Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A Editora da Universidade de São Paulo (Edusp) lançou na última sexta-feira (24) a caixa “Histórias de São Paulo: Construções e Desconstruções”, organizado por Fernanda Sposito, Fernando Victor Aguiar Ribeiro, Joana Monteleone e Vilma Peres Costa. São três volumes que somam 792 páginas de análises sobre a cidade em diversas espacialidades e temporalidades, desde a vila colonial até se transformar em metrópole. Os três livros são resultado de debates feitos na Unifesp em 2018 e englobam múltiplos temas e objetos de análise.
O primeiro volume foca nos papéis que as populações indígenas tiveram na formação da história do Estado, nos conflitos com colonizadores, a luta dos escravizados pela alforria e as disputas entre grupos de elite que formaram a vila colonial.
O segundo volume busca mostrar a complexidade da história regional para além da mitologia bandeirante, com pesquisas recentes e novas abordagens sobre o período entre o século 19 e o início do século 20. Assim, são objeto de análise a urbanização da cidade, com a formação de bairros residenciais e a instalação de trilhos, que trazem mobilidade e separam espaços sociais.
No terceiro volume, as pesquisas se debruçam sobre o período republicano da capital paulista, que envolve questões como imigração, problemas pelo rápido avanço das edificações, a construção do Parque do Ibirapuera e de bairros como o Bixiga.
(Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada)
O que fazer com o luto, a raiva, a dor, o inconformismo? Com grande parte de sua família executada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, Boris Lurie (1924–2008) passou a vida dedicado à construção de uma obra plástica irrequieta e inquietante. A partir do dia 5 de abril, um conjunto importante de seus trabalhos será apresentado pelo Museu Judaico de São Paulo, dando sequência a uma série de exposições realizadas pela Europa, Estados Unidos e América Latina.
Com curadoria de Felipe Chaimovich e desenvolvida com apoio da Fundação Boris Lurie, “Boris Lurie – Arte, Luto e Sobrevivência” percorre o legado do artista por meio de 44 colagens, desenhos, pinturas e esculturas pautados pela memória dos acontecimentos e atravessados por um forte componente erótico e, às vezes, sadomasoquista.
Nascido em Leningrado, Rússia, no ano de 1924, Boris viveu sua infância e adolescência em Riga, Letônia. Em 1941, sua mãe, a avó materna, a irmã caçula e sua primeira namorada foram assassinadas após a prisão num campo de evacuação. Lurie e seu pai, por sua vez, passaram pelos campos de trabalho de Lenta e Salaspils e pelos campos de concentração de Stutthof e Buchenwald-Magdeburg e sobreviveram à Shoah. Libertos em 1945, emigraram para os Estados Unidos.
Foi em Nova York, para onde emigrou com ajuda de uma irmã mais velha, que Lurie iniciou a formação artística que lhe permitiria dar novas formas à memória. Esse processo se faz sentir, por exemplo, em “O Retrato de minha mãe antes do fuzilamento”, de 1947, uma evocação da figura materna e obra-chave em seu percurso de luto/criação. A partir dela, a figura da mulher se torna permanente em sua obra, assim como a estrela de Davi amarela – elemento que marcava pessoas judias durante o regime nazista e que o artista continuou a usar na sua roupa após emigrar para os Estados Unidos.
“Boris Lurie produziu quadros e objetos com a estrela amarela, inclusive usando peças de roupa íntima, como cuecas e corseletes”, escreve o curador, assinalando a indissociabilidade entre morte e desejo na obra do artista. “Negando-se a esquecer, sua indumentária continuava a testemunhar uma sobrevida impacificável”, complementa Chaimovich.
Frequentador da escola de arte nova-iorquina Art Students League e tendo convivido com pintores gestuais como o francês Pierre Soulages, Lurie baseou-se na linguagem publicitária e na mass mídia norte-americana para trabalhar suas “pin-ups”. A partir de 1955, produziu colagens críticas à objetificação do corpo feminino e, em 1960, fundou No!art, um movimento contra os valores da sociedade de consumo da época criado junto com Sam Goodman e Stanley Fisher. De volta a Riga em 1975, pela primeira vez desde a Segunda Guerra, deu início à redação de um diário de viagem, que, juntamente com uma novela de ficção, foram publicados postumamente.
“Um artista que sobreviveu não porque sustentado pela arte, mas por causa dela”, sugere Felipe Arruda, diretor executivo do Museu Judaico. “Um artista que confrontou e reelaborou por toda a vida as imagens do horror presenciado, que vocalizou em seus trabalhos o protesto contra o antissemitismo, que manipulou signos do sexo, da propaganda, do consumo, do poder e da morte para construir uma obra crítica e sem esquiva, às vezes perturbadora”.
