Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Durante o governo Bolsonaro, servidores federais precisaram aprimorar suas estratégias contra o desmonte institucional. Com o aumento das opressões ao funcionalismo público, o custo individual da contestação se tornou mais alto para os funcionários, que passaram a formalizar suas reações através, por exemplo, de processos judiciais coletivos. Os aprendizados da relação conflituosa entre governo e servidores são descritos por artigo de pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e da Universidade de Brasília (UnB) publicado na segunda-feira (20) na “Revista Brasileira de Ciência Política”.
A pesquisa mapeou estratégias de opressão do governo Bolsonaro e de reação dos funcionários públicos a partir de entrevistas realizadas de dezembro a maio de 2020 com 165 servidores federais de 15 órgãos governamentais que atuam em áreas como planejamento, desenvolvimento social e econômico, saúde e meio ambiente. As estratégias foram classificadas como formais (com uso de mecanismos oficiais, como decretos e instruções normativas) ou informais (realizadas por mensagens de texto, por exemplo) e como coletivas ou individuais.
A abertura de processo administrativo contra um servidor a partir de acusações indevidas ou arbitrárias, exonerações e mudanças de postos de trabalho à revelia do funcionário público foram estratégias formais individuais de opressão observadas pelo estudo e causaram impacto na saúde mental dos trabalhadores. Outras táticas como assédio e ameaças informais aos indivíduos, que têm um efeito mais restrito na carreira dos servidores, também foram observadas.
A opressão formal e coletiva pode ser vista em ameaças como a responsabilização disciplinar de servidores por postagens em redes sociais, conforme nota técnica publicada pela Controladoria Geral da União em 2020, e barreiras de acesso aos sistemas de informação e documentos oficiais. A ocupação de cargos públicos por militares durante o governo Bolsonaro também cerceou o trabalho dos servidores. As estratégias de reação dos burocratas foram mais custosas nesse cenário, pois exigiram medidas judiciais e organização de resistência coletiva através de associações e sindicatos.
A pesquisadora da FGV EAESP Gabriela Lotta, uma das autoras do trabalho, explica que os representantes do governo Bolsonaro apostaram em punições exemplares para gerar a sensação de que ações individuais teriam um custo muito alto aos servidores. Isto provocou mudanças nas estratégias de reação desde o início do governo. “Ao longo do tempo, foi se construindo um clima de medo. Por exemplo, começou a circular a informação de que os celulares estavam sendo rastreados e então os servidores começaram a ficar com medo de mandar mensagens. Por isso, mesmo que seja mais difícil e mais caro, os funcionários públicos passaram a formalizar e coletivizar a estratégia, o que os protegia muito mais individualmente”.
Segundo Lotta, as fragilidades institucionais identificadas pelo trabalho servem de aprendizado para o atual governo e para um melhor funcionamento da administração pública, contribuindo para o fortalecimento da democracia. Um dos aprendizados é que os comitês de ética ou as corregedorias, espaços que ajudam a proteger o servidor, não podem ser ocupados por representantes políticos, como foi feito pelo governo anterior. “Precisamos de uma agenda que garanta a autonomia desses espaços de denúncia e a proteção dos servidores contra práticas como remoção e exoneração”, frisa a autora.
(Fonte: Agência Bori)
Uma mulher poderosa, à frente do seu tempo, uma artista fugaz, que produziu muito, morreu jovem e não teve o merecido reconhecimento – esse ícone da Música Popular Brasileira é o centro de “Dolores – Minha Composição”, espetáculo que estreia no Itaú Cultural em 23 de março de 2023. Rosana Maris dará vida à artista no espetáculo, que fica em cartaz gratuitamente até 16 de abril, de quinta a sábado, às 20h e domingos e feriados às 19h.
