mais monstruoso do que o homem”, diz a peça mais famosa e adaptada na literatura de tragédia “Antígona”. A peça centra-se no conflito entre Antígona e Creonte, entre a sociedade tradicional e o moderno estado capitalista. Por “razões de Estado”, Creonte não quer permitir o enterro do irmão de Antígona e viola a lei dos deuses, mergulhando sua família e toda a cidade em desastre. Assim, no século V a.C., Antígona surge, talvez como a crítica mais radical do que mais tarde seria chamada de “civilização ocidental”, e conquistaria o mundo inteiro – uma canção sombria sobre os limites do esclarecimento e os perigos de explorar a natureza.
Se no tempo de Sófocles o apocalipse cantado em Antígona era uma noção sinistra, na era do Antropoceno tornou-se um fato. Portanto, em abril de 2023, Milo Rau e sua equipe reformularam Antígona como um “fim de jogo” global no Pará, o estado mais setentrional do Brasil, à beira da Amazônia. Porque aqui o futuro da humanidade está em jogo – e com ele, todas as formas de vida na Terra.
Durante a pandemia de Covid-19, o ataque do agronegócio brasileiro e seus parceiros europeus – da Ferrero à Nestlé – à maior floresta primitiva contígua da Terra, ainda se intensificou. Não apenas o pulmão verde do planeta está ameaçado, mas também as pessoas que vivem lá e suas tradições milenares.
Sobre a trilogia de mitos antigos de Rau
Após a produção mundialmente debatida “Orestes em Mosul” (aqui, em inglês), na antiga capital do Estado Islâmico, e o filme cristão “O Novo Evangelho” (também em inglês) nos campos de refugiados do sul da Itália, Rau e sua equipe agora viajam para a Bacia Amazônica no Brasil para a conclusão de sua Trilogia de Mitos Antigos. Juntamente com povos indígenas, ativistas e atores da Europa e do Brasil, a Antígona de Sófocles está sendo recriada em uma ocupação agrária como um confronto sangrento entre a sabedoria tradicional e o turbo-capitalismo global; um épico da luta da humanidade contra sua queda auto infligida na ganância por lucro, cegueira e hubris. E também fazendo uma pergunta para a própria arte: o que a arte comprometida pode alcançar? A arte pode ajudar onde a política falha?
Depois de projetos políticos, como “O Tribunal do Congo” e “Assembleia Geral”, e peças narrativas e representativas, como “A Trilogia da Europa”, “Compaixão” e “La Reprise”, Milo Rau voltou-se recentemente para os mitos fundadores da civilização ocidental.
Em Mosul, capital iraquiana do Estado Islâmico até 2017, Rau e sua equipe encenaram “Orestes em Mosul” (2019), baseada na Oresteia de Ésquilo, com atores iraquianos e europeus. No meio da zona de guerra, o elenco, juntamente com a Academia de Belas Artes de Mosul, fez a pergunta que talvez seja a mais premente de todas as civilizações: como encerrar a tragédia; como o perdão e, portanto, um novo começo são possíveis? O projeto teatral deu origem a uma escola de cinema (em inglês) que Rau e o NTGent fundaram em conjunto com a Academia de Belas Artes de Mosul e a Unesco.
“A aula de cinema de Milo Rau faz história” foi a manchete na art.tv. O Arab News resumiu: “De Mosul, jovens estudantes de cinema iraquianos contam suas próprias histórias”. Os curtas-metragens da primeira turma de estudantes estão atualmente em turnê em festivais de cinema europeus e um festival de cinema de Mosul (Mosul Biennale) está em preparação.
Com “O Novo Evangelho” (2019/20), que estreou no Festival de Cinema de Veneza de 2020 – e ganhou, entre outros prêmios, o Swiss Film Prize –, Rau e sua equipe trabalharam com refugiados, leigos e atores dos filmes sobre Jesus de Pasolini e Mel Gibson para adaptar a mensagem social revolucionária do Novo Testamento para o século XXI – provocando uma revolta pelos direitos dos imigrantes explorados pela máfia nas plantações de tomate no sul da Itália. Como parte das filmagens, distribuição do filme e um sistema justo de distribuição de tomate, mais de mil refugiados no sul da Itália foram regularizados. Assim, “O Novo Evangelho” é a que mais se aproxima do que Milo Rau chama de micro ecologias em seu livro “Theatre is Democracy in Small” [O Teatro é a Democracia a Menor]: “coletivos improváveis, sistemas alternativos de produção e distribuição de dignidade” que usam o sistema capitalista para humanizá-lo.
