Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Expert em viagens lista cinco passeios imperdíveis em Paraty (RJ)

Paraty, por Kleber Patricio

Foto: Aldo Barranco/Cartago.

Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, é conhecida por seu patrimônio histórico e por sua riqueza cultural, com uma extensa programação ao longo de todo o ano para quem gosta de música, literatura, fotografia, artes e esportes, além de expressões da cultura da região. Somam-se a tudo isso, praias, ilhas, trilhas e cachoeiras em cenários moldados pela beleza da Mata Atlântica. Com localização estratégica na divisa de São Paulo, Paraty é a queridinha de muitos turistas. O ator carioca Bruno de Luca, apresentador do programa “Vai pra Onde?”, no Multishow, no qual, desde 2009, dá dicas de viagens, alimentação e hospedagens, é um dos apaixonados pela cidade carioca. Ele esteve recentemente em Paraty para uma campanha da Cartago e, usando sua expertise, listou cinco passeios imperdíveis por lá. Confira abaixo:

1 – Passeio pelo Centro Histórico (gratuito): Patrimônio da humanidade pela Unesco desde 2019 e considerado pela entidade “o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso”, ele remonta ao início do século XIX e possui alguns dos principais pontos turísticos, como as igrejas coloniais, o museu de Arte Sacra e o famoso piso de pedras. “Caminhe pelas ruas de Paraty e desfrute do que ela tem de melhor, tanto à noite como de dia, pois a belíssima arquitetura conta um pouco da nossa história”, comenta Bruno.

2 – Trilhas e cachoeiras (gratuito): Para quem gosta de se refrescar e aproveitar um passeio com aventura e muita natureza, existem pelo menos dez cachoeiras na cidade que possuem trilhas consideradas fáceis. “Visite as cachoeiras. Na Cachoeira do Tobogã, por exemplo, é possível escorregar pelas pedras como se estivesse em um tobogã natural”, explica.

3 – Restaurante Thai Brasil: Preferido de Bruno de Luca na cidade, o Thai Brasil fica na Rua do Comércio, no “coração” de Paraty, com fácil acesso e culinária requintada, com o melhor da comida tailandesa, incluindo pad thai, curry e salada de papaia em um ambiente boêmio e iluminado. Ele ainda possui nota 4,5 (numa escala até 5) no Trip Advisor, com mais de 1.300 avaliações. “Tradicional restaurante de comida tailandesa, é o meu preferido da cidade. Sempre que vou para Paraty, preciso ir lá”, conta De Luca.

4 – Praia do Sono: Conhecida como um paraíso na Costa Verde do Rio de Janeiro, ela possui abundância em natureza e tranquilidade sem igual, sendo cercada de morros que têm a Mata Atlântica preservada. O nome “Sono” é dado porque, diariamente, o Sol demora um pouco mais a aparecer em razão das altas montanhas, dando aqueles “cinco minutinhos extras” para quem gosta de dormir. “Uma ótima opção para fugir dos points mais movimentados. Para chegar, é necessário fazer uma trilha moderada, mas também há a opção de fazer uma travessia de dez minutos a barco”, comenta Bruno.

5 – Passeio de escuna: Uma das atrações mais procuradas da cidade e ideal para todos os públicos, o passeio oferece belas paisagens e momentos de descanso. Com cinco ou seis horas de duração, dependendo do roteiro, o turista conhecerá as ilhas e praias da baía com estrutura e segurança. “É possível conhecer várias praias na região com lindas águas verde-esmeralda”, afirma.

Além das dicas, Bruno conta, nos vídeos da campanha, o que não pode faltar na preparação para a viagem. Segundo ele, alguns detalhes são muito importantes antes de partir para o destino e, também, durante o passeio. A primeira é “desconecte-se”: deixar o celular de lado, tentar usar somente para fotografar. Outra sugestão é abastecer a mala com roupas leves e calçados confortáveis, principalmente para aqueles que gostam de “sair sem rumo” desbravando locais. Por fim, conversar com as pessoas sem medo. Além de ouvir ótimas histórias, ainda podem rolar novas amizades e até sugestões de lugares incríveis que os turistas não conhecem.

