Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Nos dias 1 e 2 de abril, o SESC Avenida Paulista apresenta a programação Jaraguá Terra Indígena, a partir das 15h. Nela, o povo Guarani Mby’a, da Terra Indígena Jaraguá, convida o público para uma tarde de troca de saberes e apresentações artísticas. As atividades são gratuitas, abertas e acontecem na Praça (térreo) da unidade.
A programação tem início às 15h, com a atividade “Xondaro Kuery Ijá, Guerreiros Guardiões da Floresta”, na qual o guerreiro (Xondaro) representa o modo de vida e cultura do povo Guarani Mby’a (nhande rekó), por meio de uma dança (jeroky) realizada fora da casa de reza (Opy). Ao som do violão (mbaraká) e da rabeca (rave’i), os guerreiros determinam um ritmo, para fortalecer seu corpo e espírito, e dançam em círculos – como a Terra, o Sol e Lua. Essa prática, além de simbolizar a vida em harmonia com a família e a natureza, prepara os corpos dos guerreiros para que se defendam dos ataques do homem branco (juruás). Após a primeira apresentação, às 16h, a arte indígena é tema de uma conversa aberta, onde produtos artesanais de fabricação guarani são apresentados e comercializados.
Finalizando a programação, às 17h, o rapper OZ Guarani, junto ao Coral M’baraeté, interpreta canções de resistência da luta indígena e seus direitos, enaltecendo a diversidade dos povos originários. Os cantos, que conectam os Guaranis aos seres supremos da espiritualidade, são apresentados em guarani e em português, fortalecendo a necessidade de preservação da língua e cultura originaria do território Pindorama, hoje chamado de Brasil.
Terra Indígena Jaraguá | De acordo com dados de 2010 do IBGE, São Paulo é a segunda cidade com maior população indígena do país. Localizada aos pés do Pico do Jaraguá, na zona noroeste da capital, a aldeia Jaraguá é a menor terra indígena do Brasil. Demarcada em 1987, com apenas 1,7 hectare de área protegida, a terra pertence ao Povo Guarani Mby’a. Sua demarcação, anterior à Constituição de 1988, não levou em consideração as áreas necessárias à moradia, ao cultivo, à caça e pesca e à sobrevivência do modo de vida e cultura, o Nhanderekó Guarani. O povo Guarani luta pela demarcação dos 532 hectares de ocupação tradicional na região metropolitana de São Paulo. Muitas aldeias sofrem com a proximidade da cidade e, atualmente, espaços considerados rurais foram tomados pelo crescimento urbano desordenado, que conflita com os territórios, vida e cultura.
Serviço:
Intervenção Jaraguá Terra Indígena
Quando: 1º e 2 de abril de 2023 – sábado e domingo – das 15h às 18h
Onde: Praça – Térreo
Classificação etária: Livre
Capacidade: 200 lugares
Gratuito – sujeito à lotação do espaço.
SESC Avenida Paulista
Avenida Paulista, 119, São Paulo (SP)
Fone: (11) 3170-0800
Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30
Horário de funcionamento da bilheteria: terça a sexta, das 10h às 21h3; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
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(Fonte: SESC Avenida Paulista)
Composta por ambiente com pedras, chapas de cobre, água e uma mulher grávida, a dança “Uma Baleia Encalhada na Praia” é novamente encenada em 2023 pela dançarina Júlia Rocha. A primeira montagem aconteceu em 2016, agora se reinventa com a trilha executada pelo músico Gustavo Galo, companheiro da dançarina. As apresentações acontecem nos dias 30 e 31, quinta e sexta-feira, às 19h, no 2º andar do SESC Pinheiros, grátis, com retirada de ingressos com uma hora de antecedência.
Com uma trajetória de oito anos de criação e execução, a estrutura coreográfica já foi dançada por diferentes dançarinas da cena contemporânea, como Andreia Yonashiro (2016 e 2019), Morena Nascimento (2016) e Inaê Moreira (2019). A proposta de encenação é que diferentes artistas realizem e reinventem, a cada edição, sempre respeitando a estrutura que acontece no jogo, entre pedras, cobre, água, gestante e trilha.