Com concepção, dramaturgia e atuação de Rosana Maris, direção e cenografia de Luiz Fernando Marques (Lubi), direção musical de Fernanda Maia e preparação da atriz de Denise Weinberg, o espetáculo apresenta planos de realidade que se entrecruzam para compor uma trama em que seja possível fazer dialogar ficção e realidade, passado e presente.
Dolores Duran viveu seu auge nas décadas de 1940 e 1950, produzindo dezenas de significativas composições, mesmo convivendo em um universo masculino, branco, preconceituoso e extremamente conservador e conseguindo ser uma mulher independente sendo negra, artista e pobre.
A concepção e dramaturgia são da Rosana, na busca de resgatar e dar mais luz à trajetória da artista carioca. “Eu creio que a Dolores se comunica demais com as plateias de hoje, com tudo que ela representava lá nos anos 1940/50, por ela ser essa pessoa que estava muito à frente da época. Além disso, vamos fazer no espetáculo uma homenagem para a maior compositora do país”, explica ela.
E o encontro com o Lubi só fez potencializar a história, já que o diretor também tinha planejado, anos atrás, fazer uma criação teatral sobre Dolores. “Ela foi a primeira artista que eu pesquisei com um olhar para tentar fazer uma montagem por ela ser esse primeiro eu lírico feminino na música brasileira, com um volume de produção e nessa perspectiva da intimidade do feminino eu acho que Dolores é icônica”, lembra o diretor.
“Dolores – Minha Composição” contempla tanto a vida dela, sua história, quanto seu relacionamento com grandes figuras da música brasileira, como Maysa, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. “Eu brinco como atriz na peça – uma atriz que conta para o público que teve um sonho com Dolores e, a partir daí, ela quer brincar com o sonho de ser Dolores Duran”, conta Rosana.
A dramaturgia parte desse princípio: de uma atriz tentando ser essa monstra da música. “E a partir disso, o que se assemelha com a gente, quais são os lugares que se conectam comigo, quando você fala isso eu penso igual – essas instâncias. Quando você olha para um ídolo e parece que é uma continuação de pensamento, de vida e de história. Eu acho essa mulher extraordinária e todo mundo precisa conhecer Dolores Duran”, completa.
Para traduzir o universo de Dolores, a dramaturgia utilizou pontos da biografia da artista – uma mulher negra, que mesmo passando boa parte da vida artística solteira, conseguiu exercer e ocupar os lugares que ela ocupou. “Do ponto de vista da obra artística, é interessante porque, de uma maneira geral ,é senso comum você colocá-la naquele lugar do samba-canção, da fossa. Mas se hoje olharmos com esses olhos da solidão da mulher negra, do patriarcado, do machismo estrutural, você começa a enxergar essas letras também como um protesto, como um grito ou de socorro ou de alerta ou de denúncia, às vezes, mesmo”, conta Lubi. “É interessante você pensar que ela é bossa nova; antes da bossa ser nova, ela já aponta na composição dela fundamentos e dinâmicas artísticas que depois foram se consolidar. E poucas vezes dão esse mérito para ela”, complementa o diretor.
Show espetáculo
A ação se passa em três ambientes diferentes: em um bar, em um show e na casa da artista. Em cena, a atriz (Rosana), a cantautora (Dolores) e a plateia têm um encontro para eclodir questões que dizem respeito ao amor, sonhos, a solidão nas grandes cidades, a opressão sofrida pelas mulheres, os entraves e preconceitos contra as mulheres livres, as questões ligadas à construção de identidade racial etc. Rosana interpreta canções compostas por Dolores ao vivo, acompanhada de um trio de músicos – Marcelo Farias, Pedro Macedo e Rodrigo Sanches.
