Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A análise de anomalias climáticas sazonais da Meteum para outono e inverno de 2023 no Brasil, cobrindo períodos de três meses, revela alguns achados interessantes. As previsões sazonais geralmente são mais precisas e confiáveis do que as previsões mensais, embora as anomalias sejam geralmente menos pronunciadas no nível sazonal do que no mensal.
As anomalias foram calculadas com base em reanálise ERA-5 em relação às normas dos dados climáticos dos últimos 30 anos (1993-2022), onde “norma” refere-se a temperatura e precipitação médias para uma determinada estação durante este período.
Temperatura: flutuações suaves em todo o País
O Brasil possui um clima estável, resultando em anomalias de temperatura menos marcantes do que alguns vizinhos. De acordo com as projeções, as temperaturas no País durante as estações de outono e inverno serão cerca de 0,5 a 0,6°C mais altas do que a média dos últimos 30 anos. As regiões mais afetadas serão Rio Grande do Sul, Espírito Santo e a região da capital federal.
O efeito de ilha de calor urbana não é tão grave nas principais cidades brasileiras. Por exemplo, o Rio de Janeiro está situado na costa e seu clima é mais marítimo, ajudando a moderar extremos de temperatura e permitindo que as brisas do mar esfriem a cidade. Portanto, a temperatura não está aumentando tão drasticamente como em algumas outras megalópoles (como a Cidade do México).
Curiosamente, nos estados de Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Pernambuco, a temporada de outono deve trazer temperaturas um pouco mais frias. No entanto, essa diminuição é mínima, apenas de 0,1 a 0,2°C.
Aumento na precipitação no Centro-Oeste do Brasil: menos assustador do que parece
As regiões centrais do Brasil enfrentarão significativos desvios na precipitação durante a estação geralmente seca do inverno, com um aumento considerável de chuvas em julho e agosto. Embora isso possa levantar preocupações para agricultores, os temores de enchentes e deslizamentos de terra podem ser amenizados.
A norma climática para a precipitação nessas áreas é muito baixa. Portanto, mesmo um desvio drástico de +100% não faria com que a precipitação fosse catastrófica (por exemplo, 20 mm durante o verão em vez de 10 mm). Para fins de comparação, quando ocorreram as enchentes no litoral paulista em fevereiro, surpreendentes 600 mm de chuva caíram em apenas um dia.
As anomalias climáticas sazonais no Brasil para 2023 destacam os efeitos das mudanças climáticas globais, urbanização e fatores geográficos locais nos padrões de temperatura e precipitação.
Enquanto a Cidade do México e o estado do México experimentam anomalias de temperatura notáveis devido ao efeito da ilha de calor urbano, o Brasil apresenta variações mais suaves. Por outro lado, as anomalias de precipitação em ambos os países mostram variações regionais, com aumento de chuvas em algumas áreas e condições mais secas em outras.
É crucial considerar o contexto e as implicações dessas anomalias para populações, agricultura e esforços de gerenciamento de desastres. Compreender os fatores subjacentes por trás dessas anomalias climáticas permite melhores estratégias de planejamento, adaptação e mitigação para enfrentar os desafios apresentados por um clima em mudança.
(Fonte: Mention Comunicação)
Com um total de 25 atividades gratuitas, tem início na quarta-feira, 5 de abril, a primeira edição do Encontro de Contadores de Histórias de Indaiatuba. Sob a curadoria de Marina Costa, pedagoga e contadora de histórias, o evento foi contemplado pelo ProAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, a partir do Edital 25/2022 de Literatura: Produção e Realização de Projeto de Incentivo à Leitura, e conta com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Além de muita contação de histórias, há espaço para rodas de conversas sobre a tradição, aulas com pesquisadores, apresentações de grupos de cultura popular e tradicional, espetáculos artísticos e mediação de leituras, além de oficinas com profissionais de diversas formações e idades.