E agora, depois da “Oresteia em Mosul” e da Bíblia no sul da Itália, a Antígona de Sófocles é reencenada junto com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, ativistas indígenas e atores da Europa e do Brasil. “Antígona na Amazônia”, que Rau e sua equipe vêm preparando desde 2019, conclui o engajamento de Rau com os grandes mitos e questões da humanidade.
Sobre Antígona na Amazônia
Como nos projetos anteriores, a pergunta de Rau é: quais atores, qual constelação política permite que esse texto sobre o embate entre a sociedade tradicional e a moderna nos fale novidades? Como o teatro pode criar narrativas alternativas à utopia real de uma civilização mais justa e humana após o capitalismo? Como podemos superar o pensamento trágico juntos? Para a encenação de sua Antígona para o século 21, o diretor e sua equipe vão para o estado brasileiro do Pará, onde as monoculturas de soja estão se expandindo sobre a floresta amazônica (incendiada) e o capitalismo está – por assim dizer – devorando a natureza, a convite de e em colaboração com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), o maior movimento sem-terra do mundo. Eles estão criando uma peça educativa sobre a devastação violenta e o deslocamento causado pelo Estado moderno, que coloca a propriedade privada – e, portanto, o comércio e a especulação globais – acima do direito tradicional à terra.
Os diálogos de embate entre Antígona e Creonte, bem como as passagens do coral, que têm sido reinterpretadas por 2.500 anos, serão ressignificadas em oficinas junto com ativistas do MST e atores do Brasil e da Europa. É um choque da ordem mundial liberal com a cosmologia holística dos povos indígenas do Brasil, que na era do colapso climático iminente estão cultivando uma abordagem da natureza voltada para o futuro. Mas a crítica de Sófocles à arrogância humana (hubris), à ideologia da exploração e da viabilidade, à questão da justificação da violência estatal e da resistência civil também se reflete no próprio elenco, nas histórias dos atores envolvidos e nos debates que se desenvolvem entre eles.
Sobre o elenco
Como em “Orestes em Mosul” ou “O Novo Evangelho”, atores europeus e locais, amadores e profissionais se encontram em “Antígona na Amazônia”. Aqui, também, os impactados contam suas próprias histórias e submetem a tragédia mais famosa da literatura europeia a uma leitura completamente nova.
O papel de Antígona é interpretado pela atriz, ativista e diretora indígena Kay Sara. O coro é composto por sobreviventes do massacre cometido pela polícia militar em 1996 em Eldorado do Carajás . A performance brasileira acontecerá no dia 17 de abril de 2023 nos locais simbólicos do conflito do Estado brasileiro contra os sem-terra e a população indígena – na estrada fechada pela selva onde ocorreu o massacre, na plantação posteriormente ocupada pelos sobreviventes e habitada até hoje e nas florestas e aldeias da população indígena.
Hêmon, Creonte, Ismênia e Eurídice são interpretados alternadamente pelos dois belgas Arne De Tremerie, Sara De Bosschere e o brasileiro Frederico Araujo, membros do Elenco Global do NTGent e ativistas do movimento dos sem-terra. Finalmente, no papel do vidente cego Tirésias, que prevê a autodestruição de Creonte, é interpretado pela liderança indígena, ambientalista e escritor mundialmente conhecido Ailton Krenak.
Sobre o making of e a campanha política
As filmagens públicas e a estreia mundial de Antígona na Amazônia serão seguidas, como uma instalação de vídeo teatral, por uma turnê pela Europa realizada em conjunto com o Movimento dos Sem Terra. O diretor brasileiro Fernando Nogari, conhecido por seus videoclipes para a cantora Selena Gomez, está fazendo um filme de bastidores sobre “Antígona na Amazônia”, documentando o contexto político, o processo de ensaio e produção e, em geral, a situação política naquele que é provavelmente o ponto decisivo do nosso tempo.
Mas tudo isso não bastou: paralelamente ao projeto teatral, está sendo desenvolvida uma campanha política que defende a produção agrícola sustentável na região amazônica. Porque onde a política falha, só a arte pode ajudar.