O eixo principal é a biografia de Dolores, colocando em cena histórias emblemáticas que fizeram parte de sua vida, como as que cercam as canções compostas e interpretadas por ela, tudo acompanhado pelos músicos, seus grandes sucessos e parcerias. Além das canções mais conhecidas, como “A Noite do Meu Bem” e “Fim de Caso”, há outras importantes na trajetória de Dolores, que falavam dos seus amores, da sua carreira, da sua vida e dos momentos importantes pelos quais passou. “As canções vão costurando a história do espetáculo de acordo como elas se relacionam com a personalidade da Dolores e com os momentos da carreira dela. Em alguns momentos elas são mais ilustrativas, de momentos específicos da carreira dela, ou às vezes elas vão traduzir algum sentimento que a Dolores descrevia em suas letras”, conta Fernanda Maia, que faz a Direção Musical do espetáculo.
“O processo de criação de ‘Dolores – Minha Composição’ é um processo muito delicado, porque não é uma questão de copiar a Dolores Duran, porque isso é impossível. É mais uma apropriação do universo dela, de suas músicas, de seu temperamento”, explica Denise Weinberg, que faz a direção da preparação da atriz. “Nós estamos indo mais pelos estados emocionais do que propriamente fazendo uma cópia física da Dolores, o que eu acho muito perigoso, principalmente em teatro”, completa.
O espetáculo parte do desenvolvimento de linhas temáticas distintas, planos de realidade que se entrecruzam para compor uma trama, em que seja possível fazer dialogar, ficção e realidade, passado e presente, tendo como eixo principal a vida de Dolores.
Dolores Duran – Vivendo sem concessões
Nos anos 1950, uma artista negra, de origem humilde, que viveu a vida como quis, subvertendo padrões, revolucionou a música brasileira, com dezenas de canções que provocam até hoje sentimentos fortes que vão de saudades e espera à solidão e ternura, sempre carregando em seus versos amor e dor.
Adiléia da Silva Rocha nasceu na periferia do Rio de Janeiro, em 1930, filha de um sargento da Marinha (que faleceu quando ela tinha apenas 12 anos). O primeiro prêmio foi aos 10 anos de idade, no Programa de Ary Barroso, “Calouros em Desfile”. Aos 16 anos, adotou o nome artístico. Autodidata, cantou músicas em inglês, francês, italiano e espanhol – a versão dela para o clássico estadunidense “My Funny Valentine” ganhou elogios da compositora da canção, Ella Fitzgerald.
A estreia de Dolores em disco foi em 1952, gravando dois sambas para o Carnaval. Três anos depois, casou-se com o radioator e músico Macedo Neto (1955) e foi vítima de um infarto e, ao não seguir as recomendações médicas, teve complicações de saúde.
Foi uma das únicas parceiras mulheres a compor com Tom Jobim – “Estrada do Sol”, “Se é Por Falta de Adeus” e “Por Causa de Você”. Compositora e letrista, até hoje faz sucesso com canções como “A Noite do Meu Bem”, “Castigo”, “Fim de Caso” e “Solidão”. Mas também teve outros parceiros musicais, como Chico Anysio (“Prece de Vitalina”), Carlos Lyra (“Se Quiseres Chorar”, “O Negócio É Amar”) e Billy Blanco (“Céu Particular”).
Morreu em 23 de outubro de 1959, com 29 anos, de ataque cardíaco.
Rosana Maris vivendo a compositora Dolores Duran
Quem dá vida à Dolores Duran é a atriz, produtora cultural, dubladora e locutora Rosana Maris. Começou a trabalhar como atriz em 2003 e, desde então, fez dez produções teatrais trabalhando, principalmente, com os diretores Ewerton de Castro, Flavia Pucci, Gabriela Rabelo, Enio Gonçalves, Barbara Bruno, Lauro Cesar Muniz e Inês Aranha, entre outros. Como produtora cultural, participou de mais de 12 produções teatrais, trabalhando com importantes grupos de SP e também em parceria com o Instituto Cultural Capobianco.