“Um evento dedicado à narração de histórias tem uma importância fundamental em muitos âmbitos da sociedade contemporânea. As artes narrativas costumam ser consideradas equivocadamente como de menor importância. Um encontro como esse vem alargar o horizonte tão estreito em que em geral essa arte é enquadrada, promovendo novas descobertas que guiem as ações de educadores, narradores, famílias e pessoas que atuam nos mais diversos locais: de hospitais a abrigos, com refugiados a outros segmentos em situações de risco”, destaca a educadora Regina Machado, referência no universo da narração oral.
Autora do livro “Acordais: Fundamentos Teóricos-poéticos da Arte de Contar Histórias”, Regina foi escolhida para abrir a programação do Encontro com a aula magna ‘Narrativas Orais de Histórias: o Poder das Palavras nos Contos Tradicionais’, que acontece quarta-feira, 5 de abril, às 19h, no Auditório da UniMAX, com a presença de intérprete de Libras.
Importância da narração oral
Qual a importância da narração oral para a nossa cultura? Marina Costa esclarece: “Aprendi que a arte de narrar é uma paisagem que pode ser apreciada de diferentes janelas. A janela por meio da qual gosto de olhar para a contação de histórias é a janela da ancestralidade. Contemplo o contar histórias como uma maneira de mantermos viva a transmissão de saberes das diferentes culturas que compõem o nosso país, especialmente as culturas dos povos da floresta, africanas e afro-brasileiras. Assim, quando falamos de contação de histórias, estamos falando de identidade”.
Ao longo da extensa programação, passarão pelo Encontro contadores de histórias, artistas, trupes, companhias e pesquisadores de diversas partes do Brasil, inclusive de Indaiatuba e outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Destaque para a cantora Mariana Per e o Grupo Manuí, além dos contadores Mafuane Oliveira e Zé Bocca.
Arte-educadora, pesquisadora e contadora de histórias, Mafuane Oliveira, finalista do Prêmio Jabuti 2022 com o livro “Mesma Nova História”, não revela qual história contará durante o Encontro, mas dá dicas. “Tenho um instrumento mágico, o Chaveiroeiro, que é formado por chaves que guardam histórias do mundo inteiro. Não sou eu que escolho as histórias, quem escolhe a história é o momento, é o público que me empresta seus ouvidos generosos. O que posso adiantar é que certamente será uma história afro-brasileira ou de origem africana ligada à tradição ou a países que apresentem elementos culturais de povos Bantu”.
Zé Bocca, ator e contador, estará presente em dois momentos do Encontro. No primeiro, com causos recolhidos da tradição caipira. No segundo, com a história “O Bicho Mais Poderoso do Mundo”, versão autoral de um conto da cultura africana, publicada em livro. As duas apresentações serão acompanhadas pelo músico Marcos Boi.
“A história é sempre de quem ouve. Nós, contadores, somos apenas canais de transmissão. Nossa missão é que a narrativa chegue da melhor forma possível a cada pessoa, que a entenderá a partir do seu repertório e da sua cultura. Para que isso aconteça, usamos a palavra, a expressão e o universo lúdico. Acredito nessa troca e nessa força”, pontua Zé Bocca.