Créditos
Conceito e direção: Milo Rau
Texto: Milo Rau & elenco
Em colaboração com Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Elenco: Frederico Araujo | Sara De Bosschere | Kay Sara | Arne De Tremerie
No vídeo: Gracinha Donato, Célia Marácajá e o Coro dos Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e, como Tirésias, Ailton Krenak
Músico: Pablo Casella Dos Santos
Dramaturgia: Giacomo Bisordi, Martha Kiss Perrone, Douglas Estevam da Silva
Assistentes de dramaturgia: Kaatje De Geest, Carmen Hornbostel
Colaboração na concepção, pesquisa e dramaturgia: Eva-Maria Bertschy
Composição musical: Elia Rediger e Pablo Casella Dos Santos
Cenografia: Anton Lukas
Figurino: Gabriela Cherubini, An De Mol, Jo De Visscher, Anton Lukas
Iluminação: Dennis Diels
Design de vídeo: Moritz von Dungern
Making of e videoclipe: Fernando Nogari
Edição de vídeo: Joris Vertenten
Assistente de direção: Katelijne Laevens
Estagiário (assistente de direção): Chara Kasaraki, Lotte Mellaerts
Gestão de produção: (Europa) Klaas Lievens
Gestão de produção: (Brasil) Gabriela Gonçalves
Assistente de produção: Jack dos Santos
Gestão técnica de produção: Oliver Houttekiet
Diretor de palco: Marijn Vlaeminck
Com um especial agradecimento a: Carolina Bufolin
Produção: NTGent, Instituto Internacional de Assassinato Político (International Institute of Political Murder – IIPM)
Coprodução: Festival D’Avignon, Festival Romaeuropa, Festival Internacional de Manchester, La Vilette Paris, Tandem Arras Douai, Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt, Equinoxe Scène Nationale Châteauroux, Festival de Viena
Com o apoio de: Instituto Goethe São Paulo, programa COINCIDÊNCIA – Intercâmbios Culturais entre Suíça e América do Sul – PRO HELVETIA, The Belgian Tax Shelter (Programa de Incentivo Fiscal ao Audiovisual da Bélgica)
Serviço:
Antígona na Amazônia
Dia 17 de abril de 2023 em uma ocupação em uma rodovia federal que corta a Amazônia, a chamada “Transamazônica” no dia e local do massacre
*A estreia europeia será em 13 de maio de 2023 no NTGent (Gante, Bélgica), conduzida pelo diretor artístico Milo Rau
Assista ao trailer aqui.
Próximas datas
17/4/2023: reencenação do Massacre de 17 abril 1996 (mais informações abaixo)
13/5/2023: estreia mundial de “Antígona na Amazônia” em Gante (Bélgica), no NTGent
19-21/5/2023: “Antígona na Amazônia” em Amsterdã (Países Baixos), no ITA
25-27/5/2023: “Antígona na Amazônia” em Viena (Áustria), no Festival de Viena (Wiener Festwochen)
1-4/6/2023: “Antígona na Amazônia” em Frankfurt (Alemanha), no Künstlerhaus Mousonturm
13 e 14/6/2023: “Antígona na Amazônia” em Douai/Arras (França), Tandem Scène Nationale
17/6/2023: “Antígona na Amazônia” em Roterdã (Países Baixos), no Schouwburg
16-24/7/2023: “Antígona na Amazônia” no Festival d’Avignon, Avignon (FR).
Ainda este ano, “Antígona na Amazônia” também pode ser visto em Basiléia (Suíça), Roma (Itália), Bydgoszcz (Polônia), Lyon (França), Lisboa (Portugal), Porto (Portugal), Madri (SPA), Châteauroux (França), Paris (França), Bruges (Bélgica), Turnhout (Bélgica) e Antuérpia (Bélgica).
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
O Teatro Copacabana Palace, localizado nas dependências do icônico Copacabana Palace, hotel do grupo Belmond que comemora seu centenário em 2023, acaba de anunciar a apresentação da cantora portuguesa Maro para o dia 28 de abril às 20h.
Natural de Lisboa, a artista respira música e é multifacetada quando se trata de seus talentos. Além de cantora, é multi-instrumentista, compositora e produtora licenciada pela Berklee College of Music de Boston. Estreou na cena artística em 2018 e por sua destreza em participar de diversas etapas do processo musical, pôde colaborar com diversos nomes da música e participar de apresentações em concertos de inúmeros artistas como Jessie J, Charlotte Cardin e Téo, entre outros.
Em 2020, lançou seu projeto “Itsame, Maro!”, dedicado a promover a colaboração musical à distância. A série inclui 100 episódios com artistas de diferentes gêneros como Eric Clapton, Lennon Stella, Anavitória, Maria Gadú, Vitor Kley e Lionel Loueke, entre outros. Em 2022, a cantora celebrou grandes realizações: venceu o Festival da Canção e representou Portugal no Festival Eurovisão, garantindo sua vaga entre os top 10 com a faixa “Saudade, saudade”. Além do lançamento do “Can you see me?”, álbum que desvenda uma nova face da artista, com influências do pop, trap, world & folk.
No dia 28, Maro fará sua apresentação no Copa incluindo canções do novo álbum “Hortelã” acompanhada pelos renomados guitarristas e produtores catalães Darío Barroso & Pau Figueres, dando vida a uma versão intimista e despojada de suas canções mais recentes e reafirmando a identidade folky que a tem inspirado neste momento de sua carreira.