Em 2017, começou a trabalhar como atriz no audiovisual e nesse setor já fez mais de 13 trabalhos; entre os mais recentes, se destacam a personagem Jussara, na série “Sintonia”, que está prestes a estrear a 4ª temporada; também esteve na série “Cidade Invisível’, de Carlos Saldanha, “Mal Me Quer”, de Ian SBF, e em “Hard”, direção de Rodrigo Meirelles. Nos longas-metragens, esteve em “Dez horas para o Natal”, de Cris D’Amato; “Dois mais Dois”, roteiro e direção de Marcelo Saback; “O Papai é Pop”, direção de Caíto Ortiz; “O Santo Maldito”, direção de Gustavo Bonafé e “Pedágio”, da Biônica Filmes, com direção de Carolina Marckovicz.
Sinopse | “Dolores – Minha Composição” conta a história de um dos maiores ícones da música popular brasileira: Dolores Duran. Mulher à frente de seu tempo, que viveu seu auge na década de 1950, mesmo transitando em um universo masculino, preconceituoso e extremamente conservador e sendo negra, artista e pobre. O espetáculo mostra a trajetória da artista a partir de um encontro entre a atriz que a interpreta e a personagem representada, quando passam a eclodir entre elas questões que dizem respeito à solidão, ao amor, aos sonhos, à opressão e às questões ligadas à construção de identidade racial. O espetáculo apresenta planos de realidade que se entrecruzam para compor uma trama em que seja possível fazer dialogar, ficção e realidade, passado e presente tendo como eixo principal a biografia dessa personagem, tão importante da música brasileira, que trará a cena tantas histórias emblemáticas que fizeram parte de sua vida, como as que cercam as canções compostas e interpretadas por ela, tudo acompanhado por um trio de músicos que tocarão seus grandes sucessos e parcerias.
Ficha Técnica
Concepção e Dramaturgia – Rosana Maris
Direção e Cenografia: Luiz Fernando Marques (Lubi)
Direção Musical – Fernanda Maia
Atriz – Rosana Maris
Preparação da Atriz – Denise Weinberg
Figurinos – Yakini Rodrigues
Preparação Vocal – Gilberto Chaves
Orientação Corporal – Janette Santiago
Músicos – Marcelo Farias, Pedro Macedo, Rodrigo Sanches
Lighting Design – Wagner Pinto
Assistência de Direção – Gabi Costa
Design de Som – João Baracho
Voz em off – Rodrigo Mercadante
Visagismo (Cabelo e Maquiagem) – Dicko Lorenzo
Design Gráfico – Fabio Viana
Direção de Produção – Daniel Palmeira
Produção/Idealização – Bem Te Vi Produções Artísticas.
Serviço:
Dolores – Minha Composição
De 23 de março a 16 de abril de 2023
Horários: quinta, sexta e sábado, às 20h, e domingos e feriados, às 19h
Sala Itaú Cultural (Piso Térreo)
Capacidade: 224 lugares
Itaú Cultural
Av. Paulista 149 – Bela Vista, São Paulo – SP
Entrada gratuita
Reservas de ingressos na semana anterior às sessões através plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br
Essa temporada contará com acessibilidade em libras em todas as sessões.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
O bairro da Liberdade, na região central de São Paulo, é conhecido nacional e internacionalmente por ser um reduto oriental fora da Ásia. Além de ser considerado a maior comunidade japonesa fora do Japão, o bairro também abriga imigrantes oriundos da China, Coreia, Tailândia, Filipinas e outros destinos da região, o que resulta numa fusão de muitas culturas e sabores.
A gastronomia é um dos grandes atrativos do bairro, com seus restaurantes autênticos, empórios e lojas que comercializam produtos típicos para o preparo dos pratos cada vez mais populares entre os brasileiros. Além disso, todos os finais de semana, acontece a Feirinha da Liberdade na praça de mesmo nome, que é um lugar imperdível para quem quer experimentar a culinária japonesa e outras iguarias asiáticas.