PROGRAMAÇÃO
5 de abril, às 19h
Aula Magna com Profª Draª Regina Machado
Tema: Narrativas Orais de Histórias: o Poder das Palavras nos Contos Tradicionais
Local: Auditório da UniMAX
Endereço: Avenida 9 de Dezembro, 460, Jardim Pedroso
6 de abril, às 19h
“Oralidade e Memória”, com Prof. Dr. Antônio Filogênio Júnior e Profª Drª Waldete Tristão
Local: Auditório da UniMAX
14 de abril, às 10h
Roda de História com Cia Valamandana, Marina Costa e Afonso Torres
Local: Centro PcD
Endereço: Rua da Caixa D’Água, 162 – Santa Cruz
16 de abril, às 10h
Mediação de Leitura com Coletivo Baobá (Indaiatuba)
Local: Casarão Pau Preto
Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
16 de abril, às 16h
Roda de Histórias com Débora Kikuti, Marina Costa e Ulisses Junior
Local: Tenda no Parque Ecológico (ao lado da Concha Acústica)
16 de abril, às 17h
“Boca Cheia de Histórias”, com Zé Bocca e Marcos Boi
Local: Tenda no Parque Ecológico
17 de abril, às 14h
Contação de História com Marina Costa
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba
17 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias com Marina Costa
Local: Centro Cultural Wanderley Peres
Endereço: Praça Dom Pedro II, s/nº, Centro
18 de abril, às 14h
Contação de História com Ulisses Júnior
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba
18 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias com Ulisses Júnior
Local: Centro Cultural Wanderley Peres
19 de abril, às 14h
Contação de História com Débora Kikuti
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba
19 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias com Débora Kikuti
Local: Centro Cultural Wanderley Peres
20 de abril, às 13h
“A mulher que se casou com Iauarete de Kaká Wera”, com Grupo Manuí
Local: Sala Acrisio de Camargo (CIAEI)
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba
20 de abril, às 19h
Oficina Gratuita de Formação Inicial de Contadores de Histórias com Grupo Manuí
Local: Centro Cultural Wanderley Peres
21 de abril, às 15h
Contação de História: “Brasileirinho”, com Mabel Zattera e Rafael Meira
Local: Tenda do Parque Ecológico
21 de abril, às 16h
Contação de História: “Tirando São João de Casa”, com Inaiá Araújo
Local: Tenda do Parque Ecológico
21 de abril, às 16h30
Vivência de Xequerê ‘Da Cabaça aos sons do Xequerê’, com Inaiá Araújo
Local: Tenda do Parque Ecológico
22 de abril, às 10h
Mediação de Leitura com Elisandra Camilo
Local: Biblioteca Municipal (Casa da Memória)
Endereço: Rua das Primaveras, 450
22 de abril, às 13h
Oficina “Memória da Palavra”, com Juliana Correia (Rio de Janeiro)
Local: Casarão Pau Preto
22 de abril, às 14h30
Oficina de Dança Afro com Renata Oliveira (Campinas)
Local: Casarão Pau Preto
22 de abril, às 16h
Grande Roda de Histórias com Elisandra Camilo (Campinas), Inaiá Araujo (São Paulo), Juliana Correa (Rio de Janeiro), Mafuane Oliveira (São Paulo), Magno Farias (São Paulo) e Mariana Per (São Paulo)
Local: Casarão Pau Preto
22 de abril, às 18h30
Roda de Jongo com Grupo de Jongo Filhos da Semente
Mestra Jociara Sousa
Local: Casarão Pau Preto
23 de abril, às 15h
Roda de Histórias com Antônio Leitão e Tati Mendes
Local: Tenda do Parque Ecológico
24 de abril, às 13h
“Histórias para Ouvidos Pequenos”, com Zé Bocca e Marcos Boi
Local: Sala Acrisio de Camargo (CIAEI)
Evento fechado para as Escolas Municipais de Indaiatuba
24 de abril, às 19h
“Da Boca pra Fora na Ponta de Língua”, aula espetáculo com Zé Bocca
Local: Centro Cultural Wanderley Peres
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
“Não matarás”, um livro-reportagem do jornalista José Messias Xavier sobre o assassinato a tiros do pastor Anderson do Carmo, ocorrido na madrugada de 16 de junho de 2019, em sua residência no Badu, Niterói é o mais novo lançamento da Editora Nitpress (https://www.nitpress.com.br). A obra é fruto de meses de leitura de milhares de páginas do inquérito policial elaborado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo cujas investigações levaram à condenação, em 13 de novembro deste ano, pelo Tribunal do Júri, de sua mulher, a também pastora, cantora gospel de sucesso internacional e ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza como mandante do crime.