Sobre a Cartago | Criada em 2009, a Cartago chegou para inspirar e conectar as pessoas por meio das relações, do bem-estar e do acesso à moda, valorizando o conforto e a sustentabilidade por meio do universo casual. Loja Cartago: @sandcartago.

(Fonte: WGO Comunicação)

Indaiatuba e Salto recebem oficinas gratuitas de escrita criativa para adolescentes

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Adolescentes participam das oficinas de escrita criativa. Fotos: Carolina Cerqueira.

Indaiatuba e Salto serão contempladas com as oficinas de escrita criativa que fazem parte do projeto Letra Jovem, realizado pelo Instituto Ideia Coletiva entre os meses de abril e maio. São oferecidas 20 vagas em cada oficina, priorizando adolescentes a partir de 13 anos. Os encontros buscam estimular a criatividade dos participantes por meio dos cinco sentidos. As inscrições para participar do Projeto podem ser feitas na página www.jovens.art.br.

A palavra criatividade deriva do latim cerare e está relacionada à produção ou inovação de algo. Ser criativo, então, nada mais é do que encontrar soluções diferentes para situações do dia a dia. Quando falamos em criatividade, falamos em estímulo para que possamos ir além. Uma música, um filme, um cheiro ou até mesmo um cenário colorido, como o que presenciamos no nascer e no pôr-do-sol, podem provocar reações diferentes em cada um de nós, de modo a despertar o nosso processo criativo. Pensando nisso, as oficinas de escrita criativa vão surpreender os alunos com experiências interessantes.

Kora Prince, arte-educadora e produtora do projeto, explica que “a ideia dos encontros é trabalhar com exercícios de estímulo à criatividade para os cinco sentidos, usando músicas, imagens, óleos essenciais e automassagem e criando condições para que eles possam escrever de forma livre e individual”. Depois da produção do texto, haverá um bate-papo em grupo.

Cadernos artesanais fazem parte do aprendizado das oficinas.

As oficinas buscam oferecer elementos aos alunos para que possam despertar o processo criativo por meio da experimentação. Ao final do projeto, os textos serão revistados e transformados num livro que será impresso e distribuído gratuitamente aos alunos. “Nós queremos que eles passem por todo o processo, desde a criação até a leitura de um livro finalizado”, conclui Kora.

O Projeto Letra Jovem é realizado pelo Instituto Ideia Coletiva via Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, ProAC ICMS, com apoio das secretarias de cultura dos municípios envolvidos. Em Indaiatuba e Salto, o projeto recebe o patrocínio da empresa Tuberfil.

Sobre o Instituto Ideia Coletiva | O Instituto Ideia Coletiva é um ponto de cultura, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e possui reconhecimento do Ministério da Justiça e demais órgãos públicos. Atua na formação e difusão cultural por meio de diversas linguagens artísticas idealizando e executando projetos em todo território nacional.

Programação das oficinas:

Salto:

Data: 11/4, 18/4, 25/4, 2/5, 9/5 – terças-feiras

Horário: das 14h30 às 17h

Local: CEMUS V – Luiz Rodrigues de Almeida

Endereço: R. São Genaro, 2 – Jardim São Judas Tadeu, Salto (SP)

Indaiatuba:

Datas: 11/4, 18/4, 25/4, 2/5, 9/5 – terças-feiras

Horário: das 18h30 às 21h

Local: Casa da Fraternidade

Rua Antônio Vaciloto, 275 – Jardim Oliveira Camargo, Indaiatuba (SP).

(Fonte: Fábrica de História)

Indaiatuba anuncia programação da 31ª edição do Maio Musical

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Divisor de águas do show business brasileiro dos anos 80, espetáculo Rádio Pirata Ao Vivo ganha reedição. Foto: Bella Pinheiro.