Sobre o Museu Judaico de São Paulo | Inaugurado após vinte anos de planejamento, o Museu Judaico de São Paulo é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2023, o MUJ conta com o Banco Alfa e Itaú como patrocinadores e a CSN, Leal Equipamentos de Proteção, Banco Daycoval, Porto Seguro, Deutche Bank, Cescon Barrieu, RaiaDrogasil S.A, BMA Advogados, Credit Suisse e Verde Asset Management como apoiadores.
Sobre a Fundação Boris Lurie | Localizada em Nova Jersey, nos Estados Unidos, a Boris Lurie Art Foundation dedica-se a cuidar e divulgar a vida, o trabalho e as aspirações de Boris Lurie e a preservar e promover o movimento No!art com foco no visionário social na arte e na cultura. A Fundação detém os trabalhos, poesia, escritos pessoais e arquivos do artista, bem como as obras de outros artistas No!art que estão sob seu controle, tornando-os disponíveis ao público e instituições de ensino em todo o mundo. No espírito do legado de Lurie, a fundação apoia uma variedade de iniciativas, incluindo exposições, publicações, filmes, aquisições, estágios e doações.
Serviço:
Boris Lurie – Arte, Luto e Sobrevivência
Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
Curadoria: Felipe Chaimovich
Período expositivo: de 5 de abril a 9 de julho
Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP
Funcionamento: Terça a domingo, das 10 horas às 19 horas (última entrada às 18h30)
Ingresso: R$20 inteira; R$10 meia
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida.
(Fonte: A4&holofote Comunicação)
O projeto Música no Assyrio traz, no próximo domingo, 2 de abril, o novo Quarteto Ventura, às 11h, com preços bem populares. O Salão Assyrio é um dos locais mais tradicionais do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, palco de tantas histórias e encontros. A cada 15 dias, há sempre uma atração musical diferente.
Em março, no retorno do projeto, o grupo Os Pequenos Mozart se apresentou com lotação esgotada. Quem quiser assistir ao Quarteto Ventura, as vendas já estão abertas a partir de hoje, segunda-feira, dia 27 de março, pelo link no site do Theatro (theatromunicipal.rj.gov.br) ou na bilheteria, presencialmente.
Recém-formado por músicos renomados das principais Orquestras do Rio de Janeiro – dentre elas, Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Orquestra Sinfônica Nacional – o Quarteto Ventura é formado pelas violinistas Andréa Moniz e Camila Bastos, o violista Carlos Tavares e a violoncelista Lylian Moniz.
Neste concerto, o Quarteto contará com a participação especial do violista Daniel Albuquerque. Com o intuito de formar plateias de música de concerto e camerística, o Quarteto Ventura quer disseminar a música brasileira e destacar grandes compositores como o carioca Heitor Villa-Lobos. No concerto do dia 2, o quarteto tocará peças também de Tchaikovsky, Mozart e Beethoven.
Serviço:
Música no Assyrio – Quarteto Ventura
Data: 2 de abril (domingo)
Horário: 11h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Centro
Entrada pelo Boulevard da Treze de Maio
Preços populares: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia – entrada) na bilheteria do Theatro
Classificação: Livre
Duração: 1h30 com intervalo de 15 minutos.
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)
O Municipal Circula é um projeto que democratiza a programação de um dos espaços de cultura mais tradicionais do país, levando a programação do Theatro Municipal para toda cidade de São Paulo. Reunindo extensa atividade gratuita, o projeto leva os Corpos Artísticos para se apresentarem em bairros periféricos de São Paulo, em uma atividade criada a partir da articulação de parcerias com subprefeituras e equipamentos culturais locais de diversas regiões paulistanas. Em 2023, a programação, que vai de abril até novembro, conta com apresentações da Orquestra Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade, Coro Lírico Municipal, Coral Paulistano e Quarteto de Cordas nas quatro regiões do país.
Neste ano, a primeira apresentação acontece em abril. A Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Guilherme Rocha, fará uma atividade no CEU Parque Veredas, no bairro do Itaim Paulista. Ainda na Zona Leste, o Balé da Cidade fará apresentação no CEU Inácio Monteiro, no bairro Cidade Tiradentes.
No segundo semestre, a Zona Oeste receberá, em junho, o Coro Lírico Municipal na Casa de Cultura do Butantã. No mês seguinte, o Coral Paulistano fará uma apresentação no CEU Butantã – Elizabeth Gaspar Tunala, ainda no bairro da Zona Oeste.
Seguindo para o mês de agosto, o Municipal Circula chega a Zona Norte da capital paulista. A primeira ação da região será da Orquestra Sinfônica no CEU Jaçanã. No mês seguinte, o Quarteto de Cordas se apresenta na Casa de Cultura Salvador Ligabue, no bairro da Freguesia do Ó.
Por fim, o projeto se encerra com a atuação na Zona Sul de São Paulo. A primeira parada será em outubro com a Orquestra Experimental de Repertório em apresentação no CEU Casablanca, bairro de Vila das Belezas. Em sua última parada, no mês de novembro, o Balé da Cidade leva espetáculo ao Centro de Culturas Negras Mãe Sylvia de Oxalá, em Jabaquara.