A obra torna-se possível quando alguém engravida, se dispõe a dançá-la e nela adentra ao ambiente composto por materiais orgânicos e inorgânicos com os movimentos, assim recriando a partir de agentes diferentes na execução.
Ficha técnica/ março de 2023:
Uma Baleia Encalhada Na Praia
de Andreia Yonashiro, Júlia Rocha, Marcius Lindner e Marion Hesser
Estrutura coreográfica para chapas de cobre, pedras e uma mulher grávida
Oitava montagem de um trabalho que se transforma a cada nova gestação
Direção: Andreia Yonashiro e Marion Hesser
Dança: Júlia Rocha
Música: Gustavo Galo
Som: Otavio Carvalho
Luz: Wagner Antônio e Sibila
Produção: Caio César
Apoio: Casa Líquida e Submarino Fantástico.
Serviço:
Uma Baleia Encalhada na Praia com Júlia Rocha
Dias 30 e 31 de março, quinta e sexta-feira, às 19h
Local: 2º Andar
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Ingressos: retirada 1h antes do espetáculo, gratuito
SESC Pinheiros
Rua Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP
Tel.: (11) 3095-9400.
(Fonte: SESC Pinheiros)
Oito criadores japoneses de diferentes áreas de atuação terão suas pesquisas reunidas na mostra “Design Museum Japan: investigando o design japonês” na Japan House São Paulo, de 28 de março a 11 de junho. Por trás de cada uma das investigações estão experiências e histórias coletadas em sete províncias japonesas, visitadas por criadores de destaque internacional como Akira Minagawa, Reiko Sudo, Tetsuya Mizuguchi, Tsuyoshi Tane, Kenya Hara, Koichiro Tsujikawa, Kumiko Inui e Kumihiki Morinaga. Organizada pela NHK, emissora pública do Japão, juntamente com a NHK Promotions e NHK Educational, empresas do grupo, a mostra faz parte do projeto de itinerância global da Japan House, iniciando em São Paulo e seguindo para Los Angeles e Londres, na sequência.
“Quando pensamos na cultura nipônica, uma das primeiras referências que surgem é o design; porém, não há hoje um museu dedicado exclusivamente a este assunto no Japão. Nesse sentido, essa exposição cumpre um papel importante de reunir diferentes itens presentes no cotidiano do japonês a partir do olhar desses renomados criadores, que muito diz a respeito de aspectos atemporais da vida local, da paisagem, da história de diferentes regiões do país, mostrando que basta um olhar curioso para encontrar o design em quase tudo o que nos cerca. A ideia é que a Design Museum Japan possa crescer e mais províncias e ‘tesouros do design’ sejam contemplados com o tempo”, explica a produtora-chefe da NHK Kyoko Kuramori, responsável pela mostra na JHSP.
Para Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo, “as histórias trazidas nesta exposição são uma descoberta de riquezas da cultura e do cotidiano japonês pela ótica de grandes artistas. O conceito da Design Museum Japan é muito criativo e pode ser uma importante fonte de inspiração no Brasil. Temos em comum um vasto campo de produção nessa área e pessoas extremamente criativas que não necessariamente são conhecidas por um grande público ou mesmo reconhecidas como designers. Promover o reconhecimento e principalmente a percepção do design no cotidiano é uma forma de valorizar nossa produção local e encontrar beleza ao nosso redor, o que é sempre uma boa lição a se aprender. Além disso, a oportunidade de descobrir esses tesouros escondidos no Japão é realmente única”. A maioria dos criadores, inclusive, já foi tema de mostras individuais ou teve seu trabalho exposto na JHSP, como é o caso de Reiko Sudo, Akira Minagawa, Kunihiko Morinaga, Kenya Hara e Tsuyoshi Tane – esse último inclusive assina a expografia da mostra.
Além dos espaços dedicados a cada uma das pesquisas, com direito a vídeos sobre os processos de investigação produzidos especialmente pela NHK, o público também poderá acessar uma coleção de títulos sobre os criadores e os temas que abordam. Por fim, a mostra conta com uma seção interativa onde o visitante é convidado a deixar suas impressões sobre “o que é o design para você?” e contribuir com exemplos presentes no cotidiano brasileiro e que podem ser considerados verdadeiros “tesouros” de cada região do país.