A Secretaria de Cultura de Indaiatuba anuncia as atrações da 31ª edição do Maio Musical, que terá início no dia 1º de maio, com o show “Rádio Pirata – 35 Anos”, com Paulo Ricardo. No total, participam do projeto 343 músicos, somando-se as atrações locais, convidados e Organizações da Sociedade Civil (OSCs). O evento segue até o dia 30, também com programação especial no Topázio Cinemas.

“Depois da 30ª edição, em que tivemos mais de 100 mil pessoas conferindo todos os shows, o Maio Musical volta com mais uma edição caprichada”, destaca o prefeito Nilson Gaspar. “No total, teremos 343 músicos de Indaiatuba envolvidos no projeto, o que significa um aumento de quase 40% em relação ao ano passado. Isso demonstra a importância deste projeto, que é aguardado por toda a região”.

Grupo Fundo de Quintal encerra o Samba no Parque, dia 20, no Maio Musical. Foto: divulgação.

“Tivemos 35 projetos locais aprovados via edital e teremos shows dos mais diversos gêneros: rock, samba, reggae, jazz, choro, entre outros”, ressalta a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Desta maneira, o Maio Musical mantém sua principal missão, que é incentivar e valorizar a produção artística do município”.

Outra novidade desta edição é o retorno da parceria com o Topázio Cinemas, que exibirá quatro documentários no Shopping Jaraguá Indaiatuba, com cada ingresso trocado por um litro de leite, que será doado ao Fundo Social de Solidariedade (Funssol) de Indaiatuba. As exibições acontecerão nos dias 9, 16, 23 e 30, às 19h30, com reapresentação nos dias 13, 20, 27 e 3 de junho, às 14h. Confira a programação abaixo.

As atrações selecionadas entre os dias 9 a 12 de maio integram ainda a Semana Nabor Pires de Camargo. Além disso, o Núcleo Nabor Pires Camargo promoverá duas Rodas de Choro, nos dias 14 e 28 de maio, no bosque do Casarão Pau Preto. Para participar, basta levar seu instrumento.

Grupo Fundo de Quintal encerra o Samba no Parque, dia 20, no Maio Musical. Foto: Alex Jegorow.

Assim como em 2022, as apresentações acontecerão no Parque Ecológico, em palco montado na alça de acesso em frente ao Paço Municipal, na Sala Acrísio de Camargo, no Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei) e no Casarão Cultural Pau Preto. A entrada é franca. Para os eventos realizados no Ciaei, a distribuição de ingressos acontecerá por ordem de chegada.

Confira a programação do 31º Maio Musical:

1º de maio, no Parque Ecológico

17h – A2 Rock, com O Melhor do Nacional 80

18h – Superbad, com Lendas do Rock

19h – Paulo Ricardo, com ‘Rádio Pirata: 35 Anos’

4 de maio, no Ciaei

19h30 – Banda Sinfônica do Exército

5 de maio, no Ciaei

19h30 – Arthur Raymundo e Laura Duarte, com ‘Cabaret: Uma Homenagem à Era de Ouro’

20h30 – Sônia Di Morais, com ‘As Canções que Você Fez pra Mim’

5 de maio, no Parque Ecológico

1ª Noite Sertaneja

19h – Alexandre Rizzo, com ‘Clássicos Eternos’

20h – Leandro & Lorena

21h – Matheus Reis, com ‘Primeiro Passo’

6 de maio, no Parque Ecológico

19h30 – Lenine e Orquestra Sinfônica de Indaiatuba

7 de maio, no Ciaei

16h – São Paulo Wind Ensemble apresenta ‘O Pequeno Príncipe’

Regência: Mônica Giardini

7 de maio, no Parque Ecológico

18h – Tavinho Rezende Blues Band

19h – Sidney Magal

9 de maio, no Casarão Pau Preto

19h30 – Lucas Arantes Duo, com ‘Paulinho da Viola no Choro’