O trabalho reúne os principais depoimentos dos envolvidos no homicídio e de testemunhas que não apenas confirmaram, em detalhes, para os detetives e delegados do caso diversas tramas para a morte de Anderson – até a consumada há três anos – mas também viram as relações familiares e políticas do pastor se deteriorarem ao longo dos anos. Elas, inclusive, apontam os reais motivos do assassinato, cuja repercussão ocupou grande parte do noticiário nacional e estrangeiro e virou documentários.
Outros aspectos das investigações são abordados, como a quebra dos sigilos telefônicos dos suspeitos com a transcrição de diálogos entre Flordelis e alguns de seus filhos e entre eles próprios; os laudos da perícia sobre o local do homicídio e a arma usada para matar Anderson; um atentado a bomba sofrido por uma testemunha e as implicações políticas e religiosas que surgiram após o crime, além de detalhes importantes para se compreender como a história de um casal, que, aparentemente, começou com um amor verdadeiro, tornou-se um pesadelo.
“Não matarás” também conta a história do encontro do casal na Favela do Jacarezinho; sua união para criar uma igreja milionária, com unidades em três municípios; a contabilidade da instituição religiosa; como ocorreram as adoções de crianças, por parte da missionária, muitas delas sem registro oficial na Justiça; as relações de uma família de 57 membros sem laços consanguíneos – apenas três pessoas são filhas legítimas de Flordelis –, que viveram sob o mesmo teto; como o casal ascendeu no cenário político brasileiro, unindo forças com os expoentes da extrema direita no País e tendo o apoio de figuras consagradas nos meios artístico, jurídico e intelectual; os “rituais secretos” no núcleo familiar mais íntimo de Anderson e Flordelis e o que é a “língua dos anjos” usada pela missionária para arrebanhar fiéis.
Há também as observações dos investigadores de Polícia e membros do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que, em determinado momento da apuração do assassinato, chegaram à conclusão que estavam diante de um dos mais intrigantes casos da Criminologia do País e cujos desdobramentos envolviam incesto, abuso infantil, prostituição, orgias sexuais, magia negra, tráfico de drogas, contrabando de armas, envenenamentos, intriga política, corrupção, fraudes e o controle de um núcleo familiar poderoso, fundador de uma igreja capaz de reunir milhares de seguidores.
Sobre o autor
José Messias Xavier, jornalista, escritor e poeta, nasceu em 10 de agosto de 1963 no Rio de Janeiro. Trabalhou nos principais veículos de comunicação do Brasil, como a Folha de São Paulo, TV Globo, jornal Extra, O Globo, Última Hora e revista Visão, entre outros. Sua atuação como jornalista lhe conferiu prêmios; entre eles, um dos mais importantes da Imprensa Internacional, o de Jornalismo em Profundidade, da Inter American Press Association (IAPA), recebido em Chicago, Estados Unidos. Também foi assessor da Reitoria da Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio).
Em Niterói, onde vive há 30 anos, trabalhou nos jornais O Fluminense e A Tribuna. Lançou pela Editora Multifoco, em 2014, o thriller “Lótus”, ambientado na cidade. Atualmente, é assessor de Imprensa do Sindicato dos Rodoviários (Sintronac) e colunista do jornal TODA PALAVRA.
(Fonte: Alexandre Aquino Assessoria de Imprensa)
Existe esperança num mundo onde a abundância se tornou nossa sentença de morte? É essa a reflexão que norteia o provocativo “AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho” (2004), do dramaturgo argentino radicado na Espanha Rodrigo García. A peça ganha uma nova montagem brasileira, desta vez idealizada pela Cia Arthur-Arnaldo. A temporada acontece entre os dias 6 e 29 de abril de 2023, às quintas e sextas, às 20h, e, aos sábados, às 18h, na Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro, SP). Os ingressos são gratuitos.