Para aprofundar o tema da exposição, a JHSP oferecerá em sua programação paralela uma série de eventos, inclusive com a produtora chefe da NHK Educational Kyoko Kuramoto e arquiteto Tsuyoshi Tane. Dentro do programa JHSP Acessível, a exposição “Design Museum Japan: investigando o design japonês” conta com recursos táteis, audiodescrição e de Libras.
Sobre as obras:
Akira Minagawa, designer
Yamagata dantsu: design que sustenta a vida na cidade nevada (Yamagata/Província de Yamagata)
Na sua pesquisa, Akira Minagawa visitou a fábrica “Yamagata Dantsu”, localizada na cidade de Yamanobe, na província de Yamagata. As tapeçarias grossas e feitas manualmente são chamadas de “dantsu”. A região fica coberta de neve durante o inverno e, como alternativa para sustento das famílias durante esse período, os moradores buscavam conhecimentos da indústria têxtil chinesa que haviam sido introduzidos no período pré-guerra. Esta técnica foi melhorada para adequar-se ao costume japonês de andar descalço. É um trabalho manual que exige persistência, já que é necessário um dia para tecer apenas um cm. O “tesouro do design” encontrado pelo Minagawa é o dantsu tecido a partir da fibra da raiz de kudzu, planta nativa japonesa usada para substituir a lã, que era material escasso no período pós-guerra. “Esse item reflete a forte determinação das pessoas em produzir o dantsu. A qualidade do trabalho manual não é apenas o que se vê, mas sim algo que reside nele”, comenta Minagawa.
Reiko Sudo, design têxtil
Roupa esportiva inspirada pelo festival de lanternas “Andon” de Toyama (Oyabe/Província de Toyama)
Reiko Sudo viajou até a província de Toyama, onde se interessou pela tecnologia por trás dos uniformes 3D confeccionados para a Copa de Rugby. Lá, ela estudou como o design destas roupas foi inspirado nas lanternas do festival Andon Matsuri, de Toyama. Para potencializar o desempenho dos atletas, esse tecido é construído de forma tridimensional, fazendo com que os uniformes sigam o contorno dos corpos dos atletas. Inclusive, é dito que o sucesso da seleção japonesa da Copa de Rugby do Japão de 2019 tenha sido graças à tecnologia por trás desses uniformes. Fundada inicialmente como fábrica de malha, a empresa aventurou-se no ramo de roupas esportivas a partir da década de 1970. Junto com o sucesso do esqui, assumiu o desafio de desenvolver roupas que auxiliam o movimento do corpo. Após inúmeras tentativas e erros, a inspiração que trouxe o sucesso foi a estrutura de bambu utilizada para produzir as lanternas chamadas Andon, que são essenciais durante o festival Andon Matsuri, de Toyama, cujo técnico produzia todos os anos desde criança. “Ele é um gênio que consegue reproduzir tudo que vê”, comenta Reiko Sudo. Embora não seja possível criar um “osso”, é possível transformar o próprio tecido para criar uma vestimenta que simule uma membrana que cobre o corpo. Essa reflexão é o ponto de partida para o desenvolvimento de roupas esportivas com conceito inédito. No fim, o conceito da alta costura de “criar roupas ajustadas para cada pessoa” está por trás do avanço da história de roupas esportivas.
Tetsuya Mizuguchi, arquiteto de experiência
Piano TransAcoustic: design do encontro entre o tradicional e tecnologia de ponta (Hamamatsu/ Província de Shizuoka)
Os pianos fabricados pela Yamaha em Hamamatsu, província de Shizuoka, foram o ponto de partida para a pesquisa do Tetsuya Mizuguchi. Ele pesquisou o piano “TransAcoustic”, no qual o próprio instrumento ressoa seu som por meio da tábua harmônica, o “coração do piano”, conectado a um dispositivo eletrônico. Esses instrumentos surgem da combinação dos pianos verticais produzidos artesanalmente com a tecnologia de ponta. Além dos vídeos produzidos durante o processo da pesquisa, o visitante poderá ter uma “experiência sonora inédita” experimentando a música não só com os ouvidos, mas com o corpo todo.