10 de maio, no Casarão Pau Preto

16h – Workshop de Violão com Dagma Eid

19h30 – Recital com Dagma Eid

11 de maio, no Casarão Pau Preto

19h30 – Quarteto Vê Se Costas, com ‘Waldir Azevedo 100 Anos’

11 de maio, no Ciaei

19h30 – Orquestra Jovem de Indaiatuba e Amigos da Viola

12 de maio, no Parque Ecológico

2ª Noite Sertaneja

19h – Giulia Agg, com ‘Segredos da Viola’

20h – Renan Teixeira

21h – Kelvin Araújo

12 de maio, no Casarão Pau Preto

19h30 – Camerata Jovem de Violões de Tatuí

20h30 – Grupo de Choro de Tatuí

13 de maio, no Parque Ecológico

1ª Noite do Rock

18h – Black Mapache, com ‘Out of the Woods!’

19h – Hutal, com ‘Hutal convida Glebbo’

20h – Imortais, com Tributo a Legião Urbana – ‘Somos Tão Jovens’

21h – Banda Classic Roxx, com ‘Top of the Pops’

14 de maio, no Casarão Pau Preto

10h – Roda de Choro do Núcleo Nabor Pires Camargo

14 de maio, no Parque Ecológico

19h30 – Luiza Possi e Camerata Filarmônica de Indaiatuba

17 de maio, no Ciaei

19h30 – Campinas Jazz Big Band convida Fabio Augustinis

18 de maio, no Casarão Pau Preto

19h30 – Grupo Plano de Voo, com ‘Paragens Brasileiras’

18 de maio, no Ciaei

19h30 – Banda Sinfônica da Polícia Militar do Estado de São Paulo

19 de maio, no Parque Ecológico

Noite do Flashback

19h – Banda Dadyna, com ‘Feito para Dançar’

20h – Banda Fórmula 2, com ‘Vem Bailar’

21h – Banda Brexó

20 de maio, no Parque Ecológico

Samba no Parque

15h – Marina Costa

16h – 4Samba

17h – Grupo Mixturadinn

18h – Cesinha e Banda

19h – Pintou o Samba

20h – Fundo de Quintal

21 de maio, no Casarão Pau Preto

10 horas – Camerata SESI Indaiatuba

21 de maio, no XII de Junho

Mostra de Viola

12h – Junior Carvalho

13h – Orquestra de Viola Caipira

21 de maio, no Parque Ecológico

17h – La Plata, com ‘Tributo a Charlie Brown Jr.’

18h – Anderson Xavier & DJ Oitomão

19h – Maneva

24 de maio, no Casarão Pau Preto

Noite da MPB

19h30 – Destoando, com ‘Paisagens Sonoras’

20h30 – Panapaná, com ‘Modas, Médias, Mídias’

25 de maio, no Ciaei

19h – Olivia Gênesi, com ‘Cantando o Amor desde 2000’

20h – Letícia Nicolielo, com ‘Tributo Eller – 20 anos sem Cássia’

21h – Beto Tempesta e Banda, com ‘Rock Save The Queen’

26 de maio, no Parque Ecológico

19h30 – Dechris e Corporação Musical Villa-Lobos em ‘Tributo a Roberto Carlos’

27 de maio, no Parque Ecológico

2ª Noite do Rock

18h – Incêndio

19h – Line Out, com ‘Harder ‘n’ Heavier’

20h – Black7Colts, com ‘Rock Hits 80’ 90’ 2000’

21h – Into the Sabbath, com ‘Ozzy Years’

28 de maio, no Casarão Pau Preto

10h – Roda de Choro do Núcleo Nabor Pires Camargo

28 de maio, no Ciaei

16h – São Paulo Wind Ensemble apresenta ‘Pinóquio’

Regência: Mônica Giardini

28 de maio, no Parque Ecológico

18h – Mashmellow, com ‘Tudo Junto e Misturado!’