Para mais informações e ingressos, acesse o site da Sympla.
Maro no Rio de Janeiro
Data: 28 de abril Horário: 20h
Local: Teatro Copacabana Palace – Copacabana Palace
Av. Nossa Sra. de Copacabana, 261 – Copacabana, Rio de Janeiro (RJ)
Bilheteria: Sympla.
(Fonte: FSB Comunicação)
O curso de Ópera Comentada do maestro Ricardo Rocha será realizado no Centro Cultural Baukurs, em Botafogo, no Rio de Janeiro, com o objetivo não apenas de iniciar leigos no instigante reino dessa manifestação artística plural para a formação de novas plateias, mas também trazer informações históricas, estéticas e estilísticas de cada obra aos conhecedores do gênero, assim como apresentar biografias de cada compositor e a análise detalhada de seu libreto. Organizado em três blocos independentes, o conteúdo sempre é apresentado com a análise, a explicação e o contexto histórico em que foi escrita a obra.
As aulas iniciaram em 2022 com o primeiro módulo, a Ópera Italiana, origem do gênero em si, e suas principais expressões, como a Trágica (drama), a Cômica (‘buffa ’) e a Verista (‘ realista’). Em 2023, entre janeiro e fevereiro, foi a vez do segundo módulo, a Ópera Francesa. Encerrando agora o ciclo de Ópera Comentada, será apresentado o terceiro e último módulo, sobre a Ópera Alemã, entre os dias 5 e 26 de maio.
Origem e definição
A Ópera é um gênero artístico exclusivo e extraordinário produzido pela civilização ocidental capaz de reunir teatro, literatura, cenografia, dança e outras manifestações em perfeita simbiose com a música que representa os afetos da poesia e da palavra através do canto, numa relação funcional de mútuo proveito, como organismos que interagem harmônica e produtivamente entre si.
Quem não a conhece, pergunta se este gênero é teatro musicado ou música encenada. A resposta é simples. Pela origem do nome, Ópera é uma palavra italiana que significa ‘obra’, que por sua vez vem do latim ‘opus’, cujo plural é… opera. Assim, Ópera é arte plural na qual a música é uma protagonista que até se sustenta sozinha em concerto, mas que, não fosse o suporte de outras artes, não seria mais do que um oratório ou uma cantata profana com narração cantada.
Maestro Ricardo Rocha
Ricardo Rocha é atualmente um dos regentes mais renomados do Brasil. Pós-graduado pela Escola Superior de Música da Universidade de Karlsruhe como Kapellmeister (Maestro de ópera e concertos sinfônicos), o mais alto título em Regência em países de língua alemã, é também mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Na Alemanha, ao longo de 11 anos, criou o ciclo “Brasilianische Musik im Konzert” para a difusão da música de concerto brasileira, à frente de orquestras como a Sinfônica de Bamberg, as Filarmônicas da Turíngia e de Südwestfallen e a Sinfônica de Baden-Baden.
No Brasil, Rocha foi regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso (1992-94) e da Orquestra Sinfônica e Coro Estável da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (1994-96), onde também foi professor de Regência. Como convidado, regeu grandes orquestras brasileiras como a OSB, OSTMSP, OSMG, OPES, OSN-UFF, OSBJ e a OJB – Orquestra Jovem do Brasil, com a qual executou a Nona Sinfonia de Beethoven pelos 20 anos da Queda do Muro de Berlim. É autor dos livros “Regência, uma arte complexa” (2004) e o atlas “As Nove Sinfonias de Beethoven – uma Análise Estrutural” (2013).
Em meio à pandemia do Covid-19 foi contemplado por diferentes editais musicais, como Itaú Cultural e Lei Aldir Blanc, Secretaria Estadual de Cultura RJ, por meio da qual publicou três vídeos com reflexões sobre Cultura, Arte e Música.
Rocha é também Comendador pelo Poder Judiciário (Ordem São José Operário do Mérito Judiciário do Trabalho, TRT da 23ª. Região) desde 1994.
Serviço:
Ópera Alemã com o maestro Ricardo Rocha
Serão abordados no curso os títulos: A Flauta Mágica (Mozart) | Fidelio (Beethoven) | Parsival (Wagner)
Local: Baukurs Botafogo, Rua Goethe, 15
Aulas: Sextas e segundas das 19h às 21h
Investimento total do curso: – R$560,00
– bolsas especiais: R$230,00 aos primeiros quatro profissionais e estudantes de música
Mais informações: Secretaria Baukurs – + 55 (21) 99411-8480 ou pelo e-mail secretaria@baukurs.com.br
Siga nas redes: @baukurs | @cia.bachiana.
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)