Tsuyoshi Tane, Arquiteto
Vilarejo do período Jomon: design existia há 10 mil anos nos espaços habitados (Hitonoe/Província de Iwate)
Tsuyoshi Tane realizou a sua pesquisa no Museu Goshono Jōmon, instalado no sítio arqueológico de Goshono, na cidadade de Hitonoe, província de Iwate. A escavação desse local ganhou forças no período Heisei e, atualmente, a pesquisa arqueológica tem conquistado grandes avanços graças a novas tecnologias e reconstrução. A exposição investiga o “design” desenvolvido há cerca de 10 mil anos, quando o ser humano deixa de ser nômade e se fixa em um local, por meio de vídeos, fotografias e peças de cerâmica.
Kenya Hara, designer gráfico
Hélice: a forma inabalável que nasce da racionalidade (Kurashiki, Província de Okayama)
A pesquisa de Kenya Hara foi realizada em sua cidade natal, na província de Okayama. Ele visitou uma empresa fabricante de hélices de navio que se desenvolveu por meio do tráfego marítimo de Setonaikai. Hélices de tamanhos maiores chegam a ter oito metros de diâmetro, mas os ajustes finais da curvatura da superfície são feitos por artesãos que trabalham na escala de um mm. “Fiquei surpreso em saber que o trabalho que determina a precisão em algo tão enorme é feito pela mão humana”, comenta o Hara. “Além disso, a hélice nunca é exposta aos nossos olhos quando é utilizada. É um objeto que foi feito para fim meramente mecânico: transformar a força rotacional em propulsão. Entretanto, a sua forma é infinitamente bela”, emociona-se, dizendo ainda que “não se trata de expressão individual, mas de uma forma inabalável e sem nenhum elemento desnecessário, e que caminha junto com a racionalidade e as leis da natureza”.
Koichiro Tsujikawa, videomaker
“Buchigoma e os diversos piões que expandem dele” – brinquedo é o primeiro objeto de design que o ser humano tem contato (Himeji/província de Hyōgo)
A partir do pensamento de que o “brinquedo é o primeiro objeto de design que o ser humano tem contato na vida”, o videomaker Koichiro Tsujikawa explora o Museu dos Brinquedos da região de Hyōgo, conhecendo os piões que surgiram e foram desenvolvidos em vários locais do mundo. Na exposição, é possível assistir ao vídeo produzido durante essa pesquisa e ao “Tecchan to Koma”, que retrata o encontro com o pião e as diversas brincadeiras, além dos piões que fazem parte do acervo do Museu de Brinquedos.
Kumiko Inui, arquiteta
Pequenas paisagens: enxergando o design no acúmulo das soluções anônimas (Fujinomiya e Izu/Província de Shizuoka)
Os projetos da arquiteta Kumiko Inui têm como base a “aprendizagem por meio das pequenas paisagens”. Ela busca e fotografa as “paisagens que as pessoas comuns criam por meio de soluções práticas”, tais como lugares e costumes que as pessoas têm afeto. O objeto da pesquisa dela são os elementos que compõem uma paisagem cotidiana como as pequenas cabanas em áreas rurais ou bancos encontrados nas ruas. “Às vezes sinto algo diferente ao ver um simples posicionamento da lata de lixo. Outras vezes, sinto-me atraída pela combinação de cores e materiais que aconteceram por acaso, o calor humano daqueles que moram naquela região e o afeto pelo local onde habitam criam os ‘commons’ e, ao protegê-los, esse lugar insubstituível torna-se ‘um lugar vivido’”, comenta Inui, que completa dizendo “As ideias e inspirações da minha arquitetura vem daí”. Para a mostra Design Museum Japan, Inui procurou as “pequenas paisagens” em locais relacionadas à água em Shizuoka, apresentando as ‘águas de Fujinoniya’, porto de Izu e termas naturais de Atagawa.
Kunihiko Morinaga, designer de moda
Design que surgiu com forte sentimento de proteger as pessoas que a vestem Haburagin, o traje das noro (Amani/Província de Kagoshima)
Na província de Kagoshima, em Amani, Kumihiko Morinaga pesquisou as vestimentas das sacerdotisas noro, chamadas de haburagin. O design feito com retalhos de tecidos com diferentes propriedades (lisos, estampados, de seda ou algodão), era algo que ia além do conceito de patchwork (técnica de costura feita com retalhos), ponto de partida profissional de Morinaga. Na mostra, serão expostos um exemplar original do traje e documentos relacionados apresentando o “design com forte sentimento de proteger as pessoas que a vestem”.