Ali, além de pratos já conhecidos, como o yakisoba, o gyoza e o tempurá, há outras delícias que podem ser experimentadas, tais como takoyaki – bolinhos de polvo em forma de bola, okonomiyaki – uma espécie de panqueca com recheio variado, mochi – bolinhos de arroz com recheio de frutas ou pasta de feijão doce, karaage – frango frito em pedaços, e muito mais.
A feira também oferece uma grande variedade de frutas exóticas, chás e outros produtos alimentícios asiáticos, como noodles, doces – como o Bubble Waffle, bastante instagramável –, conservas e condimentos. É uma ótima oportunidade para experimentar sabores diferentes e conhecer a cultura culinária asiática.
Para conhecer e degustar com calma todas as iguarias da feirinha da Liberdade, a dica é se hospedar no Nikkey Palace Hotel. O hotel é tradicional no bairro, com mais de 30 anos de história e está localizado na rua Galvão Bueno, próximo da praça da Liberdade, mas ao mesmo tempo isolado da grande concentração de pessoas.
O empreendimento conta com 99 apartamentos distribuídos em 3 categorias (Standard, Bem-Estar e Suíte), todos equipados com ar-condicionado, TV a cabo e cofre – além de banheira em algumas unidades.
Completando a experiência gastronômica do visitante, possui também um restaurante aberto do café da manhã ao jantar, que oferece um completo buffet de gastronomia oriental – principalmente japonesa e chinesa – combinado a pratos brasileiros. O espaço, que também conta com decoração tipicamente oriental, inclusive as Ozashiki (salas de tatame japonesas), além do café Itigo Itie, com um ambiente agradável e charmoso que proporciona aos clientes a sensação de estar nos melhores ambientes dos cafés orientais.
Mais informações: www.nikkeyhotel.com.br.
(Fonte: Assimptur)
No mês de março de 2023, a Cia. Lúdica (@cialudica), companhia de teatro paulistana fundada por Marcya Harco e Paulo Drumond, inicia a temporada de circulação do espetáculo “A Professora”, que integra as ações do projeto A Professora, contemplado pelo Edital ProAC n° 02/2022, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
No dia 29 de março (quarta-feira), às 20h, a apresentação será no Teatro Adamastor, em Guarulhos. Dia 30 de março (quinta-feira), em Barueri, às 20h, na Sala Ruy Ohtake – Praça das Artes. Dia 31 de março, às 20hs, no Teatro Glória Giglio, em Osasco.
O espetáculo é inspirado na observação de algumas educadoras que participaram de uma temporada realizada pela Cia. Lúdica, em 2019, com a ideia de promover um espetáculo imersivo propondo trocas e reflexões sobre a relação sensível que se estabelece entre estudantes e professores em sua convivência artística e existencial.
A história gira em torno da personagem Cícera, uma professora de educação artística de uma escola pública que também coordena um grupo de performance com algumas alunas. Dedicada e inventiva, ela instiga os estudantes com atividades artísticas dentro e fora da escola, mediando e facilitando o diálogo entre a classe, inspirando-os a descobrir outras formas de sentir, de lidar com o mundo e com a realidade que os cerca, sendo capazes de discernir sobre as escolhas em suas vidas futuras. Cícera torna-se uma confidente pessoal dos mais próximos, até que um grave acontecimento interfere na realidade do grupo, provocando riscos e ameaças a todo o seu círculo de convivência, fazendo com que a professora e sua turma tenham que tomar decisões cruciais para resolverem o infortúnio.
No espetáculo, mesclam-se imagens das cenas entre os estudantes em suas performances artísticas e dos impasses de familiares e figuras chave da trama, diante do enfrentamento de perigo iminente, vividos pelo grupo que envolve a professora. Com direção de Marcya Harco e dramaturgia de Paulo Drumond, o espetáculo conta com um elenco de dez integrantes e uma estética minimalista.
A Cia. Lúdica é conhecida por, através de suas obras, propor experiências que propiciam múltiplas percepções sobre o teatro e outras linguagens artísticas, incitando reflexões acerca da condição humana ante a sociedade e o meio ambiente.