19h – Sync2, com ‘Elas Cantam Eles’

20h – Vitor Kley

PROGRAMAÇÃO – TOPÁZIO CINEMAS

Local: Shopping Jaraguá Indaiatuba

Entrada: um litro de leite

9 de maio, às 19h30

13 de maio, às 14h

“Adoniram: Meu Nome é João Rubinato”

16 de maio, às 19h30

20 de maio, às 14h

“Me Chama que Eu Vou”

23 de maio, às 19h30

27 de maio, às 14h

“Andança: Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho”

30 de maio, às 19h30

3 de junho, às 14h

“Jair Rodrigues: Deixe que Digam”.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

SAAE Indaiatuba minimiza impacto ambiental por meio de eficiência energética

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Monitoramento faz o acompanhamento com leituras e envios de dados em tempo real. Foto: divulgação/SAAE.

Com o objetivo de reduzir os custos operacionais e minimizar o impacto ambiental, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Indaiatuba (SAAE) tem desenvolvido, entre outras ações, um Programa de Eficiência Energética que consiste em utilizar a energia de forma mais inteligente, ajustando equipamentos e a demanda de energia elétrica.

O SAAE possui 82 contas de energia elétrica, das quais 18 são de média tensão e 64 de baixa tensão. As 18 contas de média tensão representam 98% dos gastos de energia elétrica da Autarquia, sendo a Estação de Tratamento de Esgotos Mário Araldo Candello (ETE MAC) a unidade responsável por mais da metade desse consumo.

Implantado em 2017, o software de Monitoramento de Energia Elétrica (SMEE) faz o acompanhamento com leituras e envios de dados em tempo real que são armazenados em nuvem (banco de dados) das medições de energia elétrica de 17 setores ligados em média tensão, tais como quatro Estações de Tratamento de Água (ETA’s), cinco Estações de Captação de Água Bruta (ECA’s), três Centros de Reservação (CR’s), uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), três Estações Elevatórias de Esgotos (EEE’s) e um Escritório Central (EC).

O SMEE consiste em equipamentos (gateways) ligados em paralelo aos medidores da CPFL (Companhia Piratininga de Força e Luz) que monitoram parâmetros de energia elétrica, tais como demanda, consumo e fator de potência, que permitem a simulação para otimização de contratos, previsões de gastos futuros e evitar também multas referentes à ultrapassagem de demanda e fator de potência baixo, apresentando cálculo de banco de capacitores necessários para correção de fator de potência.

O monitoramento permite que a Autarquia trate a eficiência com energia elétrica da mesma forma que procura tratar a eficiência com o saneamento e com a sustentabilidade. De acordo com as informações da Unidade Técnica de Gestão de Energia Elétrica do SAAE, a eficiência energética pode contribuir para a sustentabilidade em várias maneiras, ajudando a proteger o meio ambiente, preservar os recursos naturais e reduzir os custos operacionais.

(Fonte: Departamento de Comunicação Social/SAAE Indaiatuba)

Por que o trabalho análogo à escravidão persiste no agronegócio brasileiro?

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: FreePik.

Por Camila Penna de Castro — Há mais de um mês, foram resgatados 207 trabalhadores, em sua maioria negros e baianos, em condições análogas à escravidão em vinícolas gaúchas – o que chocou a opinião pública brasileira. Nesta semana, argentinos também foram resgatados na mesma situação em Nova Petrópolis; entre eles, uma adolescente de 14 anos. Os casos, no entanto, não chegam a causar surpresa se formos nos debruçar sobre a forma como o agronegócio historicamente se constituiu no nosso país, com concentração fundiária e seletividade racial do Estado nas políticas de ocupação de terra.

A diferença entre trabalho escravo e trabalho análogo à escravidão é meramente jurídica, uma vez que desde a abolição da escravatura não existe uma legislação que ampare e regulamente a propriedade de pessoas por outras pessoas. Ou seja, juridicamente não se pode mais caracterizar o escravo como propriedade do senhor.