Sobre a Japan House São Paulo (JHSP) | A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de trinta exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de dois milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações; e pelo Bureau Veritas com o selo SafeGuard – certificação de excelência nas medidas de segurança sanitária contra a Pandemia de Covid-19.
Confira as mídias sociais da Japan House São Paulo:
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Serviço:
Exposição “Design Museum Japan: investigando o design japonês”
Co-organizado pela Japan House São Paulo, NHK, NHK Promotion, NHK Educational em colaboração com Design Museum
Período: 28 de março a 11 de junho de 2023
Local: Japan House São Paulo, 2º andar – Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais): https://agendamento.japanhousesp.com.br/.
Palestra “Descobrindo os tesouros do design japonês”
Participação de Kyoko Kuramori, produtora chefe do grupo de arte e cultura da NHK, e o arquiteto japonês Tsuyoshi Tane. Mediação de Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo
Quando: 28 de março (terça-feira), às 18h, presencialmente na Japan House São Paulo ou ao Vivo no YouTube da JHSP
Duração: 60 min
Tradução simultânea Português/Japonês
Atividade livre e gratuita. Vagas limitadas. Participação mediante retirada de senhas na recepção com 30 minutos de antecedência.
LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/japanhousesp.
(Fonte: Suporte Comunicação)
O Circuito das Águas Paulista é composto por nove cidades que, juntas, somam 304 mil moradores e formam um eixo econômico potente e importante no interior paulista. Além de agrupar diversos atrativos turísticos, qualidade de vida, natureza invejável junto a Serra da Mantiqueira e mão de obra qualificada com 109.572 empregados, as cidades são conhecidas por boa infraestrutura e desenvolvimento ordenado.
Tantas características positivas tornam a região um oásis para viver, trabalhar, visitar e investir – pilares que norteiam a recém-criada Agência de Desenvolvimento Circuito das Águas Paulista (Adecap) com o objetivo de potencializar a região nestes quatros eixos trazendo propostas de desenvolvimento responsável e orientado às demandas do futuro.
Constituída sob a forma de associação civil de interesse público de direito privado sem fins lucrativos e com autonomia financeira e administrativa, a Adecap propõe uma atuação integrada por meio de planos, programas e projetos, realização de eventos de sensibilização e formação, oficinas, rodadas de negócios, prestação de serviços aos setores privado, público e ao terceiro setor, assim como aos órgãos da administração direta e indireta, aos poderes legislativo e judiciário local, regional, estadual e federal. Para acompanhar e medir resultados alcançados, utiliza um Observatório de Dados com informações sobre a região unindo as cidades que formam o Circuito das Águas Paulista: Águas de Lindóia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro.
Um projeto com o intuito de potencializar a economia local e gerar negócios entre as nove cidades acaba de ser criado pela Adecap e foi lançado em março: a Rodada de Negócios do Circuito das Águas Paulista. O evento de lançamento ocorreu na Fazenda Benedetti, em Amparo, com a participação de 50 empresários e líderes regionais. A próxima Rodada de Negócios está agendada para o dia 27 de abril, em Águas de Lindóia, com café de boas-vindas e atividades de networking para promover negócios entre as empresas. O anfitrião desta vez será o Thermas Hot World, parque aquático da região. Desta forma, cada encontro permite que os empresários conheçam um lugar de destaque no Circuito das Águas Paulista.
Eixo de desenvolvimento econômico do interior paulista
De fácil acesso para as principais estradas do país, a região favorece o desenvolvimento econômico, reunindo cerca de 50 mil empresas, sendo aproximadamente 9 mil do setor agropecuário, 5 mil indústrias, 11 mil empresas ligadas ao comércio, 3 mil no setor de construção e 17 mil empresas no setor de serviços. No ano passado, a balança de empregabilidade se manteve estável e positiva, gerando quase 51 mil contratações e 46.251 demissões, com um saldo positivo de 4.366 novas vagas.