Retrospectiva do projeto
Em 2022, ao todo foram oito apresentações dos Corpos Artísticos: duas do Balé da Cidade na Casa de Cultura de M’Boi Mirim, duas do Coral Paulistano no CEU Perus, duas da Orquestra Experimental de Repertório no Centro Cultural Grajaú e Centro Cultural da Juventude, uma do Quarteto de Cordas no Teatro Flávio Império e outra da Orquestra Sinfônica Municipal na Casa de Cultura Chico Science.
Além de apresentações dos Corpos Artísticos, o projeto Municipal Circula promoveu apresentações da gravação do espetáculo “Pedro e o Lobo”, da Orquestra Experimental de Repertório junto ao Giramundo, em diferentes CEUs e instituições periféricas. Ao todo, o projeto Municipal Circula totalizou 79 eventos e apresentações.
Serviço:
Abertura do projeto Municipal Circula
Orquestra Experimental de Repertório, dia 15/4
Guilherme Rocha, regência
CEU Parque Veredas, Itaim Paulista
Gratuito.
(Fonte: Theatro Municipal de SP)
O Conservatório de Tatuí promove uma masterclass de violão na próxima sexta-feira, dia 31, às 14h, no Salão Villa-Lobos. A aula será ministrada por um violonista singular na história do violão brasileiro, Paulo Martelli, e terá como tema principal a interpretação e técnica violonística. A entrada é gratuita.
O evento também contará com a apresentação dos estudantes da área de violão Conservatório de Tatuí, tais como Júnior Cesar Rodrigues, Murillo Henrique Pilom Oliveira, Leonardo Martinez Lange, Gabriel A. V. Soares Roland Dyens, Paulo Gabriel Confortini e Rafael Dias Garcia.
Após a master class, o músico apresentará um recital solo, a partir das 18h, no Salão Villa-Lobos. A entrada é gratuita.
Paulo Martelli
O violonista Paulo Martelli apresenta o álbum “Dedicatória” com obras de compositores brasileiros dedicadas ao intérprete. No programa destacam-se “Cateretê e Jongo” de Sérgio Assad, e “Rapsódia dos Malacos” de Marco Pereira, considerados dois dos principais compositores para o instrumento da atualidade. Ainda haverá o violão seresteiro representado por “Choro Canção”, de Geraldo Vespar, e “Choro Noturno” de Guilherme Girardi. Para completar o repertório, “Refúgio no. 01”, de uma das revelações de nosso violão Thiago Colombo e “Cumprimentando”, do veterano Geraldo Ribeiro. O concerto tem produção executiva de Rafael Altro e é realizado por meio do programa ProAC – Expresso – ICMS do Governo do Estado de São Paulo.
Paulo Martelli é um violonista singular na história do violão brasileiro: por possuir raro talento como músico, pelo empenho hercúleo atuando como produtor artístico e pelas ideias sempre originais para o desenvolvimento e a divulgação do violão em todo o mundo (não apenas no Brasil). Doutor em música pela Unesp, Mestre em Música pela Juilliard School e especialização na Manhattan School of Music, ambas em Nova Iorque. Martelli iniciou os estudos de violão aos 10 anos de idade tendo aulas com Francisco Brasilino e, em seguida, com Henrique Pinto. O violonista, luthier e produtor carioca Sérgio Abreu é considerado por ele seu principal mentor musical.
Vencedor de diversos concursos, como o IV Concurso Nacional Villa-Lobos em Vitória, no Espírito Santo, o I Concurso da Faculdade Mozarteum e o IX Concurso Jovens Concertistas Brasileiros – com esta última premiação, ganhou bolsa de estudos no exterior. Em 1993 mudou-se para Nova York, aproveitando a bolsa conquistada no Concurso Jovens Concertistas. Em 1995, lançou pelo selo Canadense GRA o CD de estreia “Paulo Martelli Plays Diabelli, Paganini, Harris, Castelnuovo-Tedesco” – com produção de Sérgio Abreu, que emprestou violões históricos que lhe pertenciam para essa gravação realizada no Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, cursou Mestrado e Professional Studies na Julliard School e na Manhattan School of Music, com bolsa de estudos Virtuosi do Ministério da Cultura, onde desenvolveu seu trabalho sobre sistemas de tablaturas para alaúde. Como produtor, Paulo Martelli idealizou a importantíssima série “Movimento Violão”, formada por recitais em salas importantes do Estado de São Paulo. Entre seus álbuns destacamos “Miosótis” – 2006, “A Bach Recital” – 2017 e “Geraldo Vespar, 20 Estudos Populares Brasileiros para Violão” – 2019.
Serviço:
Masterclass de violão com Paulo Martelli
Data: 31 de março de 2023
Horário: 14h
Local: Salão Villa-Lobos
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Entrada gratuita
Recital de violão com Paulo Martelli
Data: 31 de março de 2023
Horário: 18h
Local: Salão Villa-Lobos
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Entrada gratuita.
(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)