O termo “trabalho análogo à escravidão” é utilizado no artigo 149 do Código Penal Brasileiro para se referir à tipificação e à punição dessa relação de trabalho na qual se reduz pessoas à condição análoga à de escravos. Contudo, ainda que relações de escravidão não estejam amparadas por uma legislação, isso não quer dizer que essas relações não continuam existindo; afinal, a legislação brasileira e as políticas sempre favoreceram o lado mais forte da balança, ou seja, o proprietário da terra.

Por isso a persistência do trabalho escravo também está relacionada à concentração fundiária e à seletividade racial do Estado quando o assunto são as políticas de acesso à terra no Brasil. É neste espaço onde pessoas brancas possuem mais força na tomada de decisão, selecionando pautas e demandas, como as entidades do Agronegócio representadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no Legislativo. Por outro lado, também ocorre a seletividade racial que classifica negativamente atores, pautas e ações de não brancos, como indígenas e quilombolas.

Outra evidência da relação entre a permanência do trabalho escravo e a concentração fundiária, que historicamente seleciona racialmente as políticas de acesso à terra, é a morosidade na regulamentação do Artigo 243 da Constituição. Também conhecido como PEC (Projeto de Emenda Constitucional) do Trabalho Escravo, ele discute a expropriação das propriedades rurais e urbanas onde se localiza a exploração de trabalho escravo. Aprovado em 2013 após mais de uma década de tramitação na Câmara e no Senado, ele nunca foi regulamentado por legislação específica.

Ao longo da discussão da PEC e logo após sua aprovação, a FPA propôs um projeto de lei (PL 3842/2012) que restringia a definição do que poderia ser considerado trabalho escravo. Boa parte deste projeto foi incorporado na Portaria do Ministério do Trabalho referida acima e publicada em troca do apoio da FPA a Temer. Mesmo que tenha fracassado a aprovação desse projeto de lei e mesmo que a portaria tenha sido revogada, o fato é que nunca se expropriou uma propriedade no território brasileiro na qual tivesse sido identificado trabalho escravo.

Em 2015, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) adotou a Instrução Normativa 38, com vistas a normatizar a fiscalização de propriedades identificadas como em descumprimento de sua função social pelo emprego de mão de obra análoga à escravidão. Contudo, essa normativa foi suspensa pela Advocacia Geral da União (AGU) com a justificativa de que ainda não há regulamentação legal para proceder à expropriação dessas propriedades.

Ironicamente e como forma de se aproveitar da visibilidade midiática gerada pela repercussão do caso dos escravizados do vinho e revertê-la em compliance, o partido União Brasil, representado por seu deputado Felipe Becari (União-SP), propôs em 1° de março de 2023 um Projeto de Lei (777/2023) para regulamentação da expropriação de terras em caso de trabalho análogo à escravidão. A ironia está no fato de que o partido é composto por lideranças tradicionais da bancada ruralista, tendo como membro do diretório goiano o governador Ronaldo Caiado. Será necessário observar que tipo de veto à seletividade racial irá exercer neste projeto de lei se ele for algo mais que uma jogada de marketing.

Entender a relação entre classe e raça e sua co-constituição histórica em países que foram colonizados, como o Brasil, ajuda a qualificar nossa interpretação sobre as causas da permanência da escravidão, indo além da questão da precarização do trabalho ou da concentração fundiária. Para explicar as condições de possibilidade da permanência da escravidão em 2023 e de sua suavização ou relativização, como ficou visível em algumas das reações públicas ao caso da Serra Gaúcha, precisamos entender a branquitude como aspecto central de uma sociedade marcada pela supremacia branca, apesar de ser constituída pela maior diáspora de pessoas traficadas da África.

Sobre a autora | Camila Penna de Castro é pesquisadora e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Ela integra o Grupo de Pesquisa em Sociologia das Práticas Alimentares (Sopas).

(Fonte: Agência Bori)