O Circuito das Águas Paulista mantém uma tradição de produção agrícola expressiva e histórica, o que resulta hoje na produção de 253 mil toneladas de cana de açúcar, mais de 9 mil toneladas de café e 17 mil toneladas de milho, além de 15 mil litros de leite e 70 mil cabeças de gado. Sobre cafés especiais e cachaças de alambique, a região é especialista e coleciona produtos e prêmios nacionais e internacionais. E segue na busca pelas Indicações Geográficas Específicas.
Voltada também para os avanços industriais com empresas que se instalaram na região e são nacionalmente reconhecidas e representativas em seus setores, o Circuito das Águas Paulista é sede das marcas Ypê, Motorolla, Ambev, JBS e Sky, entre outras.
A região também se destaca no comércio: a rede de lojas “1A99” nasceu em Socorro e já tem cerca de 70 empresas espalhadas por todo Brasil. Pedreira, que era conhecida como a cidade das porcelanas, hoje congrega louças, plástico e decoração e inaugurou recentemente um shopping outlet, o Nagoya, com 53 lojas, bem na porta de entrada para diversas cidades do Circuito das Águas Paulista. Na região de Holambra e Jaguariúna, o mercado de flores e plantas brasileiro ganha destaque com o Veilling, a Cooperflora e o Ceaflor, que juntos abastecem todo o Brasil.
Entre outros segmentos e empresas de destaque, o Circuito das Águas Paulista é um cluster de produção água mineral engarrafada, com marcas valorizadas como Lindoya Verão, Bioleve e Puríssima, entre outras. A Água Lindoya foi a escolhida pela NASA na missão Apolo 11 devido a sua pureza. Assim como é referência na indústria de roupas e confecções para adultos e crianças, principalmente em linha, malha e lã, que movimenta o comércio de várias cidades da região, do Estado de São Paulo e de outros.
A educação também é um dos pontos fortes – soma 200 estabelecimentos de ensino médio e fundamental, o que deixa a região bem abastecida por boas escolas e algumas universidades.
O setor de turismo figura entre as forças de investimento e atração para a região, com ampliações da rede hoteleira, como é o caso da Rede dos Sonhos. A força do turismo do interior paulista, com uma proposta que vai do sossego à aventura, faz com que a região tenha uma oferta considerável de 4.727 unidades de hospedagem, com mais de 14 mil leitos e deste levantamento 754 são UHs acessíveis.
A área de eventos também atrai inúmeros visitantes, com destaque para a Expoflora, na cidade de Holambra, o Jaguariúna Rodeo Festival, a Festa do Morango de Monte Alegre do Sul, a maior Exposição de Carros Antigos do Brasil, em Águas de Lindoia e Luzes de Natal, que decora as ruas da cidade de Socorro – todos exemplos reconhecidos nacionalmente. A região abriga ainda o “Caminho pro Interior”, uma rota turística e de peregrinação que ao todo tem 537 km de distância.
Amparo liderou o processo de adaptação da Lei do 5G no Circuito das Águas Paulista e hoje é uma das duas regiões do Estado de São Paulo apta, no que diz respeito às leis, para receber investimentos de infraestrutura desta nova tecnologia para implantação da indústria 4.0 criando um ambiente propício à área de inovação, ecossistemas e criação de startups. A região também é berço da startup VZIT, aplicativo para potencializar o turismo regional que está crescendo em todo o Brasil.
O setor de construção é outro que está a todo vapor, com lançamentos imobiliários principalmente em Jaguariúna e Holambra. Segundo o Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local – Isdel, que mostra de forma qualitativa o estágio de desenvolvimento dos municípios brasileiros, a região apresenta bons indicadores e se enquadra nas faixas de “alto” e “muito alto” na maioria dos quesitos, sinalizada no mapa em uma área verde claro e escuro. O índice sintetiza 106 variáveis, que são agrupadas em indicadores, disponibilizadas por fontes oficiais, divididas de acordo com as cinco dimensões: capital empreendedor, organização corporativa, tecido empresarial, governança para o desenvolvimento e inserção competitiva.
Com a estruturação da Adecap, a região ganhou essa governança integrada para o desenvolvimento, com uma visão comum de futuro construída de maneira compartilhada, participativa e democrática com toda a comunidade, e por um Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico que desdobre uma visão de futuro, com foco entre a agência de desenvolvimento, sociedade civil, mercado e poder público.