Informações: www.instagram.com/cialudica, www.facebook.com/cialudica e https://cialudica.com.br.
Ficha Técnica
Encenação – Marcya Harco | Dramaturgia/Roteiro – Paulo Drumond | Coordenação de Pesquisa Dramatúrgica – Carlos Meceni | Elenco: Marcya Harco, Paulo Drumond, Érica Franze, Victor de Seixas, Camila Donadão, Zu Aguiar, Cássia Carvalho, Roberto Lopes, Natália Camilo, Pitter Guimarães | Coreografia da performance de dança (Jennifer) – Érica Franze | Texto da performance (Sofia) – Natália Camilo | Performance atuação/poesia (Clarice) – Camila Donadão | Trilha sonora – Marcya Harco | Operador de som performer – Alex Nogueira | Assessoria de Imprensa – Luciana Gandelini |Produção executiva – Joyce Nogueira | Produção/Administração – Cia. Lúdica/Sonhos de Uma Noite Produções Artísticas .
Serviço:
Espetáculo “A Professora” com Cia Lúdica
Sinopse: O espetáculo narra circunstâncias em torno da professora Cícera, que junto ao seu grupo de estudantes criou um coletivo de performance, no qual desenvolvem atividades artísticas como teatro, dança e música. Por detrás do universo da arte, onde florescem os sonhos desses jovens, a busca por conhecer e transformar o mundo, o desejo de realização profissional e liberdade de viver, são surpreendidos por uma condição de vulnerabilidade que gera risco de perigo ao grupo e aos seus familiares. Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Quando: 29 de março de 2023 (quarta-feira) – Horário: 20h
Onde: Teatro Adamastor – Endereço: Av. Monteiro Lobato, 734 – Macedo – Guarulhos – SP
Quando: 30 de março de 2023 (quinta-feira) – Horário: 20h
Onde: Sala Ruy Ohtake – Endereço: Rua Ministro Rafael de Barros Monteiro 225 – Barueri – SP
Quando: 31 de março de 2023 (sexta-feira) – Horário: 20h
Onde: Teatro Glória Giglio – Endereço: Av. dos Autonomistas, 1533. Vila Campesina, Osasco – SP.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Luciana Gandelini)
A temporada 2023 da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (OSI) tem novo encontro no próximo dia 1º de abril, em uma noite repleta de poesias musicais, que integrarão o repertório escolhido para o concerto ‘Música Fantástica’. O encontro acontecerá a partir das 20h na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, em Indaiatuba (SP), com participação do violinista Adonhiram Reis. As obras escolhidas para a noite são do francês Saint-Saëns e do russo Rimsky-Korsakov. A direção e a regência são do maestro Paulo de Paula e a entrada é gratuita.
O concerto
A obra “Dança Macabra”, de Camille Saint-Saëns (1835-1921), abre a noite. Conhecida também como “Dança da Morte”, a peça é inspirada em um poema de mesmo nome, do escritor Henri Cazalis, que narra a história do personagem Morte, que, em 31 de outubro (Dia das Bruxas), tem o poder de dar vida aos mortos e obrigá-los a dançar até o amanhecer.
A história começa com o relógio batendo à meia noite, que é representado, na obra, pela harpa repetindo doze vezes a mesma nota. A morte então, afina seu violino e organiza uma dança entre nobres e mendigos, simbolizando que, independente da condição social, todos terão o mesmo fim. Na sequência, entra o segundo movimento, no xilofone, evocando a dançar a trupe de esqueletos e fantasmas. A festa fica cada vez mais animada até que, com o cantar do galo, todos se dispersam e desaparecem. A obra se encerra com a despedida da figura sombria mediante à uma triste melodia. Vale ressaltar que Saint-Saëns foi um dos compositores franceses mais importantes de seu tempo, sendo famoso por suas obras enigmáticas.