Na trama, um homem volta frustrado do supermercado, dá uma surra na sua família e resolve levá-la para jantar fora. No cardápio, asinhas de frango frito dividem espaço com doses de tragédia e esperança. Ele precisa lidar com um problema que parece estranho a uma sociedade com tantas opções de serviços, produtos e marcas: essa abundância, na verdade, gera descarte, miséria, descontrole climático e relações desumanizadas.
“Ele surta porque se vê aprisionado num sistema do qual não consegue sair”, afirma a diretora Soledad Yunge, que também assina a tradução do texto. Esse homem está imerso na permacrisis, termo utilizado para descrever um estado prolongado (ou permanente) de insegurança e instabilidade. Inclusive, esta foi escolhida a palavra do ano de 2022 pelo dicionário Collins. Em cena, o núcleo artístico do grupo: Carú Lima, Júlia Novaes e Tuna Serzedello.
Uma sociedade de excessos
Para a Cia. Arthur-Arnaldo, o excesso de resíduos é a melhor maneira de representar visualmente essa sociedade adoecida, centrada no consumo. Por isso, o cenário concebido por Julia Reis e Lucas Bueno (estúdio lava) é todo composto por material reciclável. Uma das inspirações é o coletivo espanhol Basurama, que se dedica à investigação, criação e produção cultural/ambiental a partir de elementos descartáveis.Esse pensamento também estimulou as criações do figurinista Rogério Romualdo que propõe várias camadas de vestimentas, transmitindo para a plateia a ideia de acúmulo.
“O texto fala sobre um sistema de consumo e acumulação e quisemos focar na questão do descarte como resultado desse sistema. Até porque é um ciclo que não tem fim: quanto mais se consome, mais se descarta, a ponto de vermos absurdos, como as montanhas de roupas jogadas no Deserto do Atacama, o oceano de plástico e as constantes tragédias”, comenta Soledad Yunge.
Em termos de linguagem, a montagem de “AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho” da Cia. Arthur-Arnaldo opta por um trabalho a partir da linguagem do bufão e uma diversidade de procedimentos de movimento.
“Rodrigo García é um artista que transita na linguagem da performance, mas esse não é o território de pesquisa da companhia. Para mim, este espetáculo está dividido em três partes: no começo, o elenco é quase como um mesmo corpo. Estamos trabalhando a linguagem do bufão somada a preparação corporal de Ana Paula Lopez. Em um segundo momento, o foco é a cumplicidade da relação dos intérpretes com a plateia. Por fim, a cena ganha outro tom, que joga com estereótipos de maneira mais precisa e coreografada”, detalha a diretora.
Um teatro jovem e combativo
Reconhecida por se dedicar ao teatro jovem, a Cia Arthur-Arnaldo decidiu enfrentar um desafio maior em “AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho”: continuar a pesquisa sobre o assunto pensando no que faz do teatro um tema de interesse para jovens.
No começo do processo, o coletivo se reuniu com jovens. “No encontro, disseram que uma peça jovem tem crítica social, sede de mover uma estrutura para transformar o mundo, fala do presente para refletir sobre o futuro, não trabalha com estereótipos da juventude e trata de questões ambientais. E ainda arremataram: as gerações mais velhas nos deixaram um mundo destruído para viver”, conta Tuna Serzedello.
Para o grupo, o texto de Rodrigo García reúne todos esses elementos. De acordo com Soledad, o autor provoca e mobiliza nossa mente e sentidos vertiginosamente, para nos acordar de um estado “corpo-máquina”.
A estreia dessa montagem é uma das ações previstas no projeto “Cia. Arthur-Arnaldo em obras – Jovens Inspirando”, contemplado pela 39ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.