(Fonte: Confraria da Informação)
Um banco de rodolitos com mais de 5.000 m² acaba de ser revelado por pesquisadores do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo. Rodolitos são nódulos formados por algas calcárias que, quando em grande quantidade, formam um dos mais diversos habitats marinhos da plataforma continental brasileira. Os primeiros indícios da ocorrência desse novo habitat na Ilha das Couves, Ubatuba (SP), foram obtidos durante as atividades impostas à Petrobras e executadas pela empresa Guará Vermelho, no contexto do licenciamento do Pré-Sal, Etapa 3. Durante a análise dos relatórios apresentados, técnicos da Fundação Florestal se surpreenderam com os indicativos da presença de um habitat tão importante e ainda nunca registrado em águas tão rasas (i.e., ~6 metros de profundidade), em um dos locais mais visitados do Litoral Norte. “No momento em que nossos técnicos se depararam com tal informação, refletimos o quão importante é o nosso trabalho, tanto na análise de impactos ambientais quanto no estabelecimento de condicionantes. Estas, quando bem executadas, constituem ferramenta de grande valor para a conservação da biodiversidade”, explica Diego Hernandes, biólogo e diretor regional da Fundação Florestal.
Para corroborar os primeiros indícios da ocorrência desse banco de rodolitos, a Fundação Florestal entrou em contato com pesquisadores do Instituto do Mar da Unifesp (IMar/Unifesp), que, no início de março realizaram uma visita técnica no local e corroboraram a ocorrência desse novo e importante atributo ecológico do litoral paulista. Os resultados da visita acabam de serem publicados em uma Nota Técnica Conjunta IMar/Unifesp e Fundação Florestal (disponível em https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67268). “Sermos reconhecidos como uma instituição competente e sempre disposta a contribuir com outras instituições em prol da ciência e conservação marinha é a nossa missão e esse é mais um exemplo que a recente criação do nosso instituto foi uma politica acertada”, comenta o Dr. Igor Medeiros, diretor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo, criado há cerca de dez anos.
A visitação à Ilha das Couves, orientada pela Portaria Normativa FF/DE nº 350/2022, é coordenada por um grupo de trabalho de gestão compartilhada que envolve representantes da Comunidade de Picinguaba, da Almada, do Estaleiro e Ubatumirim, além do trade turístico da região central do município. O rodízio envolve três turnos: manhã das 8h às 12h, almoço das 12h às 15h e tarde das 15h às 18h. “A descoberta do banco de rodolitos, além de valorizar atributos ecológicos do nosso litoral norte, também revela mais um atrativo turístico para o local. A riqueza e biodiversidade desse banco abrem uma perspectiva para atividades de sensibilização ambiental, divulgação e educação científica, bem como ciência cidadã, possibilitando a reflexão sobre a importância ecológica dos bancos de rodolitos, envolvendo prioritariamente a comunidade local e operadores de turismo que atuam na região e promovendo a capacitação de monitores e pequenos empreendedores, convergindo com as ações de Turismo de Base Comunitária atualmente em desenvolvimento”, explica Marcio Jose dos Santos, biólogo e gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Norte da Fundação Florestal.
A descoberta também levanta uma série de perguntas científicas que deve ser tema dos próximos trabalhos do Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha da Unifesp. “Até 2019, quando registramos um banco de rodolitos anexo ao recife de corais da Ilha da Queimada Grande, não se tinha conhecimento desses habitats no litoral de SP. Perceber esse habitat, recobrindo mais de cinco mil metros quadrados, na Ilha das Couves, em uma profundidade de apenas seis metros, evidencia ainda mais a nossa carência de informações acuradas sobre a diversidade marinha. O estado de São Paulo, no contexto das suas Unidades de Conservação Marinhas, tem a oportunidade ímpar de sair na frente e dar exemplo a outros estados brasileiros nessa que é, segundo a ONU, a Década dos Oceanos”, comenta o Dr. Guilherme Pereira-Filho, um dos coordenadores do LABECMar/Unifesp e um dos pesquisadores que assinam a Nota Técnica.
(Fonte: Fundação Florestal)