Dando continuidade à noite de ‘contação de histórias’, “Sherazade” (Suíte Sinfônica), de Nikolai Rimsky-Korsakov, será performada. “Esse magnífico poema sinfônico foi inspirado no livro ‘As Mil e Uma Noites’ e cada movimento faz referência a uma história do livro”, destaca o maestro da Sinfônica, Paulo de Paula.
A narrativa descreve o sultão Shahriar, que, após a noite de núpcias, tem por hábito executar suas esposas; entretanto, Sherazade se mantém viva contando ao marido uma sucessão de histórias pelo período de mil e uma noites. Tomado pela curiosidade, o monarca posterga sua execução dia após dia e, ao final, acaba abandonando para sempre essa resolução sanguinária. A peça é dividida em quatro principais movimentos: O mar e o navio de Sindbad, A história do príncipe Kalandar, O jovem príncipe e a jovem princesa e Festival em Bagdad – O mar – O naufrágio do bar nas rochas.
O compositor Rimsky-Korsakov foi um dos mais brilhantes orquestradores da música sinfônica. Sua habilidade em combinar os diversos timbres da orquestra pode ser ouvida em diversas obras, principalmente nesta que foi escolhida para encerrar o concerto. “Se na peça ‘Dança Macabra’ o violino dá voz à morte, na obra de Korsakov o instrumento representa a própria Sherazade, a contadora destas histórias fantásticas que permeiam todo o poema sinfônico”, ressalta o maestro.
Convidado | Para representar tanto a Morte, quanto Sherazade, a Sinfônica de Indaiatuba recebe o solista Adonhiram Reis. Exímio violinista e professor de instrumento na Unicamp (Universidade de Campinas), estudou com bolsa na Fundação Vitae, em Paris, e se apresentou por diversos países ao lado de grandes nomes do ramo, como Antonio Meneses, Bruno Giuranna e Hagai Shaham. Entre os anos de 2018 e 2020, foi professor de violino da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Hoje, além de docente, regularmente se apresenta nos principais palcos e festivais do Brasil e é membro do Quarteto Carlos Gomes, que já lançou três discos sob o Selo SESC, tendo o álbum “Carlos Gomes, Alexandre Levy e Glauco Velásquez” (2018) recebido o prêmio Bravo! de melhor disco erudito do ano. Em 2019, publicou um livro sobre a prática de quartetos de cordas e atualmente lidera um grupo de pesquisa no CNPq intitulado Grupo de Estudos da Performance de Instrumentos de Cordas (GEPInC).
Como assistir | Para conferir a apresentação, recomenda-se chegar meia hora antes, pois a disponibilização dos lugares é por ordem de chegada.
A realização é da Associação Mantenedora da Orquestra de Indaiatuba em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, e conta com patrocínio master da Toyota e patrocínio da Tuberfil e Plastek, por meio da lei federal de incentivo à cultura e do Programa de Ação Cultural do Governo do estado de São Paulo. A Sala Acrísio de Camargo fica no Ciaei (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba), situado na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665, Jardim Regina — Indaiatuba (SP).
Serviço:
Concerto ‘Música Fantastica’ com a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba
Data: 1/4 l Horário: 20h
Entrada gratuita e por ordem de chegada
Local: Sala Acrísio de Camargo – Ciaei (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba) – Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina, Indaiatuba (SP) – mapa aqui.
Sobre a Amoji | A Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba) é responsável pela manutenção da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, que vem se destacando por sua intensa atuação na divulgação e popularização da música orquestral realizando, anualmente, mais de uma dezena de concertos gratuitos com participação de músicos do município de Indaiatuba (SP) e solistas de renome. Promove também o Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que disponibiliza masterclasses para estudantes de música de todo o Brasil e uma programação cultural de concertos para a comunidade.
Instagram: orquestrasinfonicadeindaiatuba | Facebook: orquestra.deindaiatuba.
(Fonte: Armazém da Notícia)