Sinopse | Um homem volta frustrado do supermercado e, após espancar sua família, a leva para jantar fora. No cardápio: asinhas de frango frito, tragédia e esperança. Uma saída cotidiana que revela a tragédia da existência contemporânea no seu modo de produção capitalista e a imensa acumulação de lixo.
FICHA TÉCNICA
Direção do espetáculo: Soledad Yunge
Preparação corporal: Ana Paula Lopez
Elenco: Carú Lima, Júlia Novaes e Tuna Serzedello
Texto: Rodrigo García
Tradução: Soledad Yunge
Iluminação: Junior Docini
Músicas originais: Muepetmo
Cenário: Julia Reis e Lucas Bueno (estúdio lava)
Figurinos: Rogério Romualdo
Programação visual: Tuna Serzedello
Direção de produção: Soledad Yunge
Assistente de produção: Carú Lima
Realização: Cia. Arthur- Arnaldo da Cooperativa Paulista de Teatro
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação | Márcia Marques.
Serviço:
AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho
6 a 29 de abril, às quintas e sextas, às 20h, e, aos sábados, às 18h
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Sala 3) | Endereço: Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo (SP)
Ingressos: gratuitos, retirar na bilheteria com 1 hora de antecedência
Duração: 60 minutos | Classificação: 14 anos.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
Na última segunda-feira (3/4), foi realizada na sede do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) a abertura da exposição “Um nove quatro”, reunindo todos os projetos que participaram do Concurso Público Nacional de Arquitetura para reforma do seu edifício-sede. Na ocasião, também ocorreu a premiação dos projetos classificados em 1º, 2º e 3º lugar na avaliação por critério técnico de qualidade da comissão julgadora especializada.
O concurso é uma promoção do CAU/SP em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e tem como proposta garantir um processo licitatório transparente e democrático. Além de tornar o edifício plenamente adequado à realização de todas as atividades internas do Conselho, o concurso buscou oferecer aos profissionais, à sociedade e à cidade um lugar com significado, cujo caráter expresse os valores e as aspirações do Conselho. “Valorizamos o concurso como modalidade importante para a contratação de projetos de arquitetura e urbanismo, a servir, em caráter exemplar, a outras instituições públicas, notoriamente em seu processo de formulação de modo a garantir participação ampla e aberta dos profissionais”, destaca Catherine Otondo, presidente do CAU/SP.
Sobre o edifício-sede do CAU/SP
O prédio foi projetado e construído pelo escritório F. P. Ramos de Azevedo & Cia. Engenheiros Arquitetos em 1920, conforme foto de execução das obras existentes no acervo do Condephaat. O Edifício XV de Novembro, implantado de forma geminada, conforme o loteamento tradicional das cidades brasileiras, foi por muitas décadas a sede do Banco Português do Brasil em São Paulo e pode-se afirmar que ele é representativo do início da verticalização da cidade. Na fachada, sobressaem o pé-direito alto decorado com pilastras emparelhadas da ordem coríntia, a ornamentação externa feita de palinetas, frisos e contornos em alto relevo, as janelas formando arcarias nos pavimentos superiores, todas com muitos ressaltos. São respeitadas as proporções clássicas, mas a diferença de escala, a incongruência entre estrutura e aspecto externo e a diversidade dos materiais aplicados tornam imprecisa a obediência formal ao cânone clássico. A ordem coríntia na altura do térreo aparece unicamente nas pilastras que ladeiam a entrada principal, contendo o entablamento correspondente à feição de todo o edifício e tornando clara a distinção entre os andares.
Sobre o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) | O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) é uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público que possui a função de “orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Arquitetura e Urbanismo, além de zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe”. Saiba mais.
Serviço:
Exposição “Um nove quatro” dos projetos inscritos e premiação do Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para o edifício-sede do CAU/SP
Onde: Sede do CAU/SP (Rua Quinze de Novembro, Centro Histórico de São Paulo/SP)
Saiba mais.
(Fonte: Ink Comunicação)